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Você já tentou mudar o comportamento do seu colaborador e nada deu certo?

Para ajudar um colaborador a mudar seu comportamento, é importante adotar uma abordagem diferente, em vez de tentar consertar seu comportamento. Aprenda o pulo do gato, os 7 passos necessários para fazer isso de forma correta.

Você já tentou mudar o comportamento do seu colaborador e nada deu certo?

Você já tentou mudar o comportamento do seu colaborador e nada deu certo?

Mudar o comportamento de alguém sem sucesso é mais comum do que podemos imaginar. Nos meus treinamentos é bem frequente este lamento dos lideres, como: “Já fiz de tudo e a pessoa não muda. Já acolhi, já dei bronca, já orientei e nada.”

Bem, eu já começo dizendo: um ser humano só muda se ele quiser. Ninguém obriga ninguém a mudar. O nosso insucesso acontece porque partimos de uma premissa errada, de uma visão equivocada sobre processo de mudança.

Por que partimos de uma premissa errada?

Muitos líderes têm uma crença que mudar pessoas é o mesmo que ter controle sobre ela. E mais, alguns acreditam que só o fato de ser um gestor, seu cargo é suficiente para influenciar pessoas a mudarem comportamentos não sintonizados com a cultura da empresa.

Se fosse tão simples assim, bastaria dar uma ordem e tudo mudaria. Uma coisa é reprimir o comportamento indesejado, outra coisa é criar um novo comportamento que se sustente no decorrer do tempo.

Se você, líder, preferir o “Comando e Controle”, siga em frente e seja um “líder herói”.

Se você, líder, preferir uma gestão de mudança sustentável, continue a leitura e descubra o pulo do gato.

Qual é o pulo do gato?

Bem, o “pulo do gato” é mudar o foco. E aqui quero citar Richard Boyatzis, renomado psicólogo em desenvolvimento humano que, no livro “Ajudando Pessoas a Mudar” mostra a diferença entre “consertar o outro” e “conectar-se com a visão positiva do outro” e a partir daí promover uma conversa de desenvolvimento com o compromisso do colaborador em escolher e desejar agir para mudar.

Boyatzis mostra que, em vez de se concentrar em corrigir os aspectos negativos do comportamento de alguém, é mais eficaz se concentrar em construir uma visão positiva da pessoa. Ele defende a ideia de que a mudança duradoura ocorre quando as pessoas se conectam com sua própria visão de um futuro desejado e agem de acordo com essa visão.

Boyatzis destaca a importância da empatia e da conexão humana no processo de mudança. Por isso, sugere que os líderes e profissionais de desenvolvimento pessoal devem estabelecer uma conexão genuína com as pessoas que desejam ajudar, compreendendo suas motivações, desafios e aspirações.

E para promover uma conversa produtiva, o líder deve fornecer feedback construtivo, identificar lacunas entre o comportamento atual e a visão positiva do indivíduo, estabelecer metas realistas e oferecer suporte contínuo ao longo do processo.

O passo a passo

Para ajudar um colaborador a mudar seu comportamento, é importante adotar uma abordagem centrada na visão positiva do colaborador, em vez de tentar consertar seu comportamento. Aqui vão os passos que podem ser seguidos nesse processo:

  1. Criar uma conexão empática: Comece estabelecendo uma conexão empática com o colaborador. Demonstre interesse genuíno em compreender suas perspectivas, necessidades e desafios. Isso ajuda a construir confiança e abrir um espaço de diálogo aberto;
  2. Identificar a visão positiva: Explore a visão positiva do colaborador. Descubra quais são seus valores, aspirações e metas profissionais. Isso permite que você compreenda o que motiva o colaborador e o que ele deseja alcançar em sua carreira;
  3. Feedback construtivo: Fornecer feedback construtivo e especifico sobre o comportamento atual do colaborador. Ao fazê-lo, concentre-se em como esse comportamento pode estar afetando seus objetivos e a visão positiva que ele possui para si mesmo;
  4. Explore gaps: Ajude o colaborador a identificar os gaps entre seu comportamento atual e a visão positiva que ele possui. Convide-o a refletir sobre esses gaps que podem estar impedindo seu progresso e o que ele poderia fazer de diferente para sanar os gaps;
  5. Definia metas de mudança: Apoie o colaborador na definição de metas de mudança realistas e alcançáveis. Certifique-se de que essas metas estejam alinhadas com sua visão positiva e que ele esteja comprometido em trabalhar para alcançá-las;
  6. Dê suporte contínuo: Apoie o colaborador durante todo o processo de mudança. O que pode incluir coaching, mentoria, treinamento e todo recurso que o ajude a desenvolver novas habilidades e superar desafios. Faça o reconhecimento do seu progresso;
  7. Faça um acompanhamento regular para avaliar o progresso do colaborador: Faça ajustes conforme o necessário e continue reforçando a conexão entre seu comportamento e a visão positiva que ele possui de si mesmo.

Impacto na expansão da consciência do colaborador

Esse processo de mudança pode ter um impacto significativo na expansão da consciência do colaborador ao promover o autoconhecimento, a autoconsciência, a ampliação de perspectivas, a resiliência, a autonomia bem como a consciência das interações sociais.

Ao ajudar o colaborador a se conectar com uma visão positiva e apoiá-lo em sua jornada de mudança, é possível facilitar um crescimento pessoal mais profundo e uma maior conscientização de si mesmo e do mundo ao seu redor.

Concluindo

Assim, seja um líder humanizado e respeite a autonomia e empoderamento dos seus colaboradores. Só assim, seu time será protagonista e assumirá responsabilidade por suas próprias escolhas. Só assim, você construirá um time consciente e maduro.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre como ajudar um colaborador a mudar seu comportamento? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.

Até o próximo artigo!

Vera Martins
https://vera-martins.com/

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Vera Martins Author
Vera Martins é autora dos livros: “Seja Assertivo!” e “O Emocional Inteligente”. Trabalhou por 21 anos como Executiva em Recursos Humanos e há 18 anos atua em consultoria de desenvolvimento humano. É educadora com especialização em desenvolvimento de pessoas. Possui mestrado em Comunicação e especialização em Medicina Comportamental.Atua como coach, palestrante, facilitadora de seminários e professora de universidades, tais como: Fundação Vanzolini e Escola de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo em cursos de pós-graduação.Através de intensos estudos e publicação dos seus livros tornou-se precursora da competência Assertividade e especialista em comunicação e inteligência emocional. Por isso, vem atuando fortemente nos diversos níveis profissionais nas empresas, em competências que envolvam a comunicação relacional, tais como: Estratégias de Negociação, Gestão de Conflitos, Comunicação e Influência, Liderança Assertiva, Inteligência Emocional, Coaching, Gestão de Pessoas, Formação de times e competências correlatas. É fundadora da Assertiva Educação e Cultura.
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