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]]>Vivemos um momento na sociedade de grande polarização, incentivada pela política e políticos, pois, obviamente eles têm muito a ganhar, uma vez que torna mais simples a manipulação da opinião pública.
Essa simplificação é especialmente eficaz em campanhas eleitorais, onde o tempo é curto, o espaço é limitado e a competição por atenção é intensa. Em vez de apresentar programas técnicos complexos, os partidos criam slogans fortes e imagens de contraste que atingem diretamente as emoções.
Tendem a construir narrativas dicotômicas e emocionais: nós contra eles, progresso contra retrocesso, o povo contra a elite, incitar a população contra as instituições e criar a figura de um salvador da pátria. Esse tipo de retórica simplifica a realidade política e torna a mensagem mais acessível e mobilizadora para o eleitorado.
A Ministra Marina Silva sendo atacada no Senado por senadores, claramente um episódio de violência política de gênero, apesar da tentativa de disfarçar a intenção. “A mulher merece respeito, a ministra não”, disse o senador Plínio Valério (PSDB-AM). A fala, acompanhada de interrupções e ataques reiterados, culminou com a frase de outro senador de que Marina deveria “se pôr no seu lugar”.
O caso é, sem dúvida, agravado quando pensamos na representatividade de Marina Silva, 67 anos, mulher, negra, de origem periférica. Uma pessoa que “furou a bolha” e tornou-se historiadora, professora, psicopedagoga, ambientalista respeitada mundialmente e política brasileira.
Não demorou para que essa história de vida fosse, de fato, apagada. Argumentos vazios criados e ofensas proferidas nas redes sociais, por determinados grupos, em relação à Ministra Marina Silva, enquanto outras pessoas se mobilizaram para expressar sua indignação pelo desrespeito ocorrido naquela ocasião.
Outro fato muito noticiado foi a condenação do humorista Léo Lins a 8 anos de prisão em regime fechado e ao pagamento de multas e indenizações que somam R$ 1,8 milhões de reais. A Justiça entendeu que Léo Lins violou duas legislações federais: a Lei do Combate ao Racismo e o Estatuto da Pessoa com Deficiência.
A primeira criminaliza a incitação ao preconceito por motivos de raça, cor, etnia, religião ou origem nacional, prevendo aumento de pena quando o crime é cometido pela internet ou em contexto artístico. A punição se torna ainda mais severa, se o conteúdo estiver sob o pretexto de humor ou recreação.
Já o artigo 88 do Estatuto da Pessoa com Deficiência prevê reclusão para quem discriminar pessoas com deficiência, com pena agravada quando a ofensa é veiculada por meios de comunicação.
A defesa do humorista classificou a decisão como uma ameaça à liberdade criativa e acusou a Justiça de promover a “criminalização do humor”. Alguns humoristas se viram ameaçados e vieram às redes reclamar de censura, políticos propondo projetos de lei que protegem os humoristas concedendo ampla imunidade penal a humoristas e demais criadores e difusores de conteúdo cômico no Brasil.
Outras pessoas, a quem me junto, concordaram com a punição e criticaram a postura do humorista.
A liberdade de expressão é um dos pilares fundamentais das sociedades democráticas. Ela garante ao indivíduo o direito de manifestar ideias, opiniões, crenças e sentimentos sem medo de censura ou represálias do Estado.
No entanto, essa liberdade não é absoluta. Em sociedades plurais, onde convivem diferentes valores, culturas e identidades, o exercício da liberdade de expressão precisa ser, constantemente, equilibrado com outro princípio essencial: o respeito ao outro.
A liberdade de expressão é, de fato, protegida por diversas constituições e tratados internacionais. No Brasil, por exemplo, ela está garantida no artigo 5º da Constituição Federal. No entanto, o mesmo artigo também impõe limites, ao afirmar que é vedado o anonimato e que a manifestação deve respeitar os direitos de terceiros.
Isso significa que ninguém pode usar sua liberdade de expressão para incitar o ódio, promover a violência, disseminar desinformação deliberada ou ofender a dignidade de outras pessoas. Quando a expressão ultrapassa o limite do debate saudável e passa a ferir direitos fundamentais — como a honra, a imagem ou a integridade de alguém — ela deixa de ser protegida.
As piadas de Léo Lins (exemplos abaixo) extrapolam qualquer bom senso. Não é mais uma piada comum. Fere a dignidade de pessoas, reforça estereótipos, dá aval a preconceitos.
“Uma vez eu estava num evento, o garçom chegou para mim: ‘Você quer um uísque com energético?’
Eu falei, tá maluco, rapaz? O uísque para mim tem que ser igual à mulher. Puro e com 12 anos.”
“Sou totalmente contra a pedofilia, sou mais a favor do incesto, se for abusar de uma criança, abusa do seu filho, ele vai fazer o quê? Contar para o pai?”.
“Adoro comer e não gosto de fazer exercício. Como vou emagrecer? Pegando Aids!”
As menções acima deveriam causar náuseas e repulsa a qualquer cidadão minimamente humano. Não é passível de justificativa ou relativização. Não é uma questão de gosto. Ambas validam o que há de pior na sociedade.
O respeito é a base da convivência em sociedade. Ele implica reconhecer a dignidade e os direitos dos outros, mesmo (ou principalmente) quando suas opiniões diferem das nossas. A liberdade de expressão não deveria ser, de forma alguma, usada como escudo para ofensas, preconceitos ou discursos discriminatórios.
A liberdade de expressão e o respeito não são inimigos, mas sim complementares. Uma sociedade justa e democrática precisa proteger o direito de falar, mas também o direito de não ser ofendido ou violentado em sua dignidade. O desafio é encontrar esse equilíbrio — e isso exige educação, empatia e responsabilidade.
Quer saber mais como equilibrar liberdade de expressão e respeito aos direitos humanos em uma sociedade plural e democrática? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar a respeito.
Luciano Amato
http://www.trainingpeople.com.br/
Confira também: Os Diferentes Rostos da Maternidade: Biológica, Adotiva e Homoafetiva
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]]>A maternidade é uma das experiências humanas mais profundas e transformadoras, mas não existe um único caminho para vivê-la. A figura materna se apresenta sob diversas formas, cada uma com seus próprios desafios, afetos e significados. Neste artigo, refletimos sobre três expressões do ser mãe: a mãe biológica, a mãe adotiva e as mães em casais homoafetivos.
A gestação estabelece um vínculo físico e emocional desde o início da vida, muitas vezes carregado de expectativas, sonhos e responsabilidades.
No entanto, ser mãe vai além do nascimento. A maternidade biológica não garante automaticamente a presença, o cuidado ou o afeto — aspectos fundamentais na formação de uma relação saudável entre mãe e filho.
Ela abraça a missão de amar e cuidar de uma criança que não gerou, mas que, a partir do momento da adoção, passa a ser sua filha ou filho de fato e de direito.
A adoção desafia estigmas e rompe a ideia de que o vínculo materno depende de laços sanguíneos. É um ato de entrega e de coragem, que exige generosidade e, muitas vezes, resiliência diante de burocracias e julgamentos sociais. A mãe adotiva prova que maternidade é, acima de tudo, convivência, construção afetiva e compromisso.
Ambas assumem o papel de mães, independentemente de qual delas tenha gerado o filho, quando isso ocorre. Em muitos casos, os filhos são adotados ou concebidos por fertilização assistida, sendo o mais importante o acolhimento, o cuidado e a construção de um lar baseado no amor e no respeito.
Essas mães enfrentam preconceitos e desafios legais e sociais, mas também ajudam a ampliar o entendimento da sociedade sobre o que é família. Elas mostram que a presença de duas mães pode oferecer um ambiente rico em afeto, diversidade e estabilidade emocional.
A Maternidade é Amor em Ação. Seja biológica, adotiva ou em uma configuração homoafetiva, a maternidade é uma expressão de amor, cuidado e responsabilidade. O que define uma mãe não é apenas a biologia, mas a capacidade de estar presente, de nutrir, de orientar e de amar incondicionalmente.
Quero desejar um feliz dia das mães, a todas as mães. Vocês são merecedoras de aplausos.
Gostou? Curte. Comente. Compartilha.
Quer saber mais de que maneira as diferentes faces de maternidade ampliam o conceito tradicional de família na sociedade atual? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar a respeito.
Luciano Amato
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Confira também: Lego Serious Play e Diversidade: Uma Metodologia Ativa para Desenvolver Inclusão nas Empresas
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]]>Investir no desenvolvimento dos colaboradores é fundamental para o sucesso de qualquer empresa. No entanto, simplesmente oferecer qualquer tipo de treinamento não é suficiente. É preciso criar programas de aprendizado que sejam envolventes, motivadores e que façam sentido para cada realidade, seja da empresa ou do público alvo.
Acredito muito no modelo de cocriação, e hoje quero compartilhar com vocês um modelo que tenho utilizado em meus workshops de Diversidade, Equidade e Inclusão e tem gerado excelentes resultados.
Antes de mais nada, é importante ressaltar que o LEGO SERIOUS PLAY é uma marca registrada da Executive Discovery, uma empresa independente associada ao LEGO Group.
É uma metodologia vivencial baseada no Construcionismo de Seymor Papert – os indivíduos constroem seus próprios conhecimentos por meio de interações e ferramentas. E, por isso, o Lego® Serious Play® estimula a união entre exercícios manuais e cerebrais.
Ao juntar as pequenas peças, os participantes são desafiados a pensar sobre uma questão não resolvida, promovendo o estímulo dos dois lados do cérebro – esquerdo (pensamento intuitivo e emocional) e direito (pensamentos lógicos).
Há o engajamento e envolvimento de 100% dos participantes na solução das questões propostas, desde a construção de modelos até o desenvolvimento de narrativas. O conhecimento vai sendo construído e consolidado por todos os envolvidos, gerando assim maior chance de ampliação das ideias sobre o desafio proposto. A metodologia pode ser utilizada em programas de treinamento, workshops e palestras.
Conheci esta metodologia, por meio do Márcio Camargo, há uns 4 anos quando aplicou na turma de 22 jovens do Instituto Bússola Jovem, ONG a qual sou fundador e Presidente. A proposta era desenvolver o trabalho em equipe de uma forma dinâmica e envolvente. Os resultados foram os melhores.
Admirador do seu trabalho, não demorou muito para estabelecermos uma parceria e passar a realizar projetos de Diversidade, Equidade e Inclusão nas empresas por meio do LEGO SERIOUS PLAY.
Um cenário perfeito para estimular a troca de experiências, resolução de problemas, encontro de soluções inovadoras com o aluno no centro do processo de ensino-aprendizagem.
É notório o encanto que as peças de lego causam nos participantes, é como se conectassem com suas histórias de infância por meio de uma memória afetiva. Esta conexão faz com que os participantes deixem defesas do lado de fora e se envolvam na construção do novo. Como o workshop é realizado em várias fases de diferentes aprofundamentos as soluções vão surgindo também de forma gradual.
Enfim tivemos grandes ganhos. Qual sua opinião sobre metodologias ativas como esta? Quer vivenciar? Fala comigo. E como coisas boas devem ser, sem dúvida, divulgadas: curta, comente e compartilhe.
Quer saber mais como o Lego Serious Play pode transformar a maneira como sua empresa lida com a diversidade e inclusão no dia a dia? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar a respeito.
Luciano Amato
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Confira também: Equidade de Gênero: O Caminho para um Futuro Mais Inclusivo
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]]>A equidade de gênero tem ganhado destaque nas últimas décadas, tornando-se um tema central de debates. Muitos os desafios enfrentados pelas mulheres, fruto de uma sociedade desigual, machista e misógina, alimentada durante muitas gerações.
O homem foi educado para não chorar, para ser o conquistador, ver a mulher como prêmio, como posse, ser o provedor. Foi preciso que as mulheres se posicionassem, através dos movimentos feministas por melhores condições de trabalho, igualdade de direitos para que houvesse uma alteração nesse cenário.
Apesar das mudanças significativas com as mulheres conquistando seu espaço no mercado de trabalho, ainda há muitas barreiras, como:
A sociedade muitas vezes associa características como assertividade e ambição a comportamentos masculinos, o que pode levar a uma percepção negativa das mulheres que demonstram esses atributos. É óbvio que esta é uma ideia ultrapassada e irreal que deve ser desconstruída.
Muitas mulheres ainda são as principais responsáveis pelos cuidados com a casa e a família. Esse fato pode limitar suas oportunidades de liderança, especialmente em indústrias que exigem longas horas ou viagens frequentes. É preciso repensar este conceito e principalmente que os homens revejam seus papéis. A divisão de tarefas e responsabilidades é fundamental.
Homens, frequentemente, têm acesso a redes de contatos que podem promover seus interesses e carreiras. As mulheres podem ter dificuldade em encontrar mentores e apoiadores que compreendam suas necessidades e desafios específicos.
Apesar de estar prevista na Constituição Federal e Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), no entanto, este direito não é, de fato, integralmente cumprido. Segundo o IBGE, as mulheres ganham 20% menos que os homens para os mesmos cargos.
Para reforçar e evitar a disparidade, criou-se a Lei nº 14.611/2023, o Decreto nº 11.795/2023 e a Portaria nº 3.714/2023, com o intuito de corrigir essas lacunas. É preciso fiscalizar seu cumprimento e denunciar, quando necessário.
Somos o quinto país em violência contra a mulher. A cada cinco minutos, uma mulher é agredida. Isso contando apenas os casos denunciados, já que muitas mulheres se escondem de vergonha, dor e medo do agressor que em 70% dos casos é o próprio parceiro. São dados alarmantes que mostram o quão vulnerável está a mulher na sociedade.
Primeiramente devemos pensar: Que futuro queremos para nossos filhos e para sociedade?
Compreender que como indivíduos, não nascemos prontos, somos formados por interferência da família, amigos e ambiente em que vivemos. E por meio da educação passar valores que refutam a masculinidade tóxica, para que possamos criar indivíduos mais respeitosos e humanos. Desconstruir a lógica patriarcal – que valoriza a masculinidade e deprecia a figura feminina.
As mulheres devem resistir, buscar e exigir espaços igualitários, praticar a sororidade e exigir a representatividade e o acolhimento nos espaços que são de direito.
As empresas devem ter a Igualdade de gênero como valor da cultura e da liderança. É preciso ter metas claras e mensuráveis, políticas afirmativas e cotas – Quando a Roche estabeleceu metas claras, há menos de 10 anos, atreladas ao bônus dos executivos, a participação das mulheres na alta liderança avançou. Hoje, das 500 posições mais sêniores da organização, 35% delas já são ocupadas por mulheres. Antes esse percentual era de 9%.
Os preconceitos são, de fato, formados desde muito cedo, solidificados ao longo do tempo e reproduzidos de várias formas. Desde a mais agressiva, como a mais comum, a disfarçada de piadas, brincadeiras. Nem sempre o interlocutor reconhece determinadas atitudes como preconceito, pois, expressa-os há bastante tempo e muitas vezes são atitude naturalizadas. Mostrar que tais comportamentos, abordagens, falas são inadequadas é fundamental, então trabalhar a temática de vieses inconscientes, focando em gênero de uma forma abrangente é essencial.
Isso implica eliminar as barreiras e discriminações que impedem mulheres de desfrutarem plenamente de seus direitos e de alcançarem seu pleno potencial.
E um ponto essencial, valorizar e atrair cada vez mais aliados para a pauta. Trazendo consciência aos homens, de forma que percebam sua importância na construção deste caminho.
Promover a liderança feminina é uma tarefa que exige esforço conjunto de todos os setores da sociedade, para podermos avançar em direção a uma sociedade mais equitativa e inovadora.
Quer saber mais quais são os principais desafios enfrentados pelas mulheres para alcançar a equidade de gênero no mercado de trabalho? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar a respeito.
Luciano Amato
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Confira também: Programas de Diversidade no Brasil: Impactos e Tendências Futuras
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]]>Recentemente uma onda de notícias de empresas que estão reduzindo suas ações em Programas de Diversidade nos EUA, como Meta, Amazon, Mc Donald’s, Microsoft, Walmart, Ford, ganhou força na mídia, reforçada pela eleição nos EUA de Donald Trump que lançou uma série de medidas contra programas de diversidade e pessoas pertencentes a grupos minorizados, como por exemplo, negar a existência de pessoas trans e não binárias, reduzindo o conceito de gênero a masculino e feminino por decreto e/ou exigir que empresas deixem de apoiar a pauta em troca de apoio político.
As medidas naturalmente geraram tensões e o questionamento sobre o quanto tais medidas impactariam os programas no Brasil. Garantir que não haverá impactos é impossível, mas, é importante compreender que estes impactos, se houver, não serão tão imediatos.
Na questão racial, por exemplo, enquanto nos EUA prevalece a população branca com 61,6% de Brancos, 12,4% de Negros, 10,2% de Multirraciais, 6% de Asiáticos, 1,1% de Ameríndios e 0,2% de nativos das ilhas do pacífico, segundo Censo. No Brasil, somos 56,4% de negros, 43,5% de Brancos, 0,8% de Orientais e 0,4% de indígenas, segundo Censo IBGE. No Brasil, a população que se declara LGBTQIAPN+ corresponde a 11% da população adulta contra 7,5% dos EUA.
Por exemplo, o caso da Lei de Cotas para pessoas com deficiência, de 1991, a Lei de igualdade salarial, de 2023. Além disso, o reconhecimento do STF que medidas como cotas são consideradas reparação histórica, Lei Brasileira de Inclusão.
Apesar dos EUA ser uma grande potência mundial, é importante ressaltar que o ESG segue fortalecido e regulamentações internacionais continuam influenciando as práticas corporativas.
A Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD), por exemplo, exige que grandes empresas adotem medidas concretas e relatem seus impactos ambientais e sociais. Essas exigências incluem a questão da diversidade. Como consequência, empresas brasileiras que mantêm relações comerciais com mercados europeus precisarão se adequar a essas exigências.
Um exemplo disso é o Movimento de 700 empresas, que escreveram um manifesto em defesa da diversidade. Dessas, 500 são grandes corporações, como Bayer, Danone, Gerdau, Mondelēz, Natura, Nestlé, Volkswagen e Unilever. Outras 200 são pequenas e médias empresas. Diversas organizações também participaram, incluindo o Movimento Mulher 360, o Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+ e a Rede Empresarial de Inclusão Social, a Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial, o Fórum Gerações no Mercado de Trabalho, o Movimento pela Equidade Racial, o Pacto de Promoção da Igualdade Racial e o Instituto Ethos.
É de conhecimento que no mercado corporativo há empresas verdadeiramente comprometidas com Diversidade, Equidade e Inclusão, cuja pauta faz parte da cultura da organização, e aquelas que realizam programas superficiais. Os resultados são proporcionais ao comprometimento e investimento feitos.
Na prática, pouco muda. Aquelas empresas que entendem Diversidade, Equidade e Inclusão como essenciais para sua contribuição social, para o engajamento de seus colaboradores, para a identificação de seus clientes pertencentes ou apoiadores de causas inclusivas, que são minorizados, mas, não minorias, que entenderam o retorno financeiro que pessoas diversas podem trazer por proporcionar maior inovação e possibilidades de soluções, e que não há retorno sem investimento, continuarão implementando os programas de Diversidade, equidade e Inclusão com qualidade.
Aquelas que criaram programas de Diversidade, Equidade e Inclusão, sem propósito, somente como uma estratégia de marca, provavelmente embarcarão nessa onda do oportunismo para reforçar que estes programas não funcionam, geram custo, entre outros argumentos que não se sustentam. Infelizmente apoiados por políticos e pessoas conservadoras, uma vez que erroneamente o tema foi politizado.
É o que mostram pesquisas como a da McKinsey divulgada em 2023 apontou que empresas com maior representatividade de mulheres entre as equipes executivas têm 39% mais chances de ter desempenho financeiro superior às concorrentes. As empresas com maior diversidade étnica também são 39% mais propensas a terem desempenho superior.
Outra pesquisa da McKinsey que envolveu 700 empresas na América Latina e quase 4 mil colaboradores sobre Diversidade reforça que diversidade de etnia, gênero e orientação sexual traz, de fato, benefícios que vão de melhores práticas de gestão até lucros maiores para acionistas.
A pesquisa comparou vários fatores entre empresas que praticam e que não praticam diversidade em seus quadros e obteve mensurações significativas. Entre os valores, o índice de 152% a mais de novas ideias propostas por colaboradores em empresas mais diversas e, também, uma taxa de 20 pontos percentuais de maior lucro para os acionistas.
Uma pesquisa da Harvard Business Review revelou que nas empresas onde há o reconhecimento do ambiente de diversidade, os funcionários estão 17% mais engajados e dispostos a irem além das suas responsabilidades. Além disso, foi identificado que existência de conflitos diminuiu em 50% em relação a outras organizações.
Diversidade é humanidade, são pessoas, e empresas só alcançam seus lucros por meio das pessoas. E se estão felizes, se engajam, aumentam a produtividade e geram lucros. É uma relação de ganha-ganha.
O futuro pode ser incerto, mas, o propósito é inabalável principalmente quando vidas estão em jogo. Lutaremos sempre por uma sociedade mais justa e inclusiva. E convido você a fazer parte desta luta.
Quer saber mais sobre como as mudanças globais podem impactar os programas de diversidade no Brasil? E o que as empresas podem fazer para garantir avanços nessa pauta essencial? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar a respeito.
Luciano Amato
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Confira também: Saúde Mental e Visibilidade Trans: Desafios, Direitos e Combate à Transfobia
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]]>Em janeiro é celebrado duas datas importantes no calendário de Diversidade:
Janeiro Branco, uma campanha nacional, criada em 2014 pelo psicólogo Leonardo Abrahão, na cidade de Uberlândia – MG, e que visa conscientizar a população sobre a importância da saúde mental e emocional.
A Visibilidade Trans, que apesar de ser comemorado no dia 29 de janeiro, devido a relevância é lembrada em eventos e ações que ocorrem durante o mês inteiro para gerar reflexões sobre:
A saúde mental é uma parte crucial do bem-estar geral de qualquer indivíduo, e para pessoas trans, ela assume uma importância particular devido aos desafios únicos que enfrentam, pois, devido ao preconceito existente na sociedade, muitas vezes navegam por experiências complexas que podem impactar sua saúde mental.
Pessoas trans frequentemente enfrentam discriminação e estigma em diversas áreas da vida, incluindo educação, emprego, e assistência médica. Experiências que podem levar ao aumento dos níveis de estresse e ansiedade.
Um dos direitos mais importantes conquistados pela população trans no Brasil, o de retificação do registro civil, ainda tem entraves, barreiras institucionais, de custos e da própria transfobia institucional.
Vale ressaltar que somente em 2018, o Supremo Tribunal Federal reconheceu por unanimidade que pessoas trans podem alterar o nome e o gênero no registro civil sem que se submetam a cirurgia ou autorização judicial. A decisão foi regulamentada pelo Provimento 73 do Conselho Nacional de Justiça e essa alteração passou assim a ser realizada diretamente em um Cartório de Registro Civil.
A falta de apoio da família e da sociedade é outro ponto sensível e que pode resultar em sentimentos de isolamento e depressão. O apoio social é um componente essencial da saúde mental positiva, e sua ausência pode, sem dúvida, ter implicações sérias.
Dados da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) mostram o quadro de extrema vulnerabilidade social em que vivem pessoas trans no Brasil. Pessoas trans são expulsas de casa, em média, aos 13 anos de idade, e cerca de 72% não concluem o ensino médio.
A violência transfóbica é um dos principais desafios enfrentados. O Brasil é o país que mais registra homicídios de pessoas trans no mundo, violência esta impulsionada por uma agenda contra a diversidade e por omissão do Estado.
Um dos pilares que alimentam esse preconceito é a ideia da “heterocisnormatividade”, cultura que julga como aceitáveis somente os relacionamentos heteroafetivos. A adesão a esse pensamento transfóbico exclui, por completo, pessoas LGBTQIAPN+.
É essencial que a sociedade trabalhe para criar um ambiente inclusivo e de apoio para pessoas trans, reconhecendo e valorizando sua diversidade e resiliência. Governos, comunidades e indivíduos têm o poder de contribuir para a melhoria da saúde mental trans ao promover a aceitação, garantindo acesso a cuidados de saúde mental adequados, bem como combatendo ativamente o estigma e a discriminação.
Quer saber mais sobre como a sociedade pode promover a saúde mental e combater a transfobia de forma efetiva? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar a respeito.
Luciano Amato
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Confira também: 5 Técnicas de Metodologias Ativas para Treinamentos em Diversidade
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]]>Atuo há 26 anos com desenvolvimento de pessoas e, nesta jornada, pude perceber que cada treinamento é único e que, para engajar os colaboradores, é necessário fazer diferente a cada abordagem, utilizar técnicas variadas e que mobilizem todos os canais de aprendizado: visual, auditivo e cinestésico, mostrando a importância do uso de metodologias ativas para o alcance dos objetivos de aprendizagem.
As metodologias ativas representam uma abordagem que coloca a pessoa no centro do processo de ensino-aprendizagem. Ao contrário do modelo expositivo, em que a pessoa que ministra o treinamento é o principal transmissor do conhecimento, as metodologias ativas promovem a participação ativa das pessoas e, dessa maneira, fazem com que assumam o papel de protagonistas, incentivando a construção do conhecimento de forma colaborativa, significativa e autônoma, enquanto o ministrante atua como mediador e facilitador do processo de aprendizagem.
São estratégias que envolvem situações práticas, estimulando o pensamento crítico, a resolução de problemas e a aplicação dos conhecimentos adquiridos.
Tenho utilizado com frequência algumas dessas metodologias, por exemplo: sala de aula invertida, rodas de conversa e jogos cooperativos nas minhas abordagens sobre Diversidade, Equidade e Inclusão, e tenho notado resultados bastante diferenciados.
Nas rodas de conversa utilizo como material os capítulos do livro “Diversidade e Inclusão e suas dimensões”, uma obra que aborda temas transversais como cultura, liderança, comunicação inclusiva, o papel dos profissionais, dos grupos de afinidade, vieses inconscientes, representatividade, interseccionalidade e tendências, bem como uma visão diferenciada de pessoas coautoras sobre os temas: Gênero, Gerações, LGBTQIAP+, Pessoas com deficiência, Diversidade religiosa, Corpos, Raça e etnia, Refugiados e Egressos do Sistema Prisional.
Por ser uma obra com uma diversidade grande de temas, leitura fácil, com linha editorial voltada para as boas práticas e com capítulos independentes, curtos e diretivos, em média de sete páginas cada um, a obra facilita a utilização do material para que as pessoas leiam tanto num modelo de sala invertida quanto no momento da roda de conversa, gerando reflexões importantes.
Outra abordagem que gosto muito é o uso de jogos de tabuleiro. Tenho utilizado o Jogo Metamorfose, desenvolvido pela Vila dos Games em parceria com o Chama para Dançar, onde lança-se um desafio coletivo aos participantes de revitalizar uma praça. Nesse cenário, os participantes devem escolher personagens para cumprir missões, levando em conta seus talentos e histórias. Nessa jornada, os participantes vivenciam situações que os levam a julgamentos e, ao final, refletem sobre nossos vieses inconscientes, gerando consciência sobre eles, a importância do acolhimento e a sensibilização para o tema de Diversidade e Inclusão.
Diversidade é algo amplo que vai além dos grupos minorizados, pois está relacionado à pluralidade. O Jogo das Descobertas é baseado na teoria DISC, de predominância comportamental: Dominante, Comunicativo, Planejador e Analítico. Porém, sua aplicação é lúdica e interativa, tornando-a atrativa e propiciando o engajamento dos participantes.
Os participantes passam por 14 estações e são estimulados a responder perguntas. Escolher imagens com as quais mais se identificam, que constam em cartões, e classificá-las mediante ordem de afinidade. A partir daí, é possível identificar padrões e classificar os perfis mais dominantes das pessoas. Por meio desta metodologia, é possível identificar os perfis, bem como criar um plano de ação para reforçar os pontos fortes e aprimorar os pontos a desenvolver, além de outras ações.
Uma das atividades mais divertidas da infância são as peças de Lego. Seus diversos tamanhos, cores e formatos permitiam a construção de coisas abstratas ou concretas infindáveis. Algo que dava asas à imaginação pela sua versatilidade.
Ao utilizar o Lego Serious Play em treinamentos, memórias afetivas são imediatamente conectadas, fazendo com que os participantes viajem no tempo.
Utilizar este recurso faz com que os participantes se desprendam de defesas e simplesmente se permitam, facilitando o processo de ensino-aprendizagem.
É um momento em que os indivíduos constroem seus próprios conhecimentos por meio de interações e ferramentas. Essa abordagem estimula a união entre exercícios manuais e cerebrais.
Ao juntar as pequenas peças, os participantes são desafiados a pensar sobre uma questão não resolvida, promovendo o estímulo dos dois lados do cérebro – esquerdo (pensamento lógico) e direito (pensamento intuitivo e emocional). Há o engajamento e envolvimento de 100% dos participantes na solução das questões propostas, desde a construção de modelos até o desenvolvimento de narrativas. O conhecimento vai sendo construído e consolidado por todos os envolvidos, gerando maiores chances de ampliação das ideias sobre o desafio proposto.
Por experiência própria, e pesquisas reforçam essa percepção, as metodologias ativas têm o poder de aumentar a retenção do aprendizado. Elas geram motivação e engajamento de forma descontraída, leve, dinâmica e divertida. Além disso, auxiliam o processo de autoconhecimento, fortalecem a conexão entre as pessoas e facilitam a interação. Essas metodologias contribuem para a construção de ideias, a resolução de problemas e o desenvolvimento da empatia, da comunicação e do trabalho em equipe. Essas competências são, sem dúvida, fundamentais no dia a dia das organizações e fazem uma enorme diferença quando o assunto é Diversidade, Equidade e Inclusão.
E você, como tem trabalhado os temas relacionados a Diversidade, Equidade e Inclusão?
Quer saber mais sobre como as metodologias ativas podem promover maior engajamento e aprendizado em treinamentos sobre Diversidade, Equidade e Inclusão? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar a respeito.
Luciano Amato
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Confira também: Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): A Agenda Global e a Inclusão da Igualdade Étnico-Racial no Brasil
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]]>Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são uma série de 17 metas globais estabelecidas pela ONU em 2015 como parte da Agenda 2030, com o apoio de representantes dos 193 estados-membros. Essa agenda foi criada para abordar os maiores desafios sociais, econômicos e ambientais do planeta, visando assim um futuro mais sustentável para todos.
Em setembro de 2023, durante a 78ª Assembleia da ONU, o Presidente da República anunciou a criação dos objetivos ODS 18 – Igualdade Étnico-Racial, ODS 19 – Arte, Cultura e Comunicação e ODS 20 – Povos Originários e Tradicionais. Essas metas foram adicionadas para atender às necessidades específicas da população brasileira bem como reforçar a luta contra o racismo e a discriminação.
O objetivo 18 (ODS 18) busca eliminar o racismo bem como a discriminação étnico-racial contra povos indígenas e afrodescendentes no Brasil. Algumas das principais metas, a saber:
De acordo com estudos recentes, as disparidades raciais permanecem alarmantes no país:
Esses dados evidenciam as diferenças sociais e econômicas que o racismo, seja ele declarado ou institucional, sem dúvida, gera. Essa é uma pauta urgente e, ao longo do ano, especialmente em novembro, a promoção da igualdade étnico-racial precisa ser, de fato, continuamente destacada.
Somente com ações concretas e o envolvimento de toda a sociedade será possível, de fato, avançar em direção a um Brasil mais justo e inclusivo.
Curta, comente e compartilhe para contribuir com essa mudança!
Quer saber mais sobre os principais objetivos e metas do ODS 18, proposto pelo governo brasileiro? Quer saber por que ele é, de fato, essencial para a promoção da igualdade étnico-racial no Brasil? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar a respeito.
Luciano Amato
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Confira também: Outubro Rosa: Como Aumentar a Conscientização e Salvar Vidas
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]]>O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do biênio 2018/2019, sejam diagnosticados 59.700 novos casos, com um risco estimado de 56,33 casos a cada 100 mil mulheres.
As taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas no Brasil, mesmo sendo este um câncer com alta taxa de cura. Segundo especialistas da área da saúde, isso ocorre porque o diagnóstico ainda acontece em estágios avançados.
O que vem reforçar a importância de campanhas de conscientização como Outubro Rosa, criada nos Estados Unidos na década de 90 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e que teve sua primeira ação no Brasil em 2002 com a iluminação do Obelisco do Ibirapuera com luzes cor de rosa e que ganhou força no Brasil em 2008, quando vários estados começaram a promover ações de conscientização médica, como campanhas e corridas.
Outubro Rosa é vitorioso por ter proporcionado não só a maior procura pelo diagnóstico da doença, mas a consolidação de leis como a Lei da Mamografia, que garante a toda brasileira o acesso gratuito à mamografia no SUS.
A prevenção é um componente vital na luta contra o câncer de mama. É essencial que as mulheres se informem sobre como podem cuidar de sua saúde e buscar exames regulares. Além disso, que homens estejam conscientes de que esta não é uma doença exclusivamente feminina.
Quer saber mais sobre a prevenção ao câncer de mama, a importância de exames regulares e de campanhas como o Outubro Rosa? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar a respeito.
Luciano Amato
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Confira também: A Luta pela Inclusão de Pessoas com Deficiência e Suas Conquistas
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]]>O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência foi instituído por iniciativa de movimentos sociais, em 1982, e oficializado pela Lei Nº 11.133, de 14 de julho de 2005. A data foi escolhida para coincidir com o Dia da Árvore, representando o nascimento das reivindicações de cidadania e participação em igualdade de condições.
Essa data foi escolhida por ser próxima ao início da Primavera (23 de setembro) e coincide com o Dia da Árvore, datas que representam o renascer das plantas, que simbolizam o sentimento de renovação das reivindicações em prol da cidadania, inclusão e participação plena na sociedade. Foi Cândido Pinto de Melo, um ativista do movimento das pessoas com deficiência, quem propôs, no início da década de 80.
Quarenta e quatro anos se passaram e houve avanços significativos, como a Lei de Cotas, a Lei Brasileira de Inclusão, a proibição de cobrança pelas escolas de serviços de apoio para alunos com deficiência, bem como atendimento prioritário, transporte público adaptado, entre outros.
Ainda encontramos empresas que não fazem esforço para cumprir a cota, incluir ou gerar senso de pertencimento. Além disso, estabelecimentos que não proporcionam acessibilidade e não oferecem atendimento prioritário. Por trás dessas consequências, sempre está um ou mais indivíduos capacitistas.
O capacitismo é representado também nas atitudes diárias, como um olhar enviesado, de pena, ao subestimar a capacidade de uma pessoa com deficiência realizar alguma atividade devido à condição da deficiência, ou mesmo a utilização de expressões que depreciam o indivíduo. Um líder que não delega responsabilidades maiores a uma pessoa com deficiência, por não acreditar na sua capacidade de realização, sem dúvida, também perpetua o capacitismo.
Assim, é importante reconhecer que determinadas expressões depreciam o indivíduo e evitar usá-las, por exemplo:
Muitos dizem: “Ah, mas o mundo está chato. Eu sempre falei e ninguém se incomodou!!!”.
Na realidade, a postura das pessoas era mais passiva. Não significa, necessariamente, que não havia incômodo.
Eu respondo com outra pergunta: Você está disposto a mudar?
Tudo depende de quanto nos dedicamos, independentemente da geração, idade, cultura, ou contexto em que se viveu.
Falo por mim. Tenho 57 anos e cresci achando essas frases adequadas. Porém, quando comecei a estudar sobre diversidade e a conviver com pessoas de vários grupos minorizados, tomei consciência de que era necessário repensar conceitos. Hoje, minhas atitudes e comunicação são inclusivas e naturais.
É preciso estar, de fato, aberto ao novo e ao aprendizado. Colocar o respeito em primeiro lugar. Atuar como aliado pela causa. Posicionar-se quando presenciar atitudes e ambientes capacitistas.
Nas organizações, é necessário levar o conhecimento, desenvolver as lideranças, e colocar a diversidade, inclusão e respeito, de fato, como parte dos valores da organização. Estimular o debate como forma de solução e conscientização.
Dessa forma, poderemos catalisar a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva e comemorar mais conquistas.
Quer saber mais sobre como promover a inclusão de pessoas com deficiência e ajudar a combater o capacitismo? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar a respeito.
Luciano Amato
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Confira também: Por que vale a pena investir em Diversidade, Equidade e Inclusão?
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