Café com Sassá: Um olhar sobre Carreira - Salete Deon - Cloud Coaching https://www.cloudcoaching.com.br/colunas/cafe-com-sassa-um-olhar-sobre-carreira/ Fri, 22 Aug 2025 15:50:05 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.2 https://www.cloudcoaching.com.br/wp-content/uploads/2023/10/cropped-favicon-1-32x32.png Café com Sassá: Um olhar sobre Carreira - Salete Deon - Cloud Coaching https://www.cloudcoaching.com.br/colunas/cafe-com-sassa-um-olhar-sobre-carreira/ 32 32 165515517 Apagão da Mão de Obra ou Descompasso de Expectativas? https://www.cloudcoaching.com.br/apagao-da-mao-de-obra-ou-descompasso-de-expectativas/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=apagao-da-mao-de-obra-ou-descompasso-de-expectativas https://www.cloudcoaching.com.br/apagao-da-mao-de-obra-ou-descompasso-de-expectativas/#respond_66288 Fri, 22 Aug 2025 15:20:24 +0000 https://www.cloudcoaching.com.br/?p=66288 O apagão da mão de obra é mesmo escassez de talentos ou resultado do descompasso entre gerações e expectativas? Entenda como empresas e profissionais podem se reinventar, criar ambientes saudáveis e transformar diversidade em vantagem competitiva.

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Apagão da Mão de Obra ou Descompasso de Expectativas?

Em muitos Cafés com Sassá, as conversas têm girado em torno de uma inquietação: o chamado “apagão da mão de obra”.

Enquanto tomo meu café e escuto diferentes histórias, me pego pensando:

Será que estamos diante de uma real escassez de talentos ou de um descompasso entre modelos de trabalho e novas expectativas?

E o que, de fato, pode ser feito para que empresas e profissionais encontrem novos caminhos diante desse cenário?

O que o mercado chama de “apagão da mão de obra” não é apenas a ausência de pessoas para preencher vagas. É a combinação de mudanças profundas no perfil e nas prioridades de quem trabalha, somada ao envelhecimento populacional e a uma transformação cultural que desafia a lógica tradicional das empresas.

De um lado, profissionais que ingressam agora no mercado chegam com demandas diferentes: querem propósito, flexibilidade e equilíbrio – e dificilmente repetem a disposição de sacrificar saúde e vida pessoal em nome de estabilidade.

De outro, há quem esteja no auge da carreira, carregando múltiplas responsabilidades, metas agressivas, pressão constante e, muitas vezes, sinais claros de esgotamento.

E temos também um contingente cada vez mais expressivo de profissionais experientes que, após anos de dedicação, hoje escolhem onde e como desejam contribuir – seja no mundo corporativo ou empreendendo.


A dança de expectativas

Essa dança de ritmos e prioridades cria um cenário complexo para as organizações.

Como manter operações rodando quando parte da equipe busca mais flexibilidade, outra parte está sobrecarregada e outra deseja redefinir sua relação com o trabalho?

Não há política de RH ou pacote de benefícios que, isoladamente, dê conta disso.

O envelhecimento populacional adiciona novas camadas a essa equação. A redução da taxa de natalidade, combinada ao aumento da longevidade, significa que teremos menos jovens entrando no mercado e mais profissionais experientes ativos por mais tempo.

Isso exige rever modelos de contratação, mas também repensar o próprio desenho das carreiras, integrando diferentes ritmos e estágios de vida numa mesma estrutura produtiva.


Liderança que constrói pontes

Há um detalhe que muitos líderes preferem ignorar: aquele Gen Z de quem tanto reclamam no trabalho é, muitas vezes, muito parecido com o filho que têm dentro de casa.

A mesma postura questionadora, a busca por sentido, a pressa para alcançar objetivos e a impaciência com processos que parecem lentos ou desnecessários.

Como liderar, dialogar e engajar quem, culturalmente, aprendeu a valorizar a autonomia desde cedo?

Como criar pontes em vez de muros?


O avanço do empreendedorismo

Enquanto isso, cresce o movimento de profissionais – de todas as idades – que optam por empreender.

Para alguns, é a chance de ter mais autonomia e alinhar trabalho e propósito.
Para outros, é a saída para escapar de ambientes complexos ou estruturas engessadas.

Mas é preciso lembrar: empreender não é para todos. Exige resiliência, tolerância ao risco e disposição para lidar com incertezas que nem todos estão prontos para enfrentar.

Ainda assim, esse fluxo alimenta o ecossistema de inovação, mas também amplia a sensação de escassez de talentos dentro das empresas, que veem bons profissionais migrarem para projetos próprios.


O que realmente importa

Para as organizações, lidar com esse quadro significa mais do que abrir vagas e esperar que elas se preencham.

É preciso criar ambientes que sustentem relações de trabalho saudáveis, que respeitem limites e aproveitem o melhor de cada profissional, independentemente de sua etapa de vida.

É tratar o bem-estar como parte do motor que sustenta resultados duradouros. E reconhecer que um time diverso em idade, experiência e expectativas pode ser uma vantagem competitiva, desde que bem gerido.

Para os profissionais, o desafio é igualmente grande. As novas dinâmicas exigem clareza de escolhas, desenvolvimento contínuo e coragem para redesenhar a própria trajetória.


Carreira é como um bom café

Talvez o grande segredo esteja em tratar a carreira como um bom café: cada fase tem seu tempo de preparo, sua temperatura ideal e seu sabor único.

Forçar o processo pode amargar o resultado; respeitar o ponto certo pode transformar a experiência.

E, como toda boa jornada, exige pausas, trocas e disposição para experimentar novos caminhos.

O apagão da mão de obra, no fundo, é um alerta. Um convite para que empresas e profissionais revisitem suas premissas sobre o que é trabalhar, produzir e viver – sem romantizar demais, mas reconhecendo que, além de propósito, todos temos contas para pagar e responsabilidades para cumprir.


E agora?

Talento não é recurso; é gente. E gente decide onde quer estar. Para ficar, precisa se sentir reconhecida, ter espaço para crescer e motivos para permanecer.

E olhando para dentro das nossas casas e empresas, fica a pergunta: estamos prontos, de fato, para lidar com diferentes demandas, ritmos e expectativas?

Talvez a resposta esteja em abandonar o modelo único e aceitar que cada jornada – assim como cada xícara – pede um preparo diferente.


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Quer saber mais sobre como lidar com o apagão da mão de obra no Brasil e alinhar expectativas no mercado de trabalho? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar você em sua jornada.

Salete Deon
Especialista em Gestão de Carreira e Desenvolvimento de Lideranças, Segurança Psicológica de Times pelo IISP, Liderança Feminina pela StartSe/SBE, Coach Executiva (PCC), Palestrante, Top Voice Linkedin, Fundadora da DeON Consulting
https://www.linkedin.com/in/salete-deon/
salete@deonconsulting.com.br

Confira também: Tá passando rápido demais ou tá tudo acontecendo no tempo certo?

Palavras-chave: apagão da mão de obra, mercado de trabalho, descompasso de expectativas, diversidade geracional, liderança no trabalho, apagão da mão de obra no Brasil, como lidar com apagão da mão de obra, como lidar com o apagão de mão de obra no Brasil, descompasso de expectativas no trabalho, envelhecimento populacional e mercado de trabalho, liderança para diferentes gerações, falta de mão de obra no brasil, falta de mão de obra, escassez de mão de obra

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Tá passando rápido demais ou tá tudo acontecendo no tempo certo? https://www.cloudcoaching.com.br/ta-passando-rapido-demais-ou-ta-tudo-acontecendo-no-tempo-certo/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=ta-passando-rapido-demais-ou-ta-tudo-acontecendo-no-tempo-certo https://www.cloudcoaching.com.br/ta-passando-rapido-demais-ou-ta-tudo-acontecendo-no-tempo-certo/#respond_65837 Fri, 27 Jun 2025 15:20:20 +0000 https://www.cloudcoaching.com.br/?p=65837 O tempo está mesmo passando rápido ou é a vida nos pedindo mais presença? Descubra a importância de encerrar ciclos com coragem, respeitar seu ritmo e florescer com autenticidade, construindo uma jornada com mais intenção e menos pressa.

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Tá passando rápido demais ou tá tudo acontecendo no tempo certo?

Abro meu caderno de anotações, hoje mais cheio de perguntas do que de respostas, e me dou conta: já estamos na metade de 2025. Como assim? Outro dia mesmo eu estava escrevendo meu primeiro artigo do ano sobre “a permissão para ser”, e agora me vejo aqui, entre balanços e esperanças, tomando meu café e tentando entender o que esse ano tem me ensinado.

2025 chegou com tudo e mais um pouco. Um ano de encerramento de ciclos para muitos de nós. De portas que se fecham e de espaços que se abrem sem pressa. Um ano que, diferente de outros, não exige correr. Ele nos convida a perceber.


Entre o que foi e o que está vindo

Este primeiro semestre passou como um daqueles dias intensos que a gente nem vê acabar, mas que deixa marcas profundas e lições valiosas.  Em minha vivência como coach e mentora executiva, ouvi relatos de muitas pessoas que se surpreenderam com o ritmo acelerado das transformações.

Mudanças de carreira, realocações geográficas, reencontros com o que faz sentido, redirecionamentos de propósito. Foram meses intensos. Intensos em silêncios também. Porque nem tudo o que muda faz barulho. Algumas mudanças só conseguimos nomear depois que passam.

Acompanhando profissionais em seus processos de desenvolvimento, percebo o quanto estamos coletivamente aprendendo a respeitar o tempo da vida real: a gestar ideias, a permitir que projetos amadureçam, a reconhecer que crescer também é silenciar. Esse movimento tem sido uma resposta ao que compartilhei em um artigo recente sobre a valorização das pausas. Pausas que são, muitas vezes, o lugar onde nascem as respostas que procuramos.


Encerrar é diferente de abandonar

Encerrar ciclos não é o mesmo que desistir. É um ato de coragem. Coragem de reconhecer que algo já cumpriu seu papel. Coragem de dizer não para o que já foi importante, mas hoje está desalinhado com quem nos tornamos. E coragem também de se abrir para o novo, mesmo quando ele ainda não tem forma.

Tenho vivido isso de forma muito pessoal. Este ano, tem sido um tempo de revisitar minhas escolhas, rever rotas e deixar ir o que não faz mais sentido. Entre o que foi e o que está por vir, fui compreendendo que o movimento de encerrar também pede escuta, acolhimento e principalmente confiança. Confiança em mim, nos processos, no tempo que respeita cada etapa, mesmo quando a mente insiste em querer acelerar.

Encerrar também é preparar o solo. E preparar é tarefa delicada. Requer retirar excessos, permitir que a terra respire, adubar com boas conversas, silenciar, bem como cultivar boas intenções. Ao olhar para a gestão de carreira, vejo isso acontecer cada vez mais: pessoas escolhendo com mais consciência, buscando propósito sem romantizar, e construindo redes de apoio que sustentam a jornada.


Olhar para frente com coragem e otimismo

Se o primeiro semestre foi sobre perceber, o segundo é sobre confiar. Confiar que mesmo entre tantos conflitos globais, polarizações e incertezas econômicas, ainda assim, podemos cultivar esperança. Não uma esperança ingênua, mas uma esperança ativa. Que se movimenta. Que constrói. Eue encontra beleza no que ainda não está pronto.

Já escrevi por aqui sobre “carreiras regenerativas” e continuo acreditando que essa é uma das grandes palavras-chave dos novos tempos. O que vem pela frente pede mais autenticidade. Pede mais presença. Pede um jeito mais humano de liderar, de planejar e de viver.

As lideranças que mais admiro hoje são aquelas que aprenderam a gestar. Que sabem que boas ideias precisam de tempo, que projetos precisam de escuta, que equipes fortes são construídas com segurança psicológica e com clareza sobre o que, de fato, se espera e o que se entrega.

E grandes autores, que respeito muito, têm reforçado essa mesma direção. Simon Sinek, por exemplo, tem falado que 2025 é o ano da reconstrução dos vínculos: “As organizações que vencerão não são as mais rápidas, mas as mais humanas.” Junto a ele, Brené Brown reforça que a vulnerabilidade continua sendo o caminho mais eficaz para lideranças autênticas. E Adam Grant vem destacando que o futuro do trabalho está menos em cargos e mais em contribuição significativa: “Desempenho não é o quanto você aparece, é o quanto você agrega.”


Tempo de florescer: sem pressa, mas com intenção

Estamos entrando no segundo semestre. E com ele, vem também a energia e o impulso do movimento. Um novo semestre é um convite a revisitarmos nossas prioridades com a lucidez de quem já atravessou bastante do ano.

Então aqui quero deixar um convite: e se não for sobre fazer mais? Mas sobre fazer melhor? E se for sobre fazer junto? Reconhecer o que já está maduro para ser colhido e o que ainda precisa de tempo para brotar?

Florescer exige paciência. E exige também que a gente pare de se comparar. Cada um está num estágio diferente de sua jornada. Em uma das edições passadas do “Café com Sassá”, falei sobre a coragem de simplificar. Volto a esse ponto porque sigo acreditando que simplificar é um ato estupendo. É sobre dizer não ao que está em excesso. É sobre cultivar o simples. E é sobre um bom café…


Não é que o tempo esteja passando rápido demais.

Talvez seja a vida que esteja nos chamando a estar mais presentes. Talvez a pressa venha da desconexão com o que realmente importa. E talvez seja hora de aceitar que nem tudo precisa estar pronto agora. Que o melhor pode estar vindo, sim. Mas que virá no tempo certo. Com a maturidade das escolhas que fazemos hoje.

E assim como um bom café precisa do tempo exato de infusão para revelar seu melhor aroma e sabor, nossa jornada também precisa de tempo. Tempo para gestar ideias, para amadurecer conexões, para florescer com autenticidade. Sem pressa. Mas com intenção.

No meu próprio caminho, vejo o segundo semestre como um tempo de consolidação. Um momento para sustentar o que plantei, fortalecer parcerias que fazem sentido continuar fazendo a minha jornada com intencionalidade, conexões e autenticidade. Sigo com menos urgência e mais presença, confiando que o tempo certo nem sempre é o mais rápido.

E você, está encerrando ou iniciando? Que ciclo dentro de você pede fim? E qual está apenas esperando que você lhe dê passagem para começar?

Compartilhe suas impressões conosco e continue essa conversa no próximo Café com Sassá! ☕


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Quer saber mais sobre como encerrar ciclos com consciência e florescer com autenticidade no tempo certo? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar você em sua jornada.

Salete Deon
Especialista em Gestão de Carreira e Desenvolvimento de Lideranças, Segurança Psicológica de Times pelo IISP, Liderança Feminina pela StartSe/SBE, Coach Executiva (PCC), Palestrante, Top Voice Linkedin, Fundadora da DeON Consulting
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Confira também: Câmeras Fechadas, Vínculos Frágeis: A Solidão Silenciosa do Home Office

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Câmeras Fechadas, Vínculos Frágeis: A Solidão Silenciosa do Home Office https://www.cloudcoaching.com.br/cameras-fechadas-vinculos-frageis-a-solidao-silenciosa-do-home-office/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=cameras-fechadas-vinculos-frageis-a-solidao-silenciosa-do-home-office https://www.cloudcoaching.com.br/cameras-fechadas-vinculos-frageis-a-solidao-silenciosa-do-home-office/#respond_65424 Fri, 30 May 2025 15:20:19 +0000 https://www.cloudcoaching.com.br/?p=65424 Seu time está realmente conectado ou só coexistindo em silêncio? Descubra como o home office pode estar enfraquecendo vínculos invisíveis — e o que líderes e empresas podem fazer agora para resgatar a conexão humana no trabalho virtual.

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Câmeras fechadas, vínculos frágeis: A solidão silenciosa do Home Office

Entre goles de café e conversas com líderes, tenho percebido um silêncio incômodo pairando nas telas: câmeras desligadas, vínculos frágeis, invisibilidade. O que era para ser conexão virou rotina mecânica. E cada vez mais, nas reflexões que colho por aí, surge a mesma pergunta disfarçada de incômodo:

Estamos trabalhando juntos, nos conectando ou apenas coexistindo online?

Outro dia, em uma sessão de mentoria, uma profissional me disse: “Fui entrevistada por três pessoas, nenhuma abriu a câmera. Era como se eu estivesse falando com avatares. Terminei a conversa me sentindo invisível.”

Não foi a primeira vez que ouvi isso. E tampouco será a última. Vivemos uma era de paradoxos: nunca estivemos tão conectados tecnologicamente, e tão desconectados humanamente. Reuniões sem câmeras, onboarding remotos frios, falta de escuta ativa e uma sensação constante de estar presente apenas de corpo (ou tela), mas ausente de alma.

Ao escrever sobre este tema procuro dar voz a tantas inquietações, sobre a forma como estamos nos relacionando no mundo do trabalho, principalmente com a permanência do modelo remoto e híbrido. E é também um convite à responsabilidade compartilhada: empresas, lideranças e colaboradores precisam, de fato, reencontrar o valor da presença real, mesmo no virtual.


Câmeras Fechadas, Vínculos Frágeis: A Solidão Silenciosa do Home Office
Criado com ChatGPT-4o

Câmeras fechadas, amplia distanciamento

Existe algo de profundamente simbólico em abrir a câmera em uma chamada de vídeo. Abrir a câmera é abrir uma janela de si. Mostrar o rosto, a expressão, o olhar. Humanizar.

Quando as câmeras ficam fechadas, é como se todos estivéssemos sentados ao redor de uma mesa com sacos de papel na cabeça — ouvi esta semana e procurei representar na imagem deste artigo. Irônico, engraçado, trágico…

A voz está ali, mas e o restante? E a linguagem corporal? E a empatia que se constrói com um simples sorriso compartilhado?

No espaço corporativo onde a escuta já era uma habilidade escassa, o home office mal gerido está acentuando a desconexão. Profissionais se sentem sozinhos em times numerosos. Os gestores não percebem sinais de sobrecarga ou desengajamento porque estão operando no modo “só áudio”. E liderar sem ver é como tentar conduzir uma orquestra vendado.


A dor silenciosa das lideranças

Se por um lado os profissionais sentem a ausência de vínculos, por outro, as lideranças carregam uma dor que poucos verbalizam: o acúmulo de funções, a responsabilidade de entregar metas e resultados com equipes que, muitas vezes, tem alta rotatividade e/ou  baixo engajamento — sem mencionar a dificuldade de contratação.

Relatos são frequentes: líderes que precisam “correr atrás” dos colaboradores para obter atualizações, jovens talentos que evitam conversas difíceis, que preferem o chat ao diálogo, e profissionais que recusam qualquer esforço que não esteja estritamente relacionado ao seu escopo. Essa postura, sem dúvida,  dificulta o engajamento, o espírito de equipe e o trabalho de formação de sucessores.

Como preparar novos líderes diante de tantos desafios? Como lidar com a máxima cada vez mais real: quem não é visto, não é lembrado?


A ausência de interação empobrece o aprendizado

As pessoas aprendem observando, convivendo, trocando. Cultura não se transmite por PDF. Ela se vive.

Ao eliminar os espaços informais do café, do corredor, do “puxa ali e me ajuda aqui”, estamos perdendo mais do que parece. Segundo estudos da Universidade de Stanford, o isolamento prolongado e a falta de interação presencial reduzem a capacidade cognitiva, impactam a criatividade e prejudicam a memória operacional – aquela que usamos para resolver problemas e tomar decisões rapidamente.

Uma especialista, revisitando sua carreira me disse: “no início foi muito bacana trabalhar  online; agora, sinto como se estivesse emburrecendo — preciso me relacionar com pessoas, aprendo nas relações interpessoais cotidianas. Quero buscar um trabalho que possibilite flexibilidade e valorize as interações.”

Além disso, a ausência de referências humanas concretas durante o trabalho impacta a formação dos mais jovens e dos novos contratados. Como desenvolver percepção política, escuta ativa e leitura de ambiente sem estar no ambiente?


Home office não pode ser sinônimo de isolamento afetivo

O problema não é o home office. O problema é o home office sem intencionalidade relacional.

Trabalhar de casa pode sim ser produtivo e saudável. Mas não podemos abdicar do que nos faz humanos no processo: a troca, o pertencimento, o reconhecimento.

Cada vez mais, vemos profissionais enfrentando crises silenciosas: aumento de ansiedade, desconforto com a própria imagem, dificuldade de criar laços. A distância prolongada não apenas afeta os resultados, mas mina silenciosamente a saúde emocional das equipes.

E não é apenas metafórico: a falta de exposição ao sol, ao movimento, aos encontros cara a cara afeta inclusive a produção de serotonina e vitamina D, essenciais para a nossa regulação emocional e cognitiva.


Onboarding sem presença é perda de tempo e cultura

As empresas precisam repensar com coragem os seus modelos de integração. É contraproducente iniciar um ciclo de onboarding 100% remoto sem criar espaços reais de convivência.

Nos três primeiros meses de uma contratação, tudo está em construção: os vínculos, a visão de futuro, o entendimento da cultura, as alianças internas. Perder essa janela de convivência é um risco real de perda de identidade e aumento do turnover.

Minha sugestão é clara: onboarding com presença no escritório por três meses deve ser estratégia, não exceção. É o tempo de formar laços, entender os não-ditos, perceber os valores vivos da empresa e, sem dúvida, se sentir parte.


O impacto da desconexão disfarçada de eficiência

Recentemente, uma Diretora de RH me relatou que a maior dificuldade das novas lideranças era justamente “criar laços com seus times, mesmo após meses juntos”. Ao investigar, perceberam que não havia sequer um encontro presencial estruturado, nem rituais de escuta ou acolhimento. O resultado? Alta rotatividade, baixa empatia, feedbacks frios e baixa performance.

Em outro caso, um profissional relatou que passou os primeiros 45 dias em uma nova empresa sem ver o rosto do seu gestor. As reuniões eram técnicas, diretas e sem espaço para o “bom dia, tudo bem?”. Resultado: desligamento precoce, desmotivador para ambas as partes.


Presença é mais que estar online. É estar inteiro

Empresas precisam (re)educar suas lideranças sobre o valor da presença verdadeira. Abrir a câmera, escutar com atenção, marcar encontros presenciais, valorizar os momentos de informalidade, criar espaços para conversas fora da pauta.

A cultura organizacional é feita desses detalhes. Uma empresa humanizada não se mede apenas por seu pacote de benefícios e remuneração, mas pelo tipo de conversa que promove entre seus colaboradores, pela inspiração gerada por suas lideranças e pelo clima organizacional favorável.


A coragem de aparecer

A vida profissional precisa de cor, rosto, voz e afeto. Não somos apenas executores de tarefas: somos seres de relação, de sentidos, de significados.

Abrir a câmera pode parecer um gesto pequeno. Mas é um ato de coragem, de disponibilidade e de respeito pelo outro. Pode ser o início de uma conexão, de um aprendizado, de uma parceria.

Se insistirmos em reuniões com “sacos de papel na cabeça”, seguiremos então perdendo o essencial: o olhar que conecta, a presença que transforma e a coragem de realmente sermos vistos.

Que empresas, lideranças e colaboradores tenham coragem de colocar o rosto na tela, mas principalmente o coração no centro da conversa.

Na sua opinião, quais ações concretas empresas e lideranças podem adotar para fortalecer os vínculos humanos no trabalho remoto ou híbrido, sem abrir mão da produtividade?

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Com café, escuta e coragem para o novo,


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Quer saber como enfrentar a solidão do home office com mais conexão, presença e vínculo real entre líderes e equipes? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar com você a respeito.

Salete Deon
Especialista em Gestão de Carreira e Desenvolvimento de Lideranças, Segurança Psicológica de Times pelo IISP, Liderança Feminina pela StartSe/SBE, Coach Executiva (PCC), Palestrante, Top Voice Linkedin, Fundadora da Deon Consulting
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Confira também: Quando a Inteligência é Artificial, mas a Transformação Precisa Ser Humana

Palavras-chave: home office, presença no virtual, câmeras fechadas, relações no trabalho, trabalho remoto, impacto emocional do home office, solidão do home office, impacto da solidão do home office vínculos profissionais no trabalho remoto, liderança remota e engajamento

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Quando a Inteligência é Artificial, mas a Transformação Precisa Ser Humana https://www.cloudcoaching.com.br/quando-a-inteligencia-e-artificial-mas-a-transformacao-precisa-ser-humana/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=quando-a-inteligencia-e-artificial-mas-a-transformacao-precisa-ser-humana https://www.cloudcoaching.com.br/quando-a-inteligencia-e-artificial-mas-a-transformacao-precisa-ser-humana/#respond_64991 Fri, 02 May 2025 15:20:48 +0000 https://www.cloudcoaching.com.br/?p=64991 A Inteligência Artificial chegou ao universo do Coaching e pode apoiar com dados e insights. Mas é a escuta, a presença e a sensibilidade humana que promovem a verdadeira transformação. Descubra como unir tecnologia e conexão sem abrir mão da essência.

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Quando a Inteligência é Artificial, mas a Transformação Precisa Ser Humana

Entre uma xícara de café e outra, seguimos procurando entender o que nos faz verdadeiramente humanos diante de tanta tecnologia. Será que escutar com presença pode ser replicado por um algoritmo? Será que o silêncio de uma boa pergunta cabe em um dashboard? A inteligência artificial chegou para ficar — mas será que ela sabe acolher as nossas dores não ditas? Este artigo é um convite a cruzar essa fronteira entre o código e o coração, sem perder de vista aquilo que, no fundo, sempre fez diferença: a conexão.


O desconhecido que instiga e provoca

Travessias, encruzilhadas, bifurcações. A inteligência artificial (IA), antes tema de filmes futuristas, hoje cruza nossos caminhos com promessas, alertas e uma pergunta silenciosa no ar: como manter a essência humana em tempos de algoritmos?

No universo do coaching, onde a escuta, a presença e a confiança são pilares, a chegada da IA convida a um novo olhar. Nem ruptura, nem submissão. Mas sim, como em uma boa sessão de coaching, um espaço para perguntar: O que isso muda? O que isso possibilita?

Com mais de oito anos trabalhando com desenvolvimento de lideranças , gestão e transição de carreira, posso dizer que essa interseção entre tecnologia e humanidade não é nova para mim. Ela apenas ganhou novos contornos. Afinal, não é sobre a tecnologia. É sobre o que fazemos com ela.


As vozes das instituições: ética, potencial e cuidado

A International Coaching Federation (ICF), referência mundial em coaching profissional, lançou em 2024 o “AI Coaching Framework and Standards”, orientando os coaches sobre como utilizar IA de forma ética e eficaz.

“A IA pode potencializar o coaching, mas jamais substituir o poder de uma relação humana de confiança.” — Magda Mook, CEO da ICF

Segundo o documento, o uso de IA no coaching precisa respeitar os princípios de confidencialidade, transparência, equidade e consentimento. A prática deve estar a serviço do cliente, e não o contrário.

A Gallup, criadora do Clifton Strengths, destaca que: “A IA nos ajuda a entender melhor as pessoas, mas líderes e coaches são os que transformam dados em desenvolvimento.” — Jim Clifton, Chairman da Gallup

Em estudo recente, a Gallup mostrou que embora 93% dos CHROs das empresas Fortune 500 estejam investindo em IA, apenas 33% dos colaboradores estão cientes dessas iniciativas. Ou seja: a distância entre estratégia e experiência segue sendo um desafio humano.


O Coach Profissional: Um diferencial que nenhuma máquina reproduz

Enquanto ferramentas de IA como ChatGPT, dashboards analíticos e resumos automáticos tornam o conhecimento mais acessível, é o coach profissional quem faz a alquimia: transformar conteúdo em contexto, dados em significado, dilemas em provocações e ação em propósito.

“Coaching não é sobre dar respostas. É sobre ajudar pessoas a encontrar suas próprias respostas.” — Marshall Goldsmith

O coach profissional capta nuances, personaliza intervenções e cria presença — esse ingrediente intangível que, ao ser sentido, muda tudo.


IA como aliada: a expansão da jornada

Mas e se… olharmos para a IA não como ameaça, e sim como extensão, uma oportunidade?
Ferramentas de IA podem gerar perfis comportamentais, resumos automáticos, identificar padrões de linguagem e sugerir trilhas de aprendizado.

“A IA não substitui o coach. Ela amplia suas possibilidades.” — Erick Van Vulpen, fundador do AIHR – Academy to Innovate HR

A integração inteligente e ética da IA fortalece o processo, mas não substitui o olhar humano.


Desafios éticos: LGPD, confiança e presença

A utilização da IA no coaching levanta questões importantes sobre privacidade e proteção de dados. A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) nos lembra que não basta ser ético, é preciso ser transparente.

“A tecnologia é excelente em responder, mas o humano é insubstituível na arte de perguntar.” — Otto Scharmer


Quando a Tecnologia Apoia, mas o Coração Conduz

Relatos de clientes mostram que, mesmo com dashboards e resumos automáticos, o momento de virada vem da escuta, do silêncio, da presença verdadeira. A tecnologia apoia, mas o coração, a intuição e olhar atento, conduzem.

E o futuro? caminhos que desconhecemos (ainda bem)

“Não é sobre homem versus máquina. É sobre homem com máquina.” — Garry Kasparov

Ao invés de IA ou humanidade, o futuro é coaching com IA e com alma.


Conclusão: entre códigos e conexão, seguimos humanizando

O futuro do coaching está sendo escrito agora, e cabe a nós, coaches profissionais, liderar essa integração com sabedoria, responsabilidade e cuidado.

E eu, fico aqui me perguntando, o que será que está logo ali na próxima curva do caminho? Como poderei apoiar meus clientes nesta jornada?


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Quer saber mais de que forma a inteligência artificial pode ser integrada ao coaching sem comprometer a essência da conexão humana? Compartilhe suas impressões conosco e continue essa conversa no próximo Café com Sassá! ☕

Com café, escuta e coragem para o novo,

Salete Deon
Especialista em Gestão de Carreira e Desenvolvimento de Lideranças, Segurança Psicológica de Times pelo IISP, Liderança Feminina pela StartSe/SBE, Coach Executiva (PCC), Palestrante, Top Voice Linkedin, Fundadora da Deon Consulting
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Confira também: Carreira 50+: E se o melhor da jornada ainda estiver por vir?

Palavras-chave: coaching com inteligência artificial, coach profissional, transformação humana, ética no uso da IA, presença no coaching, inteligência artificial no coaching, tecnologia e conexão humana, coaching com propósito, IA no desenvolvimento humano, escuta ativa no coaching

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Carreira 50+: E se o melhor da jornada ainda estiver por vir? https://www.cloudcoaching.com.br/carreira-50-e-se-o-melhor-da-jornada-ainda-estiver-por-vir/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=carreira-50-e-se-o-melhor-da-jornada-ainda-estiver-por-vir https://www.cloudcoaching.com.br/carreira-50-e-se-o-melhor-da-jornada-ainda-estiver-por-vir/#respond_64508 Fri, 04 Apr 2025 15:20:16 +0000 https://www.cloudcoaching.com.br/?p=64508 E se os 50+ forem apenas o começo de uma nova fase profissional, mais intencional e transformadora? Descubra como propósito, experiência e diversidade estão moldando uma carreira com mais significado e impacto do que nunca.

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Carreira 50+: E se o melhor da jornada ainda estiver por vir?

Outro dia, num café de domingo, uma amiga me disse:

“A gente não envelhece, a gente se aprimora.”

Sorrimos. Não era novidade — era só a confirmação do que estamos vivendo na pele.

Estamos, sim, na era do encontro entre gerações — e nunca foi tão importante considerar o valor das pessoas com mais de 50 anos no mundo do trabalho.

Porque, convenhamos…

Vamos viver muito — e não só em quantidade de anos, mas em qualidade de escolhas.

A longevidade não é apenas um dado demográfico, mas um convite a refletir como queremos viver, trabalhar, contribuir e evoluir ao longo do tempo.

Se vamos ter mais décadas pela frente, que elas então sejam cheias de significado, propósito e movimento.

O que está envelhecendo de fato é a ideia de que só os jovens inovam e só os idosos ensinam.

Chegou a hora de parar de rotular e começar a construir pontes, com troca, respeito e ação.


Não é sobre idade. É sobre legado!

Aos 50+, a carreira deixa de ser uma corrida por velocidade e status — e então se transforma em uma jornada guiada por significado, propósito e escolhas com mais intenção.

Mais do que entregar metas, queremos viver de propósitos. Mais do que cargos, buscamos conexões.

E isso não é fraqueza… é força.

É sabedoria aplicada.

É olhar para o novo sem esquecer a trilha que já foi percorrida — e, melhor ainda, usar essa trilha como um guia para quem está começando agora.

E eu falo com propriedade.

Também sou uma mulher 50+, com frio na barriga diante do novo, sim — mas com ainda mais vontade, curiosidade e determinação.

Essa fase não é sobre se conformar, é sobre se reinventar.

E eu tenho feito isso todos os dias, seja liderando, empreendendo, escrevendo, cruzando caminhos reais e simbólicos, e deixando minha marca tanto em quem caminha ao meu lado quanto naqueles encontros afortunados que atravessam o nosso caminho e… deixam marcas.


Um mercado que (ainda) precisa evoluir

Ainda existem ambientes que enxergam profissionais 50+ como “custos altos”, “desatualizados”, “resistentes” ou até mesmo “velhos demais”.

É curioso como as gerações mais jovens muitas vezes criticam ou subestimam as mais velhas — mal sabem que, no futuro, viverão exatamente o mesmo papel.

Inocentes… ainda não perceberam que o tempo nos proporciona um grande aprendizado.

Nós, 50+, também já fizemos isso com nossos pais e líderes. E, agora, experimentamos o mesmo olhar questionador.

E o ciclo continua… até que alguém decida romper com ele.

A verdade é que a mudança não começa com o mercado.

Começa em nós.

Estamos vivendo mais, aprendendo mais, nos adaptando mais.

E sabemos — porque já vimos na prática — que equipes multigeracionais são mais criativas, produtivas e empáticas.

O que falta não é juventude ou experiência: falta menos preconceito e mais protagonismo.

Falta espaço, voz, oportunidade e decisão.

E isso vale tanto para empresas quanto para cada um de nós, todos os dias.


A potência dos encontros

Recentemente, tive a alegria de realizar uma masterclass sobre LinkedIn para um grupo de profissionais 50+, dentro do Programa de Mentoria Carreira 50+ do Instituto Vasselo Goldoni, do qual tenho imenso orgulho em fazer parte. Foi simplesmente incrível — não apenas pela troca de conhecimento, mas pela energia, pela escuta ativa e pela disposição de cada participante em olhar para o futuro com coragem e curiosidade.

Cada olhar atento, cada pergunta genuína, cada história compartilhada ali reafirma algo que trago comigo todos os dias: existe uma força vibrante, muitas vezes subestimada, em quem escolhe seguir aprendendo, se reinventando e contribuindo, mesmo depois de décadas de estrada.

Foi emocionante ver o brilho nos olhos de quem decidiu continuar sendo protagonista da própria jornada.

Pude sentir que a ideia do “já fiz muito” abre espaço para o “ainda quero fazer tanto” — e isso é profundamente transformador.

E é nesse ponto da jornada que percebemos: aos 50+, temos a licença poética — e a vivência necessária — para nos apropriarmos das nossas conquistas sem culpa, honrar a nossa história sem modéstia e seguir em frente com a dignidade de quem, de fato, sabe de onde veio e escolhe, com consciência, para onde vai.

E eu estava ali também. Não apenas como facilitadora da masterclass, mas como uma mulher 50+ que vive, aprende e compartilha.

Com o pé no acelerador, a mente aberta e o compromisso de deixar marcas positivas tanto em quem caminha ao meu lado quanto naqueles oriundos de encontros afortunados que cruzam meu caminho.

Essa vivência me mostra todos os dias que não se trata de escolher entre o novo ou o experiente — mas de criar espaços onde todos possam crescer juntos.


Agora, imagine esse espírito dentro das organizações.

Imagine um ambiente onde os mais jovens chegam com sede de fazer, e os profissionais 50+ contribuem mostrando o melhor caminho para otimizar energia, priorizar com sabedoria e agir com foco no que de fato importa.

Onde um aprende a falar de inteligência artificial, e o outro ensina, com naturalidade, sobre inteligência emocional.

Onde o aprendizado é horizontal, generoso e colaborativo — como deve ser em um mundo que quer, de fato, evoluir.


O convite que fica

Empresas, líderes, RHs:

Não desperdicem essa geração que aprendeu a digitar em máquina de escrever e hoje explora o potencial da inteligência artificial com curiosidade e estratégia.

Que começou a carreira fazendo curso de datilografia e hoje lidera conversas sobre futuro do trabalho, soft skills e transformação digital.

Que já fez chamadas em ramais, mas hoje coordena projetos híbridos com times espalhados pelo mundo.

E que domina a arte da escuta, do equilíbrio e da visão sistêmica — tudo isso com os dois pés no presente.

Não subestimem quem pode ser mentor, conselheiro, referência.


Profissionais 50+ têm muito mais valor do que as empresas pensam e eles próprios imaginam.

São eles que, muitas vezes, colocam a bola no chão quando tudo parece acelerar demais. Têm bagagem, leitura de cenário, repertório emocional e, além disso, uma habilidade valiosa de transformar experiência em direção e ação. Não para competir com o novo, mas para completar, colaborar, construir. E isso, por si só, é um ativo estratégico que nenhuma tecnologia substitui.

Pessoas 50+ não são um capítulo encerrado.

São livros abertos, prontos para novos capítulos — só precisam de um espaço, de uma oportunidade para continuar escrevendo com propósito e impacto.

E pra você, que está chegando ou já passou dos 50:

Que tal assumir que ainda dá tempo?

Tempo de recomeçar, ensinar, aprender, inspirar.

Tempo de fazer diferente. E fazer com mais sentido.

O seu valor não está na idade, mas na coragem de se manter em movimento.

Porque, no final das contas, como um bom café passado na hora, o que a gente traz com o tempo é aroma, sabor e presença.


Pra pensar com carinho (e ação)

Se a vida profissional é uma jornada, que tal parar por um instante e olhar para quem está, de fato, caminhando ao seu lado?

Será que está abrindo espaço para o novo e para a experiência?

  • O futuro do trabalho não é jovem.
  • O futuro do trabalho não é sênior.
  • O futuro do trabalho é intergeracional.

E ele começa quando construímos, juntos, ambientes onde todos possam aprender, contribuir e crescer.

Então, meu convite é simples:

Valorize quem veio antes. Compartilhe com quem caminha ao lado. Aprenda com todas as gerações.

E se for preciso, recomece — com coragem e intenção.

Porque a carreira não tem prazo de validade — é uma jornada contínua, com novos começos sempre à disposição de quem escolhe seguir em movimento.

E o melhor momento para ativar isso… é agora.

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Quer saber mais como a diversidade geracional pode ser um diferencial estratégico para as empresas? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Salete Deon
Especialista em Gestão de Carreira e Desenvolvimento de Lideranças, Segurança Psicológica de Times pelo IISP, Coach Executiva, Palestrante, Top Voice Linkedin
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Confira também: Sua carreira estagnou? Vamos falar sobre como retomar o movimento em 7 passos!

Palavras-chave: carreira 50+, diversidade geracional, reinvenção profissional, propósito na carreira, profissionais experientes, carreira para pessoas com mais de 50 anos, recomeçar a carreira depois dos 50, como manter a relevância profissional aos 50+, futuro do trabalho, o futuro do trabalho é intergeracional, valor dos profissionais com mais de 50 anos

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Sua carreira estagnou? Vamos falar sobre como retomar o movimento em 7 passos! https://www.cloudcoaching.com.br/sua-carreira-estagnou-7-passos-para-retomar-o-movimento/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=sua-carreira-estagnou-7-passos-para-retomar-o-movimento https://www.cloudcoaching.com.br/sua-carreira-estagnou-7-passos-para-retomar-o-movimento/#respond_64036 Fri, 07 Mar 2025 15:20:25 +0000 https://www.cloudcoaching.com.br/?p=64036 Sua carreira parou no tempo? Conheça 7 passos práticos e essenciais para sair da estagnação, retomar o movimento, resgatar sua motivação e construir uma trajetória alinhada ao seu propósito e valor único no mercado, começando hoje mesmo!

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Sua carreira estagnou? Vamos falar sobre como retomar o movimento em 7 passos!

Seja bem-vindo a mais uma conversa do Café com Sassá, um espaço para reflexões e provocações, cheias de energia sobre carreira, liderança e crescimento. Se você já sentiu que sua carreira está parada no tempo, que está se esforçando sem sair do lugar, ou se apenas busca inspiração para dar o próximo passo, esta leitura é para você. Pegue sua xícara de café e venha comigo!

Recentemente, escrevi um post no LinkedIn sobre essa sensação de estagnação e o impacto que isso tem na nossa trajetória profissional. A repercussão foi intensa, e percebi o quanto esse tema ressoa com tantas pessoas. Então, decidi aprofundar essa conversa aqui. Afinal, mudanças fazem bem, mesmo quando assustam. Se o seu corpo, seus amigos, sua família, seu entorno estão sinalizando que algo não está bem, é porque realmente não está. Então, que tal recomeçar?

Como bem disse Dilma Campos:

“Recomeçar pode parecer assustador, mas é uma das decisões mais brilhantes e transformadoras que você pode tomar. Não é sobre fracasso, mas sobre reconhecer que você merece algo melhor.”

Quantas vezes já sentimos que estamos correndo em uma esteira? Muito esforço, mas sem sair do lugar. Esse sentimento pode minar nossa motivação e obscurecer o caminho. Mas a verdade é que a carreira, independente do que você faça, é um organismo vivo, e como todo organismo, precisa de estímulo para crescer.


Sinais de estagnação da carreira

Os primeiros sinais de que algo não está certo podem ser sutis:

  • Falta de desafios;
  • Rotina previsível;
  • Sensação de que seu talento está subutilizado;
  • Desmotivação e cansaço excessivo;
  • Energia desperdiçada.

O problema não é uma fase em si, mas permanecer nela. A boa notícia? Você pode virar o jogo!


Construindo um novo caminho

Recomeçar não significa abandonar tudo de uma vez ou agir por impulso. É sobre construir algo pensado, seguir sua intuição, acreditar na sua força e criar o novo, aproveitando o tempo a seu favor.

Aqui estão algumas estratégias para transformar sua carreira:

1. Reflita sobre seu propósito

Dinheiro é importante, mas o que te move além dele? O que faz seus olhos brilharem? O que você esqueceu pelo caminho? Não saber a resposta pode ser um indicador para buscar novos significados para sua trajetória profissional.

2. Atualize-se constantemente

O mercado muda e você também precisa evoluir. Quais são as novas tendências da sua área? Quais habilidades estão em alta? Aprender algo novo pode ser o impulso que faltava para a reinvenção.

3. Expanda sua rede de contatos

As melhores oportunidades muitas vezes vêm de conexões inesperadas. Esteja cercado de pessoas que te inspiram, participe de eventos, converse com profissionais da sua área, tome um café (mesmo que online) com quem você admira e respeita. O networking estratégico abre portas. Muito se aprende nas interações também.

4. Crie oportunidades

Se aquilo que você busca não existe, crie! Não espere que um novo cargo ou uma chance caia do céu. Tome iniciativa, participe de projetos voluntários, demonstre seu valor.

5. Entenda o seu valor no mercado

Você sabe o que te torna único? Conhecer suas fortalezas e diferenciais permite que você se posicione com mais segurança e amplie seu leque de oportunidades. Se precisar, peça feedback a colegas, amigos, familiares. Busque um profissional para apoiá-lo.

6. Aprecie o poder da escolha

Nada é mais libertador do que saber que você pode decidir os próximos passos da sua trajetória. Se você não escolhe, alguém escolhe por você. Construir sua carreira com estratégia te dá o prazer de escolher para onde quer ir.

7. Invista na sua marca pessoal

Seu nome é a sua marca. O quanto seu nome e sobrenome valem? O quanto eles traduzem reputação e credibilidade? Construir uma presença forte e autêntica no mercado aumenta sua visibilidade e abre novas oportunidades.


Pequenas mudanças criam grandes resultados

Quando você reconhece seu valor, percebe que não precisa aceitar qualquer caminho – pode escolher o melhor para você. Pequenas mudanças hoje podem transformar completamente seu amanhã.

O caminho pode ser desafiador, mas é possível. Confie na sua força, ajuste a rota e siga em frente. O melhor ainda está por vir!

E você? Já passou por uma fase assim? O que fez para sair dela? Compartilhe sua história nos comentários!

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Quer saber mais quais são os principais sinais de estagnação na carreira e como superá-los? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Salete Deon
Especialista em Gestão de Carreira e Desenvolvimento de Lideranças, Segurança Psicológica de Times pelo IISP, Coach Executiva, Palestrante, Top Voice Linkedin
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Confira também: Permissão para Ser: O Caminho para a Plenitude na Vida e na Carreira 

Palavras-chave: estagnação na carreira, como retomar a carreira, dicas para sair da estagnação, marca pessoal e carreira, propósito profissional, sinais de estagnação na carreira, como reinventar a carreira em 2024, dicas para se destacar no mercado, como fortalecer a marca pessoal, estratégias para criar oportunidades na carreira

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Permissão para Ser: O Caminho para a Plenitude na Vida e na Carreira  https://www.cloudcoaching.com.br/permissao-para-ser-o-caminho-para-a-plenitude-na-vida-e-na-carreira/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=permissao-para-ser-o-caminho-para-a-plenitude-na-vida-e-na-carreira https://www.cloudcoaching.com.br/permissao-para-ser-o-caminho-para-a-plenitude-na-vida-e-na-carreira/#respond_63554 Fri, 07 Feb 2025 14:20:08 +0000 https://www.cloudcoaching.com.br/?p=63554 2025 chegou! Você está se permitindo ser quem realmente é? Descubra como a autenticidade pode transformar sua vida e carreira. Inspire-se na metáfora do Caminho de Santiago e encontre coragem para trilhar seu próprio caminho com significado e propósito.

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Permissão para Ser: O Caminho para a Plenitude na Vida e na Carreira 

Quantas vezes nos pegamos esperando por uma autorização invisível para viver a vida que realmente desejamos? Estamos no segundo mês do ano e 2025 está diante de nós como uma tela em branco, pronta para ser preenchida com os nossos sonhos, desejos e realizações.  

Mas a verdadeira questão é:  

Estamos nos permitindo ser quem somos e construir o caminho que desejamos trilhar? 

Como disse Fernando Pessoa em A Tabacaria, “Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.” E talvez esse seja o maior desafio da vida profissional e pessoal: dar-se permissão para sonhar e, principalmente, para agir. 

Permitir-se ser quem somos é um ato de coragem. Coragem para deixar ir o que não faz mais sentido, para desafiar padrões impostos por nós mesmos e construir um caminho que reflita nossos verdadeiros valores e desejos.  

No mundo corporativo, muitas vezes nos encontramos presos a expectativas externas, tentando nos moldar a funções e modelos que não nos representam mais. O mesmo acontece na vida pessoal. Mas e se 2025 fosse o ano da autenticidade? O ano em que você decide, finalmente, assumir o protagonismo da sua história? 


Construindo novos caminhos: A metáfora do caminho de Santiago 

Assim como no Caminho de Santiago, nossa jornada profissional é repleta de desafios, surpresas e descobertas. Lembro-me claramente, quando percorri aqueles 819 km do Caminho Francês, que o caminho não é uma linha reta; ele exige paciência, resiliência e confiança no processo.  

Cada passo dá sentido à trajetória, e cada obstáculo superado nos ensina a valorizar a simplicidade e a força da nossa determinação. Permitir-se trilhar novos caminhos é abraçar a incerteza com esperança, sabendo que chegar em “Santiago de Compostela” é só o começo de uma jornada – o destino final é a realização de quem realmente somos, e ele acontece no aqui e agora. 

E o quão importante é ter presente o que nos move. Ser fiel a nossos desejos é a chave para uma jornada com significado. Na correria do dia a dia, é fácil se perder nas expectativas dos outros e esquecer o que realmente queremos. Mas, como diria Sêneca, “nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir.” Em 2025, o convite é para refletir sobre o que realmente importa, qual direção queremos seguir e traçar planos alinhados com nossa essência. 


Dando pequenos passos com grande significado 

Assim como um bom café que nos desperta e prepara para o dia, pequenas ações podem ter um impacto profundo em nossa jornada. Cada decisão, por menor que pareça, é como aquele primeiro gole de café pela manhã: um convite à consciência, às novas oportunidades e à energia necessária para seguir em frente.  

No entanto, nem sempre encontramos o café que mais apreciamos; por vezes, nos contentamos com o que está à nossa disposição, sem nos darmos a chance de explorar novos sabores e experiências. Da mesma forma, muitas vezes não nos permitimos sentar e saborear esse café demoradamente, como quem vive sem pressa, absorvendo cada aroma e detalhe. É fundamental aprender a desfrutar cada etapa da vida, com suas notas suaves e intensas, construindo assim uma trajetória mais leve e significativa. 


Os Desafios de se permitir 

É claro que dar-se permissão para ser não é fácil. O medo do julgamento, a insegurança profissional e a pressão por resultados são barreiras reais. Mas, como bem disse Clarice Lispector, “que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria maestra.” Dizer “não” para o que não queremos mais e dizer “sim” claramente para o que queremos exige leveza, tranquilidade e, acima de tudo, amor pelo outro e compaixão por nós mesmos. Libertar-se dessas amarras exige trabalho interno, autoconhecimento e uma rede de apoio que nos encoraje.  


Como encarar e superar os obstáculos com resiliência e otimismo 

  1. Autoconhecimento: Entender quem somos e o que realmente queremos é o primeiro passo. Pergunte-se: estou vivendo de acordo com meus valores ou estou apenas cumprindo expectativas externas?
  2. Aceitação: O processo de se permitir ser envolve aceitar nossas vulnerabilidades e limitações. E tudo bem! Crescer significa abraçar nossos pontos fortes e fracos com compaixão.
  3. Rede de apoio: Cercar-se de pessoas que nos incentivam a ser autênticos é muito importante. Ter amigos, mentores e colegas que valorizam sua essência é uma poderosa fonte de confiança.
  4. Persistência: A jornada da autenticidade não é linear. Haverá dias difíceis, mas cada obstáculo superado nos aproxima ainda mais de uma vida alinhada com quem realmente somos.  

Então, em 2025 brindemos a autenticidade! 

É tempo de dizer “sim” a quem somos e ao que queremos ser. 2025 está à nossa frente como um convite para construir um futuro cheio de significado, alinhado com nossos valores e paixões. Permita-se ser, sonhar e realizar, e lembre-se: tudo começa com a coragem e a determinação de dar o primeiro passo.  

E claro, que essa jornada seja acompanhada de um bom #CaféComSassá para refletirmos e celebrarmos cada conquista ao longo do caminho. 

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Quer saber mais sobre a importância da autenticidade na vida e na carreira, e a permissão para ser e seus desafios? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

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Confira também: A Proliferação da Mentoria: Um Olhar sobre as Práticas e Seu Futuro

Palavras-chave: permissão para ser, autenticidade na vida e na carreira, autoconhecimento e propósito, segurança psicológica, desenvolvimento de lideranças, como ser mais autêntico na vida e na carreira, o impacto do autoconhecimento na vida profissional, segurança psicológica e crescimento profissional, a importância da autenticidade no ambiente corporativo

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A Proliferação da Mentoria: Um Olhar sobre as Práticas e Seu Futuro https://www.cloudcoaching.com.br/a-proliferacao-da-mentoria-um-olhar-sobre-as-praticas-e-seu-futuro/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=a-proliferacao-da-mentoria-um-olhar-sobre-as-praticas-e-seu-futuro https://www.cloudcoaching.com.br/a-proliferacao-da-mentoria-um-olhar-sobre-as-praticas-e-seu-futuro/#respond_63062 Fri, 13 Dec 2024 14:20:24 +0000 https://www.cloudcoaching.com.br/?p=63062 A mentoria evoluiu, mas enfrenta desafios de popularização. Entenda a essência da prática, os riscos de sua banalização e como ela pode transformar lideranças, carreiras e negócios. Descubra também o futuro da mentoria e dicas para escolher com consciência.

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A Proliferação da Mentoria: Um Olhar sobre as Práticas e Seu Futuro

Nos últimos anos, a prática da mentoria parece ter ganhado os holofotes como uma solução inovadora para o desenvolvimento de pessoas e organizações, porém vale lembrar que ela não é exatamente uma novidade.

Durante décadas, empresas já utilizavam essa abordagem de forma estruturada, promovendo a troca de experiências entre profissionais mais experientes e aqueles em início de carreira. Era comum que líderes seniores assumissem o papel de mentores, guiando jovens talentos ao longo de sua jornada profissional, oferecendo conselhos sobre decisões de carreira e compartilhando lições aprendidas ao longo de suas próprias trajetórias.

Além disso, fora do ambiente corporativo, muitos de nós também já vivenciamos a mentoria de maneira mais informal. Havia sempre aquele profissional que admirávamos — alguém que inspirava pela competência técnica, pela sabedoria prática ou pela habilidade de liderar com maestria. Não o chamávamos formalmente de “mentor”, mas essas relações tinham um impacto transformador em nossas escolhas e aprendizados.

O que mudou, então, para que hoje a mentoria esteja sendo tratada como uma “grande novidade” no mundo do desenvolvimento humano? E, mais importante, por que a prática, que sempre foi marcada por confiança e respeito mútuo, está sendo popularizada de forma tão indiscriminada, muitas vezes sem critérios claros ou preparo adequado?

Essa reflexão nos convida a revisitar as origens e o verdadeiro propósito da mentoria, ao mesmo tempo em que nos alerta para os desafios que sua proliferação desordenada pode trazer para o mercado e para as pessoas. Afinal, estamos preservando a essência da mentoria ou diluindo seu valor em meio a modismos e promessas fáceis?

Acompanhando essa tendência, não é incomum encontrar ofertas de “mentorias” que prometem resultados instantâneos, reduzindo a prática a um produto de consumo rápido. Este cenário nos desafia a refletir sobre a essência da mentoria, a responsabilidade de quem a oferece e o cuidado necessário por parte de quem busca por orientação.

Mentoria e Coaching: clareza nas definições

A diferença entre mentoria e coaching precisa ser compreendida para que ambos sejam devidamente valorizados. A International Coaching Federation (ICF) define coaching como uma “parceria com clientes em um processo criativo e instigante que os inspira a maximizar seu potencial pessoal e profissional.” Trata-se de um processo baseado em perguntas poderosas, em que o coach facilita o autoconhecimento e o desenvolvimento de soluções criadas pelo próprio cliente.

Já a mentoria é um processo de compartilhamento de experiências. O mentor oferece orientações baseadas em sua trajetória profissional, ajudando o mentee a navegar em situações específicas, acelerar aprendizado e aumentar o engajamento. Segundo um estudo da Gallup, a mentoria é especialmente eficaz para aumentar o engajamento, pois fortalece o senso de pertencimento e apoio no ambiente de trabalho.

No entanto, é necessário ter cuidado com profissionais que frequentemente mudam de abordagem ao sabor da próxima “solução milagrosa”. Tais profissionais podem comprometer a credibilidade das práticas de desenvolvimento ao tratar métodos sérios, como mentoria e coaching, como modismos passageiros.

Essa superficialidade pode desvalorizar tanto a profissão quanto os resultados que estas práticas são devidamente capazes de oferecer quando realizadas com seriedade e compromisso. Para gerar valor, é importante que profissionais escolham suas áreas de atuação com base em competências reais e experiência comprovada, ao invés de simplesmente seguirem as tendências do momento.

O Impacto da Mentoria no Desenvolvimento de Lideranças e Aceleração de Carreiras e Negócios

A mentoria exerce uma influência poderosa no desenvolvimento de lideranças, transformando não apenas indivíduos, mas também acelerando carreiras e impulsionando negócios. Ao proporcionar um espaço seguro para troca de conhecimentos e experiências, ela ajuda líderes a desenvolverem e aprimorarem habilidades de liderança.

Para as carreiras, a mentoria atua como um catalisador, guiando profissionais em fases críticas de transição e ajudando a navegar desafios complexos. Mentores experientes, por suas jornadas ou áreas de conhecimento, oferecem insights valiosos que podem ser decisivos para o crescimento pessoal e profissional.

No âmbito dos negócios, a mentoria fomenta uma cultura de inovação e aprendizado contínuo, estimulando o desempenho e a competitividade organizacional. Ela encoraja a criação de redes profissionais robustas e promove a troca de melhores práticas, permitindo que as empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado e capitalizem novas oportunidades.

A proliferação desenfreada: riscos e desafios

Apesar de seu potencial, a popularização indiscriminada da mentoria traz riscos. Estudos da Harvard Business Review apontam que programas de mentoria mal estruturados ou liderados por mentores despreparados podem gerar efeitos negativos, como a perda de confiança e o desengajamento. Além disso:

  • Falta de padronização: A ausência de critérios formais e de qualificação, enfraquece a qualidade e a credibilidade do mercado.
  • Promessas exageradas: Muitas ofertas apresentam resultados irreais, desviando-se da essência da mentoria.
  • Confusão com coaching: A banalização da terminologia dilui a distinção entre essas práticas, prejudicando ambas.

Para onde vamos? O Futuro da mentoria

Estudos da Deloitte sobre tendências de desenvolvimento humano indicam que a próxima fase das práticas de desenvolvimento deve integrar a mentoria a outras abordagens, como coaching, treinamento, facilitação e tecnologias de inteligência artificial. Alguns caminhos apontados incluem:

  1. Facilitadores de Aprendizado Personalizado: Mentores que atuam como guias em jornadas de aprendizado contínuo, adaptando as orientações às necessidades individuais.
  2. Comunidades de Mentoria: Plataformas colaborativas onde grupos de pessoas trocam conhecimentos de forma estruturada, promovendo aprendizado coletivo.
  3. Integração tecnológica: Ferramentas baseadas em inteligência artificial, podem complementar a mentoria, oferecendo análises personalizadas e insights comportamentais.

Escolhendo com consciência

Se você busca um programa de mentoria, é importante ser criterioso. Estudos da Gallup mostram que a qualidade da relação mentor-mentee é o maior indicador de sucesso. Algumas perguntas a serem feitas:

  • O mentor tem vivência relevante para os seus desafios?
  • Ele adota uma abordagem estruturada e ética?
  • Sua experiência, vivência e conhecimento o habilitam a apoiá-lo na busca de seus objetivos?

Por outro lado, para quem deseja atuar como mentor, recomendo uma autorreflexão: “Estou preparado para mentorar com responsabilidade e profundidade?”

A mentoria não é apenas uma transferência de conhecimento; é uma prática que exige escuta ativa, empatia e a capacidade de adaptar-se ao contexto do mentee.

Por fim, a mentoria, quando bem utilizada, é uma ferramenta poderosa para conectar experiências, desenvolver lideranças e acelerar o crescimento de carreiras. No entanto, precisamos resguardar sua essência e evitar que sua banalização comprometa o impacto que pode gerar. O futuro das práticas de desenvolvimento humano requer seriedade, intenção e, acima de tudo, compromisso com a transformação.

Como profissionais, líderes ou mentores, cabe a nós decidir se seremos parte do ruído ou do legado. O que você escolherá?

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Quer saber mais sobre como a mentoria pode manter sua essência e relevância diante de sua proliferação e popularização crescente e dos desafios do mercado atual? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Salete Deon
Especialista em Gestão de Carreira e Desenvolvimento de Lideranças, Segurança Psicológica de Times pelo IISP, Coach Executiva, Palestrante, Top Voice Linkedin
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Por que se tem falado tanto sobre Segurança Psicológica de Times?

Nos últimos anos, “segurança psicológica” tornou-se um dos termos mais discutidos nos ambientes corporativos. Especialmente no período pós-pandemia, quando as relações de trabalho passaram por transformações radicais, muitos líderes e profissionais perceberam que a produtividade e a inovação dependem não apenas de competências técnicas, mas de um ambiente onde as pessoas se sintam verdadeiramente seguras para se expressarem. Mas por que, afinal, esse tema ganhou tanta relevância?

A pandemia e suas consequências deixaram claro que o trabalho não é apenas uma questão de resultados e tarefas, mas de interações humanas complexas. O isolamento, o medo e as incertezas forçaram organizações e líderes a repensarem suas estratégias e a questionarem o que, de fato, cria engajamento, produtividade e inovação. Segurança psicológica, um conceito popularizado pela pesquisadora Amy Edmondson, é a chave para muitas dessas respostas.

Quando existe segurança psicológica, cada pessoa na equipe sente que pode expressar suas ideias, dúvidas e preocupações – sem medo de retaliação ou julgamento. Isso não apenas melhora o ambiente de trabalho, mas também constrói uma base sólida para a colaboração e a alta performance.


O que é Segurança Psicológica de Times?

Amy Edmondson, professora de Liderança e Gestão na Harvard Business School, define segurança psicológica como “a crença de que o ambiente é seguro para correr riscos interpessoais”. Em outras palavras, um ambiente com segurança psicológica é aquele em que todos se sentem confortáveis para compartilhar ideias, levantar preocupações e até admitir erros sem o receio de serem julgados ou punidos. Esse tipo de segurança permite que os colaboradores se expressem livremente e sintam que suas contribuições são valorizadas pelo que trazem ao time.

Para Edmondson, a segurança psicológica é a chave para uma cultura de inovação e aprendizado contínuo. Quando os membros de uma equipe se sentem seguros para arriscar e, potencialmente, errar, abre-se espaço para explorar soluções inovadoras, resolver problemas complexos e aprender com cada experiência. Peter Cauwelier, especialista em desenvolvimento de times de alta performance, complementa essa visão ao enfatizar que a segurança psicológica deve ser promovida pela liderança. Segundo ele, a capacidade dos líderes de criar espaços de comunicação abertos e de acolher vulnerabilidades impacta diretamente no potencial colaborativo da equipe, ajudando-a a se desenvolver e a superar desafios.

No pós-pandemia, muitos colaboradores enfrentam questões de saúde mental, dificuldades de adaptação aos novos modelos de trabalho e a desafios emocionais que, antes, não eram necessariamente considerados relevantes no ambiente de trabalho. Hoje, entende-se que a produtividade e a inovação surgem não apenas de talentos individuais, mas de times que se sentem seguros para explorar, colaborar e se adaptar aos desafios. No entanto, a segurança psicológica vai além de simplesmente “sentir-se bem no trabalho”.


Segurança Psicológica x Espaço Seguro: Qual é a Diferença?

Embora as expressões “segurança psicológica” e “espaço seguro” sejam frequentemente utilizadas, Adam Leonard destaca que esses conceitos são diferentes. Um espaço seguro é um ambiente onde as pessoas se sentem emocionalmente protegidas e confortáveis, o que significa que podem compartilhar experiências pessoais sem medo de serem criticadas. No entanto, a segurança psicológica, apesar de incluir conforto e acolhimento, vai além disso.

A segurança psicológica permite que as pessoas confrontem ideias, discutam pontos de vista divergentes e até passem por momentos de desconforto saudável em prol do desenvolvimento coletivo. Isso significa que nem sempre será confortável ou fácil – aliás, o ambiente pode exigir questionamentos e desafios difíceis. Em um ambiente psicologicamente seguro, a franqueza e o confronto de ideias são incentivados porque o objetivo é promover o crescimento e a inovação do time.

Esse “desconforto saudável” é, na verdade, o que possibilita que um time explore novas perspectivas e soluções inovadoras. Portanto, é fundamental que os líderes compreendam essa diferença e que saibam criar um ambiente onde não apenas a empatia e a proteção emocional estejam presentes, mas onde também exista espaço para o debate e para o confronto de ideias.


Perguntas Desafiadoras para Criar Segurança Psicológica

Implementar a segurança psicológica exige mais do que boas intenções – requer coragem para fazer e responder a perguntas difíceis. Tanto líderes quanto colaboradores precisam refletir sobre o que estão fazendo para criar um ambiente verdadeiramente seguro. Algumas perguntas essenciais incluem:

  • Organizações: “Nossos processos e cultura valorizam a inovação e a colaboração ou desencorajam o erro e a vulnerabilidade?” Muitas organizações dizem valorizar a criatividade, mas mantêm uma cultura que pune o erro, minando a disposição dos colaboradores de compartilhar novas ideias.
  • Líderes: “Como eu reajo quando alguém traz uma crítica ou admite um erro?” A resposta do líder diante de um erro ou feedback negativo define o nível de segurança psicológica do time. Se os líderes reagem com julgamento ou punição, acabam desmotivando o compartilhamento aberto de ideias e preocupações.
  • Colaboradores: “Eu sinto que posso expressar minhas opiniões e preocupações sem medo de retaliação?” Se a resposta for negativa, a organização precisa agir para melhorar o ambiente. Cada colaborador tem uma percepção individual de segurança, e essas percepções somam para formar a experiência coletiva do time.

Essas perguntas ajudam a identificar as áreas onde mudanças são necessárias e incentivam uma cultura de reflexão, onde todos os membros da organização, desde o topo da liderança até o nível operacional, têm responsabilidade na construção de um ambiente de trabalho seguro.


Os Benefícios da Segurança Psicológica

Para que uma organização seja bem-sucedida no cenário atual, investir em segurança psicológica não é apenas um diferencial – é uma necessidade estratégica. Vamos explorar os principais benefícios:

1. Inovação e Aprendizado Contínuo

A inovação requer que as pessoas se sintam livres para experimentar e sugerir ideias que, a princípio, possam parecer arriscadas. Quando existe segurança psicológica, os colaboradores se sentem à vontade para explorar soluções criativas e se engajar em processos de aprendizado contínuo, pois sabem que suas ideias serão, de fato, avaliadas de forma construtiva. Organizações com segurança psicológica têm mais facilidade em se adaptar e encontrar novas abordagens para resolver problemas, o que se torna um diferencial competitivo.

2. Redução de Erros e Melhoria Contínua de Processos

Ambientes que tratam o erro como um tabu desencorajam a transparência e o aprendizado. Em contrapartida, organizações que priorizam a segurança psicológica encaram o erro como parte natural do processo de desenvolvimento. Esse tipo de cultura permite que os colaboradores identifiquem falhas, solicitem ajuda e colaborem na resolução de problemas, resultando em melhorias contínuas e em uma organização mais resiliente.

3. Engajamento e Retenção de Talentos

Profissionais que se sentem psicologicamente seguros tendem a ser mais engajados e a desenvolver um vínculo mais forte com a empresa. Em um cenário onde a retenção de talentos é desafiadora, oferecer um ambiente de trabalho seguro e inclusivo torna-se um diferencial competitivo importante para que as pessoas se inspirem e escolham estar na empresa. A segurança psicológica fortalece a conexão dos colaboradores com a empresa, criando um ambiente onde o trabalho é visto como significativo e com propósito.

4. Resiliência Organizacional

Um ambiente psicologicamente seguro é aquele onde os times se sentem preparados para lidar com crises e desafios inesperados. Em tempos de mudança ou de incertezas, um time que “tima juntos”, que confia em seus membros e que sabe que pode enfrentar problemas em conjunto é mais resiliente e preparado para enfrentar adversidades.


Como Promover a Segurança Psicológica na Prática?

Criar um ambiente de segurança psicológica exige compromisso e ação contínua. Abaixo estão algumas práticas que podem ajudar a construir essa cultura:

1. Liderança Transparente e Vulnerável

Líderes que demonstram vulnerabilidade e transparência criam uma base de confiança com a equipe. Amy Edmondson destaca que líderes que admitem seus próprios erros e limitações incentivam os colaboradores a fazerem o mesmo. Essa postura autêntica encoraja um ambiente onde todos se sentem mais à vontade para compartilhar suas ideias e para assumir riscos calculados.

2. Estabelecimento de Normas de Comunicação Aberta

Normas claras de comunicação são importantes para que o diálogo aberto se torne uma prática regular. Cada membro do time deve sentir que sua opinião é bem-vinda e valorizada. É importante que os líderes promovam um ambiente que incentive perguntas e valorize o feedback como um mecanismo de crescimento.

3. Feedback Constante e Focado no Crescimento

O feedback contínuo e construtivo contribui para a segurança psicológica. Em vez de criticar falhas, o feedback deve focar no desenvolvimento da pessoa e do time. Esse tipo de feedback cria um ambiente de aprendizado, onde os colaboradores se sentem apoiados e incentivados a melhorar.

4. Incentivo à Experimentação e à Inovação

Para que a inovação aconteça, o erro precisa ser, de fato, encarado como uma etapa do aprendizado. Líderes devem incentivar a experimentação, deixando claro que nem todas as tentativas precisam ser bem-sucedidas.


A segurança psicológica é mais do que um fator motivacional. É um requisito estratégico para qualquer organização que queira prosperar em um ambiente de negócios em constante mudança. Líderes que compreendem a importância de criar um ambiente seguro – que vai além de um simples “espaço confortável” – têm um papel fundamental na construção de times fortes, colaborativos e de alta performance.</p>

Como nos ensinam Amy Edmondson, Adam Leonard e Peter Cauwelier, a segurança psicológica é a base sobre a qual construímos o aprendizado e a inovação. Criar um ambiente seguro, onde as pessoas possam se expressar autenticamente e onde o erro é parte do crescimento, não só fortalece o time, mas também posiciona a organização como um todo para um futuro de sucesso.</p>

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Quer saber mais por que a segurança psicológica se tornou essencial para a produtividade e inovação em times colaborativos? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Salete Deon
Especialista em Gestão de Carreira e Desenvolvimento de Lideranças, Segurança Psicológica de Times pelo IISP, Coach Executiva, Palestrante, Top Voice Linkedin
https://www.linkedin.com/in/salete-deon/
salete@deonconsulting.com.br

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IA Generativa: Desafios e oportunidades para executivos e empreendedores https://www.cloudcoaching.com.br/ia-generativa-desafios-e-oportunidades-para-executivos-e-empreendedores/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=ia-generativa-desafios-e-oportunidades-para-executivos-e-empreendedores https://www.cloudcoaching.com.br/ia-generativa-desafios-e-oportunidades-para-executivos-e-empreendedores/#respond_60070 Fri, 23 Aug 2024 15:20:44 +0000 https://www.cloudcoaching.com.br/?p=60070 A IA Generativa está revolucionando o mundo dos negócios. Descubra os principais desafios e oportunidades que executivos e empreendedores precisam conhecer para se destacar no mercado, o futuro das carreiras e quais habilidades e conhecimentos são necessários.

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IA Generativa: Desafios e Oportunidades para Executivos e Empreendedores

Quando eu pensava em mudanças e transformações, eu pensava em movimentos de longo prazo, tempo de processamento e, sobretudo, tempo de aprendizado. Hoje, em uma era onde a velocidade das mudanças é vertiginosa e incomparável às grandes revoluções industriais do passado, sem dúvida, é preciso revisitar nossas crenças e estarmos abertos a abrir a mente para outras possibilidades, aprender com elas e tirar o máximo de proveito.

A cada dia, novas tecnologias emergem, transformando assim a maneira como trabalhamos, nos comunicamos e vivemos. Entre essas inovações, a Inteligência Artificial (IA) generativa se destaca como uma das mais disruptivas, prometendo remodelar, de fato, o cenário das carreiras de maneira profunda.

Mas, como toda grande mudança, ela traz consigo desafios e oportunidades que precisam ser compreendidos e enfrentados com sabedoria e estratégia. Neste artigo, quero focar nos impactos e possibilidades para executivos e empreendedores. Nele, conto com a ajuda da Inteligência Artificial para buscar pensamentos de grandes profissionais que estão, sem dúvida, contribuindo com esta mudança:

Desafios e Oportunidades da Inteligência Artificial para Carreiras Executivas e Empreendedores

> DESAFIOS

1. Automação de Tarefas:

A IA generativa tem o potencial de automatizar uma vasta gama de tarefas, desde a análise de dados até a criação de conteúdo. Isso pode levar à obsolescência de certas funções, exigindo assim que os executivos e empreendedores se reinventem constantemente. De acordo com Max Tegmark, autor de “Life 3.0: Being Human in the Age of Artificial Intelligence”:

“A IA pode realizar tarefas específicas com uma precisão e eficiência que superam as capacidades humanas, mas isso também significa que muitos empregos tradicionais podem desaparecer.”

2. Tomada de Decisão:

Com a IA assumindo um papel cada vez mais central na análise de dados e na geração de insights, os executivos e empreendedores precisam aprender a confiar e a interpretar essas informações para que possam tomar decisões estratégicas. Como destaca Andrew Ng, co-fundador da Coursera e ex-diretor do Google Brain:

“A IA não substitui os executivos, mas aqueles que sabem como utilizá-la substituirão aqueles que não sabem.”

3. Ética e Transparência:

A implementação da IA traz à tona questões éticas, como a transparência dos algoritmos e o viés nas decisões automatizadas. Os líderes precisam estar preparados para enfrentar esses dilemas e garantir assim que suas organizações operem de maneira ética e responsável. Como afirma Cathy O’Neil, autora de “Weapons of Math Destruction”:

“Os algoritmos são opiniões embutidas em código.”

> OPORTUNIDADES

1. Eficiência Operacional:

A IA pode otimizar processos, reduzir custos e aumentar a eficiência operacional, permitindo assim que os executivos e empreendedores se concentrem em atividades de maior valor agregado. De acordo com um estudo da McKinsey:

“Empresas que adotam IA em suas operações podem aumentar sua eficiência em até 40%.”

2. Inovação e Criatividade:

A IA generativa pode ser uma poderosa aliada na criação de novos produtos, serviços e soluções, estimulando assim a inovação e a criatividade dentro das organizações. Como afirma Kai-Fu Lee, autor de “AI Superpowers: China, Silicon Valley, and the New World Order”:

“A IA pode liberar o potencial criativo dos humanos, permitindo que se concentrem em tarefas mais complexas e inovadoras.”

3. Personalização e Experiência do Cliente:

Com a capacidade de analisar grandes volumes de dados, a IA pode ajudar as empresas a oferecer experiências mais personalizadas e relevantes para seus clientes, aumentando assim a satisfação e a fidelidade. De acordo com um relatório da Accenture:

“Empresas que utilizam IA para personalizar a experiência do cliente podem aumentar suas receitas em até 30%.”

O Futuro das Carreiras Executivas

Nos próximos anos, a IA generativa deverá se tornar uma ferramenta indispensável para os executivos. A capacidade de integrar IA nas estratégias de negócios será um diferencial competitivo para executivos e empreendedores. Executivos que dominarem essa tecnologia estarão melhor posicionados para liderar suas organizações neste ambiente que ainda não conseguimos vislumbrar claramente – o que, sem dúvida, será muito diferente do que é hoje.

O que executivos e empreendedores que estão iniciando na jornada com IA, podem fazer? Compartilho algumas coisas que tenho feito, para me sentir um pouco menos ignorante:

1. Educação Contínua:

Cursos e treinamentos sobre IA e suas aplicações no mundo dos negócios, bem como a participação em Summits e a interação com profissionais que estão adotando mais fortemente IA, tem sido de forte estímulo e encorajamento. Como destaca Peter Diamandis, fundador da Singularity University:

“A educação contínua é a chave para se manter à frente em um mundo em rápida evolução.”

2. Experimentação e Adaptação:

Experimentar novas abordagens e adaptar as estratégias com base nos resultados obtidos, tem me ajudado. Como afirma Jeff Bezos, fundador da Amazon:

“A capacidade de experimentar e se adaptar rapidamente é uma das principais vantagens competitivas em um ambiente de negócios dinâmico.” 

3. Assumir a vulnerabilidade:

Quando assumo que não sei, o espaço para o aprendizado se amplia. Participando em diversos fóruns e grupos, pude perceber que todos estamos buscando como aprender e se beneficiar da IA. No meu caso, tenho utilizado no meu trabalho e na construção de conteúdos. Quanto mais eu aprendo sobre a clareza do que quero e desenvolvo minha inteligência pragmática, mais amplia minha inteligência humana com o apoio da IA. Então para você executivo ou empreendedor, pense em quanto tempo você pode ganhar e o quanto você pode investir de energia onde a sua Inteligência Humana fará toda a diferença.

Habilidades e Conhecimentos para Executivos e Empreendedores

Para se manterem relevantes no mercado de trabalho atual, tenho aprendido que nós –  executivos e empreendedores –  precisamos fazer escolhas e desenvolver uma combinação de habilidades técnicas e comportamentais. Entre as habilidades técnicas, destacam-se:

1. Literacia em Dados:

A capacidade de interpretar e utilizar dados para tomar decisões informadas. Como afirma Bernard Marr, autor de “Data Strategy”:

“A literacia em dados é uma habilidade essencial para qualquer líder moderno.”

2. Conhecimento em IA e Machine Learning:

Entender os princípios básicos e as aplicações práticas dessas tecnologias. Andrew Ng ressalta que:

“O conhecimento em IA será tão fundamental para os executivos do futuro quanto o conhecimento em informática é hoje.”

3. Competências Digitais:

Familiaridade com ferramentas e plataformas digitais que podem otimizar processos e melhorar a eficiência. De acordo com um relatório da Deloitte:

“Executivos com competências digitais avançadas têm 2,5 vezes mais chances de liderar suas organizações com sucesso em um ambiente digital.”

Entre as habilidades comportamentais, são essenciais:

1. Adaptabilidade:

A capacidade de se ajustar rapidamente a novas situações e desafios. Como destaca Charles Darwin:

“Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças.”

2. Pensamento Crítico:

A habilidade de analisar informações de maneira crítica e tomar decisões baseadas em evidências. Daniel Kahneman, autor de “Thinking, Fast and Slow”, enfatiza que:

“O pensamento crítico é vital para evitar vieses e tomar decisões informadas.”

3. Liderança Colaborativa:

A capacidade de liderar equipes de maneira colaborativa, promovendo a inovação e a criatividade. De acordo com um estudo da Harvard Business Review:

“Líderes colaborativos são mais eficazes em promover a inovação e a criatividade dentro de suas equipes.”

Conclusão

A Inteligência Artificial generativa está transformando o mundo dos negócios, as carreiras executivas e os novos empreendimentos, de maneira profunda e irreversível. Os desafios são muitos, mas as oportunidades são ainda maiores para aqueles que estão dispostos a aprender, se adaptar e inovar.

Convido você, leitor, a refletir sobre como está se preparando para essa nova era. Como está a sua curiosidade e experimentação de novas abordagens e o aprendizado com especialistas em IA?

Lembre-se, a velocidade das mudanças é implacável, e aqueles que não se adaptarem correm o risco de ficar para trás. Como você está se preparando para liderar neste novo mundo de amanhã?

Espero que estas provocações estimulem você, como tem me estimulado a buscar o melhor que a IA possa oferecer, mantendo minha autenticidade e buscando dispor de meu tempo para aquilo que realmente me move: conectar e impactar pessoas!

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Quer saber mais sobre como os desafios e oportunidades da Inteligência Artificial Generativa para líderes, executivos e empreendedores, e como ela pode transformar seu negócio e impulsionar sua liderança? Compartilhe suas impressões conosco!

Salete Deon
Especialista em Gestão de Carreira e Desenvolvimento de Lideranças, Professional Certified Coach pela ICF, Palestrante, Top Voice Linkedin
https://www.linkedin.com/in/salete-deon/
salete@deonconsulting.com.br

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