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Coaching e a Cultura Organizacional

Muitos executivos lutam com o problema de execução. Sabem que precisam engajar suas equipes, mas não sabem como. Como a cultura organizacional impacta nisto?

coaching e cultura organizacional

Coaching e a Cultura Organizacional

Recentemente ao ler uma das frases de Goethe em que ele dizia: Pensar é fácil, agir é difícil, e pôr os pensamentos em ação é a coisa mais difícil do mundo. 

Foi assim, que me inspirei em trazer para a nossa coluna, um fato que recorrentemente testemunhamos no papel de Coaches. O fato de que muitos executivos lutam com o problema de execução. Eles sabem que precisam colocar todos de sua equipe a bordo, para fazer com que a organização funcione, mas realmente não sabem como.

Sem a presença de uma cultura organizacional, de trabalho em equipe, eles tendem a fazer as coisas à sua maneira, de forma solitária, sem compartilhamento, sem pesquisar, sem testar e sem desafiar o que estão pensando. Isto, muitas vezes, resulta em decisões e ações não coordenadas, como verdadeiras embarcações sem rumo, comprometendo assim, as grandes visões estratégicas.

Como efeitos colaterais da falta de cultura de equipe, a comunicação normalmente é truncada, e a confiança é superficial.

Para estes casos, uma das intervenções recomendadas, é o Group Coaching tendo como objetivo, possibilitar que a equipe reflita sobre suas relações interpessoais, práticas de trabalho, estilos de liderança e possam discutir sobre a cultura organizacional predominante.

Espera-se que num processo de Group Coaching, além dos pontos acima, ocorra o efeito subjacente ao ser criado um alinhamento e que a equipe torne-se mais eficaz na implementação do processo de transformação corporativa.

O Coach com sólida formação, não só busca explorar, como os indivíduos experimentam as interações da equipe, como também explora os elementos menos visíveis – os padrões de comportamento e a dinâmica do grupo para melhor apoiar os membros da equipe a se tornarem mais alinhados e mais eficazes na tomada de decisões e na implementação/execução da estratégia estabelecida.

O Coach também precisa estar preparado para, de alguma forma, fazer uma leitura, um diagnóstico da cultura predominante da organização, para depois intervir, pois segundo o autor Arthur F. Carmazzi  existem cinco (05) tipos de cultura organizacional:

A cultura da culpa

Esta cultura cultiva a desconfiança e o medo. As pessoas culpam umas às outras para evitar serem repreendidas ou postas para baixo, isso não resulta em novas ideias ou iniciativas pessoais, pois as pessoas não querem correr o risco de estarem erradas.

Cultura multidirecional

Esta cultura cultiva a comunicação e a cooperação entre os departamentos de forma muito reduzida. Lealdade é apenas para grupos específicos (departamentos). Cada departamento torna-se uma ilha e muitas vezes é crítico de outros departamentos fato que, por sua vez, cria muita fofoca. A falta de cooperação se manifesta na ineficiência da organização.

A cultura do viva e deixe viver

Esta cultura é complacente, manifesta estagnação mental e baixa criatividade. As pessoas aqui têm pouca visão do futuro e desistem de sua paixão. Há cooperação e comunicação médias e as coisas funcionam, mas elas não crescem. As pessoas têm desenvolvido seus relacionamentos pessoais e decidem/determinam quem fica longe, não há muito para se aprender.

Cultura da marca congruente

Pessoas nesta cultura acreditam no produto ou serviço da organização, sentem-se bem sobre o que sua empresa está tentando alcançar e cooperam para alcançá-lo. As pessoas aqui são apaixonadas e parecem ter objetivos semelhantes. Eles usam recursos pessoais para resolver ativamente os problemas e, embora nem sempre aceitem as ações da administração ou outras pessoas ao seu redor, eles veem seu trabalho como importante. A maioria nesta cultura está operando no nível do grupo.

Cultura da liderança fortalecida

As pessoas veem a organização como uma extensão de si mesmos, eles se sentem bem sobre o que eles pessoalmente alcançaram através da organização e têm cooperação excepcional. Os objetivos individuais estão alinhados com os objetivos da organização e as pessoas farão o que for preciso para que as coisas aconteçam. Como um grupo, a organização é mais como a família que fornece a realização pessoal que transcende frequentemente o ego assim que os povos estão consistentemente trazendo para fora o seu melhor. Nesta cultura, os líderes não desenvolvem seguidores, mas desenvolvem outros líderes. A maioria de todos nesta cultura está operando no nível da organização.

E você caro(a) leitor(a), já teve oportunidade de trabalhar com os conceitos de cultura organizacional? E com Group Coaching?

João Luiz Pasqual
Professional Certified Coach pela ICF
Mentor Coach pela InviteChange, EUA
Coach Supervisor pela CSA-Coaching Supervision Academy, Londres
https://www.intervisionclub.com.br/

Confira também: Quem precisa de um processo de Coaching Executivo?

 

João Luiz Pasqual tem mais de 40 anos de experiência profissional. Coach Executivo e de grupos. Foi por mais de 30 anos, executivo do mercado financeiro tendo ocupado posições de Diretor Executivo em diversos bancos (Sudameris, Banco Real, Unibanco, ABN AMRO e Santander), viveu na Europa por 8 anos e viajou para mais de 30 países. É conselheiro de empresas pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e foi Presidente da ICF no Brasil durante o exercício 2015/2018. É coach ICF – International Coaching Federation com a credencial Master Certified Coach (MCC), Mentor Coach pela inviteChange-USA e Accredited Coach Supervisor pela CSA – Coaching Supervision Academy – Londres. MBA pela FIA-USP e Mestrado em Consulting and Coaching for Change pelo INSEAD-Fontainebleau na França.
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