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Emoções: A Chave para o Sucesso em Conversas Desafiadoras!

Descubra como reconhecer, nomear, compreender, regular e expressar emoções para transformar conversas desafiadoras em oportunidades de crescimento e fortalecer relações profissionais.

Emoções: A Chave para o Sucesso em Conversas Desafiadoras!

Emoções: A Chave para o Sucesso em Conversas Desafiadoras!

Reconhecer, nomear, compreender, regular e expressar nossas emoções são pilares essenciais para conversar sobre situações difíceis

Saber conduzir conversas difíceis e resolver conflitos é determinante para o sucesso de qualquer profissional, especialmente aqueles que ocupam posições de liderança. Por mais desconfortáveis e desafiadoras que essas conversas possam ser, elas permitem aos líderes conhecer mais profundamente seus colaboradores e criar/manter relações mais fortes e saudáveis, baseadas na confiança. E tudo isso impacta na colaboração, engajamento e resultados do time.

Na coluna de hoje eu te convido a refletir sobre um dos pontos cruciais que pode estar te impedindo de conversas sobre situações difíceis ou te levando a conduzir esse tipo de conversa de maneira inadequadas: as nossas emoções.

Imagina que você precise conversar com Maria sobre algo que está te incomodando ou não está funcionando na execução de um projeto.

Provavelmente, só de pensar “preciso falar sobre isso com Maria”, uma avalanche de sentimentos já comece a te visitar: ansiedade, medo, nervosismo, tensão e preocupação, entre tantas outras.

Vamos imaginar agora uma outra situação: você está em uma reunião sobre o projeto e, de repente, João diz para todos que a culpa do atraso do projeto é sua, porque você nunca cumpre os prazos.

Boom. Mais uma vez, uma avalanche de emoções pode te visitar: culpa, vergonha, raiva… todas emoções muito intensas.

Em ambas as situações, a forma como você lida com as suas emoções determina como você conduzirá – ou não – essas conversas.

Por um lado, o medo pode te paralisar e impedir que você tenha, de fato, uma conversa.

Por outro lado, a raiva ao escutar uma acusação pode te levar a reagir com defensividade: “ah, mas também, você João, sempre passa todas as informações de qualquer jeito, tudo desorganizado”.

De um jeito ou de outro, não saber gerenciar as suas emoções em situações desafiadoras pode acarretar muitos prejuízos para as suas relações, o seu desempenho, os seus resultados e, consequentemente, a sua imagem profissional e a sua carreira.

Em outras palavras, para conduzir uma conversa difícil eficaz, é fundamental que você aprenda a regular as suas emoções.

Como aprender a lidar com nossas emoções em situações desafiadoras

Antes de prosseguir, vamos alinhar as nossas expectativas e ser realistas? Você não vai aprender a regular suas emoções DURANTE a conversa difícil.

Aprender a lidar com as nossas emoções é treino diário. É crucial praticar entrar em contato com as suas emoções diariamente.

E não apenas as confortáveis, viu? Especialmente as desconfortáveis.

Antes de compartilhar contigo as habilidades necessárias para se conectar com as suas emoções, eu preciso também te alertar sobre outros dois desafios que encontramos quando decidimos aprender a sentir:

  1. Desaprender a empurrar as nossas emoções para debaixo do tapete, negá-las ou reprimi-las. Apesar de sabermos que as nossas emoções são importantes, inconscientemente muitas pessoas acreditam que parar para sentir é improdutivo, que atrasa as nossas realizações.
  2. O fato de que nosso vocabulário emocional é muito escasso. No livro Permissão para Sentir, o autor Marc Brackett afirma que três quartos das pessoas demonstram dificuldade para encontrar uma palavra que exprima os seus sentimentos.

5 atitudes para se conectar com as suas emoções:

1. Reconhecer:

Numa sociedade em que a correria e a produtividade são valorizadas como virtudes, é fácil demais passar com o trator por cima das nossas emoções. É preciso desacelerar para nos conectarmos com nossos estados emocionais. Prestar atenção ao nosso corpo é uma boa forma de reconhecermos as nossas emoções.

2. Nomear:

Como disse anteriormente, rotular as nossas emoções pode parecer difícil quando não estamos acostumados a fazer isso. Você pode começar identificando se o que está sentindo é confortável ou desconfortável. Ao mesmo tempo, procure ampliar o seu vocabulário emocional.

3. Compreender:

Com a Comunicação Não Violenta, aprendi que eu sou a única pessoa responsável por meus sentimentos, e que o que o outro fez ou falou é apenas um estímulo. Eu sinto porque algo é importante para mim. Aqui o convite é determinar quais foram as experiências – ou os gatilhos – que provocaram os seus sentimentos.

4. Regular:

Em vez de permitir que as emoções te controlem, descubra estratégias para lidar com o que está sentindo. Por exemplo, quando você está se sentindo ansioso, praticar atenção plena pode te apoiar a regular a ansiedade.

5. Expressar:

Uma vez que você se permitiu sentir as suas emoções, você pode expressá-las de maneira mais saudável, se responsabilizando pelo que está sentindo. Por exemplo, durante uma conversa difícil, ao se sentir com raiva, você pode dizer a outra pessoa que está sentindo raiva, e que precisa de alguns minutos para respirar e entender porque está se sentindo assim.

Ao lidarmos de forma consciente com nossas emoções, ganhamos a habilidade de conduzir conversas desafiadoras de forma mais segura e empática. Essa jornada de autoconhecimento emocional não só melhora nossas habilidades de comunicação, como também fortalece laços genuínos e contribui para um ambiente de trabalho onde a colaboração e a compaixão são cultivadas.

Gostou do artigo?

Quer saber mais sobre como aprender a lidar com nossas emoções em situações desafiadora? Então, entre em contato comigo. Com certeza será um prazer te ajudar.

Milena Serro
https://www.linkedin.com/in/milenaserro

Confira também: Conversas Difíceis: Por que elas são tão desafiadoras?

 

Milena Serro Author
Milena Serro é Palestrante, Mentora e Facilitadora de Comunicação Consciente e Não Violenta. Especialista em Conversas Difíceis, apoia profissionais e organizações na criação de relações de confiança, colaboração e resultados. É escritora e coautora do livro Descubra O Elo.
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