Como a CNV Pode Transformar Sua Relação com a Vida
Podemos iniciar trazendo a definição de vida. De acordo com o Dicionário Aurélio:
“A vida é um conjunto de propriedades e qualidades graças às quais animais e plantas, ao contrário dos organismos mortos ou da matéria bruta, se mantêm em contínua atividade, manifestada em funções orgânicas tais como o metabolismo, o crescimento, a reação a estímulos, adaptação ao meio e a reprodução.”
Podemos dizer também que a vida é “a propriedade que caracteriza os organismos cuja existência evolui do nascimento até a morte.”
A vida é muito mais do que achamos que conhecemos ou pensamos, pois transcende e é energia. A vida se manifesta de diversas formas e, infelizmente, com nosso pouco conhecimento, a limitamos e a restringimos.
Ela tem uma estrutura única e peculiar. A cada vez que se estuda, é possível vê-la ou senti-la conforme o entendimento de quem a estuda. Segundo as correntes filosóficas, o conceito de vida varia de acordo com diferentes linhas de pensamento filosófico ou comportamentos científicos.
Viver nada tem a ver com ter. Viver é sentir! Sentir a vida que pulsa em todo o ser na sua integralidade.
Estamos sempre buscando ter uma vida plena e essa busca é externa. Pensamos: “o dia que eu tiver isso ou aquilo serei feliz e poderei gozar a vida”.
Esquecemos que esta vida é para aprender, crescer e evoluir, além de saber lidar com os obstáculos. É um caminho de aprendizado sobre si mesmo e sobre o outro. Aprender a perdoar, a ser mais amigo de si mesmo. Aprender a aceitar e integrar os próprios defeitos para superar as sombras que vivem dentro de nós. Colocamos as expectativas no outro, no futuro e esquecemos de viver o presente, o aqui e o agora.
Minha intenção é fazer um convite para compensar nossa relação com a vida, lembrando que ela é uma jornada de aprendizado e evolução. A ideia de que viver é sentir, e não ter, é fundamental, pois enfatiza a importância das experiências e das emoções em detrimento da busca incessante por posses e conquistas externas.
Marshall nos diz que a Comunicação Não Violenta (CNV) é a linguagem do coração. Eu gosto de incluir que é também a linguagem da vida.
Muitos colocam que a vida é pagar boletos, lidar com problemas, sofrer, quando na verdade estamos aqui para corrigir o que não fizemos bem e podemos ser melhores. Podemos ser gentis, amigos, solidários, amorosos, carinhosos, gratos, apoiadores mútuos, acolher os erros e condenar, julgar, avaliar e criticar menos tanto a si mesmo como ao outro.
Incluir na CNV como “a linguagem da vida” é uma adição poderosa, pois a CNV nos convida a uma comunicação mais consciente e empática, onde cada interação se torna uma oportunidade de conexão verdadeira com nós mesmos e com os outros. Isso nos estimula a interrupção de reações automáticas e o cultivo de uma presença mais genuína em nossas interações.
Viver a CNV é, todo dia, questionar se estou sendo parte de um sistema de dominação ou se estou realmente buscando viver, enxergando o outro como alguém com quem compartilho um fio invisível que nos conecta, em vez de vê-lo como um inimigo.
Frequentemente, nos perdemos na rotina e nas responsabilidades cotidianas, esquecendo de apreciar e de valorizar o momento presente. A conexão entre nós e a vida é estreita quando focamos no futuro ou nas expectativas externas, desvalorizando assim a riqueza das interações diárias e das relações que cultivamos.
Quais as crenças, vieses, religiões, preceitos e dogmas influenciam meu pensar, sentir e agir, não me dando espaço para acolher e me mantendo a condicionamentos que na verdade não são meus?
Praticar a gentileza e acolher os erros traz à tona uma abordagem compassiva, que não só beneficia o indivíduo, mas também contribui para um ambiente mais saudável e humano.
A prática da CNV, nesse contexto, revela-se como um caminho para nos libertar dos condicionamentos e preconceitos que nos limitam, permitindo que vivamos de maneira mais autêntica e integrada.
Por fim, a consciência do nosso papel e o impacto que causamos nos outros é essencial. Esse questionamento contínuo é fundamental para o crescimento pessoal e para a transformação social. Ao explorarmos nossas opiniões e condicionamentos, podemos encontrar formas de agir que sejam mais alinhadas com nossos valores, promovendo uma vida mais harmoniosa e plena.
Meu convite é para uma reflexão profunda e um convite a fazer questionamentos que podem nos levar a uma vivência mais significativa e ao entendimento de que a vida é, de fato, um ato de amor e conexão.
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Quer saber como a CNV pode transformar sua relação com a vida? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em compartilhar mais sobre como viver com mais consciência e empatia.
Um grande abraço,
Wania Moraes Troyano
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
http://www.waniamoraes.com.br/
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