Sua Empresa Está Preparada Para Faturar o Dobro em 6 Meses?
Com certeza seria excelente, mas crescer rápido demais nem sempre é saudável e pode comprometer a saúde da empresa.
Na minha vida profissional já tive essa discussão com alguns empresários; que isso era um risco e não uma oportunidade. O que para eles parecia ser uma “tábua de salvação” da empresa, na realidade poderia comprometer a continuidade da empresa.
Lamentavam não terem fechado o contrato que julgavam rentável, algo que poderia ser realidade depois de no mínimo seis meses de operação. O que eles não contabilizavam era a necessidade dos recursos disponíveis para pagar a folha da equipe que seria contratada e dos insumos necessários por dois ou três meses antes de receber a primeira fatura.
Além das empresas não terem os recursos disponíveis, estavam endividadas e com baixa possibilidade de levantar novos empréstimo. Nem podiam dar o novo contrato como garantia do empréstimo porque havia um impedimento contratual.
Ganhar esses contratos poderia impactar seriamente as empresas, algo que seria agravado caso o cliente atrasasse o pagamento de alguma fatura. Eles viam apenas um pedaço da história, mas não o seu todo.
Excluindo os negócios digitais, as indústrias, comércios e prestadores de serviço precisam se preparar para crescer.
Alguns exemplos simples do que seria essa preparação da empresa:
- O comércio e varejo contratam mão de obra temporária para atender demandas específicas como a “black Friday” e Natal, mas não às vésperas. Contratam um ou dois meses antes para treinar e avaliar, garantido ter a pessoa preparada para o momento;
- O restaurante tem uma área limitada de atendimento e o “delivery” é uma forma de aumentar as vendas, sem aumento da estrutura;
- Se o aumento da demanda for muito grande e a cozinha passar a ser o fator limitador, ele pode operar através as “dark kitchens”[1]; e
- Não podemos esquecer a abertura de filiais, mas para isso haverá a necessidade de investimento maior em equipe, estrutura e gestão.
São exemplos simples e que reforçam a necessidade da preparação para o crescimento.
Não há soluções mágicas que resolvem o problema do dia para noite. Qualquer solução passa pelo entendimento do problema; identificação e análise das alternativas; tomada de decisão e implantação.
Algumas soluções demoram mais tempo para serem implantadas, entre elas a construção de uma nova fábrica ou inauguração de uma nova loja, o que só reforça a necessidade da preparação antecipada.
Mas como estar preparado para o crescimento?
Acompanhando o resultado do negócio através das suas demonstrações financeiras e indicadores, entendendo o cenário econômico e as tendências do mercado.
Através deles será possível antecipar as necessidades de mercado e tomar as melhores decisões de onde investir os recursos visando a ampliação da capacidade de crescimento do faturamento sem impactos na operação.
Sem uma análise crítica das condições da empresa, do cenário econômico e das tendências de mercado, a decisão de crescer pode ser o início do fim da empresa, como por exemplo a Saraiva que pediu recuperação judicial em 2018 e fechou as lojas em 2023.
Ela tinha um plano de expansão baseado na abertura de lojas imensas que para serem rentáveis dependiam de altos volumes de vendas, sem se ater que era um momento de recessão econômica, redução do poder de compra e, consequentemente, menor demanda.
Além disso não teve ter identificada a mudança do perfil do consumidor e do próprio mercado, com o crescimento das vendas online e seus descontos agressivos.
A empresa, como um organismo vivo, precisa ter musculatura para crescer. É como qualquer um de nós que queira correr os 15 km da São Silvestre ou os exatos 42.195 m de uma maratona. Não basta ter o desejo e vontade, é necessário visitarmos um médico, fazer exames clínicos e laboratoriais e, confirmado que não existe algum impedimento, iniciar a preparação física e mental antes da prova.
Isso não garante que conseguiremos concluir a prova ou mesmo sobrevir a ela, mas pelo menos nos preparará para o desafio a que nos propusemos enfrentar.
Você conhece alguma empresa que crescer foi o seu problema? Se sim, gostaria de conhecer o caso.
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Quer saber mais quais riscos uma empresa corre ao buscar um crescimento acelerado sem avaliar previamente sua capacidade operacional e financeira? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Marcio Motter
https://marciomotter.com.br/
Confira também: Ter Dívida: Entenda a Diferença Entre Dívida Boa e Dívida Ruim
Palavras-chave: crescimento acelerado, capacidade operacional, riscos do crescimento empresarial, preparo para expansão, sustentabilidade financeira, riscos do crescimento acelerado, como preparar a empresa para crescer, impactos financeiros do crescimento rápido, análise operacional antes de expandir, quando crescer ameaça a sustentabilidade, crescimento da empresa
Notas explicativas: [1] Local focado exclusivamente no preparo de alimentos para “delivery”, sem atendimento presencial ao público, como salão, mesas ou garçons. Ela pode ser exclusiva (opera uma única marca de restaurante), ou multimarcas (uma única infraestrutura de cozinha e equipe opera várias marcas de restaurantes).
A Competência da Mudança Como Fundamento Vivo da Cultura Organizacional
Nas conversas sobre transformação, é comum ouvir que mudanças falham por falta de comunicação, processo ou tecnologia. No entanto, o que poucos reconhecem é que a verdadeira raiz das falhas está no espaço mais sutil — e ao mesmo tempo mais determinante — de qualquer organização: a competência da mudança instalada na sua cultura.
Toda empresa, independentemente do tamanho ou do setor, está atravessando transições profundas. A aceleração da tecnologia, a entrada massiva da inteligência artificial, o surgimento de novos modelos de trabalho e a exigência crescente por autonomia e propósito fazem com que as organizações precisem lidar não apenas com o “o que fazer”, mas com o “quem precisa ser” para sustentar esse movimento. E é exatamente nesse ponto que a competência da mudança se torna o alicerce da cultura.
A cultura de uma organização não se manifesta no discurso dos valores expostos na parede. Mas nos comportamentos cotidianos, nas microdecisões, nas conversas difíceis, no que se prioriza e no que se silencia. E nada disso se transforma se o indivíduo não se transforma primeiro.
A mudança, portanto, começa no individuo — na sua capacidade de perceber seus padrões, se autorregular emocionalmente, compreender seu impacto no coletivo e sustentar escolhas coerentes mesmo em contextos de tensão ou incerteza. Quando esse movimento não existe, a cultura se torna um conjunto de intenções desconectadas do comportamento real.
É por isso que a liderança ocupa um papel tão central. Líderes que ainda operam no modelo mental do comando e controle, mesmo que defendam valores como colaboração, criatividade e autonomia, acabam estabelecendo uma contradição estrutural entre o discurso e a prática.
O que nasce dessa incongruência? Desconfiança, cinismo organizacional, fadiga emocional e uma cultura superficial, que não se sustenta no tempo. Nada desmobiliza mais uma transformação cultural do que uma liderança que diz uma coisa e faz outra.
Quando falamos de competência da mudança, falamos, no fundo, de coerência. Fala-se muito sobre estratégia, sobre metas ambiciosas, sobre tecnologia e sobre desempenho. Porém, pouco se fala sobre o que sustenta tudo isso: a coerência interna das pessoas e dos sistemas.
É impossível construir uma cultura forte quando a prática cotidiana desmente o valor proclamado. Daí a importância de desenvolver líderes capazes de navegar entre o que sentem, o que pensam e o que fazem — líderes que compreendem que a cultura não é algo externo a eles: é um reflexo direto de quem eles são.
E esse desenvolvimento não acontece por osmose. Ele exige método, presença, reflexão profunda e um processo contínuo de alinhamento entre indivíduo, grupo e estrutura — algo que modelos integrais, como o de Ken Wilber, revelam com clareza.
Não adianta querer mudar comportamentos sem olhar para as crenças que os sustentam.
Não adianta redesenhar processos se o grupo não está alinhado em intenções e acordos. E não adianta cobrar autonomia quando a estrutura continua reforçando controle e dependência. A cultura só ganha consistência quando esses elementos passam a conversar entre si.
Por isso, a competência da mudança precisa ser construída como parte viva da cultura organizacional, e não como um projeto temporário. Ela precisa estar presente no modo como feedbacks são dados, na forma como as decisões são tomadas, no padrão das reuniões, na coragem das conversas difíceis e na maturidade dos relacionamentos. É nesse nível que a transformação deixa de ser um programa e passa a ser um modo de existir da organização.
Quando uma empresa desenvolve líderes interventores — não interventores no sentido de interferência, mas no sentido de intervir no campo cultural para preservar, ajustar, alinhar e orientar — ela cria um organismo vivo capaz de se adaptar continuamente às demandas do ambiente. A cultura deixa de ser uma promessa e se torna prática. E a mudança deixa de ser um evento, um projeto e se torna competência.
Sem isso, qualquer transformação será frágil, episódica e reativa. Com isso, a cultura ganha densidade, maturidade e solidez — e a organização passa a operar com mais consciência, coerência e potência.
No final, não é a comunicação que sustenta a mudança, nem o processo, nem a tecnologia.
É a maturidade humana, a consciência dos líderes, a coerência entre o que se deseja e o que se pratica. É a cultura que se faz presente no cotidiano, no detalhe, no invisível que move o visível.
A competência da mudança é, portanto, o coração da cultura organizacional. E as organizações que entenderem isso serão justamente aquelas capazes de sustentar o futuro que desejam construir.
É por isso que se torna indispensável criar espaços reais de conversa entre as lideranças. Conversas que não sejam apenas sobre metas, entregas e resultados, mas sobre como cada líder pensa, sente, interpreta e reage diante dos desafios da organização.
Quando líderes compartilham seus modelos mentais — e são convidados a revisar, ampliar ou até abandonar aqueles que já não servem — nasce um campo coletivo de aprendizagem que fortalece o grupo e cria coerência entre as decisões. Esses encontros tornam visíveis os padrões ocultos que sustentam comportamentos. A partir disso, possibilitam escolhas mais conscientes e alinhadas ao futuro desejado.
A troca entre líderes é também o caminho para quebrar silos, reduzir interferências egóicas e construir confiança. É na conversação madura que se equalizam expectativas, se ajustam práticas, se fortalecem acordos e se estabelece um entendimento comum sobre o papel de cada um na transformação.
Quando a liderança conversa de verdade — sem máscaras, sem defesas e sem a pressa que intoxica decisões — a cultura se harmoniza, a mudança se acelera e o sistema inteiro ganha saúde. É nesse terreno fértil que a competência da mudança floresce como parte integrante da cultura e não mais como um esforço isolado, muitas vezes manipulativo e doente.
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Kátia Soares
Fundadora da Agentes da Mudança, escritora, palestrante, educadora, mentoring, executive coaching, especializada em cultura e mudança organizacional, Advisory e Conselheira Consultiva empresarial
https://www.agentesdamudanca.com.br
Confira também: O Olhar Assertivo nas Decisões: O Novo Pilar da Transformação Organizacional
Palavras-chave: competência da mudança, cultura organizacional, liderança coerente, transformação cultural, maturidade organizacional, competência da mudança na liderança, coerência entre discurso e prática, transformação cultural sustentável, cultura organizacional baseada em coerência, como desenvolver líderes interventores
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Férias do Digital: O Poder de Desconectar para Reconectar
Vivemos em uma era em que estar conectado parece obrigatório.
O celular vibra, o e-mail apita, as redes sociais nunca dormem.
A pergunta:
Será que nós precisamos estar sempre disponíveis?
Acredite, a resposta é um sonoro NÃO!
Justamente aqui que entra o conceito de “férias do digital”: um movimento consciente de pausa, que não significa rejeitar a tecnologia, mas sim usá-la de forma saudável e estratégica.
Impacto do Digital na Saúde Mental e Relacionamentos
O excesso de telas e redes sociais tem efeitos profundos na mente e nas relações humanas. De acordo com estudos recentes:
- O uso contínuo das redes sociais está associado à ansiedade, à depressão bem como à insônia;
- A chamada “deterioração cerebral digital” afeta memória, atenção e pensamento crítico;
- O isolamento aliado ao uso excessivo de telas aumenta riscos de depressão, Alzheimer e até problemas cardiovasculares;
- Entre adolescentes, uma em cada sete pessoas já apresenta problemas de saúde mental relacionados ao consumo digital.
Além do mais, no campo dos relacionamentos, a hiperconectividade gera comparações sociais, reduz a qualidade das interações presenciais e cria uma falsa sensação de proximidade, enquanto a intimidade real se fragiliza.
Olhando dessa forma para a questão, rapidamente é possível listar cinco bons motivos para essa pausa estratégica.
- Redução do estresse e da ansiedade – A desconexão diminui a sobrecarga mental causada por notificações constantes;
- Melhoria do sono – A ausência da luz azul das telas favorece a produção de melatonina.
- Fortalecimento dos vínculos reais – Estar offline abre espaço para conversas profundas e encontros significativos;
- Aumento da produtividade e foco – Sem distrações digitais, a mente recupera concentração;
- Autoconhecimento e equilíbrio emocional – O silêncio digital permite refletir sobre prioridades e valores.
Agora, vamos pensar o quão benéfico é o impacto dessa parada:
- Melhora da concentração e foco;
- Reconexão com experiências reais – shows, encontros, viagens, tudo vivido sem a mediação da tela;
- Maior sensação de bem-estar e presença – estar no momento, sem a ansiedade de registrar tudo para os outros;
- Fortalecimento da criatividade – o ócio produtivo surge quando não estamos presos ao fluxo digital.
Tirar férias do digital é, sem dúvida, mais do que desligar o celular.
É um ato de coragem e consciência.
É escolher a qualidade sobre a quantidade, o encontro real sobre a notificação, o silêncio sobre o ruído.
Em um mundo que nos empurra para a hiperconexão, desconectar é revolucionário.
Permita-se de fato viver o off-line.
Porque é nele que a vida acontece de verdade.
É dentro dessa provocação à reflexão que estou saindo de férias hoje, retornando dia 05 de janeiro de 2026.
Vou para o meio do mato para que eu possa me desconectar e me reconectar comigo mesmo através da conexão com a natureza.
Ouvir o canto dos pássaros, o farfalhar das folhas ao vento, a queda d’água constante da cachoeira.
Te provoco a refletir o mesmo sobre VOCÊ.
Tire um fim de semana prolongado.
Aproveite o intervalo Natal Ano Novo.
Tire uma semana…
Escolha.
Assuma.
Faça.
Você irá me agradecer.
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Abraço fraterno e até 2026!
Luciano Steffen
Mentor de Carreira e LinkedIn
#eutirovocedoestadofrozen
Confira também: LinkedIn: Espelho da Coragem e do Autoconhecimento
Palavras-chave: férias do digital, desconectar para reconectar, pausa digital, bem-estar emocional, saúde mental no mundo digital, benefícios das férias do digital, tirar férias do digital, impacto do excesso de telas, como reduzir a ansiedade digital, equilíbrio emocional no mundo hiperconectado, como usar a tecnologia de forma saudável,
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Levante Mulheres Vivas: A Luta Urgente pela Vida, Dignidade e Direitos das Mulheres
No último domingo, 7 de dezembro, ruas de diversas cidades brasileiras foram tomadas por vozes que, juntas, ecoavam um clamor: “Basta de feminicídio!”. Milhares de pessoas — mulheres e homens, jovens e idosos — saíram de suas casas para se posicionarem contra a violência de gênero e em defesa da vida das mulheres.
O movimento Levante Mulheres Vivas veio como um sopro de esperança em tempos de crise humanitária e social. Ele nos lembra de que a luta pela proteção das mulheres não pode ser esporádica. Ela precisa ser constante, presente em cada escolha cotidiana, em cada ação política e na estrutura de todas as instituições — incluindo empresas e organizações.
O feminicídio, ápice trágico do ciclo da violência de gênero, tornou-se uma ferida aberta no Brasil. Apenas em 2023, dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelaram que mais de 700 mulheres foram vítimas de feminicídio até setembro.
E enquanto a sociedade clama por justiça nas ruas, é vital reconhecermos que a resolução dessas violências requer a mobilização de todas as partes da sociedade, permeando também nossas estruturas empresariais e econômicas.
Claudia Goldin e a desigualdade enraizada
Claudia Goldin, vencedora do Prêmio Nobel de Economia em 2023, trouxe importantes reflexões sobre a persistência das desigualdades de gênero no mercado de trabalho. Sua obra explica como fatores históricos e institucionais perpetuam a disparidade salarial e a falta de oportunidades para as mulheres.
Nesse contexto, a desigualdade econômica não apenas molda as barreiras que as mulheres enfrentam no trabalho, mas também contribui diretamente para sua vulnerabilidade em outras esferas — incluindo o aumento da dependência financeira que as prende a relacionamentos abusivos.
A teoria de Goldin dialoga diretamente com os desafios que enfrentamos em um país onde muitas mulheres, desprovidas de autonomia econômica, são obrigadas a permanecer em contextos de violência doméstica.
Transformar esta realidade exige um compromisso coletivo em ampliar políticas de equidade que garantam que mulheres tenham acesso a cargos de liderança, remuneração justa e ambientes seguros — dentro e fora de suas casas.
A violência de gênero dentro das organizações
Engana-se quem pensa que a violência de gênero é um problema exclusivamente doméstico. Ela transborda para o mundo corporativo, manifestando-se de forma sutil ou explícita nas dinâmicas de poder, no assédio e na falta de apoio às mulheres vítimas de violência.
Uma pesquisa recente do Instituto Patrícia Galvão revelou que 85% das mulheres brasileiras já sofreram assédio no ambiente de trabalho, e muitas enfrentam barreiras culturais e institucionais ao denunciar essas situações.
Esse cenário reitera a necessidade de construir ambientes profissionais mais inclusivos. Empresas devem agir proativamente na implantação de políticas que promovam equidade, segurança e apoio às mulheres, incluindo atendimento psicológico, treinamentos para prevenir o assédio bem como mecanismos de denúncia que não revitimizem as vítimas.
Um exemplo inspirador é o do Magalu. A empresa fez história ao implementar um protocolo interno robusto para lidar com questões de violência doméstica, oferecendo suporte real e concreto às colaboradoras em situação de vulnerabilidade. Ações desse tipo projetam uma mensagem poderosa: é possível — e necessário — que empresas assumam a responsabilidade social pelo combate à violência de gênero.
Lideranças que transformam e inspiram
O papel das lideranças é crucial nesse contexto. Líderes precisam ser educados sobre o impacto das desigualdades estruturais e atuar como agentes de transformação. Isso inclui não apenas criar políticas corporativas inclusivas, mas também liderar pelo exemplo.
Em uma sociedade marcada pela indiferença, é papel das lideranças humanizar suas práticas e amplificar a voz das mulheres, especialmente aquelas em maior situação de vulnerabilidade.
A articulação entre liderança e equidade se traduz em algo palpável: ambientes de trabalho mais diversos são mais produtivos, inovadores e resilientes, como diversos estudos ao longo do tempo vêm demonstrando. Mais do que um imperativo social, a igualdade é um investimento estratégico.
O combate à violência como responsabilidade compartilhada
As ruas já demonstraram: proteger mulheres e crianças é proteger o futuro de todos nós. Portanto, o combate à violência não deve ser responsabilidade exclusiva do governo ou das ONGs. É indispensável que todos os setores da sociedade — da esfera pública às empresas privadas, passando pelas famílias e pelas comunidades — assumam o compromisso da mudança.
A criação de políticas públicas voltadas para o enfrentamento da violência de gênero é fundamental. Por outro lado, precisamos de uma vigilância cidadã para garantir a aplicação e o impacto dessas políticas.
O voto consciente, especialmente nas eleições de 2026, terá papel crucial nesse processo. As brasileiras e brasileiros precisam escolher representantes de fato comprometidos com a proteção dos direitos das mulheres.
Nas organizações, o papel das empresas é vital. Ações como a do Grupo Mulheres do Brasil, que atua promovendo campanhas de conscientização e projetos de impacto social, podem servir como modelo. Iniciativas sustentadas pela articulação com o setor privado e a sociedade civil podem, sem dúvida, transformar o cenário de vulnerabilidade que milhares de mulheres e crianças enfrentam no país.
Sem naturalizar o silêncio
O Levante Mulheres Vivas nos deu um exemplo poderoso de como a sociedade pode se mobilizar para dizer “basta”. Mas protestar por um dia não é suficiente. É preciso que ações concretas sejam sustentadas por compromissos de longo prazo com a transformação social. Isso significa construir espaços em que mulheres sejam ouvidas, respeitadas e empoderadas, seja nas ruas, seja nas casas, seja nos ambientes de trabalho.
A teoria de Claudia Goldin e a prática de empresas como Magalu deixam claro: equidade não é apenas um ideal — é uma necessidade. E enquanto o silêncio perpetua o ciclo de violência, a mobilização ativa e os compromissos reais são as únicas ferramentas capazes de transformar a realidade de mulheres e crianças que continuam sendo vítimas de uma sociedade estruturalmente desigual.
O futuro que queremos só será possível quando, de fato, deixarmos de naturalizar a violência e começarmos a agir em cada escolha, em cada voto, em cada política corporativa.
Proteger a vida das mulheres é proteger a dignidade de todos nós. Se queremos avançar enquanto sociedade, essa luta precisa ser a prioridade de todos — começando agora.
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Kaká Mandakinï
Fundadora da DivA Diversidade Agora! e ativista por uma vida mais maravilhosa para todas as pessoas
https://www.diversidadeagora.com.br
Confira também: Aqualtune e o Legado das Mulheres Negras: Da Resistência Ancestral à Liderança Contemporânea
Palavras-chave: Levante Mulheres Vivas, violência de gênero, feminicídio, desigualdade de gênero, equidade para mulheres, movimento Levante Mulheres Vivas, combate à violência contra mulheres no Brasil, desigualdade econômica e vulnerabilidade feminina, papel das empresas no combate à violência de gênero, políticas corporativas de apoio às mulheres vítimas de violência
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Você Se Tornou Especialista em Fingir Que Está Tudo Bem?
Vivemos décadas em modo funcional: produzindo, resolvendo, cuidando de todos — menos de nós.
Aprendemos a conter emoções, a engolir frustrações e a vestir máscaras de serenidade.
Mas chega uma hora em que o corpo começa a falar: com insônia, ansiedade, irritação ou vazio.
O que o corpo fala é o que a alma ficou proibida de dizer.
A filosofia chama isso de alienação de si — quando nos afastamos de quem somos para caber em papéis e expectativas.
Epicteto já dizia que não sofremos pelas coisas em si, mas pelo modo como as interpretamos.
E às vezes interpretamos que sentir é fraqueza, que chorar é perda de controle, que falar sobre si é egoísmo.
Mas é exatamente o contrário: é um ato de coragem.
O aconselhamento filosófico oferece um espaço para essa escuta — não uma escuta clínica, mas existencial.
Um diálogo que ajuda a compreender o que as emoções estão tentando ensinar.
Escutar-se é o primeiro passo para reconciliar-se com a própria humanidade.
Depois dos 50, talvez o verdadeiro amadurecimento seja parar de se controlar tanto — e começar a se compreender mais.
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Cleyson Dellcorso
https://www.dellcorso.com.br/
Confira também: A Arte de Viver Plenamente: Um Caminho que Une Propósito, Sabedoria e Transcendência
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Quiet Constraint: Quando o Silêncio dos Profissionais Revela Algo Muito Maior
Nos últimos anos, um fenômeno começou a chamar a atenção de líderes e equipes de RH: profissionais experientes, capazes e cheios de boas ideias passaram a contribuir cada vez menos.
Esse comportamento tem nome: Quiet Constraint, que significa “restrição silenciosa”, descreve quando a pessoa sabe, domina o assunto, mas deixa de compartilhar. Não por falta de competência, e sim por medo, insegurança, exaustão ou sensação de injustiça.
E esse medo tem raízes profundas. Em ambientes inseguros, muitos acreditam que quem domina um conhecimento específico é visto como indispensável, enquanto quem ensina tudo o que sabe corre o risco de virar apenas mais um.
É uma lógica emocional construída a partir de experiências reais: contribuir demais gera mais tarefas, e não reconhecimento; dividir conhecimento pode expor fragilidades; e já houve casos em que profissionais treinaram colegas e depois perderam espaço para eles. A crença se instala: compartilhar me enfraquece. Por isso, muitos se calam como forma de autopreservação.
O cenário recente intensificou esse comportamento. O trabalho híbrido reduziu as conversas espontâneas, que antes deixavam a colaboração fluir naturalmente. A exaustão pós-pandemia drenou energia emocional, e o exausto evita qualquer movimento que demande esforço mental adicional.
A chegada acelerada da inteligência artificial aumentou a competitividade interna, acentuando o medo de se tornar dispensável num ambiente cada vez mais tecnológico. Em muitas empresas, o conhecimento parou de circular.
RH e lideranças perceberam isso porque os sinais apareceram em escala: reuniões silenciosas, poucas ideias novas, repetições de erros, retrabalho, equipes estagnadas e uma inovação cada vez mais tímida.
Não era falta de talento. Era retração coletiva. Era um grupo de profissionais que, pela própria vivência, aprendeu que contribuir não traz reconhecimento, não muda nada ou apenas aumenta a pressão sobre si.
E é aqui que muitas empresas se enganam. Pedir “mais participação” não resolve. Incentivar ideias não resolve. O colaborador não vai se abrir se não se sentir seguro. Por isso, a pergunta central não é “por que eles não estão falando?”, e sim: o que na cultura da nossa empresa está levando as pessoas a se calarem?
Cada organização tem sua história, sua forma de reconhecer, de distribuir tarefas e de lidar com erros. É preciso olhar para dentro com honestidade e coragem para identificar práticas que desmotivam, sobrecarregam ou geram medo — porque é nesse terreno que o Quiet Constraint nasce e se fortalece.
Ambientes onde o diálogo é seguro, onde as ideias são reconhecidas e onde a contribuição não vira punição fazem o conhecimento voltar a circular naturalmente. O colaborador pode até buscar seu próprio desenvolvimento, mas nenhuma mudança se sustenta se a empresa não fizer a sua parte.
Quando a cultura interna se ajusta, a voz das pessoas reaparece. E, com ela, a inovação retorna — não como exceção, mas como consequência direta de um ambiente que permite que cada um exista, contribua e floresça.
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Sandra Rosenfeld
https://www.sandrarosenfeld.com
Confira também: Missão de Vida: O Propósito que Dá Sentido à Jornada
Palavras-chave: Quiet Constraint, silêncio dos profissionais, cultura organizacional, trabalho em silêncio, silêncio no trabalho, compartilhamento de conhecimento, ambiente de trabalho inseguro, inovação nas empresas, o que é Quiet Constraint, por que profissionais deixam de contribuir, como resgatar a colaboração nas equipes, medo de compartilhar conhecimento nas empresas, impactos do silêncio nas organizações
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Um Convite para o Fim de Ano: Reflexão, Renascimento e Mudança Interior
“No caleidoscópio, fragmentos formam um padrão, mas não ficam presos… agite, gire, mude o ângulo, mude a perspectiva e esses mesmos fragmentos formarão um padrão inteiramente novo. A realidade, como nos diz o caleidoscópio, é apenas um arranjo temporário. A criatividade consiste em reorganizar as peças para criar uma nova realidade…” (Rosabeth Moss Kanter)
O fim do ano chegou e ao nosso entorno percebemos todo o movimento de preparação, festas. luzes, árvores coloridas, presépios, Papai Noel, compras de presentes…
Para falar de Natal e de um novo ano é preciso abrir portas… sentir e viver o verdadeiro sentimento do nascer e disposição para mudanças!
Tudo bem comemorar as 24 horas de um dia no calendário! É deixar ficar a grata lembrança de família reunida, pinheiros enfeitados, sorrisos e presentes… a comemoração é importante! Mas, que tal pararmos um pouco e prolongar esse estado de confraternização, através de uma viagem pelo que existe de mais profundo em nós? Nós, que sorrimos e entristecemos… e temos todos os sentimentos que só passam por quem é gente.
Empreender esta viagem é descobrir que existem possibilidades de renascer a cada momento, de sentir e produzir novas atitudes diante da vida. Vamos entrar mais profundamente e ver se transformações serão possíveis, de aceitar e dar boas-vindas ao que a vida nos apresenta. Não é fácil! Também não é impossível! Aí está o grande desafio da vida!
É preciso conhecer o desconhecido e seguir uma vida com maior cooperação, onde não seja visto somente o crescimento próprio, mas o crescimento de todos e deixar florescer.
É experimentar um contato mais próximo com a natureza e toda a sua energia; é viver este minuto, pois o passado já não existe e o futuro ainda está distante; é ter irmãos de coração para compartilhar os momentos bons e ruins; é renunciar à falsa ilusão de controle sobre a vida; é ter gratidão pelos pequenos-grandes detalhes; é espalhar respeito por onde passamos e encarar a vida de frente, do jeito que vier; é respeitar os limites do próximo e de si mesmo sem preconceitos e julgamentos e pedir perdão quando for preciso.
Você já deve ter experimentado contagiar o outro com um largo e sincero sorriso, ter empatia pelo próximo e saber escutar. E, antes de mais nada, ser você diante das pessoas e situações. Cada ser é único, especial e, sem dúvida, merece ser respeitado na sua individualidade.
- Quantas ações de bem-estar poderão de fato nos surpreender nesta nova era?
- Quantas vezes o coração poderá abrir-se e deixar o verdadeiro amor fluir?
Como essas tantas questões surgirão e com elas a proposição de abrir-se a mudanças, renascer, reconstruir e ver o outro não só com os olhos, mas também com o coração. É o que torna o mundo um lugar melhor para se viver!
Desejo a você um feliz nascimento e uma vida feliz! E com esses votos lhe dedico um presente, um poema escrito por Clarice Lispector:
Sonhe
“Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas”.
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Graça Bogéa
Pedagoga | Especialista em Saúde Comportamental | Orientadora Vocacional e Profissional | Mentora de Carreira | Master Coach e PNL
https://www.linkedin.com/in/coach-graca-bogea
https://www.gracabogea.com.br/
coach@gracabogea.com.br
Confira também: Habilidades São Essenciais? Como o Equilíbrio Emocional Impacta o Sucesso Pessoal e Profissional
Palavras-chave: renascimento interior, reflexão de fim de ano, mudança interior, transformação pessoal, espírito de Natal, reflexão e renascimento no fim do ano, como transformar perspectivas internas, como abrir-se para mudanças interiores, renascimento emocional e espiritual, como viver o verdadeiro espírito do Natal
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Motivação Não É Inspiração: É Sistema!
No ambiente de trabalho, costuma-se confundir motivação com inspiração. A inspiração vem de uma frase bonita, um vídeo impactante, uma história tocante. Ela emociona, sacode, desperta por alguns minutos. Mas passa. Inspiração é faísca. Motivação, porém, é estrutura. É o conjunto de escolhas, hábitos e processos que faz alguém agir mesmo quando o entusiasmo está baixo.
A verdadeira motivação nasce de um sistema.
Um sistema que oferece clareza, direção e disciplina. Não depende de humor, nem de condições perfeitas. Ele funciona porque foi construído para funcionar. Quando um profissional conta apenas com inspiração, ele trabalha quando sente vontade. Mas vontade oscila. Já um sistema bem feito sustenta consistência, foco e resultado.
- O primeiro pilar desse sistema é a clareza. Saber o que se quer, por que se quer e qual caminho será percorrido.
- O segundo é a rotina: pequenas ações diárias que mantêm o movimento, mesmo quando o dia começa pesado.
- E o terceiro é o ambiente: processos coerentes, comunicação alinhada e líderes que reforçam propósito, não apenas cobranças.
Equipes movidas por sistema são mais estáveis e produtivas.
Elas não esperam um discurso motivacional para funcionar. Entendem sua missão, sabem seu impacto e enxergam sentido no que fazem. A motivação deixa de ser um esforço emocional e passa a ser parte natural do trabalho.
Para o líder, o desafio é ainda maior. Liderar não é animar todos os dias, mas sim criar um ambiente onde o time saiba o que fazer e tenha apoio para fazer bem. É transformar metas em planos claros, orientar sem sufocar bem como reconhecer sem exageros. É construir confiança, direcionar energia e remover obstáculos.
Quando motivação vira sistema, o talento floresce e o desempenho se torna sustentável.
Pessoas deixam de depender de “momentos inspiradores” e começam então a produzir com maturidade, disciplina e autonomia. É isso que diferencia profissionais comuns de profissionais extraordinários.
No fim, motivação não é sobre esperar a centelha certa. É sobre criar mecanismos internos que mantêm você avançando, mesmo nos dias difíceis.
É sobre fazer, melhorar e evoluir. Todos os dias.
Gostou do artigo?
Quer saber mais sobre como um sistema bem estruturado sustenta a motivação e impulsiona desempenho real? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.
Helio Curi
https://www.linkedin.com/in/helio-curi-85a95716a
Confira também: A Linha Tênue entre o Trabalho e a Família
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“O problema não é o problema.
O problema é sua atitude com relação ao problema.”
(Kelly Young)
Hoje, a tristeza me visitou. Tocou a campainha, subiu as escadas, bateu à porta e entrou. Não ofereci resistência. Houve um tempo em que eu fazia o impossível para evitá-la adentrar os meus domínios. E quando isso acontecia, discutíamos demoradamente. Era uma experiência desgastante. Aprendi que o melhor a fazer é deixá-la seguir seu curso. Agora, sequer dialogamos. Ela entra, senta-se na sala de estar, sirvo-lhe uma bebida qualquer, apresento-lhe a televisão e a esqueço! Quando me dou por conta, o recinto está vazio. Ela partiu, sem arroubos e sem deixar rastros. Cumpriu sua missão sem afetar minha vida.
Hoje, a doença também me visitou. Mas esta tem outros métodos. E outros propósitos. Chegou sem pedir licença, invadindo o ambiente. Instalou-se em minha garganta e foi ter com minhas amígdalas. A prescrição é sempre a mesma: Amoxicilina e Paracetamol. Faço uso destes medicamentos e sinto-me absolutamente prostrado! Acho que é por isso que os chamam de antibióticos. Porque são contra a vida. Não apenas a vida de bactérias e vírus, mas toda e qualquer vida…
Hoje, problemas do passado também me visitaram. Não vieram pelo telefone porque palavras pronunciadas ativam as emoções apenas no momento e, depois, perdem-se difusas, levadas pela brisa. Vieram pelo correio, impressos em papel e letras de baixa qualidade, anunciando sua perenidade, sua condição de fantasmas eternos até que sejam exorcizados.
Diante deste quadro, não há como deixar de sentir-se apequenado nestes momentos. O mundo ao redor parece conspirar contra o bem, a estabilidade e o equilíbrio que tanto se persegue. O desânimo comparece estampado em ombros arqueados e olhos sem brilho, que pedem para derramar lágrimas de alívio. Então, choro. E o faço porque Maurice Druon ensinou-me, através de seu inocente Tistu, que se você não chora, as lágrimas endurecem no peito e o coração fica duro.
Limão e limonada
As ciências humanas estão sempre tomando emprestado das exatas, termos e conceitos. A última novidade vem da física e atende pelo nome de resiliência. Significa resistência ao choque ou a propriedade pela qual a energia potencial armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão incidente sobre o mesmo.
Em humanas, a resiliência passou a designar a capacidade de se resistir flexivelmente à adversidade, utilizando-a para o desenvolvimento pessoal, profissional e social. Traduzindo isso através de um dito popular, é fazer de cada limão, ou seja, de cada contrariedade que a vida nos apresenta, uma limonada saborosa, refrescante e agradável.
Aprendi que pouco adianta brigar com problemas. É preciso enfrentá-los para não ser destruído por eles, resolvendo-os. E com rapidez, de maneira certa ou errada. Problemas são como bebês, só crescem se alimentados. Muitos se resolvem por si mesmos. Mas quando você os soluciona de forma inadequada, eles voltam, dão-lhe uma rasteira e, aí sim, você os anula com correção. A felicidade, pontuou Michael Jansen, não é a ausência de problemas. A ausência de problemas é o tédio. A felicidade são grandes problemas bem administrados.
Aprendi a combater as doenças. As do corpo e as da mente. Percebê-las, identificá-las, respeitá-las e aniquilá-las. Muitas decorrem menos do que nos falta e mais do mau uso que fazemos do que temos. E a velocidade é tudo neste combate. Agir rápido é a palavra de ordem. Melhor do que ser preventivo é ser preditivo.
Aprendi a aceitar a tristeza. Não o ano todo, mas apenas um dia, à luz dos ensinamentos de Victor Hugo. O poeta dizia que “tristeza não tem fim, felicidade, sim”. Porém, discordo. Penso que os dois são finitos. E cíclicos. O segredo é contemplar as pequenas alegrias em vez de aguardar a grande felicidade. Uma alegria destrói cem tristezas…
Modismo ou não, tornei-me resiliente. A palavra em si pode cair no ostracismo, mas terá servido para ilustrar minha atitude cultivada ao longo dos anos diante das dificuldades impostas ou autoimpostas que enfrentei pelo caminho, transformando desânimo em persistência, descrédito em esperança, obstáculos em oportunidades, tristeza em alegria.
Nós apreciamos o calor porque já sentimos o frio. Admiramos a luz porque já estivemos no escuro. Contemplamos a saúde porque já fomos enfermos. Podemos, pois, experimentar a felicidade porque já conhecemos a tristeza.
Olhe para o céu, agora! Se é dia, o sol brilha e aquece. Se é noite, a lua ilumina e abraça. E assim será novamente amanhã. E assim é feita a vida.
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Nesta semana que comemoramos o Dia Internacional da Mulher, gostaria de dizer para todas as Mulheres uma coisa muito importante:
Seu sucesso na vida pessoal e/ou profissional, sua felicidade, sua prosperidade e bem-estar na vida só depende de uma pessoa. Sabe quem é? Você mesma.
E falo mais. Seu sucesso será mais fácil e forte se você Mulher lembrar em ser você mesma. Ou seja, Ser a Mulher que você sempre foi e será.
Esta última afirmação já falei muitas vezes para minhas clientes de Coaching Holístico que buscam Sucesso em algum ponto da vida pessoal e profissional.
Para quem ainda não sabe o que é Coaching, vou explicar agora. Entre muitas definições as que mais eu gosto são:
- Orientar uma pessoa a fazer a travessia entre um ponto ao outro até alcançar sua meta pessoal e/ou profissional com sucesso;
- Coaching é uma assessoria e processo que geram motivação pessoal e profissional, e que tem como objetivo potencializar o nível de resultados positivos nas diversas áreas da vida de um cliente para alcançar uma meta ou objetivo com sucesso.
E o que é Coaching Holístico? Coaching Holístico – Processo para Seu Sucesso na Vida e Concretização das suas Metas. O cliente vai se conhecer melhor, olhar para si, sua vida e descobrir seu potencial adormecido. Vai melhorar sua autoestima e ter mais autoconfiança. Tem Dificuldade em vencer? Pelo Coaching Holístico iremos desbloquear o que atrapalha e mudar Padrões Mentais para Vencer.
Este é o ponto chave do inicio do Sucesso de qualquer pessoa: Padrões Mentais. Quem acredita que é um fracasso, que não vai vencer na vida ou que não merece ter sucesso nas metas ou sonhos, tenha certeza que nada vai mesmo ocorrer de bom na vida. O Sucesso vai passar bem longe destas pessoas.
Agora imagine uma mulher que desde pequena é “esmagada” pela família e sociedade a sufocar sua força, a matar sua arte e beleza, para não acreditar em si e nas suas qualidades e habilidades para realizar.
Já atendi moças que acreditam que não merecem um amor porque alguém falou que ela é feia ou amor só faz mal. Como vão amar se não têm uma boa energia sobre o amor? Como amar se sua autoestima foi chutada? Só vai amar se mudar, acreditar que pode e merece amar. E que ela é uma super mulher.
O mesmo ocorre com a realização de outras metas pessoais e profissionais. Se uma pessoa foi condicionada a sempre pensar que é inferior, incapaz ou que não merece ser feliz ou prosperar, com certeza vai sofrer para conseguir. Imagine uma mulher que no geral é mais sufocada.
Ainda bem que tem solução. É um pouco demorado, varia de pessoa para pessoa, mas tem que trabalhar, treinar e movimentar-se para mudar padrões e condicionamento mental e energético.
Mas, é possível e já vi milagres.
Qual é o primeiro passo? Acreditar em Você. Acreditar na pessoa poderosa que há dentro de você.
Acreditar na Mulher que há dentro de você.
Sucesso e Feliz Dia da Mulher!
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A Copa do Mundo acabou. A seleção alemã com sua organização, futebol bonito e muita técnica, merecidamente, levou o caneco. É tetracampeã.
E a nossa Seleção Canarinho? Que papelão! Desde o início da Copa, nos quatro cantos deste Brasil, todos falavam que era forte candidata a ser hexacampeã. E por que todos acreditavam nisto? Porque jogava em casa, tinha apoio da torcida brasileira, a mídia falava que era a melhor seleção, tinha uma comissão técnica com dois técnicos que venceram Copas Mundiais (Parreira em 1994 e Felipão em 2002) e o clima ajudava.
Mas o que vimos foi um total fiasco e uma humilhante goleada histórica por 7×1 para os alemães na semifinal da Copa.
Enfim, perdemos a Copa e ficamos em quarto lugar após perder para a Holanda na disputa pelo terceiro lugar. E agora? Como diz o poema de Carlos Drummond de Andrade:
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?(Carlos Drummond de Andrade)
E agora, Seleção Brasileira? Agora é hora de mudanças. E mudanças drásticas e profundas na filosofia e na organização.
A CBF terá que ter coragem de assumir sua culpa no fracasso e incompetência administrativa na condução da Seleção Canarinho na Copa. A CBF e o novo técnico terão que ter coragem de fazer mudanças drásticas na nova Seleção Brasileira daqui para frente. Podem e devem seguir o ótimo exemplo que viveu a seleção alemã no final dos anos 90. Após fiascos seguidos, a Confederação Alemã de Futebol chegou à conclusão de que era hora de mudar tudo. Mudanças drásticas foram implantadas. Bancaram com coragem um técnico permanente nos últimos 10 anos que, com um grupo de jogadores com uma nova cabeça, união e humildade, deram um Show na Copa do Brasil e levaram o Caneco.
Mudança requer determinação. Mudanças drásticas requerem também muita coragem, pois haverá muita resistência das pessoas que já estão na zona de conforto ou que não aceitam que está tudo errado na vida ou no jogo.
Quer ver um exemplo recente? A entrevista da Comissão Técnica da Seleção Canarinho após o vexame de 7×1. Para Felipão e Parreira, nada estava errado na preparação da Seleção Brasileira. O problema foi um apagão geral do time todo que o levou a tomar 4 gols em 6 minutos.
Pois é Felipão, não houve problema algum no seu trabalho. Foi só um apagão que custou um vexame histórico e 200 milhões de brasileiros frustrados.
Como dizem, “o pior cego é o que não quer ver”. Ou “errar é humano, persistir no erro é ser Felipão”, teimoso e arrogante. Não assume os erros e afunda a emoção de milhares de pessoas.
Mas a Copa acabou e a CBF já começou as mudanças. Adeus comissão técnica fracassada. Vida e esperanças novas.
Espero que agora façam mais. Que tenham a coragem de fazer mudanças drásticas em tudo ligado a futebol.
E você? Está com coragem de fazer mudanças drásticas na sua vida pessoal ou profissional?
Ou vai ficar chorando e dando desculpas para que sua vida seja um fracasso ou cheia de frustrações?
Chega de Síndrome de Felipão, né?
Seu lema hoje: “Mudanças já e com coragem para ser feliz”.
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Frequentemente as mudanças acontecem na vida da gente. Em algumas vezes, estamos preparados para elas, em outras elas representam uma grande surpresa. Por vezes, desejamos a mudança, vislumbrando uma nova oportunidade em nossa vida. Acontece também de não as desejarmos, pois estamos felizes com as coisas do jeito que estão. Mas as mudanças acontecem, quer queiramos ou não…
Quando buscamos algo melhor, costumo dizer que estamos criando a mudança, pois estamos não só indo atrás dela, como desejamos que coisas melhores ocorram. Nesta hora, dizemos que a mudança é positiva e bem-vinda.
Mas existe também aquela mudança que você não deseja. Tudo estava bem do jeito que estava, por que mudar agora? Nesta hora criamos resistências, não aceitamos a oportunidade que a vida nos dá para novos desafios. Reclamamos e amaldiçoamos pelo que nos acontece.
Pessoas proativas são as que criam as mudanças, vislumbram novas oportunidades, desejam sempre mais, porque sabem que estão em constante crescimento e aprendizado. Pessoas acomodadas se comportam como árvores, não saem dos seus lugares, esperam que tudo ocorra como desejam ou que tudo se mantenha exatamente como está.
Se você se identificou com o segundo tipo, aqui vai uma reflexão: você não é uma árvore… você não nasceu com raízes que lhe impossibilitam de mudar de lugar. Você também pode dizer que não nasceu com asas, que te possibilitariam voar, mas eu diria que você nasceu com algo melhor do que asas: inteligência e criatividade. Faça por merecer a inteligência que tem e saiba reconhecer quando é hora de mudar.
Nosso mundo é dinâmico, nada é estático. Já dizia Heráclito: “Não nos banhamos duas vezes no mesmo rio”. Claro! O rio não é o mesmo… nós também não somos! Creio que hoje somos melhores que ontem, piores do que amanhã. E assim prossegue o rio da vida, propiciando mudanças para que tenhamos – todos os dias – novas oportunidades, novos olhares, novos aromas, novas experiências. Saia do lugar! Você não é uma árvore…
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Responda rápido a minha pergunta:
– De zero a 100% qual é o seu grau de comprometimento em ler este artigo até o final?
Estranha a pergunta? Para quem é Coach ou faz sessões de Coaching esta pergunta é corriqueira. Toda vez que atendo um cliente de Coaching Holístico e definimos uma meta ou tarefa, sempre fecho a sessão com esta pergunta:
– Qual é o seu grau de comprometimento em realizar esta tarefa ou meta?
Em geral o cliente responde 100%. Só que nem sempre isto ocorre. Nem sempre o cliente se compromete 100% em executar a tarefa ou meta.
Um dos maiores problemas de uma pessoa que faz Coaching é a falta de comprometimento. É mais fácil dar desculpas do que tentar cumprir o que se comprometeu.
E falta de comprometimento não é só no Coaching que ocorre. No dia a dia de qualquer empresa os funcionários nunca cumprem o que prometem e se comprometem. É uma total falta de responsabilidade, profissionalismo e até de caráter da pessoa.
Sua atitude vai prejudicar a empresa, seus colegas de trabalho e a si mesmo. Aí perde o emprego e reclama.
E o que falar de pessoas no nosso dia a dia que prometem algo para alguém ou para si mesmo e não cumprem. Cadê o comprometimento, gente?
Falta de comprometimento na via profissional e pessoal é um péssimo hábito. Quem não tem comprometimento leva a “vida na flauta” ou “seja o que Deus quiser”.
O cliente senta na minha frente na sessão de Coaching, fala que quer ter sucesso na vida, jura 100% de comprometimento e falta na sessão seguinte dizendo que tem outro compromisso importante.
Compromisso importante? E os 100% de comprometimento que ele “juramentou” com ele próprio em alcançar sucesso? Não é mais importante?
Parece que não. Estas pessoas que não cumprem o que falam, acham que estão enganando seu Coach, seu chefe ou sua própria vida.
Na verdade esta pessoa que não cumpre nem 1% do que se compromete, está enganado a si próprio. Está perdendo seu tempo e não o meu.
Você que não cumpre o que promete ou se compromete, fica aqui um recado para refletir:
Não cumpre o que promete, não avança, não vence e não conquista.
Para ajudar, significado de Comprometimento:
“Esta é uma atitude que poderíamos definir como algo de cunho moral, afinal, literalmente, remete ao cumprimento de um tratado, um pacto firmado.
Significa “honrar a palavra empenhada”. O comprometimento está vinculado ao clima organizacional, à cultura e aos valores da empresa. As pessoas estão dispostas a lutar por aquilo em que acreditam, seja no plano profissional ou pessoal. E lutam pela verdade!
Há uma relação íntima entre esta competência e a capacidade de estabelecer e cumprir metas. E esta relação está presente na própria palavra.
É por ai. Boa semana!
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Você já parou para pensar a força que estas duas palavras possuem? Bom Dia e Obrigado.
Palavras simples, óbvias, porém em muitos momentos esquecidas pelo corre-corre da falta de tempo, pelo mau humor que nos atinge, pelo status que faz acreditar que não se faz necessário ou pelo simples hábito de não se utilizar no vocabulário.
Certa vez ouvi em um treinamento de liderança: como você gostaria de ser liderado? E para minha surpresa: com um bom dia e um muito obrigado. E comecei a pensar.
Será que somente na gestão gostaríamos de ouvir estas palavras?
Quem não gostaria de ouvir pela manhã este simples gesto ou num momento que está desmotivado um obrigado por um trabalho realizado?
A palavra bom dia abre portas, pode ser o início de uma conversa difícil; quebrar o gelo num momento de nervoso, despertar o sorriso nos mais contagiantes, demonstrar respeito ao próximo e principalmente celebrar a oportunidade de um novo dia, cheio de desafios, atividades a serem desenvolvidas, pessoas a conhecer, negociações a vencer. Oferece uma palavra positiva para você e para quem ouve, transmitindo pensamentos positivos.
Pode parecer longe demais, mas e se nós realmente ao dizermos esta simples palavra, buscássemos ter o nosso Bom dia?
Onde você conhecendo seus valores, desejos e objetivos gera uma atitude consciente para que consiga o resultado esperado. Que possa vencer o medo, a desmotivação, a baixa estima e quebrar barreiras, obstáculos na comunicação, relacionamentos e descubra caminhos efetivos de atingir o sucesso e por que não a felicidade tão sonhada?
Pense nisso e se permita a realmente ter um bom dia.
A palavra obrigado tem significados interessantes segundo o dicionário: ser obrigado a fazer, obrigar por lei, ser grato, reagir a algo correspondido.
Palavra igualmente simples, mas difícil de ser dita por aqueles que justamente se sentem na obrigação de fazê-lo, mas nobre e cheia de ternura, gratidão e reconhecimento por quem diz e recebe.
Um feedback por algo, dar-lhe a vez, agradecer um trabalho, um presente, uma parceria ou um simples objeto que foi entregue, uma porta aberta. O poder do obrigado nos renova as energias, aumenta a motivação, estima, trabalho em equipe e comprometimento.
O obrigado é um gesto de reconhecimento, retorno positivo que se está no caminho certo, de um trabalho bem feito, de um apoio sincero, de uma ajuda para alguém que precisa carregar sua mala, segurar o elevador ou passar simplesmente o sal.
Reforça comportamentos; gera sinergia e cumplicidade.
Que possamos falar obrigada sem a obrigação social, mas dar ao outro o direito de gentileza e valor por um gesto, atitude ou trabalho.
Bom dia e obrigado. Que possam ser um oxigênio. Não tem o hábito? Dê o primeiro passo. Diga para você mesmo, pois este é o maior sentido para despertar para o outro.
Diga a você mesmo o quanto acredita em si e é capaz de buscar seus sonhos e metas; o quanto é grato por sua vida, carreira, família.
Que estas palavras não sejam apenas etiquetas profissionais mas façam parte de seu cotidiano para que ao despertar de um novo dia você tenha bons momentos e possa ser grato pelas conquistas feitas por você e pelos outros.
Pense nisso.
Te desejo um bom dia e obrigada.
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É aquela coisa que você já sabe que tem que fazer e não faz. É uma decisão que não toma, um trabalho que não termina, um projeto que não entrega, uma conversa que não rola nunca por que você não toma a iniciativa.
Aí você procura por ajuda, porque sabe que tem alguma coisa errada com isso. Sabe que não é o seu normal, mesmo que nem consiga ver isso com clareza. Você provavelmente dá um Google, pega um livro, conversa com alguém ou mesmo tira um tarô para ver o que dizem e invariavelmente você recebe o mesmo veredicto: “pare de procrastinar para ter sucesso, para conseguir o que você quer. Assuma as rédeas da sua vida, você tem condições, basta querer.”
E aí é que podemos perder uma chance de ouro, a de nos conhecermos melhor e efetivamente dar o salto [quântico] rumo a nós mesmos. Explico: quando vejo, na prática do Coaching, que as pessoas estão procrastinando, eu não falo para elas “superarem” esse problema. Ao contrário, eu sugiro que a gente acolha, pare e olhe para isso que está acontecendo. Vamos entender o que essa lentidão momentânea e consciente tem a dizer, que notícias ela traz desse momento da vida daquela pessoa.
Geralmente a procrastinação é um sintoma. É a ponta do iceberg. Ele traz muitas coisas consigo, que vão além da superfície. O que eu mais vejo na minha prática profissional tem a ver com medo, autossabotagem, insegurança, baixa autoestima, angústia, bloqueio criativo, falta de sentido ou de tesão, incapacidade de assumir o que se quer, entre outras coisas. Cada um desses tópicos merece um texto, ou melhor, um livro em si, então não vamos nos aprofundar agora, certo?
O que eu quero é sugerir que você pare e reflita a respeito do que faz você procrastinar. E busque entender o que esse sintoma está querendo te dizer. Essa é uma maneira muito potente de ir mais fundo e se ouvir, buscar sua verdade e aceitá-la. Acolher o seu momento é a melhor forma de sair dele, como já falei no texto sobre o limbo.
Proponho uma atividade para lhe ajudar nessa reflexão.
Separe um tempo para você, de preferência sozinho e sem interrupções, de aproximadamente 30 a 50 minutos. Procure estar num lugar confortável e, se possível, feche os olhos, respirando profundamente umas 3 vezes ou até conseguir deixar os pensamentos mais quietos, as preocupações de lado…
Então, com o auxílio de papel e caneta ou outro meio que você escolher, comece a atividade:
1º passo: Responda em quais situações específicas da minha vida estou procrastinando agora?
Escreva de maneira sucinta e precisa, como por exemplo: não terminei o projeto X. Não comecei a fazer ginástica. Estou usando muito tempo para fazer tarefa Y. Não estou conseguindo terminar tal coisa. Estou adiando a conversa com fulano.
2º passo: Depois olhe para essas situações que você escreveu e as leia com compaixão. Procure simplesmente aceitá-las, contemplá-las, sem julgá-las. Sei que é difícil não julgar, mas ao menos tente.
Ao observar essas situações, procure apenas abrir espaço para que elas mesmas te digam coisas.
3º passo: Se for o caso, pergunte-se: o que essa situação quer me dizer? O que há aqui, além da superfície? O que eu estou deixando de fazer de verdade? O que está por trás dessa procrastinação que eu não estou querendo ou podendo ver?
4º passo: Veja quais fichas caem, se caem, o que surge. Aceite o que veio, agradeça e só. Guarde tudo e retome sua vida. Se for dormir, boa noite. Se for voltar ao trabalho, bom trabalho. NÃO mexa mais no exercício.
5º passo: Após alguns dias (de 3 a 5 dias), volte ao que você anotou. Novamente observe as situações de procrastinação. Veja se algumas delas você já pode mexer e realizar. Anote as ações que têm que ser feitas.
6º passo: Faça.
Como sempre, quero saber o que surgiu para você, ao ler esse texto. Caíram fichas? Nada rolou? Tá valendo. Compartilhe aqui.
E você já sabe. Qualquer coisa, estou por aqui.
Com amor e com alma,
Karinna
PS: Se você acha que este artigo pode beneficiar alguém, por favor, encaminhe agora para essa pessoa.
PS2: Eu, claro, adoraria que você espalhasse meu artigo por aí, nas suas redes. Assim mais gente curte e compartilha com quem precisa.
Obrigada!
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Eu tenho a mais absoluta certeza de que a grande parte dos leitores já ouviu falar sobre a Inteligência Emocional. Aliás, provavelmente, haverá até especialistas e professores na disciplina cuja fundamentação teórica nos remete a Charles Darwin. O que a maioria também sabe está no fato de que a popularização do assunto surgiu quando, há vinte anos, Daniel Goleman publicou um best-seller a respeito. Mas será que a inteligência emocional se confunde com a Inteligência Espiritual? E você, o que pensa a respeito?
Para começo de conversa, deve-se lembrar que o conceito de “inteligência” é algo sobre o que não há unanimidade. A depender da corrente de estudos, esse conceito (que na linguagem dos estudiosos chama-se constructo) terá diferentes interpretações e o pesquisador deve indicar qual a ênfase e abordagem mais adequada ao seu objetivo de momento. Neste nosso caso, vamos nos vincular ao conceito etimológico de que a “inteligência” é a capacidade de identificar as opções, processá-las e decidir por aquela mais conveniente em um dado problema ou situação. Agora, vou tirar o foco da mera conceituação de “inteligência” para tratar do tema ampliado: Inteligência Espiritual.
O estudo da importância da espiritualidade tem crescido bastante, a ponto de haver profissionais da área de saúde que indicam haver alta relação entre a prática espiritual com a saúde mental das pessoas. E aqui surge a necessidade de se fazer outra distinção, pois espiritualidade não é o mesmo que religiosidade. Esta última diz respeito à prática da relação da pessoa com Deus, em que há um sistema de rituais ou simbolismos presentes. A espiritualidade, porém, volta-se à dimensão pessoal que diz respeito à própria existência, uma relação com a consciência sem que haja necessariamente rituais ou símbolos. Ou seja, a espiritualidade diz respeito a atitudes, sentimentos e pensamentos superiores que levam ao crescimento (amadurecimento) do ser humano. A prática da religião pode apoiar a espiritualidade, mas esta vai além.
Voltando ao tema central, vamos nos basear nos estudos e propostas da física e filósofa americana Danah Zohar, ligada a importantes centros de pensamento, nos EUA e Europa. Tendo como linha de pesquisa a física quântica, sobre Inteligência Espiritual ela relata ser algo essencial para promover a cooperação entre as pessoas, tanto na família como em sociedade. Indo além, ela entende que é a Inteligência Espiritual que ajudará as pessoas a alcançarem soluções positivas para o planeta, além de criar um melhor encontro individual nessa caminhada, ao descobrir melhor a si mesmo e aos seus valores. O alto quociente espiritual faz a pessoa ter a vida mais criativa, promissora e com sentido, com identificação do propósito pessoal.
Em seu livro Inteligência Espiritual (Editora: Viva Livros; 2012), escrito com Ian Marshall, Danah comenta que a inteligência emocional faz a pessoa ter capacidade de julgar em que situação se encontra e como deve se comportar, adequadamente, nos limites dessa situação. A Inteligência Espiritual estimula a pessoa a se perguntar se ela deseja estar nessa situação em particular e como é a melhor forma de trabalhar com os limites da situação. Em seu livro ela comenta de dez atributos típicos que mostram quando a pessoa tem um elevado quociente de Inteligência Espiritual.
As características comuns de quem tem alta Inteligência Espiritual são assim resumidas: (1) Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo; (2) São idealistas e levadas por valores pessoais; (3) Têm capacidade de encarar e se apropriar positivamente da adversidade; (4) São holísticas, no sentido de que conseguem ter visão abrangente sobre cada situação (analisam as partes e entendem o todo); (5) Respeitam a diversidade (em todas as nuances de diferenças entre pessoas, sem preconceitos); (6) Preservam sua independência e arbítrio; (7) Perguntam sempre “por quê?”, como forma de se questionarem quanto aos próprios dogmas e crenças limitantes; (8) Têm capacidade de colocar as situações e os fatos em um contexto ampliado; (9) São espontâneas e verdadeiras, e; (10) Têm compaixão, conseguindo se colocar no lugar das pessoas que estão com dores ou problemas, viabilizando ajudá-las.
E então, como está o seu grau de Inteligência Espiritual? Agora, fica o convite à sua reflexão e … Boa sorte!
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