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Comunicação é uma Competência Individual ou Coletiva?

Você sabia que a competência ou habilidade de comunicação tem sido a habilidade mais cotada dentre as habilidades buscadas pelas empresas nos profissionais? E você sabe o porquê?

Comunicação é uma Competência Individual ou Coletiva?

Comunicação é uma Competência Individual ou Coletiva?

Já percebeu? Final de ano chega e começam as prospecções sobre as tendências e exigências do mercado para o próximo ano. Na minha área de atuação, algo que tem se destacado é o crescimento e reconhecimento da habilidade de comunicação como a mais cotada dentre as habilidades buscadas pelas empresas nos profissionais.

E não é de hoje que esta competência vem chamando a atenção. Eu vou te contar neste artigo alguns motivos que vem contribuindo para que a comunicação seja mais que uma habilidade buscada pelo mercado, mas uma necessidade no mundo contemporâneo.

Segundo os estudos recentes publicados, da plataforma ZipRecruiter e da empresa de recrutamento Robert Half em parceria com a empresa School of Life, a habilidade de comunicar-se aparece como a primeira entre as 10 competências mais buscadas para 2023.

Começo ressaltando como o olhar para a comunicação humana foi ganhando espaço no meu trabalho, a ponto de hoje eu ter uma empresa de desenvolvimento humano que trabalha com foco na comunicação.

Minha formação acadêmica em Direito não desenvolveu minha habilidade de comunicação. Percebo que a grande maioria das formações acadêmicas também não cuidam do desenvolvimento dessa habilidade. Ainda que saibam que os profissionais formados nas mais diversas áreas irão lidar com pessoas e, com certeza, precisarão se comunicar com competência.

Quanto mais eu fui me aprofundando na mediação de conflitos, que é uma metodologia dialógica para a resolução de conflitos, fui percebendo que a base de nossos conflitos, da forma como lidamos com eles e, portanto, da forma como os resolvemos, está na comunicação. E lá se vão mais de 15 anos investigando e aprimorando a comunicação humana e seus efeitos nas relações.

E é exatamente este último ponto que trago aqui para explicar a você o porquê da comunicação estar no topo das habilidades.

Com a transformação do mundo a partir da velocidade das informações, da tecnologia e dos mais diversos meios de acesso, a forma como construímos nosso pensamento também mudou. Antes o pensamento científico, tradicional, imprimia a ideia de simplicidade, estabilidade e objetividade às coisas. Agora passa a ser substituído pelo pensamento sistêmico, que olha para os múltiplos fatores que influenciam o mundo. E emerge a ideia de complexidade, instabilidade e intersubjetividade.

Se construímos nossa compreensão de mundo pela intersubjetividade, pelas relações, passamos então a olhar para a importância da forma como vamos construindo isso. Em outras palavras, para a comunicação.

O ato de comunicar-se não apenas revela o pensamento de uma pessoa como se acreditava antes, mas vai além disso. Ele contribui para que a outra pessoa com quem ela interage participe da construção da realidade que se estabelece naquela relação.

Olhar para as nossas interações comunicacionais e os efeitos delas em nós e no mundo ao nosso redor pode trazer respostas muito significativas sobre os problemas e a possível solução deles.

E esse tem sido meu trabalho, construir espaços de diálogo nas empresas, para que as pessoas possam se expressar com autenticidade, escutar umas às outras, encontrando meios menos conflitivos de lidarem com as situações problemas que fazem parte do cotidiano.

E é este o ponto que quero destacar aqui.

Acho importante esse despertar das empresas para a importância da habilidade comunicacional de seus profissionais. Contudo, de nada adianta contratar pessoas que se comunicam bem se a empresa não tiver esses espaços de diálogo funcionando sistemicamente.

Para que essa habilidade frutifique no contexto como um todo não pode ser vista como uma habilidade individual. Aliás, no meu ponto de vista, uma empresa que investe na construção de espaços dialógicos e começa, a partir deles, a construir seu futuro, tem uma maior chance de ver seus problemas resolvidos de forma criativa e colaborativa do que aquelas que estão buscando profissionais isoladamente competentes na arte da comunicação.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre a importância da competência de comunicação nas empresas? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.

Um abraço,

Juliana Polloni
https://www.linkedin.com/in/juliana-polloni

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Juliana Polloni é mediadora de conflitos em organizações e famílias, com experiência de mais de 15 anos de atuação. É facilitadora de conversações colaborativo-dialógicas com Certificado Internacional de Práticas Colaborativo-Dialógicas pelo Houston Galveston Institute, Taos Institute e Interfaci e especialista em Comunicação Não-Violenta. Advogada, Mestre e Doutora, coautora de livros, treinadora e palestrante com foco em comunicação, relações interpessoais e gestão de conflitos. Por meio da Plural Desenvolvimento Humano tem aperfeiçoado equipes de trabalho para uma melhor convivência e maior bem-estar relacional e emocional dentro das organizações.
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