
Acessibilidade para Pessoas Surdas
Você já pensou sobre isso?
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 10 milhões de brasileiros possuem algum grau de surdez, o que representa aproximadamente 5% da população nacional. Este dado reforça a relevância social de promover a acessibilidade em diversos contextos: na empresa, em eventos, cultos religiosos, literatura, materiais didáticos, etc.
Importante ressaltar que promover a acessibilidade não é um ato de bondade, é obrigação, preconizado na Lei Brasileira de Inclusão 13146/2015, que em seu artigo 4º diz:
Art. 4º: Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação. § 1o Considera-se discriminação em razão da deficiência toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas.
QUAIS BARREIRAS DEVEM SER QUEBRADAS
Quando falamos de pessoas surdas existem 2 barreiras principais a serem, sem dúvida, eliminadas: a Comunicacional e a Atitudinal.
As barreiras atitudinais são comportamentos ou preconceitos que dificultam a inclusão e a participação plena de pessoas com deficiência na sociedade. Se manifestam por meio de estereótipos, estigmas, discursos e atitudes excludentes.
As barreiras comunicacionais são obstáculos que dificultam ou impedem a transmissão ou o recebimento de informações, como ausência de intérprete de Libras, legendas, materiais em braile, audiodescrição, linguagem acessível, e a falta de interlocutores para facilitar a comunicação.
LIBRAS
Uma das mais importantes ações para eliminar as barreiras comunicacionais é a implementação da LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais, que em 2002 foi denominada idioma e língua oficial da pessoa surda por meio da Lei nº 10.436/2002. Foi a primeira vez que o idioma foi, de fato, reconhecido como tal. A Libras é um sistema linguístico assim como o português, mas possui estrutura gramatical independente.
Garantir que eventos, tenham intérprete de Libras tanto na transmissão presencial, que a equipe de recepção tenha pessoas preparadas e capacitadas para comunicar-se em Libras é fundamental.
Quando evento online ou vídeos, a legenda é importante, mas, não substitui o intérprete de Libras.
EMPATIA E LEI
Já mencionamos acima o contexto de legislação que envolve promover a acessibilidade para qualquer pessoa, mas, também é um ato de empatia. Imagine-se num país onde você se encontra sozinho e não conhece o idioma e que por esse motivo as pessoas não se comunicam contigo.
Quando uma pessoa surda tenta se comunicar e quem está do outro lado não entende Libras… o silêncio não é só dela. Ambos se tornam limitados — um pela audição, o outro pela falta de preparo.
A diferença é que a surdez não foi escolha, já não saber Libras sim. Porque a inclusão começa quando alguém decide aprender a escutar com os olhos e falar com as mãos. Pense nisso: se a ponte pode ser construída, então por que não começar por você?
Vamos juntos promover a inclusão!
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Quer descobrir como a acessibilidade para surdos pode ser o primeiro passo para construir a verdadeira inclusão na sua empresa, nos seus eventos e até na sua vida? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Luciano Amato
http://www.trainingpeople.com.br/
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