
Como Gerir as Nossas Emoções e Seus Desafios (parte II)
No artigo anterior (leia aqui), falamos sobre a dificuldade de gerir as nossas emoções — mas não sobre a sua impossibilidade. De fato, é possível, sim, desde que haja empenho.
Nas reuniões de Mentoria, abordamos questões de convivência e a dificuldade que muitas pessoas têm de expressar como realmente se sentem. Muitas vezes, acabamos por aceitar migalhas emocionais ou até sufocar nossos próprios sentimentos.
Em diversos relatos, escuto que a solidão parece ser ainda pior do que estar em um relacionamento triste, vazio ou distante — mas que, ao menos, oferece uma presença física ao lado.
O ser humano, por natureza, é social e necessita de interação.
Existe a ideia de que só se é verdadeiramente feliz quando se está em um relacionamento amoroso. E, muitas vezes, delega-se ao outro a responsabilidade pela nossa felicidade. Esse é um erro comum — e que causa muita frustração. Pode estar ligado à baixa autoestima ou a crenças enraizadas de que essa seria a única forma de viver plenamente.
É natural querer ter alguém ao lado, compartilhar a vida com outra pessoa. Mas quando esse desejo se transforma em uma fixação, é indispensável rever nossas crenças e investigar de onde vem essa necessidade que gera tanta ansiedade e angústia.
Experiências passadas mal resolvidas podem ser a raiz desse vazio. Por isso, é importante contar com uma rede de apoio e aprender a identificar os sinais que o corpo e a mente nos enviam.
Muitas vezes, tentamos preencher esse vazio com comportamentos compensatórios: nos afastamos de amigos e familiares, ou recorremos a compulsões.
Em determinado momento da minha vida, acreditei que comprar roupas e sapatos resolveria esse desconforto interno. Foi difícil perceber que a questão não era a ausência de outra pessoa — mas a minha própria companhia, que eu ainda não sabia valorizar. Com o tempo, por meio do autoconhecimento, pude ressignificar meus valores e meu propósito.
Essa vivência me levou a expandir horizontes e, além do Direito, buscar outras formas de compreender os relacionamentos — não apenas os meus, mas também os de outras pessoas.
Práticas como exercícios físicos, mindfulness, yoga e meditação ajudam a enxergar a solidão sob uma nova perspectiva, despertando o amor-próprio.
Desconectar-se das redes sociais também faz uma enorme diferença. Comparações constantes distorcem a realidade e fazem parecer que o problema é só nosso. Mas não é. Esse é um processo natural da vida, que requer autocompaixão e autoempatia. Acredite: é possível superar — eu consegui, e você também pode.
Além de buscar o apoio de um profissional, experimente práticas simples como exercícios de respiração, descanso mental, autorreflexão e reconexão com pessoas que acolham você sem julgamentos.
Ninguém disse que seria fácil. É, sim, um desafio.
Mas nunca se esqueça: é maravilhoso estar com alguém — mas, se você amar a própria companhia, nunca estará só. Use esse tempo para descobrir o melhor em você.
“Quem conhece os outros é sábio; quem conhece a si mesmo é iluminado.” (Lao-Tsé)
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Até lá!
Márcia Rosa
https://www.marciarosaconsultoria.com.br
Confira também: Como Gerir as Nossas Emoções e Seus Desafios (parte I)
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