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Consequências do isolamento social, planos de saúde e a resiliência corporativa

Empresas que ofertam o benefício de um plano de saúde que não contemple o atendimento necessário irá lidar de modo mais dramático com a saúde de seus colaboradores.

Consequências do isolamento social, planos de saúde e a resiliência corporativa

Consequências do isolamento social, planos de saúde e a resiliência corporativa

O novo Coronavírus veio para todos. Independentemente de raça, cor ou condição. Pega a todos do mesmo modo. Não há o privilégio de se escolher.

Se as mesmas regras valem para todos, na disseminação e avanço do vírus, há um modo igualitário de atuação (exposição e contágio) na pandemia.

Como há este modo que não se altera em todo o país, desde janeiro de 21, iniciamos uma série de reuniões na SOBRARE. O intuito é debater algumas perguntas que nos parecem ser relevantes às empresas:

Por exemplo: O modo igualitário do vírus nos leva a aprender algo com a situação dentro de nosso ambiente de trabalho?

Uma realidade inicial que se pôde discutir foram as diferentes regras para quem busca socorro nas unidades hospitalares e rede de apoio à saúde primária. Muitos dizem que somente pobres morrem. Não é verdade! Mas, é também verdade que o número de atendidos pelos bons hospitais vencem em maior número a doença. A qualidade do tratamento médico / hospitalar tem sido determinante na superação desta adversidade.

A conclusão inicial é que empresas que ofertam o benefício de um plano de saúde que não contemple o atendimento necessário para esta circunstância, irá lidar de modo mais dramático com a saúde de seus colaboradores.

Outro aspecto fundamental debatido é que países nos quais as condições de higiene e as regras de condutas ignoram o potencial de transmissão do vírus, têm tido maior número de mortes.

Na Índia, USA e Brasil os gráficos atestam que na pandemia não é de bom tom ignorar as condições de saúde ou cultivar modos de agir impulsivos. Em todos esses três países há uma porcentagem elevada da população que não aceita o isolamento social e defendem uma exposição mais aberta ao vírus. Algo como, melhor logo se contaminar e lutar, do que alimentar a frustração na vida. Nessa perspectiva o que se ressalta é que, quanto maior o número de empresas neste modo de funcionamento, maior o número de empresas com resultados pífios – a quebradeira se avizinha.

Outra conclusão nas empresas que já se pode chegar é que, aqueles que estão no sistema presencial, estão todos entrelaçados como em uma rede de pescar. Um afeta o outro e todos afetam familiares ou sistemas de apoio. Há um desdobramento em cascata. Essa é uma das mais nítidas características do novo Coronavírus. Não é a doença de um, mas o adoecer de muitos.

Somando as duas conclusões até aqui apresentadas temos que, empresas que oferecem assistência médica / hospitalar de baixa qualidade em seus convênios, e ainda estão com rotinas do sistema presencial com alta possibilidade de exposição, tendem a se colocar dentro do efeito cascata (transmissão elevada) típico do novo Coronavírus.

Tivemos também em consideração que o fato de ser a primeira vez no planeta que temos uma pandemia com este vírus, em particular nas empresas. E, por isso, estamos todos em um laboratório de testagens e aprendizagens. Muito se tem falhado (até começo de junho/21, 470 mil mortos só no Brasil!) e muito se tem aprendido.

Tem-se aprendido que, nos ambientes de trabalho líderes e liderados estão envolvidos em desafios diários de valores morais e éticos. No Brasil, onde o sistema decisório parte dos municípios até chegar no governo federal, deixa tudo o que se relaciona com valores, muito, muito lento. Já nas corporações onde o mando vem de cima para baixo, tem-se reinstalado o clima de imposição.

Resultando haver uma massa de colaboradores trabalhando diariamente por dez, doze ou quatorze horas por dia. Um modelo de trabalho que mina essencialmente os sistemas imunológicos destes trabalhadores, deixando-os menos protegidos para quando ocorrer a contaminação.

A conclusão deste aspecto é a necessidade nas empresas de um sistema mais coletivo, abrangente de seus funcionários estruturado pelos RHs. E não tão voltado para o temperamento ou gosto de lideranças individuais. Um sistema com a resiliência oportunizada para todos da empresa e não aquilo que certo líder ou gerência acha que deva ser.

Uma última perspectiva considerada tem sido a falta de regulamentação que impera no país, em particular, no contexto da alimentação. É muito difícil se chegar a um número exato de empreendedores, micro e médias empresas que simplesmente se lançam na iniciativa de produzir alimentos. Carne e peixes nas feiras, bolos e doces nas casas e padarias, enlatado e ensacados nos mercados.

Assim como há muitos indícios de que, a origem da COVID-19 está em mercados asiáticos que manuseiam e ofertam alimentos silvestres in natura, no Brasil a produção, manuseio e distribuição de alimento entre empresas possui escassa vigilância e controle. Depende demais da boa índole e dos bons hábitos de higiene de quem produz. Resultado? Temos ainda em 2021, um panorama propício para uma nova pandemia advinda de alimentos não controlados.

A conclusão deste item é que nas empresas há a necessidade de se iniciar programas de formação de cultura em prol da produção, manuseio, transporte e distribuição mais higiênica de alimentos entre os trabalhadores.

Por fim, temos aprendido sim, muito. Estamos aprendendo que empresas, grandes ou pequenas, devem avaliar a qualidade de seus benefícios no campo da saúde. Este é um fator decisório no enfrentamento da pandemia com os colaboradores mais bem equipados e protegidos quando se contaminam.

Tem-se percebido também, que a ideia de que é melhor todos se infectarem logo e os fortes sobreviveram, traz estragos na perda definitiva de conhecimento, talentos e preciosos recursos para o negócio. Como também se tem atentado para a urgente necessidade de se trabalhar na educação partindo da liderança da empresa – os RHs, do que depender de iniciativas de líderes em particular.

Estas ações trarão como benefício uma assistência à saúde mais igualitária, homogênea, conscientizada, de maior controle em seus dados e resultados. Aspectos essenciais para a saúde de empresas e mercados.

Para nós da SOBRARE, este é um ambiente organizacional com resiliência mais sustentada.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre consequências do isolamento social, planos de saúde e a resiliência corporativa? Então entre em contato conosco. Teremos o maior prazer em responder.

Equipe de Líderes da SOBRARE
http://sobrare.com.br/

Confira também: Medo e Resiliência na Vida Pessoal e Profissional em Tempos de Pandemia

 

SOBRARE Author
Nascida em 2009, a SOBRARE (Sociedade Brasileira de Resiliência), tem, desde sua organização, a missão de divulgar, de forma fácil e prática, conhecimentos em resiliência dentro da perspectiva científica. Para tanto, ao longo dos anos, foi consolidando sua teoria, métodos e instrumentos de avaliação para dar suporte aos que buscam pesquisar e trabalhar com resiliência. A resiliência em si é formada por oito áreas específicas: O Autocontrole, a Análise de Contexto, a Autoconfiança, a Empatia, o Conquistar e Manter Pessoas, a Leitura Corporal, o Otimismo para com a Vida e o Sentido de Vida. Devido a este construto científico definido da resiliência, a SOBRARE já possui diversos doutorados, mestrados, TCCs e MBAs defendidos em universidades com tais conceitos teóricos e seu ferramental. Esta atuação também tem sido intensa com as organizações por meio de treinamentos, capacitações e mapeamento das áreas da resiliência em líderes e colaboradores.
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