
Equilíbrio Emocional: A Mais Luxuosa de Todas as Conquistas
Você já parou para pensar quanto custa o seu desequilíbrio emocional? Quanto de vida ele te rouba? Quantos relacionamentos ele compromete? Quantas noites mal dormidas ou então palavras ditas no impulso, decisões apressadas ou adiadas ele interfere?
Hoje, talvez o maior luxo não seja uma viagem ao exterior, uma bolsa cara ou um carro importado. O maior luxo é conseguir manter o sistema nervoso regulado ainda que em meio ao caos. É atravessar as curvas da vida sem colapsar por dentro. É seguir em movimento, com o corpo presente e o pensamento lúcido. Mas conquistar esse estado não é fácil – e a neurociência nos ajuda a entender por quê.
Nosso cérebro é uma máquina previsível, condicionada a repetir o que conhece.
Ele adora economizar energia e se apega aos padrões, mesmo quando eles são disfuncionais. De acordo com António Damásio, neurologista e neurocientista, nossas emoções e experiências moldam circuitos neurais profundos que se tornam automáticos. Assim, mesmo quando algo nos machuca, mesmo quando adoece o corpo ou atrasa a vida, o cérebro insiste: “mas sempre foi assim…”
Mudar exige muito mais do que força de vontade.
Exige atualizar o sistema. Exige neuroplasticidade ativa – a capacidade do cérebro de se reorganizar com base em novas experiências. E isso só acontece com atenção, presença e prática deliberada.
Daniel Goleman, psicólogo e jornalista científico, em seus estudos sobre inteligência emocional, já dizia:
“A capacidade de reconhecer nossos sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções em nós e nos nossos relacionamentos, é essencial para o sucesso.”
E isso não acontece por acaso.
É uma competência desenvolvida, treinada como um músculo, com consciência e intenção.
O problema é que, sem direção, o esforço vira desgaste. Você tenta, se frustra, se culpa… e o buraco emocional segue lá. Porque repetir não é o mesmo que evoluir. Tentar do mesmo jeito pode ser justamente o que está impedindo a mudança que você tanto deseja.
Treinar equilíbrio emocional é diferente de buscar controle. Não se trata de reprimir sentimentos ou então se tornar imune aos desafios da vida. Trata-se de desenvolver a capacidade de sustentar o caos sem se perder. E essa capacidade não nasce pronta – ela é esculpida no cotidiano, nas pequenas práticas conscientes que reprogramam o sistema nervoso.
Equilíbrio emocional se constrói com treino do sistema nervoso: é repetição intencional, vivida no corpo antes de se manifestar na vida.
É saber que o mundo não vai desacelerar para que você consiga respirar. Mas que você pode ensinar o seu corpo a respirar mesmo quando o mundo acelera. O cérebro regulado não apaga o incêndio com desespero – ele aprende a surfar a onda sem afundar.
Em uma sociedade ansiosa, acelerada e hiperestimulada, manter-se emocionalmente inteiro é, sem dúvida, um verdadeiro ato de rebeldia. É também um ato de autocuidado profundo. E é, mais do que nunca, uma escolha – difícil, sim, mas possível.
E você? Vai continuar deixando o seu cérebro repetir padrões antigos… ou vai começar a treinar o luxo mais precioso que existe: o equilíbrio de estar inteiro, mesmo quando tudo ao redor parece despedaçado?
Gostou do artigo?
Quer saber mais sobre como treinar seu equilíbrio emocional e conquistar o luxo de estar inteiro mesmo em tempos caóticos? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.
Com carinho,
Dra. Marcia Coronha, PhD
CEO do Instituto Consciência
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