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Coaching durante a pandemia e os aprendizados para os Coaches

Durante a pandemia os coaches precisaram se adaptar e entenderam o momento como uma oportunidade para se reinventarem como profissionais e como pessoas.

Coaching durante a pandemia e os aprendizados para os Coaches

Coaching durante a pandemia e os aprendizados para os Coaches

Desde março de 2020, com o avanço da pandemia em nível mundial, o mercado de coaching experimentou um crescimento de demanda. Crescimento este comprovado por duas pesquisas globais da International Coaching Federation (ICF); instituição sem fins lucrativos e referência no desenvolvimento e profissionalização do setor no mundo. Os levantamentos realizados pela consultoria PwC revelam que a Covid-19 intensificou a busca por coaches.

Ainda, segundo as pesquisas, a indústria de coaching chegou a movimentar US$ 2,8 bilhões no ano passado, ou seja, um montante 21% superior ao identificado quatro anos atrás. O resultado financeiro desse mercado é 6,7% originado na América Latina e Caribe, no qual está incluído o Brasil. Um incremento financeiro de 107% no período comparativo. Diferentemente da psicologia, cuja contribuição está muito alicerçada em equacionar questões do passado de cada indivíduo, o coaching tem foco no presente e nos objetivos futuros do cliente.

Essa é a 4ª edição da pesquisa ICF/PwC. As versões anteriores vieram a público em 2007, 2012 e 2016. A pesquisa confirma o amplo interesse de executivos(as), gestores(as), líderes e profissionais em desenvolvimento na ampliação e aprimoramento de suas habilidades. Dinâmica ainda mais intensificada com os reflexos econômicos da Covid-19.

O levantamento da ICF foi feito com coaches e dividido em duas partes. A primeira abordagem, o Estudo Global de Coaching, ocorreu de maio até dezembro de 2019, ocasião na qual participaram 22.457 respondentes, em 161 países. Após uma pausa por conta da disseminação do novo coronavírus, a segunda parte ganhou o nome Covid-19 e a Indústria do Coaching. Este levantamento foi feito entre junho e julho de 2020, com 10.028 respondentes, em 140 países. Ambas aconteceram de forma on-line, em nove idiomas e contou com a participação de mais de mil coaches do Brasil.

Para muitos de nós, a era Covid, causou incômodo. Tirou da zona de conforto aqueles que já estavam na rotina insistindo na mesma forma de fazer as coisas. Muitas pessoas mostraram-se ansiosas, com medo (como eu), confusas e tomadas por uma certa negatividade. Sentimentos estes que de fato se espalharam pelo mundo na mesma velocidade que o vírus.

Vi muita gente se fechando e se isolando, o que é diferente de distanciamento social; outras aproveitaram para ampliar seus conhecimentos e explorar possibilidades que não haviam sido consideradas.

Foi durante o período da pandemia que os coaches precisaram se adaptar. Na sua maioria entenderam o momento como uma oportunidade perfeita para se reinventarem como profissionais e outros tantos como pessoas.

Para os que antes só ofereciam sessões presenciais, nestes últimos meses, viram-se quase obrigados a usarem as várias plataformas online. E a fazer coaching virtual, pela sua própria sobrevivência profissional. A adaptação também aconteceu com os clientes (coachees) que antes achavam que o coaching através das plataformas não era tão eficaz. E por fim surpreenderam-se com os resultados conseguidos.

Durante a pandemia, constatei que ninguém ficou indiferente ao que ela nos trouxe, e ao mesmo tempo pude testemunhar o impacto que temos como profissionais. Principalmente no desenvolvimento das chamadas soft skills de nossos clientes, com áreas de suporte social, onde o coaching se insere.

Pude observar durante este período, como coach, o quanto nossa presença e escuta se fazem cada vez mais necessárias de fato. E praticá-las virtualmente, pode ser desafiante. Para tal, precisamos estabelecer parcerias ainda mais fortes com nossos clientes. Colocando-nos à frente deles(as) como espelhos que partilham e compartilham expressões e emoções. Cuidando da narrativa de cada cliente sem nos preocuparmos com os resultados, mas explorando e investigando na busca por insights.

Lembro-me de um artigo de 2015 escrito pela coach DeAnna Murphy, em que ela formulava a seguinte pergunta:

Você está fazendo coaching ou sendo coach?

Acredito, que esta era de pandemia, veio para testar nossos aprendizados como coaches. Para sermos mais do que fazermos. E para sermos mais coaches, precisamos ser corajosos, curiosos, resilientes, presentes, generosos e sobretudo que não nos isolemos. Saibamos pedir ajuda quando necessário, seja por apoio de coaches mentores ou supervisores.

Por fim, você prezada leitora e caro leitor, o que acha? Deixe aqui então seu comentário ou pergunta.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre o Coaching durante a pandemia? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

João Luiz Pasqual, PCC, CMC & ACS
PCC – Professional Certified Coach
CMC – Certified Mentor Coaching
ACS – Accredited Coaching Supervisor
https://www.intervisionclub.com.br/ 

Referências: 

https://www.linkedin.com/pulse/you-doing-coachingor-being-coach-deanna-murphy-m-s-spc-ii/
Published on July 2, 2015

https://coachingfederation.org/

Confira também: Coaching e o Trabalho em Regime de Home Office

 

João Luiz Pasqual tem mais de 40 anos de experiência profissional. Coach Executivo e de grupos. Foi por mais de 30 anos, executivo do mercado financeiro tendo ocupado posições de Diretor Executivo em diversos bancos (Sudameris, Banco Real, Unibanco, ABN AMRO e Santander), viveu na Europa por 8 anos e viajou para mais de 30 países. É conselheiro de empresas pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e foi Presidente da ICF no Brasil durante o exercício 2015/2018. É coach ICF – International Coaching Federation com a credencial Master Certified Coach (MCC), Mentor Coach pela inviteChange-USA e Accredited Coach Supervisor pela CSA – Coaching Supervision Academy – Londres. MBA pela FIA-USP e Mestrado em Consulting and Coaching for Change pelo INSEAD-Fontainebleau na França.
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