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A Plataforma 2026–2035: O Futuro da Humanidade Entre Riscos e Esperança

Crises climáticas, desigualdade e solidão ameaçam o futuro da humanidade, mas também revelam caminhos de esperança. Descubra como uma visão estratégica para 2026–2035 pode inspirar e criar oportunidades reais por meio da ciência, cooperação e ação coletiva.

A Plataforma 2026–2035: O Futuro da Humanidade Entre Riscos e Esperança

A Plataforma 2026–2035: O Futuro da Humanidade Entre Riscos e Esperança

“As sirenes estão soando em todos os principais indicadores.” (Antônio Guterres – Secretário Geral da ONU)

Ser humano em 2025 é habitar no viés de paradoxos: nunca tivemos tantas capacidades — ciência, conectividade, renda média, vida média — claro que o rol de maravilhas disponíveis para aqueles que têm acesso – e, ao mesmo tempo, nunca estivemos tão conscientes de nossos limites ecológicos, da distribuição dos benefícios de toda a evolução cientifica e do conhecimento de forma ampla e equânime, das fragilidades da cooperação internacional e dos efeitos colaterais de uma revolução tecnológica em curso.

Também sei que números algumas vezes são chatos de ler – mas eles mostram de forma inequívoca o quanto precisamos avançar e principalmente o quanto podemos intervir nos aspectos negativos das equações humanas.

De acordo com a OMS, a expectativa de vida global caiu 1,8 ano entre 2019 e 2021 – período pandêmico. Ainda assim, mantém-se muito acima do patamar de três décadas atrás.[1]

Outra conquista silenciosa: as mortes de crianças menores de cinco anos seguem em queda de longo prazo4,8 milhões em 2023, contra 12,6 milhões em 1990. Cada redução representa sistemas de saúde mais resilientes, mães mais informadas e vacinas que chegam na hora certa[2].

O Índice de Desenvolvimento Humano global atingiu máximo histórico em 2022, mas a recuperação é desigual: alguns países avançam depressa, outros ficaram para trás.[3]

A queda da pobreza extrema desacelerou após 2020 e, em várias regiões, a recuperação ainda é incompleta. O Banco Mundial tem dados atualizados que mostram “avanços” mais lentos que o desejado.

Tivemos, em 2024, o ano mais quente da série histórica

Em 2025, alguns recordes de temperatura já foram ultrapassados em 0,05°C. A temperatura média global cerca de 1,3–1,5°C acima do período pré-industrial, além de calor oceânico recorde. Não é um presságio abstrato: é o pano de fundo que altera segurança alimentar, infraestrutura e saúde. Neste momento, as energias renováveis batem recordes de expansão, lideradas pela solar — um motor concreto de descarbonização quando combinado a redes, armazenamento e eficiência.

A inteligência artificial avança e, com ela, novas regras do jogo: a Lei Europeia de IA entrou em vigor com calendário faseado — um sinal de que é possível inovar com responsabilidade e reduzir riscos sistêmicos. Em paralelo, a ONU aprovou o Pacto para o Futuro (com o Compacto Digital Global), visando atualizar a cooperação para esta era.[4] Claro que estamos vivendo o início da fase de aprendizado e diversas nações ao redor do mundo ainda discutem os limites entre regulação e liberdade. No Brasil, esta discussão ainda permeia anseios políticos e de controle de opinião.


O que realmente nos desafia:

  • A desigualdade de capacidades: países e pessoas não têm o mesmo acesso a energia limpa, conectividade, educação de qualidade e renda. Sem “ponte” de financiamento e tecnologia, a divergência se cristaliza.
  • A política do curto prazo: problemas de décadas (clima, demografia, dívida) exigem políticas que sobrevivam a ciclos eleitorais.
  • A solidão e a saúde mental: o avanço material não basta se vínculos sociais enfraquecem. Os EUA classificaram a solidão como uma epidemia com impacto sanitário comparável a fatores de risco clássicos[5]
  • Risco climático encadeado: calor extremo; chuvas, secas e ventos extremos e oceano mais quente amplificam choques econômicos e humanitários.[6]

Razões sólidas para um otimismo realista

  • Progresso comprovado em indicadores-chave: A trajetória de décadas em mortalidade infantil e desenvolvimento humano mostra que instituições + ciência + políticas bem desenhadas salvam vidas e ampliam liberdades. Isso é replicável.[7]
  • A transição energética está ficando mais barata e mais rápida: O crescimento recorde de fontes de energia renováveis reduz custo marginal de eletricidade e cria novas cadeias de valor (software, serviços de flexibilidade, manufatura limpa). A lição: quando política pública previsível encontra escala industrial, a curva de aprendizado faz o resto.
  • A governança digital está saindo do papel: Com a Lei de IA da UE e o Compacto Digital Global, surge um embrião de normas interoperáveis para segurança, transparência e direitos no ambiente digital — condição para colher benefícios da IA sem corroer confiança social. Ampliar e acolher as diferenças entre as nações gerando condições físicas e econômicas que ampliem o acesso aos benefícios da tecnologia como energia, equipamentos acessíveis (baratos), escola, água e alimento.
  • Infraestruturas públicas digitais transformam produtividade: O Pix, no Brasil, ilustra como um bem público digital abre mercados, reduz custos de transação e aumenta inclusão. Em dez/2024, foram 5,71 bilhões de transações liquidadas no mês — escala que muda o cotidiano de famílias e pequenos negócios. Neste exato momento o número de transações com o PIX “empareda” as bandeiras de cartões internacionais – mais caras para o comércio e para o público em geral – gerando desconforto para as empresas americanas.

Qual o plano?

  • Investir cedo nas pessoas: Educação infantil de qualidade, alfabetização plena e competências digitais básicas têm retorno econômico e social alto.
  • Infraestrutura verde inteligente: Transporte coletivo elétrico, eficiência energética em edifícios e redes elétricas modernizadas – e tantas outras iniciativas – são investimentos anticíclicos que geram emprego e reduzem emissões.
  • Sistemas de saúde resilientes e dados abertos: A queda sustentada da mortalidade infantil veio de vacinas, atenção primária e dados que permitem agir antes da tragédia.
  • Governança da IA com foco em impacto: Aplicar princípios de risco proporcional (como na UE) e avaliar projetos por resultado social mensurável (aprendizado dos alunos, produtividade, qualidade do serviço).
  • Diplomacia climática + execução local: A ciência mostra a urgência; a política pública municipal/estadual decide se a urgência vira projeto, obra e emprego. Parcerias público-privadas (PPPs) com metas claras e transparência elevam a taxa de entrega.
  • Coesão social como infraestrutura invisível: Combater solidão e isolamento — redes de cuidado, cultura e esporte, desenho urbano que favoreça encontro — melhora saúde e resiliência.

Pergunta inevitável: estamos em tempo?

Os dados climáticos de 2023–2024 são um alerta inequívoco. Mas alerta não é destino. Duas tendências correm lado a lado: aceleração de risco físico e aceleração de soluções (renováveis, eficiência, armazenamento, gestão de demanda, captura natural de carbono, adaptação baseada em ecossistemas).


Para onde podemos caminhar (2030–2035): três cenários-âncora

  • Correção de rota: países mantêm aquecimento alto, mas evitam o pior com picos de emissões até 2030, eletrificação rápida e adaptação pragmática das cidades.
  • Ilhas desconectadas: protecionismo e desconfiança minam cadeias globais; a tecnologia avança, porém com baixa difusão — divergências aumentam.
  • Aliança e cuidado: coalizões entre governos locais, setor privado e sociedade civil priorizam saúde mental, educação e clima, com indicadores compartilhados e infraestruturas digitais públicas (tipo Pix) como plataforma para inclusão.

Um modelo de plataforma:

Esperança, aqui, não é otimismo ingênuo. É disciplina de execução diante de fatos duros. É usar o que já sabemos que funciona e ampliar escala e velocidade. A humanidade já mostrou que consegue reduzir mortes evitáveis, elevar capacidades humanas e mudar a base energética quando combina ciência, bons incentivos e cooperação.

O convite é simples e exigente: trazer o futuro para o presente, uma política pública, um projeto empresarial e uma ação comunitária por vez não estendo sujeitas a governos que se alternam a cada 4 anos – política pública para resgatar as gerações perdidas que já nasceram e garantir um futuro de qualidade para aqueles que ainda vão nascer.


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Gostou do artigo? Quer saber mais sobre como a Plataforma 2026–2035 pode moldar o futuro da humanidade e transformar riscos globais em oportunidades reais? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Sandra Moraes
https://www.linkedin.com/in/sandra-balbino-moraes

Confira também: Soft Power: A Guerra Civilizacional e a Batalha pelo Imaginário Global

Referências:
[1] Organização Mundial da Saúde
[2] UNICEF DATA
[3] hdr.undp.org+1
[4] digital-strategy.ec.europa.eu Nações Unidas
[5] Banco Mundial
[6] CNIAM
[7] UNICEF DATAhdr.undp.org
Palavras-chave: plataforma 2026–2035, 2026–2035, futuro da humanidade, humanidade, riscos globais, esperança coletiva, cooperação internacional, plataforma 2026–2035 e o futuro da humanidade, como transformar riscos globais em oportunidades, o papel da cooperação internacional no futuro, impactos climáticos e soluções sustentáveis até 2035, a importância da ciência e tecnologia para 2030–2035

Sandra Moraes é Jornalista, Publicitária, Relações Públicas, frequentou por mais de 8 anos classes de estudos em Filosofia e Sociologia na USP.É professora no MBA da FIA – USP. Atuou como Executiva no mercado financeiro (Visa International (EUA); Banco Icatu; Fininvest; Unibanco; Itaú e Banco Francês e Brasileiro), por mais de 25 anos. Líder inovadora desenvolveu grandes projetos para o Varejo de moda no país (lojas Marisa – Credi 21), ampliando a sua larga experiência com equipes multidisciplinares, multiculturais, altamente competitivos, inovadores e de alta volatilidade.
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