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Dedicar mais aos outros que a si mesmo. Dedicação ou vício?

Haverá personalidades que se dedicam mais aos outros que a si mesmo? Haverá forma de as distinguirmos no momento da identificação?

Nas próximas rubricas abordarei aqui semelhança entre tipos de personalidade e como poderemos distinguir mais facilmente cada uma delas.

Bom e neste artigo a questão que trago é:

Haverá personalidades que se dedicam mais aos outros que a si mesmo? Haverá forma de as distinguirmos no momento da identificação?

A primeira reposta é fácil e basta olharmos em nosso redor para chegarmos a essa simples conclusão. A questão que poderemos fazer é: Por que se focam essas pessoas no outros? Será isso dedicação e altruísmo ou vício?

Com o estudo das 9 personalidades do Eneagrama essa questão tornou-se uma resposta fácil.

Ainda que, num estudo mais aprofundado, pudéssemos concluir que a verdade é que todos nós podemos nos dedicar mais aos outros que a nós mesmos em determinados momentos da nossa Vida. Basta pensar, como exemplo, na nossa função como Pais…

Mas evitando essa complexidade de análise voltamos à questão mais simples. Quais os dois perfis de personalidade que se identificam mais facilmente com esse “vício” de ajudar? Quais os perfis em que a atenção e alerta sobre este tema deve estar sempre pronta?

Todos nós temos ou tivemos um colega de trabalho ou amigo que sem aparente motivo se dirige a nós se prontificando para ajudar. E por vezes até parecendo que estão usando um sexto sentido para o efeito, quase que adivinhando essa nossa necessidade. Já te aconteceu?

Na verdade, toda essa atitude seria de uma enorme nobreza se, entretanto, não houvesse se transformado num vicio. Mas por que um vício? Porque é algo que fazem de forma inconsciente e muitas vezes se esquecendo de si mesmos, para poder cuidar dos outros.

Ou seja, um vício inconsciente que os leva a dirigir tanto a sua atenção para os outros, que praticamente esquecem da importância e necessidade de dirigir a atenção para si próprios e para as suas necessidades.

Sobre este “vicio” podemos resumir dois perfis de personalidade dominante. E que regra geral, geram alguma dúvida no momento de identificação do perfil de personalidade. O perfil tipo 2, o prestativo e o perfil tipo 9, o pacificador, segundo o Eneagrama das personalidades.

Quais as semelhanças entre cada um destes perfis?

Por um lado, uma enorme dificuldade em dizer não perante uma solicitação de ajuda por parte dos outros. Por outra, uma visão otimista das pessoas e da vida em geral, assim como uma maior disponibilidade para agir em prol dos outros que de si mesmos. E claro, um vício comum de se esquecer de si mesmos e das suas necessidades. Por essas semelhanças, sofrem muitas vezes de dúvidas existenciais em relação à correta identificação do seu perfil de personalidade.

Ainda que essas semelhanças existam, existem igualmente muitas diferenças. Uma é evidente, tem a ver com o seu foco de atenção. O foco de atenção do tipo 9 é estar na harmonia com os outros, enquanto que o foco de atenção do tipo 2 está no de poder ajudar os outros que lhe são mais próximos, como se sem a sua ajuda eles não conseguissem superar os seus desafios e dificuldades.

Mas claro, numa fase inicial, nem sempre é fácil identificar esses focos de atenção. É mais comum identificar comportamentos comuns do dia a dia.

Procurando mais detalhadamente essas diferenças de comportamento iremos compreender que, no caso do tipo 9 a preocupação com a harmonia é o que está na base da dificuldade em dizer NÃO. Já no caso do tipo 2, o prestativo, o seu desafio está em acreditar que sem o seu contributo dificilmente os outros consigam superar os seus desafios, e por isso o seu impulso de ajudar visa evitar frustração aos que lhe são próximos.

Podemos assim dizer que o perfil tipo 2, comparativamente, é mais ativo na procura de auxiliar os outros, enquanto que o perfil tipo 9 aguarda que a sua ajuda seja solicitada. Até porque a ajuda proativa poderia ser vista como uma quebra de harmonia em muitos dos casos, o que o mesmo evita a todo o custo.

Numa fase inicial essas diferenças podem ser um bom suporte para a identificação do perfil de personalidade. Devem igualmente ser pontos de atenção para não deixar cair em tentação de se esquecer de si mesmo em prol das solicitações de outros.

Até porque, só estaremos em equilíbrio para ajudar os outros quando estamos bem com nós mesmos.

Deveremos olhar para o ato de ajudar, tal como nos é instruído quando voamos de avião.

Primeiro colocar a máscara de oxigênio, e só depois ajudar os outros a colocar a sua.

Se ainda não sabe o seu perfil de personalidade faça gratuitamente o nosso teste em www.eneacoaching.com/teste-eneagrama e descubra mais sobre si, os outros e as suas relações.

⚙️ Eneacoaching
Eduardo Reis Torgal atua como Business Coach desde 2004 em programas de transformação com Eneagrama para executivos e liderança empresarial de alta performance em grandes multinacionais. É palestrante em Portugal e em outros países da Europa. É mentor e fundador do Instituto Eneacoaching em Portugal e no Brasil onde treina outros profissionais na metodologia Eneacoaching com 9 Passos. Especialista em Psicologia Social e Influência com Neurolinguística; é professor convidado para áreas de Coaching, Liderança e Mudança Organizacional em várias pós-graduações em ensinos Portugueses assim como na Academia Força Aérea Portuguesa. Professor supervisor pela escola tradição narrativa – Helen Palmer e David Daniels para Portugal e Brasil. É autor de 3 livros: “Descubra a sua personalidade com o Eneagrama” (2013, Topbooks), “40 dias e um segundo para mudar a sua Vida” (2014, Topbooks) e “A arte da guerra na transformação pessoal” (2014, Topbooks).
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