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Custos Invisíveis: Eles consomem seus recursos e você nem percebe!

Existe um ditado que diz “custo é igual a unha, tem que cortar sempre”. E quando você não vê o custo? Sim, em várias situações existe o “custo invisível”, aquele que consome recursos e ninguém se atenta a ele.

Custos Invisíveis: Eles consomem seus recursos e você nem percebe!

Custos Invisíveis: Eles consomem seus recursos e você nem percebe!

Existe um ditado que diz “custo é igual a unha, tem que cortar sempre”. E quando você não vê o custo? Sim, em várias situações existe o “custo invisível”, aquele que consome recursos e ninguém se atenta a ele.

Não vou tratar neste artigo as questões técnicas relacionadas ao assunto custo, mas sim apresentar algumas situações genéricas relacionadas a viagens corporativas que muitas vezes geram custos invisíveis para muitos.

Vários de vocês já foram surpreendidos com o preço da passagem área para fazer uma visita a um cliente, principalmente se ela for comprada próxima a data da viagem.

Vamos imaginar que ele esteja custando 3 vezes se tivesse sido comprada com antecedência. O que você faz?

Se fui chamado com urgência pelo cliente por causa de um problema, não tenho dúvidas de que vou pagar o valor que for. O custo de não ir pode ser a perda do cliente.

Se a visita ao cliente é para fechar um pedido de R$ 1 milhão, por exemplo, vou até de primeira classe se for a única opção. Não vou correr o risco de perder um contrato por causa do valor da passagem.

Por outro lado, se é uma visita corriqueira eu negociaria com o cliente uma outra data que permita a compra de uma passagem mais barata. Atenção: eu disse negociaria; se o cliente insistir na data talvez o custo valha a pena.

Outra razão para assumir o alto custo da passagem seria se tivesse deixado para comprar na última hora; não ir ou tentar adiar pode desgastar a relação com o cliente.

Apesar desse exemplos valerem para viagens nacionais e internacionais, as internacionais são as mais emblemáticas. Além do custo variar em função da antecedência da compra, tem também a questão da classe econômica ou classe executiva.

Vamos imaginar que você precise estar na reunião terça-feira cedo e que a viagem de avião seja de 10 horas, sem contar as 3 horas de antecedência para estar no aeroporto.

A maioria das empresas comprará para o funcionário classe econômica do voo de segunda-feira à noite. Assumirão que ele trabalhará o dia todo e que terá desempenho excepcional na reunião em língua estrangeira. Esquecem que ele é humano e que é normal, e até esperado, estar desgastado física e mentalmente pela longa viagem.

O que custa mais? Dar melhores condições ao funcionário comprando para ele uma passagem na classe executiva, ou correr o risco do cansaço da viagem impactar na sua performance durante a reunião?

Como alternativa algumas empresas oferecem ao funcionário viajar sábado ou domingo, para ele ter tempo de descansar e se recuperar até a reunião da terça-feira cedo. Alegam que o custo adicional de estadias e alimentação é mais barato do que a passagem na classe executiva.

Sim é verdade, mas para mim é um desrespeito privar o funcionário de uma reunião familiar no fim de semana, de brincar com suas crianças, de visitar um amigo ou parente. Para mim, fica parecendo que o tempo livre do funcionário não tem valor para a empresa.

Assumindo que a viagem é necessária, que gerará valor para a empresa e que haja por parte da empresa uma real preocupação com o bem-estar do funcionário, então a viagem na classe executiva é indiscutível. Por outro lado, se a viajem não trouxer qualquer valor para a empresa, ela nem deve acontecer. É mais produtivo fazer a reunião remota e não presencial.

Confesso que já viajei sexta-feira à noite em classe econômica e participei de reuniões já na segunda-feira cedo, ao invés de ir domingo à noite na classe executiva. Foi uma troca que fiz no passado e só faria novamente se a minha família fosse comigo na sexta-feira.

Considerar apenas os custos que enxergamos (custo da passagem), sem entender a situação (real motivo da viagem) e nem identificar os outros custos (tempo do funcionário, as condições disponibilizadas e o risco da sua performance pelo desgaste), podemos tomar uma decisão achando que estamos economizando, quando de fato estamos desperdiçando recursos.

Você já tinha ouvido falar de custos invisíveis? Identificou alguma situação na sua empresa ou mesmo na sua vida pessoal? Compartilhe comigo. 

Gostou do artigo?

Quer saber mais sobre custos invisíveis e outros assuntos ligados às finanças e à gestão financeira? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Marcio Motter
https://marciomotter.com.br/

Confira também: Uma empresa quebra por falta de caixa. Mas será que este é o único motivo?

 

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Marcio Motter é um Executivo Financeiro com mais de 25 anos de experiência em Tesouraria, Controladoria, Planejamento, Fusões & Aquisições, Relações com Investidores e emissão de títulos de dívida (bonds e commercial papers) em diferentes setores (publicação, restaurantes industriais, defesa e eletrônicos). Ao longo de todos esses anos ele atuou próximo às áreas de negócio viabilizando alternativas consistentes com a estratégia da empresa e não apenas no controle de custos, despesas e processos; gerindo os riscos das operações e não levantado empecilhos ou limitações para a realização delas. É autor do e-book “Aumente o lucro sem aumentar o preço” e mentor do InovAtiva desde 2017.
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