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Bases para todo processo de mudança

A importância de trabalhar a Inteligência Emocional para o desenvolvimento saudável e com escolhas assertivas (precisas e no tempo certo).

Assim que concluímos a etapa da gestação, nos tornando realmente mães com um bebê nos braços, uma série de medos e questionamentos passam a fazer parte do nosso dia a dia. Um desses medos que me rondaram por algum tempo e que foi muito forte, era sobre a minha capacidade de formar uma cidadã de bem, de gerar um ambiente saudável para que ela crescesse uma pessoa com saúde emocional.

Imagino que esse medo deva permear em quase todas as casas (senão todas) de pais que procuram ser suas melhores versões em busca de uma excelente criação para seus filhos. E é aqui que a Inteligência Emocional talvez seja fundamental para alcançarmos esse objetivo. Pais emocionalmente saudáveis criarão filhos da mesma forma.

Ao engravidar, a maioria das futuras mamães procuram se preparar para a chegada do bebê lendo livros de assuntos relacionados à maternidade e todos os seus desafios. Eu fui uma dessas mães que li de tudo, entretanto na prática, quando estava já com minha filha em casa, vi que nada do que havia aprendido na teoria era igual na prática. Muitas coisas, se tratando da maternidade, aprendemos fazendo e praticando no dia a dia. Agora, um grande divisor de águas para mim, sem sombra de dúvida,  foi me aprofundar em inteligência emocional. Isso me fez entender que minha filha seria bem ou mal educada a partir das escolhas e decisões que eu e o pai dela fizéssemos.

Inteligência emocional é um conceito da Psicologia que descreve a nossa capacidade de reconhecer e avaliar nossos próprios sentimentos e os dos outros, assim como a capacidade de lidar com eles. Existe muita literatura e material sobre o assunto na internet e em livros, mas esse é um conceito perfeito a meu ver, somado ao conceito da composição do sucesso sendo 20% advindas da inteligência cognitiva e 80% advindas da inteligência emocional.

Isso é muito sério. Significa que para que eu obtenha plenitude e felicidade em todas as áreas da minha vida eu preciso focar mais no meu emocional do que na cognição. Fantástico e amedrontador para um papai e uma mamãe, especialmente de primeira viagem. Alguns autores afirmam que a maioria do nosso comportamento na fase adulta é definido principalmente na primeira infância, o que nos faz ter ainda mais zelo com as palavras e formas de educar.

Voltando do meu pós-parto e definitivamente ao trabalho (após apenas 27 dias), senti uma necessidade grande de refazer meu teste de perfil comportamental para checar, a partir dessa “novidade” em minha vida, comportamentos que haviam mudado e o que precisaria desenvolver para alcançar o perfil de mãe, profissional, esposa, filha…enfim, mulher, que eu gostaria de ter agora. Para minha surpresa, meu perfil permaneceu comunicador como predominante, entretanto, houve sim uma mudança: antes eu era uma comunicadora executora quase que empatada e nesse momento me vi como comunicadora planejadora.

Aos que pouco entendem de perfil comportamental, vou colocar abaixo a descrição de cada perfil para terem uma noção:

  • Comunicador: é uma pessoa comunicativa e geralmente dotada de grande carisma e poder de persuasão. Mostra-se sempre entusiasmado com projetos e novidades, tende a ser muito otimista e relaciona-se com facilidade;
  • Executor: dotado de extrema autoconfiança, esse tipo de profissional é dominante e, em casos extremos, pode ser autoritário e ditatorial. Aceita e se dá bem com desafios e dificuldades, possui senso de competitividade extremo e costuma ser corajoso em suas posturas e ao defender seus pontos de vista;
  • Planejador: são pessoas estáveis e pacientes, de ritmo constante e alto grau de conservadorismo. Dificilmente entram em pânico, mas têm uma pequena capacidade de improviso;
  • Analista: detalhista e meticuloso, o analista é organizado, responsável e altamente conservador, sendo hábil ao controlar processos e rotinas repetitivas.

Para alguém antes que era mais arrojada e topava todos os desafios possíveis, especialmente no sentido profissional, hoje estou numa fase mais conservadora e tranquila, planejando melhor meus passos. O comportamento humano é de fato incrível e surpreendente. Por mais que nossa essência não mude, temos a facilidade de nos adaptarmos às exigências do meio com tranquilidade e sem “forçarmos a barra”.

“Ok Juliana, bacana! Mas que teste é esse e como faço para realizá-lo?” Existem uma série de testes de perfis comportamentais no mercado hoje e posso citar alguns aqui: DISC, Quantum, Eneagrama é o que eu mais utilizo, não desmerecendo os demais (também sou encantada com Eneagrama), o Profiler. Esse teste tem como base o DISC que foi desenvolvido pelo psicólogo William Moulton Marston em meados dos anos 40/50.

Como o DISC foi criado para analisar o perfil de americanos e europeus, alguns quesitos se chocam a meu ver, com o nosso perfil, o brasileiro. E então surgiu o Profiler que é um Assessment totalmente voltado para avaliação comportamental brasileira, com índices de acerto de mais de 97% segundo a UFMG. Para realizá-lo é preciso buscar algum analista de perfil comportamental (eu realizo em todos os processos de coaching que executo).

Esse teste tem o poder de revelar nossas habilidades, motivações, virtudes e conta com um cruzamento de dados nos mostrando como nos comportamos em nossa essência e como nosso comportamento reage às exigências do meio que estamos inseridos. Acho fantástico e poderoso em todo processo de coaching pois me dá diretrizes claras sobre o rumo que tomarei com o cliente, bem como uma noção de autoconhecimento para este que por vezes não sabe exatamente como vem se comportando e os impactos que esses comportamentos trazem ao meio que vive, seja profissional ou  pessoal.

Pois bem, disse a vocês que, assim que me tornei mãe voltei a fazer o teste, pois o meio em que vivo, profissional e pessoal já não é mais o mesmo e vimos que mudanças aconteceram em meu comportamento. Mas no que exatamente essas novas informações me ajudaram como mãe ou como profissional nesse novo cenário?! Em tudo. Desenvolvi habilidades novas dentro desse novo papel, que me obrigou a assumir uma postura bem mais planejadora e analítica do que decisora.

Um novo papel pode exigir de nós, novas habilidades e uma inteligência emocional mais apurada. Isso nos obriga a continuar trilhando o caminho do autoconhecimento e do desenvolvimento. Ser inteligente emocionalmente é analisar, antes de dizer ou fazer algo se, esse algo, pode trazer consequências futuras para quem ouve. No caso de filhos, isso é ainda mais grave, pois, aquele que é o responsável por desenvolver um ser humano de bem e saudável em todos os aspectos, pode ser também o responsável por suas maiores feridas emocionais.

Lembrando que, nossos maiores eventos de injustiça, aqueles que nos colocam inconscientemente em ciclos de autossabotagem e que normalmente acontecem lá na infância ou adolescência, são gerados por aqueles os quais temos muita intimidade. Dar intimidade a alguém é o mesmo que oferecer a essa pessoa a chave das nossas emoções.

Portanto, é de suma importância trabalharmos a inteligência emocional, seja você pai, mãe ou simplesmente filho para um desenvolvimento saudável e com escolhas assertivas (precisas e no tempo certo).

Você já fez a sua análise de perfil comportamental nesse último ano? Ela pode ser o start para o seu processo de evolução.

Juliana Rassi é pós-graduada pela Fundação Getúlio Vargas e possui 35 anos de experiência profissional atuando em várias empresas do meio corporativo. Em 2008 resolveu empreender, atuando fortemente com desenvolvimento humano em empresas de pequeno e médio porte por todo Brasil. Em 2017 passou a empreender da sua própria casa, quando sua primeira filha nasceu e descortinou o caminho para a liberdade em todos os aspectos.
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