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Conversando com um alto executivo

Em um breve diálogo que está na ficção, mas que aos poucos se faz cada vez mais presente na realidade, conheça uma história que promove reflexões sobre o viver a própria vida.

Trago um breve diálogo que está na ficção e que aos poucos se faz cada vez mais presente na realidade. O Sr. Osvaldo é um personagem que pretende alcançar e mostrar a pessoa que há antes do papel de um alto executivo. A motivação em trazê-lo vai ao encontro de promover reflexões sobre o viver a própria vida.

– Olá Sr. Osvaldo, tudo bem? Vamos iniciar a sessão de Coaching?

– Oi Leandro, estou bem. Quero falar sobre outro assunto… Acredito que o Coaching também possa me ajudar. Pode ser?

– Certamente sim. Há correlações entre ele e o objetivo da sessão?

– Sim e também por isso quero compartilhar com você. O departamento de recursos humanos (RH) investe constantemente em mim. Há o Coaching, cursos na Europa e a participação nos lucros e resultados (PLR): tudo isso acaba por me vincular mais e mais aqui.

– O que este vínculo significa para o senhor?

– Significa muito e por ele mantenho a minha coerência. Ocorre, Leandro, que já há algum tempo fico me perguntando: Para que tudo isso? Até onde isso irá me levar? Para quem vale a pena tudo isso que faço? Já estou com 58 anos. Estive com a minha família neste final de semana e por um longo tempo observei a todos. Pouco vi o crescimento das crianças: hoje já adultos. Há netos a caminho: lembrei que não presenciei o nascimento dos meus filhos. Servi os pratos à mesa e observei que em muitos domingos não almocei por ali.

– O seu valor família está presente e intenso. O senhor já construiu as respostas às suas perguntas?

– Isso! Tenho as respostas e já as coloquei em prática. Em 30 dias terminará um último prazo à minha permanência acordada no programa de PLR. Conversei com colegas diretores e com o presidente. Eles estão desconfortáveis com a minha decisão e pediram um pouco mais de tempo.

– O que o senhor pensa em fazer?

– Já fiz!

– Quais foram os seus passos? Eles são específicos e temporalmente realizáveis?

– Estive no RH. Pedi o atendimento ao programa de demissão voluntária. Não há um impedimento regimental para negarem isso. Em paralelo, sugeri a contratação de outro executivo indicado por mim.

– A comunicação com a presidência foi feita?

– Sim! Ele está incomodado com o meu comportamento. O presidente é um amigo pessoal há mais de 20 anos. Ele diz que acabo de entrar na plena maturidade executiva e que conta comigo para os próximos 20 anos.

– Seu valor amizade está presente. Considere ele plenamente. Perceba os comportamentos e as ações que ele proporciona. Agora, faça o mesmo com o seu valor família. Como o senhor se sente? Não há aqui o escolher entre um ou outro: há aquilo que a sua vida pede para que o senhor faça. É isso que tem que dizer ao presidente?

– Isso!

– Acredito que os amigos são pessoas que nos acolhem do jeito que somos. Compartilhamos esta crença?

– Sim. Estive com ele ontem e o meu pedido de demissão foi aceito. Cumpro agora 30 dias para ajudar na chegada do novo executivo.

– No que o senhor gostaria que o Coaching lhe ajudasse?

– Pedi à empresa para que as últimas sessões do Coaching tenham o foco na minha aposentadoria e na minha vida pessoal: ela concordou. Você me ajuda?

– Vamos em frente!

Leandro Alves da Silva é Gerente de Desenvolvimento Humano Organizacional na First Peopleware e atua desde 2011 em Coaching-Mentoring-Counseling, palestras e treinamentos customizados. Doutor em Educação pela FEUSP e Master Coach pelo BCI.
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