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Sim, eu já fui etarista — e você? 

Já parou para pensar se você também comete etarismo sem perceber? Esse preconceito trava relações, aprendizado e crescimento. Descubra como superar esse pensamento e transformar a troca entre gerações em uma poderosa fonte de evolução pessoal e profissional.

Sim, eu já fui etarista — e você? Você já parou para pensar se também cometeu etarismo, mesmo sem perceber?

Sim, eu já fui etarista — e você?
Você já parou para pensar se também cometeu etarismo, mesmo sem perceber?

Eu já — e precisei encarar essa realidade de frente. Confesso: antes de aprender, passei vergonha. Mas foi justamente o autoconhecimento que me abriu os olhos e me conduziu à mudança.

Essa reflexão ganhou ainda mais força quando, aos 51 anos, decidi mudar completamente de rota. Abandonei o cargo de diretor de uma divisão brasileira em uma multinacional e mergulhei nos estudos de Filosofia, rumo a uma nova jornada como aconselhador filosófico.

Foi então que me deparei com um novo tipo de desafio: lidar com os preconceitos — inclusive os meus.

Ao ingressar em uma universidade pública, já não era o profissional reconhecido do mundo corporativo, mas o aluno mais velho da turma. Com uma condição financeira favorável e muita bagagem profissional, caí na armadilha de acreditar que minha experiência me colocava um degrau acima dos colegas mais jovens.

A arrogância se disfarçava de boa intenção. Pensava: “Turma legal, vou ensinar muita coisa pra eles…”


Até que um episódio mudou minha percepção por completo.

Logo na primeira semana, uma colega me chamou atenção. Não pelo conteúdo que trazia, mas pelas mechas coloridas que iam do verde ao roxo. Meu impulso foi me aproximar para “ajudá-la a se enquadrar”. Sim, eu achava que ela precisava de “ajuste”.

Até que um professor indicou um capítulo de um livro raro, disponível na biblioteca apenas em alemão, e perguntou se alguém da turma falava o idioma e que pudesse auxiliar os colegas. Apenas uma aluna levantou a mão: era ela.

Ali, minha máscara caiu.

Ela respondeu com naturalidade:

“Meu pai é alemão, minha mãe é francesa, sou brasileira e já morei nos Estados Unidos. Virando-se para mim disse: se o ‘senhor’ tiver dificuldade com a leitura nestes idiomas, pode contar comigo.”

Simples assim!

A partir dali a convivência com a turma foi se tornando mais rica. Eles compartilhavam comigo entusiasmo, leveza, novas referências. E eu dividia com eles minha experiência prática, histórias e reflexões.

Descobrimos juntos algo valioso: quando diferentes gerações se encontram com respeito e abertura, todos ganham. A troca intergeracional é, sem dúvida, uma das maiores fontes de crescimento que existe.


E o etarismo?

Descobri na pele que ele não só machuca os outros, mas também trava o nosso próprio crescimento. Só quando parei de julgar pela idade — a dos outros e a minha — comecei a enxergar com mais verdade.

Hoje, como conselheiro filosófico, sigo atento a esses vícios de pensamento — em mim e nos outros. E sigo aprendendo, todos os dias, com quem cruza meu caminho.

Ah, e sim: deixei o paletó e a gravata para ocasiões muito específicas.


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Quer saber mais sobre como superar o etarismo e transformar a diversidade de gerações em aprendizado e crescimento? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.

Cleyson Dellcorso
https://www.dellcorso.com.br/

Confira também: Etarismo no Trabalho: O Que a Filosofia Tem a Dizer? 

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Cleyson Dellcorso tem formação em engenharia e filosofia e suas atividades estão relacionadas ao Coaching Profissional e Pessoal, além de atuar com Coaching de Casais. Seus atendimentos têm embasamento em uma metodologia própria com fundamentação filosófico / dialógico. Possui MBA pela UCLA (EUA), com foco em gestão de pessoas, é especialista em liderança pelo Haggai Advanced Leadership Institute (Singapura) e instrutor do mesmo instituto. É professor de liderança e motivação no curso de pós-graduação em gestão de projetos (PMI) do Instituto Brasileiro de Tecnologia Avançada do grupo IBMEC. Atua como Coach desde 2003 e foi um dos primeiros a se especializar no atendimento a Gerentes de Projetos. É diretor do INSTITUTO DE COACHING MAIÊUTICA desde 1999 e tem como área de interesse o estudo das Inteligências – Emocional e Espiritual. Cleyson Dellcorso é casado, tem três filhos e um neto e tem como hobbies – radioamadorismo, velejar e mergulhar.
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