fbpx

Como ser fiel em um relacionamento?

Muitas pessoas consideram que a fidelidade no relacionamento é apenas não trair. Contudo, ser fiel é muito mais do que isso.

Como ser fiel em um relacionamento?

Como ser fiel em um relacionamento?

Traições ocorrem o tempo todo e desde sempre.

Clássicos da literatura e filmes como Madame BovaryO primo BasílioAnna KareninaInfidelidadeAtração Fatal, Closer: perto demais, Amor à flor da pele, Perdas e danos, 5 to 7,  tratam do poder destruidor de uma traição, capaz de se perpetuar por anos nas relações afetivas posteriores e com familiares.

Esse poder destruidor também reflete na saúde mental e física dos envolvidos. Mulheres traídas desenvolvem mais facilmente câncer, síndrome do pânico, ansiedade, quadros depressivos, alcoolismo, cefaleia, gastrite, alterações ginecológicas, urticárias, obesidade, anemia, desidratação e outros.

Filhos que vivenciaram traição em casa, desenvolvem alcoolismo, dificuldade de aprendizagem, ansiedade, apatia, dificuldade de se relacionar. E se envolvem em relacionamentos destrutivos com dependência emocional e síndrome de Borderline, entre outros.

O assunto é sério

Apesar disso é fato que a traição mundo afora só cresce. Talvez pela admissão de existir uma terceira pessoa ou talvez pelo fato de que nunca foi tão difícil manter um relacionamento estável.

Tecnologia, cultura, posição da mulher, posição do homem, economia, conflitos psicológicos, consumo de drogas, violência, distorção de valores éticos, são alguns influenciadores nos relacionamentos. Por outro lado, não temos grandes explicações sobre o que leva a quebra da confiança e exclusividade, e como evitá-la.

Muitas pessoas consideram que a fidelidade no relacionamento é apenas não trair. Contudo, ser fiel é muito mais do que isso. Um relacionamento amoroso convencional é um contrato de confiança, respeito e proteção mútuos.

Tudo que viole esse contrato constitui infidelidade. Desta forma o conceito de trair muda conforme os relacionamentos mudam e variam de casal pra casal, o que acaba tornando a traição muito relativa. Por isso é muito difícil ter uma definição fechada sobre a infidelidade em um relacionamento afetivo.

Por exemplo, você consideraria traição ou não ser fiel:

  • Assistir filmes pornográficos?
  • Trocar mensagens de texto pelo whatsapp, sexting?
  • Sexo pago?
  • Frequentar casas noturnas?
  • Se envolver emocionalmente com alguém?
  • Frequentar casas de massagem?
  • Só uma relação não tem traição?
  • Pensar em outra pessoa é trair?

Além dessas situações existem outros padrões de comportamento que são considerados como traição. E que acabam se tornando uma ameaça a um relacionamento afetivo. Tenho observado esses comportamentos preocupando minhas clientes em meus atendimentos. Alguns não são verbalizados, mas afirmados em linguagem corporal e expressões faciais:

  • Intimidade sem sexo – troca-se confidências sobre vida, trabalho e rotina com outra pessoa fora do relacionamento.
  • Mentira – com o objetivo de manter a harmonia um dos parceiros acaba mentindo sobre coisas banais, na intenção de ficar em paz.
  • Comprometimento – não se está por inteiro na relação, estando atento às oportunidades.
  • Contrariedade – um dos parceiros se une a alguém da família ou colega para criticar o outro.
  • Rompimento de promessas – existe um pacto, como, por exemplo, guardar dinheiro, e um deles rompe essa promessa sem avisar ou consultar o outro.
  • Injustiça – as decisões não são tomadas de comum acordo.
  • Egoísmo -atenção plena às próprias necessidades.
  • Desrespeito – não há preocupação em ser gentil com o outro, ocorrendo indelicadezas e críticas em público.
  • Perda de interesse sexual – desaparece ou diminui muito a atração pelo outro e não há tentativa de resgatar esse interesse.
  • Ausência e frieza – o parceiro não detecta as necessidades emocionais do outro e não se esforça para aprender sobre elas.

Existe um idealismo romântico onde esperamos que uma pessoa preencha uma lista infinita de necessidades. Queremos que ela seja a pessoa certa. Em paralelo acreditamos que se essa pessoa está em um relacionamento sério conosco é porque fomos escolhidas. Porque somos insubstituíveis, únicas, indispensáveis. Somos “a pessoa certa” também.

Esperamos que o nosso parceiro seja:

  • O melhor amante;
  • O melhor amigo;
  • E o melhor pai ou melhor mãe;
  • Um confidente fiel;
  • Um suporte emocional;
  • E um parceiro intelectual.

Esse idealismo normalmente não se concretiza. Há um ciclo de ações e comportamentos que alertam que o casal está cedendo a todos esses tipos de infidelidade.

O primeiro deles é quando um deixa de dar apoio ao outro em situações das mais variadas. Por exemplo, não estar presente na morte de um parente do outro. E estar presente não me refiro à presença física. A mágoa gerada quando não expressada passa a não ser esquecida e então torna-se elemento de atritos. A comunicação fica assim mais difícil.

Outro comportamento é um dos parceiros comparar seu companheiro ao perfil de um estranho na internet, a um colega de trabalho, a um parceiro passado ou a um amor platônico.

Em todos os casos, o parceiro perde porque nessa fase é praticamente impossível lembrar das qualidades do outro. O distanciamento e a frustração criam o ambiente propício para a traição física e outros tipos de infidelidade. O mais importante de uma relação afetiva é evitar iniciar esse ciclo.

Casais devem atentar para todas as formas de infidelidade e considerá-las sinais sérios. Ser fiel é uma escolha que de fato não pode depender do outro!

Vejamos algumas atitudes que podem contribuir para tornar os relacionamentos saudáveis. E desta forma estar baseado no respeito, na verdade e sinceridade.

  1. É preciso expressar as emoções e conversar sobre os incômodos;
  2. Mantenha em dia os acordos e as combinações. Se uma parte não tem condições de cumprir o combinado, é melhor conversar e mudar;
  3. Explique ao outro o que se sente, e não faça críticas;
  4. Seja verdadeiro, não engane o outro e a si mesmo, dizendo que o ama, sendo que na verdade não está sendo feliz neste relacionamento;
  5. Ressalte o melhor – Veja o que há de melhor no relacionamento. Procure perceber e apreciar o que vocês dois têm de melhor juntos e também as qualidades de cada um individualmente. Em vez de reforçar as críticas ao outro em sua mente, faça elogios, sinceros;
  6. Tenham planos em comum, isto é, tenham cumplicidade em tudo o que buscar para sua vida. Viver o hoje como cúmplices para o amanhã fará toda a diferença na relação;
  7. Dedique-se à família, mas não esqueça de você. Isso serve tanto para homens quanto para mulheres.
  8. Confiança é uma palavra mágica. Abuse dela a favor de seu casamento. Não permita cenas de ciúmes ou desequilíbrio. Seja racional e ponderada. Nada de desconfiar da sombra. Isso causa neurose e sofrimento para a relação;
  9. Não dê oportunidades para a infidelidade se instalar em seu relacionamento. Ter amigos é sempre bom, mas cuidado. Aproximação demasiada pode ser perigosa para ambos. Preserve a intimidade do casal;
  10. Observe bem no período de namoro. Se perceber qualquer traço ou indício de conduta infiel do seu cônjuge, apresente seus ideais, valores e princípios.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre como ser fiel em um relacionamento? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Ercília Canali
http://www.erciliacanali.com.br/

Confira também: Desapontamentos Afetivos: Por que é difícil conquistar um homem? 

 

Carreira ascendente, dedicada à área de Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Humano. Encantada pelo olhar humanizado que pode existir nas relações interpessoais, coloca todo seu conhecimento e amor pelo trabalho a serviço do desenvolvimento pessoal e profissional de qualquer ser humano. Graduada em Serviço Social-FMU, Pós-Graduação em Gestão de Consultoria Interna-FAAP, MBA em Gestão Estratégica de Pessoas-FAAP, Professional & Self Coach, Practioner PNL, Analista Comportamental SOAR-FCU; Mentora de Mulheres para desenvolvimento profissional e afetivo; Orientadora Vocacional; Consultora de Carreira, Conselheira em Agência de Publicidade; Membro do Grupo de Estudo dos Profissionais de RH do Sinapro.
follow me
Neste artigo


Participe da Conversa