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A areia e o caminhãozinho

Diante de uma perspectiva maravilhosa, você já disse aquela famosa e infeliz frase: “É muita areia para o meu caminhãozinho.”? A frase parece ingênua, mas pode explicar muito sobre você e sua autoimagem. Entenda o porquê!

Autoimagem Depreciativa: É muita areia para meu caminhãozinho!

A areia e o caminhãozinho: A autoimagem depreciativa

Olá!

 

Eu sou Almir J. Nahas, jornalista, palestrante, professor e facilitador de Constelações Familiares e Organizacionais desde 2004.

 

Durante muito tempo pensei que trabalhava com informação e conhecimento, até descobrir que trabalhava com GENTE.

 

Por meio de textos leves (e profundos), eu pretendo, com a minha coluna, promover reflexões e provocações baseadas na visão sistêmica da vida e das relações, nas organizações ou fora delas.

 

Mudar a visão e ampliar a consciência. O melhor movimento possível para mudar a si mesmo e, quem sabe, mudar o mundo.

 

Espero que goste!

 

Almir J. Nahas

A areia e o caminhãozinho: A autoimagem depreciativa

Muita gente diz coisas sobre si mesmo sem refletir. Vira e mexe a gente ouve alguém dizer: “Estou correndo atrás do prejuízo.”

Pensando bem, tem muita coisa melhor para se alcançar, né mesmo? A lista de frases infelizes é imensa: “quem nasceu pra ser jumento não pode ser alazão” , ou “o pão sempre cai com a manteiga para baixo”, “eu tenho o dedo podre”.

E daí acontecem coisas ruins na vida e a mesma pessoa diz: “Eu mereço!”, querendo na verdade dizer: “Eu não mereço!” No fundo, as razões do tal merecimento podem ser um mistério para o azarado ou para o sortudo, mas tem falas que não ajudam a boa sorte.

Para falar dos outros, a pessoa diz: “Esse nasceu com o bumbum virado pra lua!”, com aquele sentimento disfarçado, que no fundo é inveja da sorte alheia. É ou não é?

Hoje quero pegar no pé de quem costuma dizer, diante de uma perspectiva maravilhosa, a famosa e infeliz frase: “É muita areia para o meu caminhãozinho.”

Na adolescência, conheci um camarada que preferia sempre dizer: “quem não arrisca, não petisca.” Nos bailes da vida, ele sempre tirava pra dançar as meninas mais bonitas, às vezes mais velhas e mais altas que ele. Nem sempre dava certo, é verdade, mas muitas vezes eu vi que ele teve sucesso. Dançava com as mais bonitas da escola.

Então vamos lá: a ideia de se achar pequeno diante de uma boa oportunidade e a postura de nem sequer tentar, nem mesmo sonhar com a possibilidade, é uma postura diante da vida que revela uma autoimagem depreciativa.

Como assim, “caminhãozinho”? Como assim, “muita areia”?

Se Luiz Gonzaga pensasse assim, não teria se tornado o Rei do Baião. Se Cora Coralina pensasse assim, não teria escrito nem a primeira poesia.

Pra começar, pense em banir o diminutivo ao falar de si mesmo, ou até de pensar em si. Caminhãozinho uma ova!

Segundo: esteja pronto para usar todos os seus recursos diante dos objetivos, das metas e desafios, ou mesmo daquelas oportunidades inesperadas que fazem brilhar os olhos, mas que por nem mesmo tentar, você já risca do mapa, elimina todas as suas chances.

Você já deve ter visto uma criança engatinhando que começa a querer subir escadas. Imagine se ela pensasse: é muita escada para minhas perninhas! Ela jamais conseguiria. Mas o que a criança faz? Tenta, repete, insiste, procura um jeito. Tem aqueles pais que ficam por perto assistindo o esforço da criança, para que ela não se machuque na queda. E tem aqueles que nem deixam a criança tentar, certo? “Vai cair, menina!”

Tá bem, pode ser que a ideia maluca de que você é um caminhãozinho venha desse tempo, quando seus pais faziam o que fizeram com você e diziam o que disseram sobre você. Mas, vamos lá. Quantos anos você tem hoje? Ainda culpando seus pais pela sua falta de coragem?

A vitimização tem muitas faces, eufemismos, disfarces mal acabados. Investigue-se, conheça-se, resolva-se. Você merece. Da próxima vez que você se deparar com aquele monte de areia maravilhoso, tentador, estimulante, como aquelas “ideias mirabolantes” do tipo: estudar fora do país, inscrever-se num concurso para passar e não para ficar enrolando…

Pare e pense: o que será que eu preciso fazer, como fazer, para dar conta dessa valiosa carga?

Nem que seja para fazer num ritmo e no tempo adequado à sua natureza, respeitando seus limites e trabalhando ampliá-los a cada dia, faça o máximo com o equipamento que você ganhou com a vida, e trate de fazer quantos upgrades precisar, pelo seu próprio esforço. Diga sim à vida. A felicidade só chega para quem vai ao encontro dela.

Vai ver, como na história do patinho feio, você não é um caminhãozinho, é um avião, só que ainda não sabe que é.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre a autoimagem depreciativa e como ampliar mudar sua visão e ampliar sua consciência? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.

Almir J. Nahas
https://olharsistemico.com.br/

Não deixe de acompanhar a coluna Visão Sistêmica.

 

Almir J Nahas é jornalista, palestrante, professor e facilitador de Constelações Familiares e Organizacionais desde 2004. Durante muito tempo pensou que trabalhava com informação e conhecimento, até descobrir que trabalhava com GENTE.
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