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Autocompaixão: Você realmente se trata com carinho?

Passamos a vida sempre nos dedicando ao “outro”, porém quando o assunto somos nós mesmos... Veja 5 dicas para você começar a praticar a autocompaixão agora mesmo!

Autocompaixão: você realmente se trata com carinho?

Autocompaixão: você se trata com carinho?

Temos a tendência de cuidar, de apoiar e compreender os outros. Passamos a vida sempre nos dedicando ao “outro”, seja esse “outro” pais, filhos, parceiro(a) e amigos. Entretanto, quando o assunto somos nós mesmos, muitas vezes deixamos de lado o autocuidado. Em momentos desafiadores como a pandemia, onde passamos a maioria do tempo isolados socialmente, olhar para dentro se torna uma grande oportunidade, contudo muitos evitam por medo do que irão encontrar ou por desconhecer como cuidar de si.

Deixo então aqui meu convite para você refletir: como que você tem se tratado?

Durante a maioria da nossa vida, nos tratamos com pouco carinho e muita autocobrança, principalmente, quando falhamos; nos punimos, emocionalmente, cognitivamente e/ou até fisicamente. Punições variam desde pensamentos negativos que rebaixam nossa autoestima até comer em excesso, por exemplo. Estabelecemos um vínculo com nós mesmos repleto de autojulgamento. A voz da autocrítica é sempre mais alta do que da autocompaixão. Aliás, sabemos o que é autocompaixão?

De acordo com Kristin Neff, professora de psicologia da Universidade do Texas em Austin e maior pesquisadora de autocompaixão, o termo significa ser compreensivo e gentil consigo mesmo, sem ficar se culpando ou se criticando demais. É um aprendizado de se tratar com bondade, da mesma forma que se trata um ente querido. A autocompaixão envolve três pilares:

✔️ Autobondade

Compreender a si e não se julgar negativamente;

✔️ Senso de humanidade

Perceber que todo ser humano também sofre, erra e/ou pode eventualmente vir a sofrer e errar no futuro;

✔️ Mindfulness

Vivenciar o momento presente, se permitindo sentir cada sensação e emoção sem nenhum tipo de julgamento.

Estudos demonstram que cultivar este tipo de atitude consigo mesmo faz bem para a saúde e auxilia no sucesso do processo de mudança comportamental: pessoas com bom desempenho em testes de autocompaixão apresentam menos índices de depressão e ansiedade, tendem a ser mais felizes e mais otimistas, influenciam positivamente hábitos alimentares, além de ajudar na perda peso (“A dieta da autocompaixão”, Jean Fain).

A autocompaixão é importante, pois estabelece um vínculo afetivo com o seu “eu” interno e ainda serve de ferramenta para lidar com momentos de recaídas. Passamos a ver nossas falhas como parte normal de ser humano – a experiência humana inclui erros, e a forma que lidamos faz toda diferença na hora de se reerguer. A autocompaixão permite nos perdoar; permite avaliar e assim compreender os ensinamentos que os erros nos trazem. Como os próprios estudos de Neff demostram, as pessoas que têm autocompaixão e não atingem seus objetivos, percebem que não será o fim do mundo, porque elas não determinam seu próprio valor com base no sucesso. E seguem em frente para conquistar seus sonhos.

Em níveis moderados, a autocrítica pode ser um motivador para a mudança, mas quando manchada constantemente por percepções negativas de si, pode ser prejudicial para a saúde emocional. Quando há muita crítica, se desenvolve o medo de errar, assim levando à estagnação total na busca por uma zona de conforto constante, se privando de arriscar, vivenciar novas experiências e saborear as oportunidades da vida. O importante é encontrar um equilíbrio entre a autocrítica e a autocompaixão, onde a busca pelo “melhor eu” é constante, mas sem a necessidade de se colocar para baixo por qualquer tropeço.

Seguem cinco dicas para começar a praticar a autocompaixão:

  1. Troque as críticas por compreensão. Elabore pensamentos como “Eu sei que errei mas faz parte. O que aprendi sobre mim neste momento desafiador?”
  2. Diminua o tom da voz interna de autocrítica. Sempre que “escutá-la” lembre-se de que é você mesmo(a) se criticando. Registre seus pensamentos e reflita sobre o que você fala sobre si;
  3. Anote os elogios! Crie um diário, jornal, lembretes, etc. com os elogios que recebe;
  4. Faça uma lista das suas 3 principais qualidades e sempre que duvidar, revisite esta lista;
  5. Dedique tempo para cuidar de você mesmo(a) através de atividades que te trazem prazer de fato. Este tempo para você e com você é uma forma de cultivar o relacionamento.

O laço afetivo entre você e você mesmo(a) é o vínculo mais importante de sua vida. Trate-se com carinho, respeito, amor e compaixão. Você é o seu maior presente.

“Um momento de autocompaixão pode mudar seu dia.  A prática constante de autocompaixão pode mudar a sua vida.” (Christopher Germer)

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre a Autocompaixão? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Sharon Feder
http://carevolution.com.br/

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Sharon Feder Author
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Sharon Feder é formada em Psicologia pela Brown University nos EUA, com especialidade em Estudos Brasileiros e Portugueses pela Brown University e Coach de Saúde e Bem-Estar com Certificação Internacional pela Wellcoaches (EUA). Treinada no Modelo Transteórico de Mudança de Comportamento (ProChange Behavior Systems). Atualmente, é Sócia Diretora na Carevolution Consultoria em Saúde e Bem-Estar, desenvolvendo programas de qualidade de vida e capacitações de profissionais com foco em mudança de comportamento, engajamento e autocuidado.
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