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Consciência da Escolha: Sempre colhemos o que plantamos!

Somos autores do nosso destino, embora quase sempre tentemos fugir às nossas responsabilidades. Somos obrigados a conduzir nossa liberdade de escolha e colheremos sempre os frutos do que plantarmos.

Consciência da Escolha: Sempre colhemos o que plantamos!

Consciência da Escolha: Sempre colhemos o que plantamos!

A liberdade nos coloca em confronto com as escolhas e com nosso ser interior. Quando escolhemos alguma coisa, também devemos assumir a responsabilidade por esta decisão. Feita a escolha, não podemos mais escapar dela. Depois da escolha, depois de saber o que decidimos, é que ficamos sabendo quem de fato nós somos.“ (Schopenhauer e os anos mais selvagens da filosofia, de Rudger Safransk)

Somos autores do nosso destino, embora quase sempre tentemos fugir às nossas responsabilidades. Ou ainda de forma mais profunda: primeiro existimos e quanto a isso não podemos escolher exatamente onde vamos nascer, mas dar um significado à nossa existência é responsabilidade nossa. Somos obrigados a conduzir a nossa liberdade de escolha e colheremos sempre os frutos do que plantarmos.

Claro que a liberdade de escolha pode gerar alguma ansiedade. Não ter a quem culpar por nossas falhas nos torna mais vulneráveis, frágeis e por vezes até mesmo impotentes, mas não assumir a nossa responsabilidade é apenas uma maneira de tentar nos enganar e de fugir à nossa consciência. O homem jamais poderá optar por não ser livre, pois no fim das contas até não escolher alguma coisa já é uma escolha.

Aliás, em nossa sociedade, uma característica muito presente é a terceirização da culpa: o Governo, o Médico, a Professora, o Marido, a Esposa, os Filhos, o Padre, o Ladrão, o Assaltado – qualquer um que não seja o real responsável pelos fatos.

“Tal como o homem que anda só e nas trevas, resolvi agir lentamente utilizando a sensatez em todas as coisas, de modo que, apesar de caminhar lentamente, pelo menos tinha a certeza de não cair” (René Descartes (1596-1650) na obra Discurso sobre o Método)

A nossa felicidade, liberdade e responsabilidade estão sempre em nossas mãos.

O caminho não é linear, seguimos errando e aprendendo, caindo e levantando e, ao escolhermos um caminho deixamos tantos outros para trás. Perdemos algumas coisas, ganhamos outras, ferimos algumas pessoas enquanto outras ficarão felizes.

Mas o que não podemos mesmo é ter medo de arriscar seguir em frente com as consequências do exercício de aprendizado diário.

Livre-arbítrio, para Santo Agostinho é a vontade livre ou, em outras palavras, a possibilidade de se fazer uma escolha, tomar uma decisão, fazer uma opção entre agir ou não agir ou agir de um jeito ou de outro.

Um dos atributos de Deus é ser justo e a justiça é um dos bens superiores que existem e devem ser almejados pelo ser humano. Segundo Agostinho, justiça pode ser definida como “a virtude pela qual damos a cada um o que é seu”. Dessa forma, a pessoa só pode receber recompensa ou punição se o ato que ela praticou foi completamente livre. E o ato dessa pessoa só pode ser completamente livre porque Deus deu a cada ser humano o livre-arbítrio.

Mesmo sabendo que entre persas e chineses existem pessoas sábias e sensatas, eu tinha a impressão que o mais útil seria orientar-me por aqueles com os quais eu precisaria viver e, para estar bem certo de suas opiniões, estabeleci como norma antes observar aquilo que faziam do que aquilo que diziam.

Tal como o homem que anda só e nas trevas, resolvi agir lentamente utilizando a sensatez em todas as coisas, de modo que, apesar de caminhar lentamente, pelo menos tinha a certeza de não cair

(René Descartes (1596-1650) na obra Discurso sobre o Método)

O atual estágio evolutivo da humanidade terrestre demonstra que o indivíduo já possui um certo domínio sobre os seus atos instintivos e que a sua inteligência está mais aperfeiçoada.

Assim, já não se justifica o desconhecimento da utilização de certos princípios, sobretudo os de natureza moral e ético, que regulam as relações interpessoais ─ definidas como a forma de nos relacionarmos com o próximo.

Tudo isso nos conduz à certeza de que a liberdade de agir, por mais insignificante que seja a sua manifestação, apresenta consequências, a curto, médio e longo prazos. Surge, então, a necessidade premente de agir com responsabilidade porque, de fato, colhemos o que plantamos.

Ao longo da vida somos educados para atender às expectativas externas: nossos pais, para pertencer a um grupo na escola ou no clube, para se encaixar a uma dada convivência social, para ser bem-visto pelo chefe e pelos colegas, e assim acabamos “tendo que” conhecer o restaurante da vez, morrendo de vontade de viajar para aquele destino que todo mundo já foi menos você, comprando algo porque também merecemos, já que trabalhamos e nos dedicamos tanto.

Esse comportamento inconsciente vai nos moldando. Vamos fazendo escolhas que não fazem sentido para nós e não percebemos que muitas não levam embora a ansiedade e a insegurança.

Mudar um comportamento padrão, arraigado desde a infância não é uma tarefa difícil – no entanto, exige disciplina e muita repetição. Precisamos estar atentos a todas as escolhas que fazemos a cada dia para percebermos em cada uma delas o que é nosso e o que repetimos por pura distração.

A distração é tamanha que mal percebemos as cerca de 4.000 escolhas que fazemos todos os dias. Alguns estudos já comprovam que 90% delas são inconscientes e apenas 10% são conscientes, e muitas que parecem não serem importantes, vão moldando o nosso caminho.

As grandes mudanças comportamentais acontecem por repetição e frequência. A repetição é a mãe da aprendizagem.

É através da repetição que memorizamos e colocamos uma nova habilidade em nosso “piloto automático”. Esse é o caminho para transformar uma competência consciente em inconsciente. É assim que criamos novos hábitos e conquistamos a meta da aprendizagem que é tornar novas habilidades habituais e automáticas.

“Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses.” (Sócrates)

Para Paulo Coelho:

“Uma ação é um pensamento que se manifesta.”

Um pequeno gesto nos denuncia, de modo que temos que aperfeiçoar tudo, pensar nos detalhes, aprender a técnica de tal maneira que ela se torne intuitiva. Intuição nada tem a ver com rotina, mas com um estado de espírito que está além da técnica.

Assim, depois de muito praticar, já não pensamos em todos os movimentos necessários: eles passam a fazer parte da nossa própria existência. Mas para isso, é preciso treinar e repetir.

E como se não bastasse, é preciso repetir e treinar.

Gostou do artigo?

Quer saber mais sobre como ter consciência de nossas escolhas e por que colhemos o que plantamos? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar sobre este tema.

Sandra Moraes
https:// www.linkedin.com/in/sandra-balbino-moraes

Confira também: O Poder da Escolha: Como você tem exercido o seu?

 

Sandra Moraes é Jornalista, Publicitária, Relações Públicas, frequentou por mais de 8 anos classes de estudos em Filosofia e Sociologia na USP.É professora no MBA da FIA – USP. Atuou como Executiva no mercado financeiro (Visa International (EUA); Banco Icatu; Fininvest; Unibanco; Itaú e Banco Francês e Brasileiro), por mais de 25 anos. Líder inovadora desenvolveu grandes projetos para o Varejo de moda no país (lojas Marisa – Credi 21), ampliando a sua larga experiência com equipes multidisciplinares, multiculturais, altamente competitivos, inovadores e de alta volatilidade.
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