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Erros e Acertos ou a Inteligência do Perdão?

Não temos o poder nem a capacidade de perdoar ninguém, mas temos o poder de perdoar as criações que fizemos em nossas mentes em relação às outras pessoas.

perdão

Erros e acertos ou a Inteligência do Perdão?

“Guardar ressentimentos é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra.” (William Shakespeare)

É interessante como encontramos pela vida pessoas que guardam mágoas, ressentimentos, rancores etc. acreditando que estão se protegendo ou se resguardando de algo.

Outras ainda dizem que não estão magoadas ou ressentidas e afirmam: “Tudo bem, eu perdoo, mas…” ou “Eu vou esquecer isso, desde que…”. Outras nem dissimulam mais e dizem assim: “Eu nunca vou perdoar fulano ou sicrano…”.

Há ainda aqueles que se escudam em ditos populares como: “Errar é humano, perdoar é divino”. Eu, na minha ingenuidade, coloco em dúvida a validade de tal afirmação. Primeiro, porque nos coloca como reféns eternos dos erros, através de uma generalização grosseira. Admitir os erros quando eles acontecem é realmente louvável. Precaver-se de forma ou maneira para que os mesmos não ocorram é mais louvável ainda.

Portanto, podemos repensar essa primeira parte, ressignificando o conteúdo para acertar é humano, certo? Você já percebeu quantos acertos a humanidade teve até hoje de fato? Quantas invenções deram (e estão dando) certo e girando o mundo continuamente? Quantas novas estratégias são implantadas de maneira bem-sucedida todos os dias? Quantos bons livros publicados? Quantos bons filmes lançados? Quantas boas músicas gravadas? E se você procurar olhar, só por um instante, para aquela pessoa que fez algo que o desagradou – feriu, magoou, traumatizou – e então pensar em algum possível acerto que ela fez na vida ou nas coisas boas que você possa tê-la presenciado fazendo?

Segundo, a parte dois do dito popular transforma o ato de perdoar – condição genuinamente humana – em um atributo da Divindade. E faça Ela parte ou não de seu sistema de crenças (se não fizer você não precisa desse referencial), seus atributos são a Onisciência, Onipotência e Onipresença.

Ora, se Deus tudo sabe, obviamente sabe das condições sujeitas a erros e acertos dos seres humanos e, portanto, não os precisa perdoar, certo?

Ainda nessa linha de raciocínio, o perdão exige assim a premissa de uma ofensa. Se a Divindade se sentiu ofendida era porque não esperava tal comportamento, portanto, deixaria de ser Onisciente. Certa vez, quando questionado por um repórter sobre o perdão, Gandhi – o grande apóstolo da não-violência – disse nunca ter perdoado alguém, o que causou estranheza no repórter. Em seguida Gandhi esclareceu:

“Para perdoar alguém, temos que nos sentir ofendidos e como jamais me senti ofendido por quem quer que fosse, não tive a necessidade de perdoar”. (Gandhi)

Gostaria que você, agora, se for o seu caso, apenas pense um pouquinho nas situações mal resolvidas de seu passado. Geralmente, situações mal resolvidas envolvem outras pessoas. Pare para pensar, só um pouquinho, como seria não ter que carregar esse fardo inútil, agora. Imagine, só por um instante, que não houve desentendimento, que não houve mágoa, que não houve rancor, ódio ou qualquer outro sentimento desagradável. Sinta como seria sua vida, agora, sem esses sentimentos.

Caminhar em uma estrada, por mais divertido e prazeroso que seja, torna-se desagradável ou sofrido se tiver que carregar bagagens inúteis. Quanto mais bagagens inúteis, pior para o caminhante de fato. Que tal deixar o fardo do passado e aproveitar o presente – sempre presente – agora, leve e mais disposto para viver melhor e conseguir o que você precisa conseguir e o que você quer conseguir?

TÉCNICA DO PERDÃO – Esvaziando a Cesta de Lixo

Desenvolvi uma técnica, baseada na Programação Neurolinguística e Hipnose Clínica, com a qual é possível conduzir o cliente a um perdão consentido e sentido, através da eliciação da sensação do evento mal resolvido e da verbalização padronizada, fazendo um colapso com âncoras positivas. Para quem não sabe, as âncoras são estímulos neuroassociados, amplamente respaldados na literatura psicológica nos mais renomados autores e pesquisadores, como Pavlov, Skinner, Damásio, etc. Esta técnica se chama “TÉCNICA DO PERDÃO – Esvaziando a Cesta de Lixo”. 

As âncoras são potentes recursos para deixarmos de ser reféns de nossas emoções negativas, gerando aquilo que se convencionou chamar modernamente de Emotional Management.

Em meus atendimentos de Coaching, considero indispensável o esvaziamento da cesta de lixo. E ressignificar eventos e fatos que estejam funcionando como trava no processo de crescimento do cliente/coachee…

EM TEMPO: Creio firmemente que todo perdão é, em essência, um autoperdão. Assim sendo, não temos o poder nem a capacidade de perdoar ninguém. Mas temos o poder de perdoar as criações que fizemos em relação às outras pessoas. Como assim? Simples! Hipoteticamente, eu não tenho o poder de perdoar ao meu pai, mas tenho total poder para perdoar à imagem de meu pai que criei. Assim considere que os julgamentos que fazemos em relação às pessoas/fatos é que criam os significados, que precisam ser ressignificados.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre a Inteligência do Perdão? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Paz, Luz e Força… Sempre!

Valdecy Carneiro
http://valdecycarneiro.com.br/

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Valdecy Carneiro estuda e pratica com Estados Alterados de Consciência (EACs) há 36 anos. Psicólogo, Especialista em Medicina Comportamental (UNIFESP), Doutorando em Psicologia (UCES/Argentina), Programador Neurolinguista (PNL), Professor de Cursos de Coaching, Hipnose e Programação Neurolinguística e Palestrante. Desenvolveu a metodologia “Reprogramação Mental em 10 Sessões – com PNL & Hipnose”. Criador do “Protocolo Carneiro Para Síndrome do Pânico”, que trata Transtorno de Pânico em apenas três sessões. Apresentou o programa “Reprogramação Mental” pela Rádio Mundial 95,7 FM. Coautor dos livros “Manual Completo de PNL” e “Excelência no Atendimento ao Cliente” e autor dos livros “A Arte da Guerra Para o Coaching” e “Segredos da Terapia SuperBreve”, ambos a serem publicados em breve. É fundador e presidente da Sociedade InterAmericana de Hipnose e da Sociedade InterAmericana de Coaching e criador da Universidade da Hipnose.
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