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Degrau Quebrado: Como a Sororidade pode Transformar o Caminho da Liderança Feminina

O “degrau quebrado” é um dos maiores desafios para a liderança feminina. Descubra como a prática da sororidade pode reparar esse obstáculo invisível, abrir caminho para mais mulheres em cargos de gestão e transformar empresas com diversidade e equidade.

Degrau Quebrado: Como a Sororidade pode Transformar o Caminho da Liderança Feminina

Degrau Quebrado: Como a Sororidade pode Transformar o Caminho da Liderança Feminina

Você já ouviu falar no Degrau Quebrado? Esse termo, conhecido internacionalmente como Broken Rung, descreve um obstáculo quase invisível, mas que tem um impacto enorme na vida profissional de muitas mulheres.


A ideia é simples, mas poderosa:

O maior desafio para as mulheres que querem chegar à liderança não está no topo da escada corporativa, e sim no primeiro degrau — aquela transição entre ser colaboradora e se tornar gestora.

É justamente aí que muitas ficam pelo caminho. Pesquisas como o relatório Women in the Workplace, da McKinsey em parceria com a Lean In, mostram que os homens, em média, recebem mais oportunidades de promoção nesse estágio inicial.

Nós, mulheres, por outro lado, enfrentamos barreiras silenciosas, e isso cria um efeito em cascata. Se menos mulheres chegam ao primeiro nível de liderança, automaticamente teremos menos mulheres preparadas para ocupar cargos de diretoria e presidência lá na frente.


E por que esse degrau é chamado de invisível?

Porque ele não aparece em organogramas, não está nos relatórios financeiros e quase nunca é discutido abertamente. Ele se esconde nos pequenos vieses do dia a dia corporativo.

É quando a promoção vai para quem “se parece” mais com os líderes já existentes, geralmente homens. É quando se associa liderança apenas a traços como agressividade, assertividade e firmeza, deixando de lado estilos de liderança mais colaborativos e inclusivos, muitas vezes praticados por mulheres. E é também a falta de programas de mentoria e patrocínio que abram caminho para que elas possam dar esse primeiro salto.

O resultado é um problema estrutural. Não se trata apenas de uma injustiça individual, mas de algo que compromete toda a organização. Empresas diversas inovam mais, se adaptam melhor às mudanças e até apresentam melhores resultados financeiros, como já apontaram estudos da Deloitte e do BID. Ignorar o degrau quebrado é aceitar perpetuar um ciclo onde as mulheres continuam sub-representadas nos espaços de decisão.


Mas como consertar esse degrau?

Não existe fórmula mágica, mas algumas ações são fundamentais: adotar critérios claros e justos de promoção, oferecer programas de mentoria e patrocínio, treinar líderes para reconhecer e reduzir seus vieses inconscientes e, principalmente, olhar para a equidade não apenas no topo da pirâmide, mas em cada etapa da jornada.

Se quisermos, de fato, ver mais mulheres chegando à presidência, a conselhos e diretorias, precisamos começar muito antes. Precisamos reparar o degrau quebrado, que tantas vezes limita o crescimento delas. Porque equidade de gênero não é só uma questão social; é uma estratégia inteligente de negócios e de futuro.


E talvez a pergunta que toda empresa deveria se fazer hoje seja: o que estamos fazendo para garantir que as mulheres tenham o mesmo ponto de partida nessa escada rumo à liderança?


E quando falamos em reparar esse degrau, não podemos deixar de lado uma palavra que carrega força, empatia e ação coletiva: sororidade. Muitas vezes, pensamos na sororidade apenas como um gesto de amizade ou solidariedade entre mulheres, mas ela é muito mais do que isso. Sororidade é pacto, é compromisso de enxergar a outra e de criar condições reais para que todas possam avançar.

Dentro do contexto do degrau quebrado, a sororidade pode ser a chave para romper o ciclo da desigualdade. Isso significa que mulheres que já conquistaram espaços de liderança podem — e devem — usar sua posição para abrir caminhos para outras. É o olhar atento para aquela colega que ainda não recebeu visibilidade. É a indicação do nome de uma profissional talentosa para uma promoção. E é a decisão consciente de mentorar e patrocinar quem está pronta, mas não encontra oportunidade.

Quando a sororidade entra em cena, deixamos de lado a lógica da competição — aquela que tantas vezes nos foi ensinada — e passamos a operar na lógica da cooperação. Porque não basta apenas chegar ao topo: é preciso garantir que outras mulheres também consigam subir os mesmos degraus.


E aqui está a grande virada: a sororidade é uma estratégia coletiva para consertar o degrau quebrado.

Ela atua onde as políticas institucionais ainda não alcançam, fortalecendo redes de apoio, criando exemplos inspiradores e garantindo que cada conquista não seja individual, mas sim parte de um movimento maior.

Imagine o impacto de líderes que, ao invés de ocuparem sozinhas o espaço, estendem a mão para outras mulheres. Imagine empresas que incentivam formalmente essa cultura de sororidade, estimulando mentorias internas, grupos de afinidade e espaços de escuta segura. O resultado não é apenas a ascensão de mais mulheres à liderança, mas a construção de ambientes mais diversos, humanos e inovadores.

O degrau quebrado só se torna menos frágil quando entendemos que ninguém sobe sozinha. A sororidade, quando praticada de forma intencional e estruturada, não é apenas um gesto de afeto, mas um ato político e estratégico que acelera a transformação que tanto desejamos: ver mais mulheres ocupando posições de poder e influência, não como exceção, mas como parte natural da paisagem corporativa.


É tempo de agir.

Às empresas, deixo o convite — e o desafio — de assumirem a responsabilidade de reconstruir os degraus dessa escada, criando políticas claras, programas de mentoria e ambientes em que a diversidade não seja discurso, mas prática diária.

E a nós, mulheres, faço um chamado à sororidade ativa: que estendamos as mãos umas às outras, que celebremos cada conquista como vitória coletiva e que nunca nos esqueçamos de que, quando uma sobe, todas sobem juntas. Porque o futuro que queremos não se constrói com degraus quebrados, mas com pontes firmes, sustentadas pela coragem, pela equidade e pela união feminina.


Gostou do artigo?

Quer saber mais de que forma a prática da sororidade pode ajudar a reparar o “degrau quebrado” e ampliar as oportunidades de liderança feminina nas organizações? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.

Edna Vasselo Goldoni
https://www.institutoivg.com.br

Confira também: As Habilidades da Mulher do Futuro: Competências-Chave para Liderar no Mercado Pós-2025

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Edna Vasselo Goldoni é Presidente e Fundadora do IVG – Instituto Vasselo Goldoni. Graduada em Biomedicina, iniciou sua carreira em São Paulo; mas em pouco tempo percebeu que seu maior talento e aptidão estavam voltados à área de vendas. Abandonou a carreira de Biomédica e enveredou numa grande empresa de seguros, tendo identificado e desenvolvido suas habilidades técnicas atuando como consultora na área de benefícios. Tempos depois, abriu sua própria empresa na mesma área de atuação. Junto com meu sócio (e marido), fizeram a companhia crescer e se tornar um negócio de relevância no mercado. Nesse período, foi indicada e premiada no ranking Top Of Mind RH, como a 1ª mulher profissional de vendas do país. Ao longo de dez anos consecutivos foi indicada no mesmo ranking, dos quais fui premiada em três. Tendo conquistado uma carreira brilhante de muito sucesso, decidiu aposentar-se.

Pausa necessária
Pensando em devolver à sociedade um pouco do que havia conquistado, criou o projeto “Semeando Pérolas”, uma ação social que realizava em comunidades carentes, hospitais e empresas, empoderando mulheres e valorizando suas histórias. Em pouco tempo, foi convidada pela ONU para representar o Brasil no Congresso Mundial ONU Mulheres.

Nasce o Instituto
Em 2017, nasceu o IVG – Instituto Vasselo Goldoni com o objetivo de trabalhar o protagonismo feminino. Desde então, sua missão tem sido mostrar para as mulheres, o quanto elas são capazes de conquistar tudo o que quiserem.

Com grande força realizadora e muito senso de responsabilidade, segue à frente do IVG, trabalhando pelo empoderamento feminino, desenvolvimento e capacitação de mulheres, através de programas de mentoria, entre outras atividades diversas que ocorrem em paralelo com o mesmo foco: protagonismo feminino | empoderamento feminino | a força da mulher | liderança feminina | carreira de sucesso |
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