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Conversando sobre os alcances e os limites do Coaching

Todo profissional que se doa por completo àquilo que acredita, chega ao final de um dia de trabalho com a certeza de que tudo o que foi possível ser feito, recebeu a máxima dedicação ao propósito escolhido.

Todo profissional que se doa por completo àquilo que acredita e assim se entrega com amor, chega ao final de um dia de trabalho com a certeza de que tudo o que foi possível ser feito, recebeu a máxima dedicação ao propósito escolhido.

Neste momento, as perguntas: você contrataria a si mesmo? Você contrataria os serviços que oferece e os produtos que desenvolve? Terão respostas afirmativas e os aprimoramentos contínuos das boas práticas e das bases teóricas ocorrerão espontaneamente.

Deixo um convite aos colegas Coaches para refletirmos sobre esses dois primeiros parágrafos. Vamos iniciar debates e motivar encontros – presenciais e virtuais – para que caminhemos na direção do desenvolvimento desta profissão.

Inicialmente, utilizo os fundamentos teóricos vindos das escolas de Coaching: comportamental e ontológico. A primeira disponibiliza ferramentas e procedimentos que alcançam uma pequena profundidade na consciência humana. Já a segunda, mergulha e investiga a construção que fazemos da realidade; contando com a linguagem como a principal ferramenta.

Quem é o profissional Coach? Quais são os certificados disponíveis e como eles são acreditados? Há formações disponíveis mundialmente? Como conciliar o Coaching às outras profissões que visam o desenvolvimento humano?

Essas e outras perguntas são feitas durante treinamentos e mentorias às pessoas que procuram esta carreira profissional ou que já estão nela. Percebo que se encontram em dificuldade para identificar/consolidar o nicho de atendimento e a metodologia a ser utilizada.

O profissional Coach é aquela pessoa que aceita a responsabilidade de receber o Coachee (cliente do Coaching) em sua totalidade como pessoa. Neste momento, há a necessidade de identificar o quão profundo pode-se ir e contribuir à união de todas as partes que constituem o núcleo do caráter e da personalidade.

O Coach tem que ser competente em se entregar ao Coachee. Eliminar o julgamento e prover o pleno espelhamento daquilo que lhe é perguntado: o repertório de vida, os recursos de comportamento e de linguagem são do Coachee e estão no Coachee.

Há clientes que as metodologias e as condutas comportamentais são suficientes; contudo, há outros que necessitam de ferramental linguístico: convidando assim à combinação das duas escolas para que propiciem vivências de crescimento e de adaptação ao meio que ele está.

Investigar esta combinação é urgente. Infelizmente, elas são comercializadas como concorrentes no Brasil; fato este que cria afastamentos para que o diálogo não ocorra. Acredito que esta aproximação contribuirá para que outras áreas do conhecimento e das ciências humanas também queiram estar por perto.

Não possuímos no Brasil treinamentos e ou cursos que formem Coaches. Tão pouco, possuímos cursos de especialização que são sérios desde a sua criação. Podemos debater frentes teóricas, quantidades de alunos por turma, formatos dos conteúdos e das unidades lecionadas… Formar uma pessoa-profissional é muito mais que isto. Procurarei abrir este parágrafo nos próximos textos desta sequência.

Fico na torcida para que iniciemos boas conversas e contribuições ao Coaching; isto, para que ele não fique reduzido a tão somente uma conduta paralela de um ou outro profissional que vise o desenvolvimento humano.

Leandro Alves da Silva é Gerente de Desenvolvimento Humano Organizacional na First Peopleware e atua desde 2011 em Coaching-Mentoring-Counseling, palestras e treinamentos customizados. Doutor em Educação pela FEUSP e Master Coach pelo BCI.
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