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Empreendedorismo feminino não é mimimi

Sempre que falamos em empreendedorismo aparecem os que defendem e enxergam os pontos positivos e os que apontam uma lista de aspectos altamente negativos.

Empreendedorismo Feminino NÃO É MIMIMI

Empreendedorismo feminino não é mimimi

Sempre que falamos em empreendedorismo aparecem aqueles que defendem e enxergam os pontos positivos de empreender. Por outro lado, há também os que apontem uma lista de aspectos altamente negativos.

Para os que defendem e se declaram empreendedores com muita veemência, um dos pontos principais, segundo pesquisa realizada pelo Sebrae em 2014, é a liberdade. Liberdade tanto de fazer o que quer, quando quer, de onde estiver, quanto de ação, de ter autonomia para executar e tomar as decisões que desejar.

Interessante que no outro extremo dessa balança pesam todas as responsabilidades que essa liberdade nos impõe. Uma vez que a liberdade pressupõe autonomia e, na grande maioria das vezes, solidão. O empreendedor aponta na pesquisa que um dos pontos mais negativos é exatamente o sentimento de que tudo depende dele. E, obviamente, quando tem que tomar uma decisão, mesmo que as soluções sejam compartilhadas, a responsabilidade de tomá-la é dele.

Antes de começar a empreender, as pessoas acham que vão fazer o que gostam. Esquecem ou não se informam o suficiente para saber que terão também que fazer muitas coisas que não gostam. Principalmente quem começa pequeno com poucos recursos financeiros e de pessoas.

Uma outra crença é a de que poderá fazer seu horário. E, por conseqüência, trabalhar menos e ter mais tempo para a família e o lazer. Mais um ledo engano! O que acontece é: no início da pesquisa 57% acreditavam piamente nisso antes de abrir sua empresa e depois de abri-la este número já caía para 43%.

Um aspecto que chama atenção nessa pesquisa intitulada “O céu e o inferno do empreendedorismo”, é o fato de não haver dados sobre gênero. E isso torna difícil alguma conclusão sobre o quanto tais informações são igualmente verdadeiras para homens e mulheres.

De acordo com uma outra pesquisa do Sebrae, as mulheres empreendem na grande maioria dos casos por necessidade. No Brasil o número de mulheres empreendedoras passa de 24 milhões e o de homens de 28 milhões.

Neste sentido, fica fácil imaginar que as mulheres não empreendem porque poderão fazer o querem (ponto 1 da pesquisa “O céu e o inferno do empreendedorismo”). Se a mulher empreende por necessidade, subentende-se que sejam necessidades básicas como colocar a comida na mesa da família e pagar as contas mais essenciais de sobrevivência.

Além disso, as mulheres ainda enfrentam os desafios de terem que equilibrar o tempo num trabalho remunerado com o tempo que precisa dedicar às tarefas domésticas e criação dos filhos. Numa sociedade muito patriarcal, estas tarefas ainda não são igualmente compartilhadas entre homens e mulheres. Para completar, o número de mulheres como chefes de famílias e mães solos, ou seja, famílias sem a presença do homem, chega a 28,4 milhões.

Sendo assim, falar sobre o que seriam os pontos fortes e fracos, o céu e o inferno do empreendedorismo, e os motivos que levam as pessoas a empreender é algo que vai depender muito da realidade e da condição de quem empreende.

O empreendedorismo feminino não é mimimi porque os desafios da mulher ainda são infinitamente maiores e, mesmo no universo do empreendedorismo feminino, as diferenças e as necessidades das mulheres negras, das mulheres com menos escolaridade, das mulheres LGBTs, e por aí vai. Falar em empreendedorismo é um exercício de luta pela equidade e pelo espaço de inclusão.

Gostou do artigo? Quer saber mais porque empreendedorismo feminino não é mimimi? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Cris Ferreira
https://soucrisferreira.com.br/

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Cristiane Ferreira é Coach formada pelo IBC – Instituto Brasileiro de Coaching, Professora da Fundação Getúlio Vargas com cadeiras em Liderança, Coaching, Inteligência Emocional, Técnicas de Comunicação e Empreendedorismo, Palestrante, Empresária do setor de Educação desde 1991, Graduada em Letras pela UFMG e Pós-graduada em Linguística Aplicada pela UFMG, MBA em Gestão de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, Formada em Inglês pela University of New Mexico, EUA, Apresentadora do Programa Sou Múltipla, Fundadora da Associação das Mulheres Empreendedoras de Betim, Ex-Presidente da Câmara Estadual da Mulher Empreendedora da Federaminas (2014/2016), Destaque no Empreendedorismo feminino, recebeu vários prêmios entre eles o “Mulheres Notáveis – Troféu Maria Elvira Salles Ferreira” da ACMinas, troféu Mulher Líder, “Medalha Josefina Bento” da Câmara Municipal de Betim, “Mulher Influente” do MG Turismo e o “Mérito Legislativo do Estado de Minas Gerais”, Comenda Amiga da Cultura da Prefeitura Municipal de Betim.
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