O post Opressão, Liberdade e Cultura: O Paradoxo de Paulo Freire nas Organizações apareceu primeiro em Cloud Coaching.
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Você provavelmente já ouviu a frase: “Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor.” Ela é frequentemente atribuída a Paulo Freire — e, embora não seja uma citação literal, representa com precisão o núcleo de seu pensamento. A crítica não é à autoridade em si, mas à reprodução cega da lógica de dominação. E esse é o paradoxo que venho observando com frequência em organizações — especialmente naquelas que, em nome da cultura, acabam promovendo a conformidade disfarçada de alinhamento.
Veja bem: a cultura de uma empresa é formada a partir da repetição espontânea (e premiada) de comportamentos aceitos. O que é valorizado, replicado e tolerado acaba se tornando regra — não importa o que esteja escrito na parede da recepção. Para manter a identidade, as empresas precisam sim doutrinar seus colaboradores: instruí-los sobre os valores, modos de agir, de vestir, de se comunicar e até de pensar. Isso, em si, não é errado.
Muitas das pessoas que atendo em mentoria relatam esse incômodo: “Quero me expressar mais”, “quero propor coisas novas”, “gostaria de ser ouvido”. Mas sentem que há uma caixa invisível que molda, filtra e limita. E é aqui que surge o movimento clássico: o colaborador não se encaixa, pede demissão e decide empreender. Quer criar algo mais autêntico, mais humano, mais fluido.
A intenção é boa. Mas, como diria minha avó: de boas intenções o mercado está cheio.
Porque, veja, à medida que essas novas empresas crescem, escalam, contratam… elas passam a repetir os mesmos mecanismos de doutrinação que as fizeram nascer. Criam manuais, implementam ritos, definem dress code, institucionalizam a “cultura da casa” — e tudo aquilo que antes era opressão, vira “padrão de qualidade”. A linguagem muda, mas a lógica permanece. O oprimido virou gestor. O sonho de liberdade virou regulamento.
E não pense que isso acontece só com grandes empresários. Já vi muitos jovens, criativos, inovadores e cheios de ideias disruptivas, endurecerem na primeira reunião com investidor. Na primeira demissão necessária. No primeiro erro caro da equipe. Aí, aquele discurso sobre “liberdade para criar” dá lugar a um manual de comportamento. Um dos paradoxos mais dolorosos que vejo é esse:
Será que Paulo Freire estava certo e estamos presos num ciclo sem fim?
Talvez sim. Talvez não. Mas há um caminho: a inteligência comportamental. Essa habilidade começa com um passo simples (mas nada fácil): entender o ambiente em que se está inserido. Toda empresa tem regras. Algumas explícitas, outras nem tanto. Cabe a nós identificá-las, compreender os limites e as brechas, e então fazer escolhas conscientes. Comportamento não é um reflexo automático; é uma decisão estratégica.
Agir com inteligência comportamental não significa se submeter. Significa atuar com clareza e intenção. Significa saber quando se adaptar, quando confrontar, quando propor, e quando simplesmente observar. Não é perder identidade — é saber expressá-la de forma eficaz dentro de cada contexto.
Em muitas empresas que dizem valorizar o pensamento crítico, há restrições veladas: políticas de exposição, aversão a riscos, controles orçamentários que limitam qualquer inovação. A mensagem subliminar é clara: “pense fora da sua caixa, mas fique dentro da minha”. E quando isso acontece, não adianta jogar o jogo achando que é um tabuleiro livre. É preciso ler as regras reais, não apenas o manual de boas-vindas.
Outro ponto que merece atenção: o distanciamento entre os colaboradores e o propósito da empresa. Em muitas organizações, o cliente parece ser “da empresa”, não meu. Essa desconexão se manifesta no vendedor mal-humorado, no SAC apático, no mecânico que não sugere alternativas. E também no professor que se importa mais com os critérios de aprovação do que com o aprendizado real do aluno. Quando o propósito não é compartilhado, o comportamento vira protocolo — e o engajamento, obrigação.
Mas também precisa de espaço para respiração, para questionamento, para escuta. Não existe cultura forte sem conflito saudável. Não existe cultura viva sem pessoas que pensam — e falam — com liberdade.
Por fim, lembre-se: no final do dia, somos o que pensamos e valemos o que fazemos. A cultura organizacional é feita de gente. De mim, de você, de cada comportamento reforçado (ou ignorado) todos os dias. E se quisermos ambientes mais humanos, críticos e criativos, precisamos começar por nós mesmos. Não como oprimidos sonhando com poder, mas como indivíduos conscientes, dispostos a mudar a lógica — não apenas o lugar na hierarquia.
Pense nisso!
Quer entender melhor como podemos construir culturas organizacionais coerentes sem sufocar a liberdade e o pensamento crítico das pessoas? Então, entre em contato comigo! Será um prazer conversar sobre isso.
Até a próxima!
Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com
Confira também: Entre o Jogo e o Propósito: Por que Profissionais Evitam o Mundo Corporativo e a Política Organizacional
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Esses dias, durante uma mentoria com um grupo de jovens talentos, uma frase surgiu com força e encontrou eco imediato entre os demais: “Eu não sirvo pra isso. Não sei fazer política.”
E lá estava, mais uma vez, a tensão silenciosa entre o que se espera de um profissional bem-sucedido e o que se vive, de fato, dentro das estruturas corporativas. Muitos entregam, colaboram, estudam, desenvolvem soluções, mas se veem tropeçando em algo invisível — mas decisivo. Não é a competência que falta. É o código social. As entrelinhas. O tal do “jogo de cintura”. Gente boa, bem-intencionada, que sonhava em contribuir com um propósito… e se frustra ao perceber que o jogo é outro. A política que não se vê, mas se sente.
Quando falamos de “política organizacional”, é comum que surjam reações negativas. Para muitos, a palavra remete à bajulação, ao favoritismo, à manipulação. Isso é politicagem. Não é disso que estamos falando.
A política, em seu sentido mais elevado, é o exercício do convívio. É a arte de construir alianças, de mediar interesses, de administrar conflitos. Política é saber se posicionar, saber ouvir, saber influenciar — e deixar-se influenciar também. É viver em comunidade. João Paulo II dizia que política é o uso legítimo do poder para o bem comum. Puebla acrescenta que ela define a ética das relações sociais. E a CNBB, com simplicidade, afirma que fazer política é um gesto de caridade. E é mesmo!
No mundo corporativo, há quem domine com maestria as regras do jogo informal: quem circula bem entre os diferentes setores, que sabe quando e como falar, que percebe os sinais invisíveis nas relações. Gente que parece ter nascido com um “radar social” incorporado.
Mas também há quem estranhe tudo isso. Para essas pessoas, a vida profissional deveria ser como um tabuleiro limpo, com regras claras, objetivos bem definidos e reconhecimento por mérito. Trabalhar, entregar, evoluir. Simples assim. Mas não é. E quando percebem que a promoção não veio por resultado, que a ideia foi engavetada por falta de “patrocinador”, que a reunião decisiva aconteceu num jantar do qual não participaram, então o desalento aparece. E com ele, uma dúvida: o problema sou eu ou o sistema?
Platão já alertava: “Quem não gosta de política será governado por quem gosta”. E isso vale também para o ambiente corporativo. Ao optar por ignorar as dinâmicas informais, o profissional não escapa do jogo — apenas joga mal. Ir de cara lavada ao baile de máscaras pode ser um ato de coragem, mas também pode ser ingenuidade. A política existe, quer você goste ou não. A questão não é evitá-la, mas decidir como participar dela — e até onde. Saber fazer política não significa trair seus valores, mas entender que relações importam. Que influência conta. Que articulação é uma competência. Inteligência comportamental e maturidade política.
Ser inteligente do ponto de vista comportamental é reconhecer o ambiente, identificar os jogos que estão sendo jogados, entender as motivações dos outros e assim ajustar sua atuação sem perder a integridade. É maturidade. É lucidez.
O profissional com inteligência comportamental não precisa ser o mais carismático, nem o mais falante. Mas ele sabe ler a sala. Sabe perceber quando é hora de recuar ou avançar. Sabe silenciar sem omitir-se. E sabe agir com intenção — não por impulso. É essa inteligência que faz com que alguns profissionais brilhem em ambientes complexos, enquanto outros — mesmo tecnicamente brilhantes — se percam no labirinto das relações humanas.
Há também quem escolha sair. Quem percebe que seu propósito não cabe mais dentro do crachá. E tudo bem. Para esses, permanecer significaria renunciar a valores fundamentais. Seria se moldar a uma lógica que não reconhecem como legítima. Seria silenciar em nome da estabilidade — e isso sem dúvida tem um preço alto. Alguns buscam novos caminhos: viram consultores, empreendedores, vão para o setor social, para a academia, para a arte. Encontram outras formas de fazer política — do jeito certo. Com consciência, com alma, com propósito.
A negação completa da política, o discurso de que “não gosto de nada disso”, abre espaço para os que a usam com fins egoístas. Isso vale para a sociedade e certamente também vale para as empresas. A história está cheia de exemplos de antipolítica desastrosa. Gente que se elegeu dizendo que ia “acabar com tudo isso que está aí” e, no fim, aprofundou as desigualdades, destruiu instituições e promoveu retrocessos. Nas empresas, o efeito é parecido. Quando os bons se retiram, então os oportunistas vencem por W.O. E a cultura se deteriora.
Entre o cinismo e a ingenuidade, existe um meio do caminho. É esse o ponto mais importante deste texto: não se trata de se render ao jogo, nem de fugir dele. Trata-se de encontrar o meio do caminho. De fato, existe um espaço nobre entre o cinismo e a ingenuidade. Um lugar onde é possível ser estratégico sem ser manipulador. Onde dá para manter o propósito sem virar mártir. Onde fazer política significa construir pontes, e não escalar muros. E se esse espaço não existir na empresa onde você está, então talvez seja o caso de procurar outra. Mas nunca de desistir de participar.
Pense nisso!
Quer entender melhor como equilibrar propósito pessoal e habilidade política para navegar no ambiente corporativo sem abrir mão da integridade? Então, entre em contato comigo! Será um prazer conversar sobre isso.
Até a próxima!
Edson Carli
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Confira também: Autorresponsabilidade Relacional: Vencemos Todas as Batalhas que Não Precisamos Lutar
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Outro dia, numa reunião, uma pessoa me respondeu com uma certa rispidez. Não foi um ataque direto, mas um daqueles comentários secos, com ar de desprezo embutido. Meu primeiro impulso foi revidar. Ainda bem que respirei fundo e fiz algo mais produtivo: fiquei em silêncio por alguns segundos e me perguntei: será que fui eu quem disparou esse comportamento?
Desde que comecei a estudar comportamento humano, aprendi algo importante: a agressividade do outro nem sempre é sobre o outro.
O psicólogo Marshall Rosenberg, criador da Comunicação Não-Violenta, dizia que toda agressividade é a expressão trágica de uma necessidade não atendida. E se a necessidade foi frustrada por minha causa — mesmo que sem intenção? Será que o que o outro expressou como “grosseria” foi, na verdade, um pedido mal formulado, porque eu não soube ler os sinais antes?
Não tem nada a ver com culpa. Não estou falando em aceitar ofensas ou justificar violência verbal. Estou falando de uma habilidade rara: a capacidade de perceber que minha forma de agir pode influenciar diretamente a reação do outro. E que, às vezes, o outro reage mal porque eu me comuniquei mal, porque fui desatento, arrogante, invasivo, frio, sarcástico, ou apenas porque deixei que ele criasse uma expectativa que eu não poderia cumprir.
Sim, você pode estar sendo agredido verbalmente. Mas talvez, só talvez, essa agressão tenha como raiz um comportamento seu que apontou para uma necessidade não atendida do outro.
Com base em observações, estudos de inteligência comportamental e muita vivência prática, reuni quatro pilares que formam o que gosto de chamar de blindagem relacional. Um conjunto de atitudes simples, mas poderosas, que reduzem a chance de que seu comportamento desperte frustração no outro.
Quando somos formais, levamos a relação para um campo neutro, regido por regras claras. Isso reduz expectativas emocionais e previne mal-entendidos. A formalidade não é frieza — é respeito estruturado. Ela funciona especialmente bem com pessoas que você ainda está conhecendo, em ambientes profissionais ou quando existe assimetria de poder.
Evita que sua espontaneidade seja mal interpretada. E te protege de invadir territórios sensíveis sem perceber.
Gentileza atrai gentileza. Parece simples, mas é revolucionário. Pessoas gentis raramente são alvo de ataques gratuitos — porque a gentileza não gera ameaça. Ela acalma ambientes tensos, suaviza expectativas e convida ao equilíbrio.
Uma postura gentil transmite segurança emocional: o outro percebe que não precisa levantar defesas. É a delicadeza que precede a confiança.
Essa é uma das mais nobres formas de inteligência: observar o ambiente e ajustar o próprio comportamento sem precisar ser corrigido. Não é submissão — é leitura de contexto. Quando você se ajusta, mostra maturidade, empatia e estratégia.
Autocorreção é o que transforma comportamento em influência. Quem sabe se posicionar do jeito certo, no lugar certo, conquista respeito com menos esforço.
Ser discreto é evitar ocupar um espaço que não te foi dado. Discrição não significa omissão, mas respeito pelo protagonismo alheio. Pessoas muito expansivas, que falam demais ou exibem demais, sem perceber, podem provocar nos outros sentimentos de inadequação, inveja ou insegurança.
E esses sentimentos, por sua vez, são gatilhos diretos de comportamentos agressivos. A discrição evita o brilho que ofusca — e favorece o brilho que inspira.
Se a agressividade do outro é um campo minado, esses quatro pontos são sua blindagem emocional. Eles evitam que você desperte no outro o que ele nem sabia que estava carregando.
É claro que há pessoas que explodem por qualquer motivo. Mas a maioria das reações difíceis nasce de uma frustração. E se você pode evitar plantar essa frustração, por que não?
Como dizemos na mentoria comportamental: quem domina o próprio comportamento, governa a relação.
Pense nisso!
Quer entender melhor como a autorresponsabilidade relacional pode transformar conflitos em oportunidades de conexão e respeito mútuo? Então, entre em contato comigo! Será um prazer conversar sobre isso.
Até a próxima!
Edson Carli
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Confira também: O Erro de Michelangelo? O que a Estátua de David nos Ensina sobre Comportamento e Contexto
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]]>Olá!
Escrevo essa coluna diretamente de Florença, na Itália — berço do Renascimento, onde cada esquina respira arte, história e um tipo de beleza que quase nos obriga a caminhar mais devagar. Aqui, visitei uma das obras mais impactantes que já vi na vida: a estátua de David, de Michelangelo.
Confesso que já tinha lido muito sobre ela, visto dezenas de fotos, estudado suas proporções, sua fama e sua simbologia. Mas, como acontece com tudo que é verdadeiramente grandioso, nada substitui o impacto de estar ali, diante dela.
A escultura de David tem mais de cinco metros de altura, pesa cerca de 5,5 toneladas e foi esculpida a partir de um único bloco de mármore considerado frágil e até mesmo defeituoso por outros escultores. Mas nada disso é o mais curioso. O que me impressionou foi descobrir que as proporções da estátua são propositalmente “erradas”.
A cabeça de David é maior do que deveria ser. A mão direita — que segura a pedra com a qual ele venceria Golias — também. Há um leve desvio no olhar. E essas “imperfeições” não foram erros de cálculo ou pressa do artista. Elas foram intencionais.
Michelangelo esculpiu a obra para ficar no alto do domo da catedral de Florença, a igreja de Santa Maria de Fiore e sua genialidade antecipou a perspectiva do observador: visto de baixo, o David pareceria perfeitamente proporcional.
No entanto, ao ser finalizada, a escultura de David foi considerada bonita demais para ser colocada tão longe das pessoas, e foi levada para a praça central, ao nível dos olhos. Desde então, qualquer um que olhe para David de perto pode notar suas desproporções — especialmente se estiver buscando por elas.
Pense comigo:
Nós “esculpimos” nossos comportamentos ao longo da vida com base em onde e com quem acreditamos que vamos precisar deles. Desenvolvemos formas de agir, de reagir, de nos defender e de nos conectar segundo o ambiente onde fomos forjados: família, escola, empresas, religiões, grupos sociais, desafios e recompensas.
Criamos uma “estátua” interna de atitudes que funcionam — ou funcionaram — para conquistar respeito, amor, espaço, sucesso.
Se um comportamento foi construído para um certo contexto, ele pode parecer exagerado, estranho ou até inadequado quando colocado diante de outro público, de outra cultura ou de outra expectativa. Assim como a cabeça e a mão de David parecem grandes demais ao olharmos a estátua do chão, nossos comportamentos podem parecer desproporcionais fora de seu “domo” original.
É o chefe que era assertivo em uma empresa rígida, mas que parece rude em uma equipe colaborativa. A mãe superprotetora que se torna controladora quando os filhos crescem. O profissional brincalhão que soa desrespeitoso em um ambiente mais formal. Nada disso é essencialmente errado. Apenas mal enquadrado.
A beleza da inteligência comportamental, como defendemos em nossas mentorias e vivências, está justamente em entender que o comportamento não é identidade. Podemos — e devemos — ajustar, refinar e reposicionar nossas atitudes de acordo com o cenário. Isso não é se perder. É se tornar ainda mais potente.
Michelangelo não esculpiu um erro. Ele criou uma obra-prima para um ponto de vista específico. E quando mudaram a escultura de lugar, revelaram detalhes que só ampliaram o nosso fascínio. Mas, e se não soubéssemos dessa história? E se olhássemos apenas as proporções sem entender o contexto? Talvez achássemos que ele era apenas um artista genial… com péssimo senso de simetria.
O verdadeiro “defeito” não está visível e se trata de um músculo faltante nas costas da estátua. Ele não foi criado para que de maneira precisa, uma falha no bloco de mármore, mas isso é história para outro dia. O que te convido a refletir é que mesmo a obra de arte mais impressionante, quando observada do lugar errado, pode parecer um erro.
E nós, que não somos de mármore, temos o privilégio de aprender a olhar — e a nos reposicionar.
Pense nisso!
Quer entender melhor como nossos comportamentos podem se tornar inadequados quando deslocados de seu contexto original — assim como as proporções da estátua de David parecem um erro quando vistas de perto? Então, entre em contato comigo! Será um prazer conversar sobre isso.
Até a próxima!
Edson Carli
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Confira também: Somente São Livres Aqueles que Nada Cativam?
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]]>Olá, querido leitor!
Já parou para pensar que talvez a única forma de ser verdadeiramente livre seja simplesmente não se apegar a nada? Nenhuma pessoa, nenhuma ideia, nenhum lugar, nenhum sonho. Nada. Parece radical, eu sei, mas antes de me julgar como um ermitão do século XXI, vamos caminhar juntos nessa reflexão.
Afinal, liberdade e responsabilidade andam de mãos dadas, certo? Isso significa que toda vez que você escolhe algo, também escolhe as consequências dessa escolha. Então, se a liberdade plena significa não ter correntes, talvez o segredo esteja em não criar laços. Se nada te prende, nada te limita.
Mas será que é possível viver assim?
Jean-Jacques Rousseau nos deixou uma frase tão provocativa quanto perturbadora: “O homem nasce livre, e por toda parte encontra-se a ferros.” A ideia central do bom e velho Rousseau é que a sociedade nos molda, nos amarra e nos doméstica.
Vivemos sob regras, leis e convenções que nos dizem o que podemos ou não fazer. A ironia? O ser humano foi quem criou tudo isso. Criamos um sistema e depois reclamamos que estamos presos dentro dele. Agora, veja só: se ser livre significa não estar preso a nada, o que aconteceria se simplesmente recusássemos qualquer tipo de vínculo?
Nenhum compromisso, nenhuma responsabilidade, nenhuma necessidade de corresponder às expectativas dos outros. Um mundo onde ninguém depende de ninguém. Parece tentador. Mas antes de rasgar suas contas e sair pelo mundo, vem comigo nessa reflexão.
Aqui entra o Pequeno Príncipe, com sua frase icônica: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”
Bingo!
É aqui que a liberdade começa a se complicar. Se você cativa algo – seja um amigo, um filho, um cachorro ou uma ideia – você está assinando um contrato invisível de responsabilidade. Não dá pra dizer “ah, não quero mais” sem pagar um preço por isso.
Pense no seguinte:
E não para por aí. Até as ideias nos aprisionam. Quando você acredita firmemente em algo, isso molda suas ações e suas escolhas. Você pode até mudar de opinião ao longo do tempo, mas sempre estará preso a alguma crença, a algum princípio, a alguma verdade que escolheu seguir.
Ou seja, toda vez que você cativa algo, uma parte da sua liberdade se dissolve.
Então, se a única forma de ser livre é não cativar nada, temos uma questão séria: será que queremos essa liberdade? Imagina uma vida sem laços, sem vínculos, sem pertencer a ninguém ou a nada. No começo pode parecer libertador, mas com o tempo… será que ainda faria sentido? Porque, no fundo, o que dá cor à vida são exatamente essas conexões.
O Pequeno Príncipe era livre para vagar pelos planetas, mas o que realmente marcou sua jornada foi a rosa que ele escolheu cativar. Ele poderia simplesmente ter ido embora, mas percebeu que a vida tem mais sentido quando há algo – ou alguém – para cuidar.
Rousseau via as amarras da sociedade como uma prisão, mas será que é possível viver sem elas? Mesmo a ideia de um contrato social – onde renunciamos a certas liberdades em nome de um bem maior – não seria, de certa forma, um “cativeiro necessário”? Afinal, liberdade absoluta também pode significar solidão absoluta.
Talvez a questão não seja evitar cativar, mas escolher com consciência aquilo que vale a pena cativar. Você não precisa cativar tudo. Mas também não precisa viver fugindo de qualquer vínculo. Existe um meio-termo: um equilíbrio entre o que você cultiva e o que você deixa ir. Porque no fim das contas, a liberdade não é apenas ausência de correntes. A liberdade é escolher quais correntes estamos dispostos a carregar.
Então, eu te convido a refletir: será que aquilo que você cativa te faz mais livre ou mais prisioneiro?
Pense nisso!
Quer entender melhor se a verdadeira liberdade está na ausência de vínculos ou na escolha consciente do que cativamos? Então, entre em contato comigo! Será um prazer conversar sobre isso.
Até a próxima!
Edson Carli
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Confira também: Inteligência Comportamental: 3 Competências Essenciais para Interpretar Comportamentos Inadequados
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]]>Olá!
Você já reparou que em nosso cotidiano, seja no ambiente profissional, familiar ou social, nos deparamos com pessoas que demonstram comportamentos agressivos, rudes ou invasivos. Muitas vezes, nossa reação instintiva é a de afastamento ou enfrentamento, interpretando essas atitudes como um ataque pessoal.
No entanto, a inteligência comportamental nos ensina que por trás de uma explosão de raiva, uma crítica ácida ou uma atitude desrespeitosa, pode existir um pedido de ajuda silencioso.
A teoria da inteligência comportamental parte do princípio de que todo comportamento tem um motivo, e a violência, em sua essência, nasce da frustração. Quando alguém sente que suas necessidades emocionais ou sociais não estão sendo atendidas, essa pessoa pode expressar sua dor através de ações que, à primeira vista, parecem hostis.
Quando uma criança faz pirraça e se joga no chão do shopping porque não ganhou um brinquedo, o que ela realmente quer comunicar? Apenas um desejo frustrado ou algo mais profundo, como a necessidade de atenção e conexão?
E quando um adolescente se rebela contra as regras da casa ou demonstra desprezo pelas figuras de autoridade? O que ele pode estar tentando expressar? Em muitos casos, trata-se de um pedido de autonomia, reconhecimento e pertencimento.
No ambiente de trabalho, um colega que critica constantemente os outros e parece estar sempre de mau humor pode estar, na verdade, se sentindo excluído ou subestimado. Ao invés de verbalizar diretamente sua insatisfação, ele a manifesta através de comportamentos negativos, esperando – ainda que inconscientemente – que alguém perceba sua angústia e ofereça apoio.
A frustração, quando acumulada, se transforma em tensão emocional. Se essa tensão não encontra canais saudáveis de expressão, pode se manifestar como irritação, sarcasmo, isolamento ou até mesmo agressividade. A grande questão é: estamos preparados para perceber esses sinais e agir de forma consciente?
Para reconhecer pedidos de ajuda disfarçados, é fundamental desenvolver três competências essenciais:
Muitas vezes, os sinais de que alguém precisa de ajuda estão nas entrelinhas. Tom de voz, linguagem corporal e mudanças sutis no comportamento são pistas valiosas. Uma pessoa que costumava ser engajada, mas que se torna indiferente ou irritadiça, pode estar lidando com questões emocionais não resolvidas.
Diante de uma atitude rude ou agressiva, nossa tendência natural é responder na mesma moeda ou evitar a pessoa. No entanto, a abordagem da inteligência comportamental sugere que devemos pausar antes de reagir e nos perguntar: “O que essa pessoa realmente quer me dizer?”
Um simples “Você está bem? Algo aconteceu?” pode ser suficiente para quebrar o ciclo de frustração e abrir espaço para um diálogo mais construtivo.
Demonstrar empatia não significa justificar comportamentos inadequados, mas sim compreender suas raízes e responder de maneira eficaz. Em vez de reforçar um conflito, podemos oferecer um espaço seguro para que a outra pessoa expresse o que realmente sente.
No ambiente corporativo, por exemplo, quando um colaborador se mostra excessivamente crítico, ao invés de rebater suas opiniões, podemos perguntar: “O que te incomoda especificamente?” ou “Existe algo que podemos melhorar juntos?”.
A inteligência comportamental nos lembra que todo comportamento tem um motivo e que, por trás de atitudes difíceis, pode haver alguém gritando por apoio sem saber como verbalizá-lo. Se aprendermos a enxergar além das palavras duras e das reações impulsivas, poderemos responder de forma mais humana e assertiva, tornando o mundo ao nosso redor um lugar mais acolhedor.
E você? Quando foi a última vez que reconheceu um pedido de ajuda disfarçado?
Quer entender melhor como a inteligência comportamental pode ajudar a interpretar e lidar com comportamentos inadequados para transformar conflitos em oportunidades? Então, entre em contato comigo! Será um prazer conversar sobre isso.
Até a próxima!
Edson Carli
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Confira também: Os Outros e Nós: Como Superar Divisões e Construir Conexões
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]]>Olá!
O conceito de “os outros” está presente em nossa vida de maneiras sutis e profundas. É um padrão que utilizamos para dividir o mundo entre aquilo que conhecemos, aceitamos ou nos identificamos — o “nós” — e aquilo que está fora do nosso entendimento ou aceitação: “os outros”.
Essa separação pode parecer natural, mas ao longo da vida, e especialmente no contexto social em que vivemos, ela define nossos comportamentos, decisões e até nossas limitações.
Dentro de um casamento, por exemplo, essa ideia se manifesta nas pequenas discordâncias. Em momentos de atrito, é comum perceber o cônjuge como “o outro”, alguém que parece incapaz de compreender ou colaborar.
Quando o casal se fecha em sua rotina, criando um núcleo mais exclusivo, os próprios filhos podem se tornar “os outros”. Amigos, colegas de trabalho ou vizinhos também se encaixam nessa categoria à medida que seu modo de vida ou opiniões destoam das nossas.
Essas divisões não param no âmbito familiar. No grupo de amigos, frequentemente as conversas giram em torno de pessoas que não estão presentes — aquelas que, naquele momento, se tornam “os outros”.
Em uma reunião de condomínio, o vizinho ao lado pode ser visto como “o outro”. Mas, curiosamente, se ele vizinho participar de um evento comunitário, ele passa a ser incluído no “nós”.
E assim, o papel de “os outros” migra para o condomínio vizinho, para a cidade próxima, ou até mesmo para outras culturas e nações. Essa dinâmica de pertencimento e exclusão está enraizada em nossa psique social. Ela reflete a forma como nos protegemos do que não conhecemos ou não entendemos.
No fim de 2024, um ano marcado por avanços e desafios globais, essa reflexão se torna ainda mais relevante. Vimos como crises ambientais, desigualdades sociais e polarizações políticas têm o poder de dividir. No entanto, também testemunhamos gestos de solidariedade, inovações colaborativas e diálogos que uniram pessoas ao redor do mundo.
Esses exemplos são lembretes de que, quanto mais expandimos nosso “nós”, mais fortes e resilientes nos tornamos como sociedade. Mas como transformar “os outros” em “nós”? Isso exige mais do que tolerância. Requer empatia ativa — o esforço deliberado de nos colocarmos no lugar do outro, de entender seus desafios, suas escolhas e seus valores. É uma prática que começa nas interações mais simples, como ouvir verdadeiramente alguém com quem discordamos, e se estende para as grandes questões sociais, onde lutamos para incluir, não excluir.
Reconhecer isso é o primeiro passo para romper a ilusão de separação. Imagine, por um momento, um mundo onde o conceito de “os outros” não exista. Um mundo onde vizinhos, colegas de trabalho, pessoas de diferentes etnias, religiões e estilos de vida sejam vistos como parte de um único “nós”. Parece utópico? Talvez.
Mas cada gesto de inclusão que fazemos no dia a dia — seja ao acolher alguém novo em um grupo, entender um ponto de vista diferente ou até apoiar causas que promovam equidade — nos aproxima dessa realidade.
Esse ideal de conexão universal não apenas dissolve as barreiras, mas também nos conecta ao propósito maior da existência. Ao percebermos que tudo está interligado, o sentido da vida se torna mais claro. Não se trata apenas de viver para si mesmo ou para aqueles que estão próximos, mas de expandir nossa capacidade de amar, acolher e servir a um todo maior.
Porém, essa expansão de consciência não acontece sem esforço. É uma jornada que exige reflexão constante.
Ao responder essas perguntas, percebemos que o ato de excluir “os outros” é muitas vezes automático, mas não inevitável. Quando nos damos a chance de conhecer, ouvir e entender, começamos a perceber que o “outro” é tão humano quanto nós, com desejos, medos e esperanças semelhantes.
O final de ano nos apresenta um momento único para abraçar essa transformação. Não estamos apenas encerrando um ciclo anual; estamos diante da oportunidade de redefinir como nos conectamos com o mundo.
Que possamos usar esse momento para expandir nosso entendimento, questionar nossas barreiras internas e dar passos concretos rumo a um mundo mais integrado.
No fim das contas, quando eliminamos o “outro”, o que sobra é um “nós” infinito, repleto de diversidade, mas unido pelo reconhecimento mútuo. Esse é o verdadeiro propósito da vida: viver em harmonia com tudo e todos.
Quando alcançamos essa consciência, descobrimos que nunca estivemos separados. Afinal, sempre fomos, e sempre seremos, um só.
Pense nisso!
Quer entender melhor como a divisão entre “nós” e “os outros” impacta nossas relações e, mais importante, como superá-la em um mundo cada vez mais polarizado e construir conexões autênticas? Então, entre em contato comigo! Será um prazer conversar sobre isso.
Até a próxima!
Edson Carli
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Confira também: Tempo, Dinheiro e Valor: Como Medir o Verdadeiro Sucesso
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Estava sentado na varanda, com uma xícara de café na mão, ouvindo os pássaros ao fundo, quando me peguei refletindo sobre algo que, acredito, já passou pela cabeça de todos nós: como medimos o sucesso? Para muitos, ele mora no saldo bancário ao final do mês. Para outros, no número de horas livres para fazer o que se gosta. E há aqueles que o encontram na capacidade de impactar positivamente o mundo ao seu redor, gerando valor através de seus atos e comportamentos.
Dinheiro, dizem, é poder. Ele compra coisas, paga boletos e, de fato, oferece conforto. Mas a que custo? Passamos horas, dias, anos da vida dedicados à sua conquista. E, cá entre nós, uma vida guiada exclusivamente pelo acúmulo de cifras pode acabar se tornando um ciclo infinito e vazio, como tentar encher um balde furado.
Esse ativo tão precioso e, ao mesmo tempo, tão negligenciado. O que o torna único é que ele não é renovável. Não importa quanto dinheiro tenhamos, nenhuma fortuna no mundo pode comprar uma hora sequer de ontem. Ainda assim, gastamos nosso tempo na busca por dinheiro, esperando um “mais tarde” que muitas vezes não chega. É um paradoxo: trabalhamos para ganhar dinheiro e usamos o dinheiro para comprar tempo, enquanto ele escorre pelos dedos.
Quando pensamos na qualidade de nossas vidas, percebemos que não é o dinheiro nem o tempo em si que nos trazem realização, mas o que fazemos com eles. Valor é aquilo que criamos e compartilhamos. Ele não está nas cifras, mas nas conexões que construímos, nas transformações que geramos, no impacto que deixamos. Diferente do tempo, que é limitado, ou do dinheiro, que é um meio, o valor é infinito. Quanto mais o geramos, mais ele cresce.
Pequenos atos podem criar grandes mudanças, tanto em nossas vidas quanto nas vidas de outros. Quando agimos de maneira alinhada aos nossos propósitos, somos capazes de transformar experiências, inspirar pessoas e, de quebra, atrair reconhecimento — e, muitas vezes, até dinheiro. Não é curioso pensar que, ao focarmos no que realmente importa, os recursos necessários acabam chegando?
Isso não significa que o dinheiro não seja importante. Claro que é. Ele paga as contas, nos proporciona conforto e até ajuda a comprar “tempo” em forma de conveniências. Mas é fundamental entender que ele é um meio, não o fim. Sucesso não pode ser medido apenas por zeros na conta bancária, assim como felicidade não pode ser comprada em uma prateleira.
Ainda assim, muitas vezes nos vemos presos na corrida do acúmulo. Trabalhamos mais, vivemos menos e nos desconectamos do que realmente importa. No entanto, há uma saída: focar em gerar valor. Quando nossas ações são guiadas por um propósito maior, não só transformamos nossa realidade, mas também atraímos o que precisamos para continuar crescendo. O valor é a verdadeira chave.
Imagine usar seu tempo de forma significativa, não apenas produtiva. Aprender algo novo, cultivar relações ou simplesmente descansar sem culpa. Isso é riqueza. E o dinheiro? Ele deve ser o combustível que nos ajuda a chegar lá, e não o destino final.
No fundo, o sucesso é subjetivo. Para alguns, ele está em agendas cheias; para outros, em agendas vazias.
Para mim, ele está em agendas significativas — aquelas que nos trazem tanto realização quanto equilíbrio.
Comportamentos fazem toda a diferença no balanço dessa equação. Funciona como se constantemente estivéssemos nos perguntando: O uso que faço do meu tempo agora é o mais indicado para minha criação de valor? Estou sendo uma pessoa valiosa para mim e para o meu ecossistema como um todo — nem sempre isso é a mesma coisa. Os recursos que estou criando, gerindo e, por que não, acumulando, me propiciam mais tempo no futuro?
Esta é uma grande forma de monitorar e modelar seu “armazém comportamental”, automodelando seus comportamentos.
Então, querido leitor, convido você a refletir: como tem medido o seu sucesso?
É pelo tempo que tem para si, pelo dinheiro que acumula ou pelo valor que deixa no mundo? No fim, a verdadeira riqueza está em encontrar o equilíbrio entre esses três pilares.
Que sua escolha te leve exatamente para onde você quer estar.
Pense nisso!
Gostou do artigo?
Quer saber mais sobre quais são os principais pilares apresentados no texto para medir o verdadeiro sucesso, e como eles se interconectam na busca por realização pessoal? Então, entre em contato comigo! Terei o maior prazer em conversar sobre isso.
Até a próxima!
Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com
Confira também: A Bondade Não Faz Reféns: Pratique-a sem esperar nada em troca!
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]]>Olá,
O grande autor Augusto Cury criou uma série de obras sobre a ansiedade, tema já conhecido e reconhecido como o mal do século. De fato, concordo plenamente com ele. Nós, seres humanos, estamos cada dia mais ansiosos pelo final de um capítulo, pela chegada de uma mensagem, pela mudança de estação, pelo final do livro e até mesmo pelo final do texto que você está lendo neste momento.
Quem nunca deu uma espiadinha no final do livro ou adiantou para o último episódio de uma série, apenas por curiosidade? Cury está correto: somos, sim, ansiosos, assim como somos expectantes. (E não confunda com expectorante.)
Expectante é um adjetivo pouco usado e refere-se a pessoas que criam muitas expectativas, colocando-as um passo antes da ansiedade. Quando criamos expectativas em larga escala, tendemos a gerar ansiedade por situações e resultados futuros sobre os quais não temos qualquer controle ou interferência, e isso geralmente acaba em frustração.
Quando falamos em comportamento — e este é sempre o nosso tema — comportar-se como um expectante dificulta as relações humanas, criando cenários de julgamento que são aplicados a outras pessoas sem que estas sequer saibam o motivo pelo qual estão sendo julgadas e condenadas.
Aqui na Academia Brasileira de Inteligência Comportamental, empresa onde trabalho, temos um ditado corrente que diz que “ninguém tem que nada”. Na prática, isso significa que ninguém é obrigado a atender nossas expectativas, simplesmente porque elas existem. O comportamento do outro sempre será reflexo do meu comportamento.
Qual dos dois cenários é o esperado? Ambos. O agradecimento é uma consequência possível, mas não obrigatória. A pessoa não “tem que” agradecer.
Nesse cenário hipotético, muitas pessoas que criaram a expectativa de gratidão por seu ato acabam se sentindo frustradas e até mesmo chateadas por não terem sido reconhecidas por sua bondade.
Da mesma forma, pense em pessoas com as quais você possui uma relação estreita, seja de amizade ou laços familiares, mas que passam semanas, quando não meses, sem entrar em contato.
Você pode tratar isso de maneira natural e dizer: “Ok, estou sentindo falta da pessoa e, portanto, vou entrar em contato”, ou você pode se frustrar, dizendo: “Ah, essa pessoa não me valoriza, e sou sempre eu quem precisa iniciar o contato.”
Novamente, suas expectativas constroem um cenário futuro hipotético que, quando não atendido, gera frustração e afastamento.
Calma lá. Não é bem assim. Podemos criar nossas expectativas, mas precisamos ter consciência de que são expectativas criadas por nós e que o outro não tem obrigação de saber o que esperamos dele. Evidentemente, não estou me referindo à conduta social, leis e regras, pois essas são conhecidas e não são, portanto, expectativas individuais. São códigos coletivos de conduta, e outro dia falaremos disso.
Minha dica de comportamento, tendo como objetivo sua felicidade e equilíbrio, é: quando fizer algo por alguém, faça isso por você!
Toda ação ou iniciativa feita por alguém traz embutido um benefício para a pessoa que a realiza, não dependendo de terceiros para isso.
Esse tipo de comportamento, no longo prazo, é muito, mas muito mais eficiente na construção da sua autoestima e na melhoria do seu capital social.
Pense nisso!
Quer saber mais sobre como o ato de praticar a bondade sem criar expectativas pode contribuir para o equilíbrio emocional e fortalecer as relações? Então, entre em contato comigo! Terei o maior prazer em conversar sobre isso.
Até a próxima!
Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com
Confira também: Liderança Eficaz: O Impacto da Comunicação Clara nas Organizações
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]]>Olá!
Essa semana aconteceu um episódio em minha jornada profissional que quero compartilhar com você, meu querido leitor. Na empresa onde trabalho, somos responsáveis pelo desenvolvimento da inteligência de comportamento para nossos clientes, e isso envolve, muitas vezes, a realização de projetos dentro de uma área de especialidade denominada gestão de mudanças organizacionais.
Algo bem interessante e que tem como base preparar as pessoas para mudanças em modelos de negócios e tecnologias, onde normalmente se encontram resistências à aceitação.
Pois bem, em uma destas empresas — uma grande empresa, por sinal — temos encontros mensais em que se apresenta, para um grande público, por meio de videoconferência, o andamento do projeto, enaltecemos os destaques, falamos de cronograma, etc.
Tudo isso é conduzido pelo cliente e conta com a nossa participação. Este mês, em particular, nosso cliente resolveu apresentar um vídeo motivacional que falava sobre a importância do trabalho em equipe.
Um vídeo de uns sete a oito anos atrás, todavia muito atual, que conta como um facilitador de dinâmicas de grupo conduziu um experimento com seus clientes na época.
O que eles não sabiam é que, apesar de todos os grupos receberem todas as peças para montar as bicicletas, não haviam recebido todas as ferramentas necessárias, o que os obrigaria a conversar, negociar e compartilhar com os outros grupos.
O segundo item oculto era a presença de um técnico de montagem de bicicletas, devidamente identificado com uma camiseta escrita “técnico de bicicletas”, mas que não havia sido apresentado formalmente. Ele simplesmente estava na sala.
Ao final, obviamente, o tempo estourou e as bicicletas não foram montadas e, para gerar o clima final de emoção, um grupo de crianças carentes entrou na sala para receber de presente as bicicletas que não estavam prontas, e o clima ficou o pior possível.
Neste momento, o facilitador interveio, explicou a questão das ferramentas, apresentou o técnico e pediu que terminassem de montar, inclusive com a participação das crianças. Final feliz, história feliz!
A análise do caso, que consta no vídeo, remete às falhas de comunicação, de integração e de trabalho em grupo, etc. Uma excelente reflexão. Porém, e sempre existe um porém, eu analisei o caso e, por isso, quero trazer para você, meu querido leitor, uma outra visão:
Ainda que eu entenda a motivação tanto da dinâmica como do vídeo e compreenda que a emoção era o forte elemento de apresentação, na vida real teríamos um grande problema que, nem de longe, teria sido causado pela falta de comunicação entre os grupos ou pelo trabalho em equipe.
No mundo real, essa deveria ser a instrução:
Um processo simples de liderança, com comunicação clara e direcionamento.
Uma grande onda progressista vem, há décadas, conduzindo o discurso comportamental nas organizações, etiquetando toda forma de direcionamento e estratégia como imposição e controle.
Basta uma visita rápida a uma livraria de aeroporto e veremos tudo sobre liderança inclusiva, times flexíveis e modelos de agilidade, etc. Acabamos esquecendo que nem sempre uma tarefa é conhecida, dominada e percebida de maneira igual.
Nossa triste e carente nova liderança, em muitos casos, se sente acovardada para direcionar de maneira firme o que precisa ser feito e, no fim do dia, percebemos uma delegação antecipada de tomada de decisão que acaba impactando tanto o clima de trabalho como os resultados.
Do ponto de vista comportamental, não existe espaço para ditaduras e senhores da verdade. Contudo, sempre existirá um espaço necessário e requerido para clareza de informações, direcionamento e a boa construção de compromissos com responsabilização.
Pense nisso!
Quer saber mais sobre a importância da liderança com comunicação clara e direcionamento eficaz em projetos organizacionais? Então, entre em contato comigo! Terei o maior prazer em conversar sobre isso.
Até a próxima!
Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com
Confira também: Competências Niveladas. E agora?
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