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Felicidade: Potencializando o seu Bem-Estar

Existem alguns mitos e verdades sobre a felicidade. Por exemplo: será que dinheiro traz felicidade? As pessoas jovens são mais felizes? O sucesso leva à felicidade? Saúde traz felicidade? Os cientistas definem a felicidade como “bem-estar subjetivo”, pois é relativo para a pessoa que a experimenta.

Os cientistas definem a felicidade como “bem-estar subjetivo”, pois é relativo para a pessoa que a experimenta. É baseada em como nos sentimos sobre a nossa vida. A avaliação da felicidade que uma pessoa faz acerca de sua própria vida é, tanto cognitiva, quanto afetiva e inclui: experiências emocionais agradáveis, baixos níveis de humores negativos e alta satisfação em relação à vida.

Existem dois tipos de Felicidade. A Hedônica, que envolve a experiência de maximização do prazer imediato e minimização da dor e a Eudaimônica que envolve os sentimentos que ocorrem quando a pessoa se move em direção à autorrealização, para que possa desenvolver as suas potencialidades e conferir propósito à sua vida. A felicidade Eudaimônica pode ou não estar relacionada ao prazer imediato (como a Hedônica), mas sempre está relacionada a um propósito e é esta que tem maior constância e duração.

Pesquisas do psicólogo Edward Diener demonstram que a procura da felicidade por meio de objetos externos nos distrai de desfrutar o momento presente e essa busca pode diminuir nosso grau de satisfação. É como a dependência química, que garante prazer no início, mas, ao longo tempo, obriga a pessoa a obter mais daquela substância para que se sinta bem.

Existem alguns mitos e verdades sobre a felicidade. Por exemplo: será que dinheiro traz felicidade? As pessoas jovens são mais felizes? O sucesso leva à felicidade? Saúde traz felicidade?

Abaixo descrevo o que a ciência revela sobre estas questões:

  • Dinheiro não traz felicidade. Importante saber que isso é verdade quando as necessidades básicas são atendidas: alimento, moradia, segurança e emprego.
  • O sucesso não traz felicidade e sim a felicidade que impulsiona o sucesso. Quando somos mais felizes nosso cérebro fica mais criativo, motivado, energizado e resiliente.
  • Idosos valorizam mais as experiências do presente, tendendo assim a serem mais felizes que os jovens. Estudos do Reino Unido apontam que para grande número de pessoas, o período menos feliz da vida é entre 24-40 anos.
  • Pessoas saudáveis geralmente não valorizam este benefício e podem ser infelizes por várias outras razões, mas é óbvio que problemas graves de saúde, que afetam a rotina, podem sim baixar o nível de felicidade.

Os cientistas pesquisaram como a genética, as circunstâncias de vida e as atividades intencionais influenciam na felicidade. Estes chegaram à seguinte fórmula, denominada a “Fórmula da Felicidade”.

Portanto 50% da felicidade depende de fatores genéticos, 10% das circunstâncias de vida (moradia, alimentação, saúde etc.) e 40% de atividades intencionais (nossos pensamentos e nossas escolhas).

É interessante e positivo notar que uma porcentagem elevada (40%) da felicidade está no nosso controle; são as nossas escolhas e os nossos pensamentos.

Ainda levando em conta o que pode levar ao bem-estar e à felicidade, a Psicologia Positiva, após pesquisas, constatou que existem cinco componentes principais para o nosso florescimento. Estes componentes precisam estar em equilíbrio nas nossas vidas.

Abaixo o acrônimo PERMA (em inglês) traduzido para o português sobre os principais componentes que influenciam no bem-estar.

As Emoções Positivas são emoções relacionadas ao passado (por exemplo: gratidão, perdão etc.), ao presente (no seu dia a dia suas emoções positivas) e ao futuro (emoções relacionadas ao futuro, esperança, fé etc.).

O Engajamento é o quão envolvido e/ou engajado você está nas suas atividades do dia a dia.

As Relações Positivas envolvem os relacionamentos que você tem, com colegas, amigos, familiares e/ou cônjuge. Como são estas relações?

O Significado é o sentido, o propósito que tem as atividades ou a sua existência para os outros ou para a vida no geral.

Realizações envolvem o quão realizado você está com as atividades do dia a dia, com o trabalho e os seus relacionamentos.

A Psicologia Positiva aponta que o pilar que mais influência no bem-estar são os relacionamentos saudáveis. Independentemente se é casado ou se namora, mas sim da qualidade dos relacionamentos e não da quantidade.

Em relação às emoções positivas, são inúmeros os benefícios destas em diversas áreas da vida. Estas ampliam o repertório cognitivo e comportamental, pois ampliam a nossa visão e constroem recursos psicológicos e emocionais para lidar com adversidades. As vantagens das emoções positivas englobam benefícios na saúde (sistemas imunológicos menos suscetíveis a doenças e a parte emocional mais saudável), benefícios no trabalho (menor absenteísmo, melhor performance, mais criatividade, menor probabilidade de deixar a empresa e mais resiliência), maior engajamento em atividades saudáveis (dormem melhor, menos propensos a envolverem-se em atividades prejudiciais, se exercitam mais e se alimentam de forma mais saudável), benefícios nos relacionamentos (possuem mais amigos, ajudam mais os outros e são mais propensos a manter relacionamentos mais duradouros).

Quanto mais cursos de positividade pelos circuitos neurais, maior expansão terá a mente, aumentando a capacidade de experimentar emoções positivas, conectar com as pessoas e fazer o bem aos outros.

Estados emocionais positivos criam um padrão neuronal positivo. Isso porque o cérebro, com a repetição dos mesmos estados emocionais, formará um padrão, uma reação que se repetirá até formar uma característica da personalidade. Portanto o bem-estar é uma habilidade que pode ser treinada.

As pesquisas sobre felicidade e bem-estar avançaram muito nos últimos anos. Sabemos quais são os elementos mais importantes para aumentar a felicidade, porém é importante saber que a felicidade é uma jornada contínua. Você sempre precisar estar em busca do que te motiva, o que é importante para você conectando sempre com os seus valores. O que faz uma pessoa feliz, não necessariamente, vai fazer outra pessoa feliz, portanto a felicidade é subjetiva. Caberá sempre a nós decidir e fazer as melhores escolhas para elevarmos a nossa felicidade.

O processo de Coaching busca abranger esses caminhos citados acima para a felicidade ao proporcionar ferramentas e condições para que o coachee experiencie emoções positivas e alcance metas de significado aliadas aos seus mais fortes valores, e ao uso das forças e positividade para ter a mudança de comportamento que o leve a uma vida mais engajada e feliz.

Sharon Feder Author
⚙️ Carevolution
Sharon Feder é formada em Psicologia pela Brown University nos EUA, com especialidade em Estudos Brasileiros e Portugueses pela Brown University e Coach de Saúde e Bem-Estar com Certificação Internacional pela Wellcoaches (EUA). Treinada no Modelo Transteórico de Mudança de Comportamento (ProChange Behavior Systems). Atualmente, é Sócia Diretora na Carevolution Consultoria em Saúde e Bem-Estar, desenvolvendo programas de qualidade de vida e capacitações de profissionais com foco em mudança de comportamento, engajamento e autocuidado.
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