
As 5 Feridas Emocionais que Moldam Seu Jeito de Amar (e de se machucar no amor)
Amar é natural. Mas manter-se inteira no amor é um processo profundamente humano, e muitas vezes, doloroso.
Na minha trajetória como mentora de prosperidade integral, testemunhei centenas de histórias de mulheres incríveis que, mesmo bem-sucedidas, conscientes e espirituais, sentiam-se frágeis diante do amor. Como se existisse uma parte emocional que sempre escorregava, sabotava ou silenciava.
O que aprendi – e também vivi – é que boa parte dessa fragilidade vem de feridas emocionais antigas. Marcas que nascem muito antes da vida adulta e moldam silenciosamente nossa forma de amar e de sofrer no amor.
Neste artigo, convido você a reconhecer essas cinco feridas emocionais com um olhar acolhedor e responsável. E mais: a encontrar caminhos possíveis de libertação.
1. A Ferida da Rejeição
Quando você se antecipa à dor de não ser escolhida
A dor da rejeição geralmente nasce nos primeiros anos de vida, quando a criança se sente negada, indesejada ou invisível diante de figuras importantes (especialmente pai e mãe). Ainda que os pais estejam fisicamente presentes, pequenas vivências – como desatenção emocional, ausência afetiva ou gestos de desvalorização – podem marcar profundamente.
Essa ferida ativa o medo de existir com autenticidade. No amor, ela se manifesta assim:
- A pessoa se apega rápido demais, por medo de não ser escolhida;
- Ou se afasta logo no início, para não sofrer depois;
- Vive tentando “provar” que é digna de amor.
Base científica: Estudos em Teoria do Apego (Bowlby, Ainsworth) demonstram que a ausência de segurança afetiva nos primeiros vínculos compromete a confiança básica bem como predispõe a comportamentos de evitação ou hipervigilância nas relações.
Caminho de cura: Trabalhar a segurança interna, desenvolver amor-próprio com práticas de presença e aprender a se manter inteira mesmo diante de recusas.
2. A Ferida do Abandono
Quando você confunde ausência com desamor
Essa ferida surge quando há experiências reais ou simbólicas de abandono, como separações traumáticas, perdas ou pais emocionalmente indisponíveis.
No campo afetivo, ela se expressa como:
- Apego exagerado mesmo quando há falta de reciprocidade;
- Sentimento constante de solidão, mesmo em relacionamentos;
- Medo paralisante de ser deixada.
Base científica: A Psicologia do Desenvolvimento (Piaget, Erikson) aponta que, quando a criança sente que não pode contar com o ambiente, ela cria então estratégias emocionais para não ser rejeitada, muitas vezes em detrimento da própria vontade.
Caminho de cura: Aprender a reconhecer os próprios vazios, cuidar do “abandono de si” e reconstruir a ideia de presença a partir da autorresponsabilidade emocional.
3. A Ferida da Humilhação
Quando o amor te faz diminuir quem você é
Essa ferida nasce quando a criança é criticada, exposta ou desvalorizada em momentos vulneráveis. Pode vir de falas que ridicularizam, do excesso de exigência ou então da invalidação de sentimentos.
No amor, ela gera:
- Anulação de desejos e opiniões para agradar o outro;
- Sensação de não merecer um amor leve e feliz;
- Culpa por desejar mais do que recebe.
Base científica: A neurociência afetiva (Allan Schore) comprova que experiências de vergonha crônica geram hipersensibilidade emocional e sensação de inadequação social, afetando assim a autoestima.
Caminho de cura: Resgatar a dignidade pessoal, praticar autoafirmação e se libertar da necessidade de ser aceita a qualquer custo.
4. A Ferida da Traição
Quando a desconfiança se torna armadura
A ferida da traição aparece quando, na infância, houve promessas não cumpridas, vínculos rompidos abruptamente ou então situações em que a confiança foi quebrada por quem deveria proteger.
Na vida amorosa, isso se traduz por:
- Tentativa de controlar ou testar o outro o tempo todo;
- Ciúmes desproporcionais, mesmo com parceiros confiáveis;
- Padrões repetitivos de atrair quem trai, mente ou omite.
Base científica: O cérebro condicionado pela dor emocional vive em alerta. A amígdala cerebral ativa mecanismos de defesa e hipervigilância diante de qualquer risco percebido, mesmo quando não existe ameaça real.
Caminho de cura: Trabalhar o perdão profundo – não só do outro, mas de si mesma – abrir espaço para o presente e aprender a confiar com sabedoria, não por carência.
5. A Ferida da Injustiça
Quando você se protege até do amor
Essa ferida geralmente nasce em contextos rígidos, onde não havia espaço para erro, emoção ou expressão genuína. A pessoa aprende que só será, de fato, valorizada se for impecável.
No amor, ela se manifesta como:
- Dificuldade de se vulnerabilizar;
- Autossuficiência extrema;
- Rejeição de afeto por medo de parecer fraca.
Base científica: Pesquisas sobre perfeccionismo (Flett & Hewitt, 2002) apontam que padrões internalizados de exigência bloqueiam a espontaneidade afetiva e podem gerar isolamento emocional crônico.
Caminho de cura: Permitir-se sentir, acolher a imperfeição como parte da vida e escolher conscientemente abrir espaço para o amor sem controle, sem rigidez, sem medo.
Refletindo com consciência
Todos nós carregamos feridas. Elas não são falhas, mas portas. Quando acolhidas com responsabilidade amorosa, tornam-se caminho para uma nova forma de amar – mais leve, mais verdadeira, mais inteira.
E o mais bonito é que o amor que nasce depois da cura já não é feito de medo. É feito de escolha.
Gostou do artigo?
Quer saber mais sobre como essas 5 feridas emocionais influenciam seus relacionamentos e como o autoconhecimento pode, sem dúvida, transformar sua forma de amar? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Com carinho,
Shirley Brandão
Mentora de Prosperidade Integral, escritora e terapeuta sistêmica
https://shirleybrandao.com.br/
@shirleybrandaooficial
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