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É possível mediar nossos próprios conflitos?

Será que é possível mediar realmente nossos próprios conflitos? Aprenda como se fortalecer emocionalmente e encontrar soluções internas para os desafios da sua vida!

É possível mediar nossos próprios conflitos?

É possível mediar nossos próprios conflitos?

Os conflitos fazem parte de nossa vida. Se estamos vivos, então temos conflitos. E, na medida que a sociedade e nossas relações se tornam menos hierárquicas, mais conflitos irão surgir. Isso não é maravilhoso?

Em alguns espaços e momentos históricos parecia não haver tantos conflitos, pois eles estavam encobertos pela obediência. Nas famílias, nas empresas, na sociedade, poucos se atreviam a contestar, desafiar. O conflito não emergia e com isso não se abria espaço para cocriar soluções para os desafios, que permaneciam encobertos pelas relações de poder de uns sobre os outros.

O conflito não é bom nem ruim. Ele é o que é. A forma com manejamos os conflitos é que podem gerar diferentes impactos em nossas vidas.

De fato, muitas pessoas têm medo do conflito e usam das mais diversas estratégias para evitá-lo. Muitas pessoas já viveram situações extremamente danosas em suas vidas em razão de conflitos manejados de forma inapropriada. E quero reconhecer que o caminho de cada pessoa para lidar com os conflitos é único, permeado assim por suas experiências.

Estou aqui para trazer mais uma possibilidade sobre os conflitos em sua vida. Um convite a olhar para o conflito como uma atualização da própria vida, que funcionava de um jeito e passou a funcionar de outro, que gerou incômodo e está reclamando uma nova maneira de existir.

Em geral, o desejo de resolver o conflito está relacionado a algo importante de nossa vida, algo que desejamos cuidar. Nas nossas relações mais íntimas, como os familiares por exemplo, os conflitos tendem a ser os mais difíceis de lidar.

As relações mais íntimas tendem a ser as mais desafiadoras e nelas também temos a tendência de nos envolvermos mais diretamente, assumindo assim o papel de mediadores, de forma consciente e intencional ou inconsciente e despreparada.

Você já se viu mediando conflitos entre seu irmão e sua mãe? Entre seus irmãos? Seu pai e seu tio? Seus filhos/filhas?

É possível que você se lembre de alguma situação assim que já tenha vivido. Eu mesma posso dizer que mediei muitos conflitos entre meus pais, desde criança, sem a menor ideia de que estava fazendo isso.

Pode ser que neste lugar, sem que tenha percebido, você também tenha desenvolvido alguns recursos para lidar com essas situações e que hoje isso te ajude muito nas diversas situações desafiadoras de sua vida.

Você gostaria de ter mais consciência ao assumir essa tarefa de mediar conflitos entre as pessoas próximas ou mesmo de situações que esteja envolvido?

Acredito que essa consciência faça muita diferença. Perceber o que você faz nestas situações, o que contribui e o que não é um bom começo.

Vamos pensar nos recursos que podemos utilizar para fazer possíveis essas conversas difíceis:

  • Estar disponível e checar com o outro sua disponibilidade para uma conversa;
  • Se preparar, usando recursos de autorregulação emocional;
  • Oferecer escuta empática, checando o entendimento ao longo da conversa;
  • Suspender pensamentos julgadores e críticos sobre a outra pessoa;
  • Observar a si mesmo, cuidando para manter um clima de abertura para ouvir e compartilhar.

Provavelmente você saiba da necessidade de todos esses recursos, mas o desafio de mediar essas conversas, onde estamos envolvidos e somos capturados pela emoção e pelas histórias pregressas, pode nos fazer esquecer daquilo que sabemos.

O importante de tomar consciência de todos esses recursos, assim como dos desafios, é poder escolher se há energia e espaço em você para essas mediações ou se você pode buscar apoio, profissional ou não.

Mantenha a consciência de que esta relação é importante para você e essa é a razão para cuidar dela da melhor maneira possível. Se for possível para você assumir esse cuidado, siga em frente. Se perceber que pode ser exaustivo demais, busque apoio.

Gostou do artigo?

Quer saber mais sobre como mediar os seus próprios conflitos? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.

Um abraço,

Juliana Polloni
https://www.linkedin.com/in/juliana-polloni

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Juliana Polloni é mediadora de conflitos em organizações e famílias, com experiência de mais de 15 anos de atuação. É facilitadora de conversações colaborativo-dialógicas com Certificado Internacional de Práticas Colaborativo-Dialógicas pelo Houston Galveston Institute, Taos Institute e Interfaci e especialista em Comunicação Não-Violenta. Advogada, Mestre e Doutora, coautora de livros, treinadora e palestrante com foco em comunicação, relações interpessoais e gestão de conflitos. Por meio da Plural Desenvolvimento Humano tem aperfeiçoado equipes de trabalho para uma melhor convivência e maior bem-estar relacional e emocional dentro das organizações.
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