fbpx

Coaching Categorizado

Que tal abandonarmos as formas “categorizadas do Coaching” para dar profundidade no entendimento do outro, de suas necessidades e assim conseguir caminhar com o cliente na construção de um melhor processo de trabalho?

Recebi uma dica linda de uma amiga e consultora sobre o que poderia escrever.

Ela disse: Claudia, por que você não fala sobre deixar o cliente trazer mais livremente o que ele precisa antes de categorizarmos? Fui entender o que ela estava querendo dizer com “categorizar”.

Amei a provocação dela. Temos alguns instrumentos ou perguntas já prontas para colocarmos o coachee numa “categoria” a ser trabalhada. Rapidamente lançamos mão da famosa “Roda da Vida”, entre outros, para que ele se encaixe em alguma área.

O que ela me disse, é sobre o cuidado em ouvirmos atentamente o que alguém nos traz antes de tentarmos empacotá-lo numa categoria, profissional, pessoal, saúde, relacionamento, etc.

Acho lindo ouvir coisas assim também por quem passa por processos de Coaching e resolvi perguntar. É muito rico ver como estamos sendo percebidos, como os processos e ferramentas são entendidos.

Confesso que estava até evitando trazer reflexões sobre a atuação dessa atividade que tem se tornado cada vez mais popular e abrangente.

Estamos diante de uma oportunidade linda de sermos mais profundos nos aspectos humanos do atendimento.

É claro que isso sempre passa em olharmos muito para nossa forma de atuar. Existem técnicas e parâmetros que são só norteadores para um processo de Coaching, existem algumas ferramentas ótimas, mas não podemos ser escravizados por elas como se não houvessem outras formas de lidar com o outro.

A mais preciosa delas é, sem dúvida, o diálogo, e aqui, a escuta e presença na interação com o outro são mais poderosas do que qualquer instrumento que nos categorizem também.

Por outro lado, tenho conhecido cada vez mais profissionais que estão trazendo uma grande riqueza de repertório e conhecimentos para os seus processos de Coaching e então, utilizando de seus talentos para contribuir com a evolução de si mesmo e do outro.

Vamos abandonando as formas “categorizadas” para dar profundidade no entendimento do outro, de suas necessidades e assim conseguir caminhar com o cliente na construção de um processo de trabalho. Ou seja, com o coachee mais do que com as ferramentas.

Acredito que mesmo uma profissão que nasce de uma profunda demanda de humanização, precisa estar constantemente se humanizando.

Claudia Vaciloto é Iniciadora e Sócia da Conexões Humanizadas, Psicóloga, Mentora Organizacional para Áreas e Executivos de RH, Facilitadora Certificada e Treinadora Oficial no Brasil do Jogo Miracle Choice, baseado no livro Um Curso em Milagres, Facilitadora de Pintura Espontânea baseada na Teoria Point Zero (Esalen Institute Big Sur California) e Imagens Fotográficas para atendimentos terapêuticos (Sedes Sapientes). Fez carreira em RH passando por empresas como Accenture, EDS, VR, Ability Trade Marketing, onde atuou como Diretora de RH pelos últimos 10 anos. Faz treinamentos e vivências comportamentais para empresas e grupos e atendimentos individuais. Formada em Executive and Life Coaching pelo ICI – Integrated Coaching Institute, assina a Coluna Reflexões e Provocações para Revista Cloud Coaching. Coidealizadora da Plataforma GameYou, que oferece experiências de desenvolvimento através de jogos.
follow me
Neste artigo


Participe da Conversa