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Como evitar suposições perigosas em Coaching

O que acontece quando você faz suposições em suas sessões de coaching? Como isso afeta o relacionamento de coaching e o que você pode fazer a respeito?

Como Evitar Suposições Perigosas em Coaching?

Como evitar suposições perigosas em Coaching
Por Fanie Zis (*)

“Suas suposições são suas janelas para o mundo. Limpe-as de vez em quando, ou a luz não vai entrar.” (Isaac Asimov)

As premissas estão por toda parte e as usamos todos os dias. Nossos cérebros estão programados para assumir. Isso economiza energia para que o nosso cérebro possa se concentrar em outras áreas que considere mais importantes para a nossa sobrevivência.

Fazemos suposições tanto no nível consciente quanto no subconsciente sobre o nosso mundo interno e externo. Nossos tipos de suposições podem variar de nossa percepção de como o mundo funciona (por exemplo, você pode presumir que o sol nascerá amanhã e então presumir que viverá para vê-lo); sobre pessoas (você pode presumir que alguém pode reagir de certa maneira a partir de uma dada situação); e suposições sobre nós mesmos.

Mas o que acontece quando você faz suposições em suas sessões de coaching? Como isso afeta o relacionamento de coaching e o que você pode fazer a respeito?

Este artigo examinará o uso e os perigos potenciais das suposições no coaching. Exploraremos alguns exemplos de suposições comuns, bem como estratégias para ajudá-lo a trabalhar na redução do uso delas em suas sessões de coaching.

Primeiro, vamos então dar uma olhada em alguns exemplos de suposições comuns que podem surgir nas sessões de coaching.

Como coaches, podemos supor que:

  • O silêncio na conversa significa que o cliente não está prestando atenção;
  • O seu cliente reagirá da mesma forma que o fez anteriormente em um cenário semelhante;
  • Os comportamentos estão diretamente relacionados ao que está acontecendo dentro do cliente;
  • Os estereótipos são a realidade (por exemplo, supondo que, como o seu cliente aparece usando roupas sujas com furos, ele deve estar lutando financeiramente);
  • Você e o seu cliente compartilharam experiências;
  • Um cliente pode se relacionar com uma metáfora que você usou;
  • Você não é um “coach eficaz” porque o seu cliente não está chegando onde deseja (suposições sobre as suas próprias competências).

Algumas dessas lhe soa familiar?

Agora, vamos ver por que suposições podem ser perigosas.

O perigo não é necessariamente a suposição em si ou se a sua suposição está certa ou errada. É o processo e uso de acreditar e agir com base nas suposições em primeiro lugar. E permitir que essas suposições “embacem as janelas”, afetando assim o caminho de aprendizagem para você e o seu cliente.

Quando você assume coisas sobre o seu cliente, então você está operando a partir de sua própria experiência subjetiva. Dessa maneira, não aprendendo sobre a maneira de ser, de pensar e de acreditar do seu cliente. Assim, as suposições podem afetar negativamente a relação de coaching, o processo de coaching. E, além disso, a aprendizagem, o desenvolvimento e os objetivos do cliente (e os seus próprios).

Para ajudá-lo a entender isso melhor, aqui está uma lista de possíveis consequências quando um coach assume, a saber:

  • Rapport pobre. O cliente pode não se sentir compreendido, respeitado, ouvido ou confiável, ou pode se sentir julgado e inseguro;
  • Capacidade limitada de evocar consciência. Você pode bloquear o acesso a pontos cegos, áreas escondidas;
  • Negligência com a questão REAL, questão por trás da questão;
  • Obstáculo ou fechamento do caminho de aprendizagem, tanto para você quanto para o cliente;
  • Julgamentos e suposições confusas.

Então, como trabalhamos para evitar fazer suposições “limpar as janelas” quando os nossos cérebros evoluíram para fazermos suposições?

Aqui estão 9 estratégias, a saber:

  1. Reconheça o uso de suposições. Suponha que você está pressupondo;
  2. Familiarize-se com os tipos de suposições;
  3. Evoque a autoconsciência (interna e externa) – tente estas etapas:
    • Grave e ouça a si mesmo em coaching;
    • Peça a um coach Mentor para ouvir as suas gravações e fornecer feedback;
    • Reconheça e identifique suposições comuns que você faz;
    • Reflita após cada sessão (por exemplo, nas notas da sessão do meu cliente, incluo uma seção chamada “reflexão do coach”);
    • Observe o uso de suposições em sua vida cotidiana, não apenas em sessões de coaching.
  4. Desafie e desvende a sua suposição:
    • Identifique a suposição;
    • Pergunte a si mesmo: Será que posso estar errado? O que mais poderia ser verdade?
  5. Adote uma mentalidade de coaching. Fique curioso. Fique em um estado de não saber. Substitua supor por perguntar;
  6. Assuma que você não sabe tudo;
  7. Pratique conscientemente NÃO supor dentro e fora das sessões de coaching. Esta é uma habilidade. Precisa de treinamento, desenvolvimento e prática contínua;
  8. Envolva-se no desenvolvimento profissional contínuo;
  9. Pratique o autocuidado. Quanto mais cansado e fatigado estiver o seu cérebro, então maior será a probabilidade de você confiar nele.

Existe um momento para usar suposições conscientes no Coaching?

Pode ser. O que gosto de chamar de “suposições intencionais” pode realmente ajudá-lo a obter mais clareza em uma situação. Ou então ajudar o cliente a ver as coisas de uma maneira diferente.

Por exemplo, você pode compartilhar propositalmente uma suposição para desafiar o cliente. Pode levá-los a contrariar essa suposição com algo como, por exemplo: “Na verdade, não, eu não sinto isso, ou quero isso, ou penso isso”. Esta é uma grande oportunidade para uma exploração mais aprofundada se você continuar perguntando: “Estou curioso, como é para você? Ou o que você de fato está procurando? “

Por fim, reconheça que as suposições são inevitáveis, então seja legal com você mesmo. Você provavelmente não teria sobrevivido até aqui na vida sem, de fato, usar e confiar em suposições. Limpe essas janelas ao trabalhar com clientes!

Pense nisso, e se desejar compartilhar as suas opiniões, então deixe um comentário. Terei imenso prazer em interagir.

Postado por Fanie Zis (*) em 5 de abril de 2021. Ttradução livre por João Luiz Pasqual, com a devida autorização da autora para a publicação pela Cloud Coaching.

(*) Fanie Zis é uma Life Coach Certificada e Praticante de Desenvolvimento de Carreira baseada em Vancouver. Fanie está trabalhando para se tornar uma coach credenciada através da International Coaching Federation (ICF) e também trabalha como coach autônoma de vida. Fanie visa ajudar os clientes a irem de onde e quem são agora, para onde e quem eles querem ser, apoiando-os assim através de processos de desenvolvimento pessoal e melhoria de vida em uma variedade de setores de suas vidas. Ela também trabalha como Life Smart Coach para o programa EFAP através da Homewood Health nas áreas de coaching de carreira, aconselhamento de carreira, coaching de relacionamento, luto e perda, gerenciamento de estresse e planejamento de pré-aposentadoria.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre suposições em coaching? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

João Luiz Pasqual, PCC, CMC & ACS
PCC – Professional Certified Coach
CMC – Certified Mentor Coaching
ACS – Accredited Coaching Supervisor
https://www.intervisionclub.com.br/ 

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João Luiz Pasqual tem mais de 40 anos de experiência profissional. Coach Executivo e de grupos. Foi por mais de 30 anos, executivo do mercado financeiro tendo ocupado posições de Diretor Executivo em diversos bancos (Sudameris, Banco Real, Unibanco, ABN AMRO e Santander), viveu na Europa por 8 anos e viajou para mais de 30 países. É conselheiro de empresas pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e foi Presidente da ICF no Brasil durante o exercício 2015/2018. É coach ICF – International Coaching Federation com a credencial Master Certified Coach (MCC), Mentor Coach pela inviteChange-USA e Accredited Coach Supervisor pela CSA – Coaching Supervision Academy – Londres. MBA pela FIA-USP e Mestrado em Consulting and Coaching for Change pelo INSEAD-Fontainebleau na França.
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