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A Nova Filosofia de Vencer: Menos Competição, Mais Consciência

Uma nova filosofia de vencer está nascendo: menos competição e mais consciência. Descubra como a liderança feminina, a equidade e a sororidade estão redefinindo o verdadeiro sentido de poder, sucesso e colaboração nas organizações.

A Nova Filosofia de Vencer: Menos Competição, Mais Consciência

A Nova Filosofia de Vencer: Menos Competição, Mais Consciência

Vivemos um tempo de transformações profundas e inspiradoras. Cada movimento, cada gesto, parece nos convidar a olhar para além das conquistas individuais e reconhecer a força que nasce quando caminhamos juntas. O verdadeiro sentido de vencer está mudando: não é mais sobre competir, mas sobre construir. Vencer, agora, é somar talentos, ampliar vozes e celebrar o crescimento coletivo.

Surge, assim, uma nova filosofia de vencer: aquela que valoriza a cooperação, a escuta e a empatia. Um modo mais humano e consciente de exercer a liderança, em que o poder não se impõe, mas se compartilha.

Nesse cenário, a liderança feminina, a equidade, a sororidade e a igualdade não são apenas ideais; são caminhos vivos que nos conduzem a um futuro mais justo, inclusivo e verdadeiramente próspero

Os dados contemporâneos reforçam que essa mudança não é utopia, é urgência. Segundo o relatório Women in Business 2024, as mulheres ocupam 37% dos cargos de liderança nas empresas brasileiras pesquisadas, colocando o país na 10ª posição entre 28 nações.

Mas esse índice representa uma leve queda em relação ao recorde anterior de 39% e esconde uma realidade ainda mais profunda: a baixa presença feminina nas posições de decisão. O estudo Panorama Mulheres 2025 revela que apenas 17,4% das empresas brasileiras alcançam níveis de liderança próximos da equidade.

No setor público, auditorias do Tribunal de Contas da União apontam que, mesmo com formação e competência equivalentes, as mulheres ainda enfrentam barreiras invisíveis à ascensão. Na política, o Brasil ocupa o 133º lugar no ranking global de representação parlamentar feminina, segundo a ONU Mulheres.

Esses números não são apenas estatísticas: são sintomas de uma cultura que ainda associa poder à dominação. Um modelo que transformou o verbo “vencer” em sinônimo de competição e exclusão. Mas é possível e necessário outro caminho.

Defendo que a verdadeira vitória nasce da consciência de que ninguém vence sozinho. A liderança do futuro não é a que disputa espaço, mas a que cria espaço. Não é a que se impõe, mas a que inspira.

A liderança consciente exige reconhecer a interdependência das trajetórias humanas. Em um sistema que nos acostumou a competir, inclusive entre mulheres, resistir a essa lógica é um ato político. A sororidade, nesse sentido, não é uma ideia poética: é uma estratégia de poder compartilhado. É o pacto entre mulheres que se reconhecem, se fortalecem e se multiplicam em rede.


A líder sororal não teme que outra brilhe. Ela compreende que a luz de uma não apaga a da outra, ao contrário, amplia o horizonte.


Ser vulnerável, nesse contexto, é um gesto de coragem. Admitir limites, pedir ajuda, expor incertezas, tudo isso humaniza a liderança e cria ambientes psicologicamente seguros, nos quais a inovação floresce. Liderar com consciência é tomar decisões com empatia: olhar para cada escolha e se perguntar quem se beneficia? quem fica para trás? quem segue invisível? É um exercício contínuo de equidade.

A diferença entre igualdade e equidade precisa ser vivida, não apenas compreendida. Igualdade é oferecer as mesmas condições a todos; equidade é oferecer o suporte necessário a quem parte de pontos diferentes. Por isso, políticas afirmativas, como mentorias específicas, programas de formação direcionada e cotas estratégicas são pontes indispensáveis para corrigir distâncias históricas. Só assim a igualdade deixa de ser promessa e se torna prática.

O engajamento feminino precisa ultrapassar a presença simbólica. Mulheres devem participar das decisões estruturantes, das estratégias corporativas, dos conselhos que definem rumos e valores. É hora de reconfigurar o conceito de sucesso: não apenas por métricas financeiras, mas por indicadores de impacto humano, diversidade, bem-estar e sustentabilidade.

A Agenda 2030 da ONU nos lembra que prosperidade e equidade caminham juntas. Empresas que investem em liderança feminina não apenas promovem justiça social, mas ampliam resultados, inovação e reputação.

No universo STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), por exemplo, as mulheres representam menos de 18% das estudantes em cursos de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Muitas desistem antes de concluir, enfrentando o peso de estereótipos e a falta de pertencimento.


Mas há quem rompa essa lógica.


Márcia Barbosa, física brasileira e reitora da UFRGS, é um símbolo dessa virada: une ciência e equidade, talento e militância. Djamila Ribeiro amplia a consciência racial e de gênero, convidando a sociedade a enxergar as interseccionalidades que sustentam desigualdades históricas. E há mulheres como Luiza Helena Trajano, que lidera redes de empreendedorismo feminino e mostra, na prática, que competir é menos produtivo do que cooperar.

A nova filosofia de vencer pode ser traduzida em ações concretas. Diagnósticos institucionais que revelem vieses invisíveis. Programas de mentoria entre mulheres em diferentes níveis. Estruturas de liderança compartilhada, com responsabilidades e decisões distribuídas. Avaliações de desempenho que incluam métricas de equidade. E, sobretudo, uma cultura de reconhecimento que celebre vitórias coletivas.

Se antes se dizia “quem não luta, não vence”, hoje afirmo: quem não escuta, não lidera. O tempo da conquista solitária está acabando. O novo tempo pede o que chamo de “vitória relacional”: aquela em que o triunfo individual se transforma em ponte, não em muralha; em que o sucesso de uma impulsiona a de outras; em que poder é sinônimo de consciência e não de controle.


Encerrar esta reflexão é, para mim, reafirmar uma convicção: a verdadeira vitória não é cruzar a linha de chegada primeiro, mas ampliar o caminho para que mais pessoas possam atravessá-lo.


A nova filosofia de vencer, menos competição, mais consciência, é uma convocação à maturidade emocional, à empatia como ferramenta de gestão e à liderança como ato de cuidado. Quando uma mulher lidera com propósito, ela não apenas transforma o ambiente: ela transforma o próprio conceito de poder.

O futuro não pertence aos que competem por espaço, mas aos que o compartilham com sabedoria. E é nessa nova lógica de vitória inclusiva, colaborativa e sororal que reside a força capaz de mover o mundo, através de um passo consciente de cada vez.

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Quer saber mais sobre como a nova filosofia de vencer com menos competição e mais consciência pode transformar a liderança feminina e o conceito de poder? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.

Edna Vasselo Goldoni
https://www.institutoivg.com.br

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Edna Vasselo Goldoni é Presidente e Fundadora do IVG – Instituto Vasselo Goldoni. Graduada em Biomedicina, iniciou sua carreira em São Paulo; mas em pouco tempo percebeu que seu maior talento e aptidão estavam voltados à área de vendas. Abandonou a carreira de Biomédica e enveredou numa grande empresa de seguros, tendo identificado e desenvolvido suas habilidades técnicas atuando como consultora na área de benefícios. Tempos depois, abriu sua própria empresa na mesma área de atuação. Junto com meu sócio (e marido), fizeram a companhia crescer e se tornar um negócio de relevância no mercado. Nesse período, foi indicada e premiada no ranking Top Of Mind RH, como a 1ª mulher profissional de vendas do país. Ao longo de dez anos consecutivos foi indicada no mesmo ranking, dos quais fui premiada em três. Tendo conquistado uma carreira brilhante de muito sucesso, decidiu aposentar-se.

Pausa necessária
Pensando em devolver à sociedade um pouco do que havia conquistado, criou o projeto “Semeando Pérolas”, uma ação social que realizava em comunidades carentes, hospitais e empresas, empoderando mulheres e valorizando suas histórias. Em pouco tempo, foi convidada pela ONU para representar o Brasil no Congresso Mundial ONU Mulheres.

Nasce o Instituto
Em 2017, nasceu o IVG – Instituto Vasselo Goldoni com o objetivo de trabalhar o protagonismo feminino. Desde então, sua missão tem sido mostrar para as mulheres, o quanto elas são capazes de conquistar tudo o que quiserem.

Com grande força realizadora e muito senso de responsabilidade, segue à frente do IVG, trabalhando pelo empoderamento feminino, desenvolvimento e capacitação de mulheres, através de programas de mentoria, entre outras atividades diversas que ocorrem em paralelo com o mesmo foco: protagonismo feminino | empoderamento feminino | a força da mulher | liderança feminina | carreira de sucesso |
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