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Como trabalhar a motivação e o desempenho profissional

É a partir da motivação que geramos comportamentos como foco, esforço, persistência e escolha de estratégias, que irão levar à melhora do desempenho.

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Como trabalhar a motivação e o desempenho profissional

O desempenho é um aspecto que muitas empresas, líderes e profissionais buscam melhorar constantemente. Está relacionado com a performance de uma pessoa e, por conseqüência, com a entrega de resultados. Existem três fatores que compõem o desempenho, sendo estes: a competência da pessoa, o padrão esperado e a motivação para executar. Nesse artigo então irei abordar as questões relacionadas com a motivação, que é o direcionamento da nossa energia para a realização de uma atividade.

Uma das perguntas que muitos líderes se fazem é o porquê de uma pessoa estar motivada no trabalho e a outra não. Às vezes são propostas as mesmas ações e estratégias de motivação, mas elas acabam não impactando todos da mesma forma. E essa foi a razão da psicologia organizacional começar então a estudar esse aspecto, visto que era possível notar uma oscilação no desempenho das pessoas, apesar das condições de trabalho oferecidas serem as mesmas. Como as empresas buscam constantemente elevar a performance, a motivação se tornou assim um tópico fundamental no estudo da administração.

A motivação está relacionada com a predisposição de uma pessoa realizar uma tarefa, de fazer um movimento. É a partir da motivação que geramos comportamentos como, por exemplo: o foco de atenção, esforço, persistência e escolha de estratégias. Comportamentos estes que irão levar à melhora do desempenho.

Dentre as linhas de investigação da motivação existem três que se destacam, a saber:

1. Desejo

A primeira está relacionada com o desejo, criada pela psicanálise. O desejo é um impulso inconsciente que move uma pessoa a reviver satisfações e prazeres que experimentou na primeira infância. Todos temos um estoque de memórias inconscientes das situações que nos deram prazer e satisfação. E a motivação está relacionada ao impulso que temos em reproduzir situações que gerem as mesmas sensações. Nesse sentido, não é possível fazer generalizações, uma vez que cada pessoa tem o seu próprio estoque de memória inconsciente.

2. As Teorias de Necessidades

A segunda linha de interpretação são as teorias de necessidades que foram privilegiadas pela biologia e o behaviorismo, e estão atreladas às privações. Somos um organismo biológico e quando somos privados de algo, iremos nos mover, para restaurar o equilíbrio. Toda privação gera uma tensão entre o indivíduo e o ambiente ou com ele mesmo. E essa tensão é que leva para a ação. Se não existe privação, então não temos um motivo para nos comportar.

3. Valores

A terceira interpretação está associada com os valores. Valor é uma estrutura subjetiva de hierarquização. Todos nós temos uma hierarquia de preferências dentro de nós que irá determinar o nosso comportamento diante das situações que se apresentam. Grande parte dos nossos comportamentos repetitivos e hábitos vêm dessa hierarquia. Desse modo, permite que tenhamos uma resposta sobre o que é melhor para nós diante de cada situação.

O que podemos aprender com essas diferentes teorias é que a motivação é uma questão interna, subjetiva e individual. Tem relação direta com fatores internos da pessoa como, por exemplo: os seus objetivos pessoais, características da personalidade, os humores e emoções, o contexto cultural no qual se desenvolveu. Ao mesmo tempo, sofre influência de fatores externo, como, por exemplo: o ambiente físico, o desenho da atividade, as possibilidades de recompensa, reconhecimento, justiça, normas sociais e cultura organizacional.

Então como melhorar a motivação e o desempenho profissional?

Uma das formas de melhorarmos a motivação no trabalho é pensarmos na questão do desenho do trabalho de uma forma individualizada. O desenho do trabalho é a organização e conteúdo das atividades, das tarefas, dos relacionamentos e das responsabilidades de uma pessoa. Com o crescimento de tarefas mais abstratas, e ao mesmo tempo um aumento na expectativa de qualidade de vida no trabalho, para garantir a motivação das pessoas, devemos desenhar o trabalho de uma forma que gere aprendizagem e desenvolvimento constante, garanta a saúde (mental, emocional e física) da pessoa, e proporcione flexibilidade e controle ao mesmo tempo. A flexibilidade leva à criatividade e adaptação conforme as necessidades do ambiente.  O controle leva à consistência, eficiência e alinhamento. Estudos mostram que a falta de controle e acompanhamento da tarefa pode levar à ansiedade, burnout e estresse.

Existem cinco características no desenho do trabalho que geram estados psicológicos importantes para a motivação, como por exemplo: a sensação de significado no que se está fazendo, perceber a relação do esforço com os resultados alcançados, e se ver como responsável pelas entregas que faz. Esses estados psicológicos elevam a motivação interna, a satisfação com trabalho, e por conseqüência o desempenho. As cinco características no desenho do trabalho são: variedade das atividades, autonomia, feedback, sentido da tarefa e a construção de identidade profissional.

O que podemos perceber é que motivação é uma questão subjetiva e individualizada. Além disso, ela não é uma constante, mas vai sofrendo oscilações conforme o momento de vida de cada pessoa. Dessa forma, se desejamos elevar a motivação, precisamos repensar constantemente o desenho do trabalho de cada pessoa. É fundamental que o desenho do trabalho promova a capacidade da pessoa realizar a atividade, dê sentido, importância e significado. E por último gere a energia necessários para a execução.

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Veronica Ahrens
https://www.masterleader.com.br/

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Veronica Ahrens tem mais de 10 anos de experiência em gestão de pessoas. Fundadora da Master Leader, atua hoje como coach, trainer e palestrante. Professora de MBA da FIAP no tema Liderança e Gestão de Pessoas e Professora de Pós-Graduação em Neurociência da Santa Casa no tema Programação Neurolinguística.É Mestranda pela FEA/USP em Administração com ênfase em Gestão de Pessoas. Master Trainer pela ASTD – American Society of Training e Development e Master Trainer pela Langevin Learning Services, onde foi certificada em Instructional Designer/Developer, Technical Trainer e Instructor/Facilitator. Tem Certificado Internacional de Coaching pelo Integrated Coaching Institute e pela Lambent (International Coaching Community). Master Trainer em Programação Neurolinguística pela NLP University – California. Certificada pela Universidade de Harvard em Gestão Estratégica de Negócios e pela Universidade de Toronto nas áreas de Gestão de Recursos Humanos e Treinamento e Desenvolvimento. Pós-graduada em Administração com ênfase em Gestão de Pessoas pela FGV (CEAG). Autora do livro “Equipes não nascem excelentes, tornam-se excelentes”.
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