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Como tem sido sua experiência na Resolução de seus Conflitos?

Como você tem percebido as situações de conflito na sua vida? Quais os recursos você tem disponíveis para resolver essas situações que surgem no cotidiano de sua vida?

Como tem sido sua experiência na Resolução de seus Conflitos?

Como tem sido a sua experiência na Resolução dos seus Conflitos?

Caros leitores desta coluna, este é o quarto mês desde que iniciamos nossas reflexões por aqui. Nas primeiras colunas eu trouxe as bases da Mediação de Conflitos, que são:

  1. o conflito como parte da vida;
  2. a negociação integrativa dos interesses das pessoas envolvidas e;
  3. a mediação oportuniza a conversa entre os envolvidos que podem decidir sobre as melhores formas de resolver os seus problemas, sem depender de uma autoridade.

Se você está chegando até aqui pela primeira vez, te convido a conferir os artigos anteriores. (clique aqui)

Trago neste mês uma reflexão sobre como temos lidado com os nossos conflitos ao longo da nossa vida. Mesmo antes de compreender o sentido da palavra conflito acredito que cada um de nós, de fato, vivenciou conflitos desde a infância. Talvez você quisesse ir na casa de um amigo e a sua mãe não permitiu, ou você quisesse brincar de bola, mas a sua amiga queria brincar de casinha. Em cada uma dessas situações, que fazem parte do nosso cotidiano, lidamos com interesses a serem negociados. Já que não sabíamos como fazer isso de forma mais eficaz, usávamos os recursos que tínhamos à nossa disposição. Por exemplo: um choro, uma birra, sair de cena ou até mesmo chamar uma autoridade (um adulto) para resolver assim aquela situação.

E eu te pergunto então: e hoje, como você tem percebido as situações de conflito na sua vida? Quais os recursos você tem disponíveis para resolver essas situações que surgem no cotidiano da sua vida?

Percebo que muitos clientes chegam com um padrão de resolução de conflitos muito parecido com os da infância. Se a criança faz birra, vejo muitos adultos também fazendo. Fugindo das conversas, usando ameaças, tentando impor poder sobre o outro. Sabe aquela criança dona da bola que, quando não fazem o que ela quer, ela simplesmente pega a bola e acaba com a brincadeira? Vejo muitos adultos reproduzindo isso nos mais diversos contextos.

Não estou aqui para julgar ninguém, pois eu mesma tenho meus momentos de voltar a formas infantis de lidar com algumas situações. A diferença é que hoje tenho mais consciência desses movimentos.

O pensamento sistêmico que responde à instabilidade, complexidade e intersubjetividade do mundo requer habilidades como, por exemplo: comunicação, resolução de problemas complexos, empatia e inteligência emocional. O desenvolvimento dessas habilidades está diretamente ligado à aquisição de recursos socioemocionais para lidarmos de forma mais apropriada com os conflitos da vida.

Quando crianças não sabíamos o que fazer, mas como adultos temos conhecimento que existem formas mais desenvolvidas (no sentido de apreendidas e aprimoradas) de lidar com situações de conflito. E, se não temos todos os recursos necessários para lidar, então podemos buscar apoio com profissionais capacitados para isso, onde a mediação é um dos meios de apoio para a resolução de conflitos.

Já me surpreendi numa conversa em ambiente corporativo quando uma profissional me disse que não era o caso de mediação naquele contexto pois ali não havia conflitos. Fiquei pensando, o que significa ter conflito para ela? Pois, não existe nenhum espaço onde convivam pessoas que não haja conflitos.

Talvez as pessoas esperem acontecer algo bem complexo, difícil de se resolver para então chamar de conflito. Isso acaba por piorar a situação, pois quanto mais avançado está o grau do conflito, mais marcas ele pode deixar.

Ao buscar formas de resolver conflitos com agilidade, proporcionando espaços de diálogo, além de prevenir que os conflitos se agravem, estamos construindo uma cultura de resolução de conflitos baseada em recursos desenvolvidos, cuja abordagem passará pelo diálogo e pela colaboração.

Minha experiência é que ao construirmos sistemas dialógicos estamos proporcionando às pessoas uma educação pela qual a nossa geração não passou. Oportunidade de oferecer autonomia, correponsabilização e engajamento na construção de um sistema funcional, plural e amadurecido.

Convido vocês a observarem a forma como vocês têm lidado, de fato, com os conflitos e também para os ambientes ao seu entorno. Quais deles convidam ao diálogo? Quais deles convidam à “birra”? O ambiente influencia na forma como você tem lidado com os conflitos? Como melhorar esse ambiente?

Ficarei feliz e satisfeita se me contarem sobre as suas reflexões e como este texto chega para vocês. Até o próximo mês!

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre como resolução de conflitos? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Um abraço,

Juliana Polloni
https://www.linkedin.com/in/juliana-polloni

Confira também: Como Negociar para Superar um NÃO?

 

Juliana Polloni é mediadora de conflitos em organizações e famílias, com experiência de mais de 15 anos de atuação. É facilitadora de conversações colaborativo-dialógicas com Certificado Internacional de Práticas Colaborativo-Dialógicas pelo Houston Galveston Institute, Taos Institute e Interfaci e especialista em Comunicação Não-Violenta. Advogada, Mestre e Doutora, coautora de livros, treinadora e palestrante com foco em comunicação, relações interpessoais e gestão de conflitos. Por meio da Plural Desenvolvimento Humano tem aperfeiçoado equipes de trabalho para uma melhor convivência e maior bem-estar relacional e emocional dentro das organizações.
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