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Coaching no Google

Eric Schmidt, Presidente do Google, revela o melhor conselho que já recebeu na vida. Entenda como o Coaching influenciou a vida dele e de outros colaboradores de uma das empresas mais respeitadas do planeta.

“Costumo receber muitos conselhos que não sei por onde começar. Um que me vem à mente é ter um Coach”. Um jovem membro, John Doerr, em 2002 disse: “Meu conselho pra você é ter um Coach”. E eu comentei – bem, eu não preciso de um Coach, sou um CEO estabilizado, para que precisaria de um Coach, tem algo errado? Doer disse: Não, não. Você precisa de um Coach, todo mundo precisa de um Coach.

Então, Bill Campbell se tornou meu Coach e serviu muito bem a Google. Todo atleta famoso, todo artista famoso precisa de um Coach, alguém para observar o que está fazendo e dizer: É isso mesmo que você quis dizer? Você fez isso mesmo? Dar a eles uma perspectiva. Uma das coisas que as pessoas nunca são boas é olhar para elas como os outros as enxergam. Um Coach realmente ajuda!”

Para entender um pouco mais sobre o trabalho de Coaching realizado com Eric Schmidt, pesquisamos sobre Bill Campbell e descobrimos que ele se tornou um Coach empresarial reconhecido por atuar com empresas do Vale do Silício, na Califórnia/EUA, iniciando sua trajetória no esporte: “Quando me perguntam por que entrei no setor de alta tecnologia, respondo que foi por causa de meu desempenho como Coach de futebol americano”.

O Coach Bill Campbell é membro do Conselho na Apple, Intuit e Google. O próprio Schmidt define Bill Campbell como “inestimável” e revela que “a estratégia básica consiste em convidá-lo para participar de tudo”.

Entrevistado por consultores da McKinsey, e publicado na Revista HSM Management (2008), Bill Campbell discute o papel da inovação e o desafio de construir uma cultura corporativa inovadora:

  1. Aprecio presidentes comprometidos em garantir durabilidade e valor de permanência;
  2. Interesso-me por organizações que se preocupam com os valores operacionais, a durabilidade, não pelas que querem entrar, lucrar e sair rapidamente;
  3. Meu desejo é ajudar as potenciais empresas duradouras a atingir seus objetivos. Quando conversei com Larry Page, um dos fundadores do Google, ele me disse que queria criar uma empresa de 100 bilhões (lucro), algo grandioso, que começou com uma vantagem tecnológica e fé de que conseguiriam;
  4. Sou um profissional voltado para produtos e acredito que a propriedade intelectual constitui um diferencial imenso;
  5. Se você não tiver um endereço de IP (Protocolo de Internet) valioso ou algum modo de prestar um serviço melhor que os outros, algo capaz de mudar a maneira como as pessoas encaram o que está sendo oferecido, provavelmente sua empresa não terá um futuro estrondoso;
  6. A inovação pode acontecer de várias formas, como por exemplo, a descoberta de Steve Jobs de como aplicar determinadas tecnologias em produtos que os Clientes desejam, oferecendo uma experiência perfeita do começo ao fim. Outro aspecto a considerar é valorizar os caras “meio malucos” tanto quanto os engenheiros com programas de bolsas de estudos, prêmios, bônus e férias adicionais para as empreitadas heroicas;
  7. Não sou inovador, apenas apoio a inovação e o que faço é me certificar de que as pessoas certas estão envolvidas num projeto e que o pessoal meio maluco tem espaço para participar;
  8. Não acredito que tenham muitos presidentes como Eric Schmidt, mas ele sabe delegar poder aos engenheiros. Posso garantir que engenheiros com liberdade de ação constituem o elemento mais importante de uma empresa;
  9. Para criar uma cultura de inovação é preciso contar com um bom líder – alguém que vá ao mercado recrutar os melhores profissionais de gestão, que não precisam ser as pessoas mais inovadoras, mas é crucial que saibam estimular a inovação. Lideres que contratem gente com o DNA requerido e que tome cuidado para não subordinar os engenheiros aos profissionais de Marketing. O crescimento é o objetivo, mas ele só ocorre por meio da inovação, a qual depende de bons engenheiros, não de bons profissionais de Marketing;
  10. Também é necessária uma gestão forte e capacitada. Insisto na contratação e desenvolvimento de pessoas, além da inovação e melhores práticas de mercado.

Destacamos também as principais questões sugeridas por Campbell:

  • Como é o desenvolvimento de produtos da empresa?
  • Como funciona a estrutura de Marketing da empresa?
  • Como engenheiros recebem informações de que precisam?
  • Que tipos de feedbacks de clientes são necessários para que se criem ótimos produtos?
  • De onde tiram ideias novas?

Em resumo, segundo os ensinamentos de Bill Campbell, considerado o Coach da Inovação de nove entre dez executivos sêniores de empresas de alta tecnologia do Vale dos Silícios – organizações podem ser treinadas para inovar!

Pense nisso e até nosso próximo encontro!!!

Suzy Fleury Author
Suzy Fleury é Psicóloga (CRP 06/24888-4 – IUP/1985), Pós Graduada em Marketing (Escola Superior de Propaganda e Marketing – 1989), Fundadora da Academia Emocional (1991), Ministra Palestras, workshops e Cursos (desde 1991), Trabalha com as melhores Equipes esportivas do Brasil (1993), Membro da Comissão Técnica da Seleção Brasileira de Futebol (1998 – 2000), Autora do Livro Competência Emocional (Ed. Gente, 1998), Mestre Psi Esporte (U. Autônoma Madri e Comitê Olímpico Espanhol, Reg.27472 – 2005), Especializada em Psicologia Cognitiva (Instituto de Terapia Cognitiva, CFP 013/07 – 2008), ICC – International Coaching Certification Training (Lambent, Reg.4289 – 2008), Profa. Miami Ad School/ESPM SP e RJ – Liderança e Inteligência Emocional (2013), e Membro da ICF – International Coaching Federation (2014).
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