
A Importância de Usar Filtros Emocionais e Mentais no Dia a Dia
Todos os dias, somos bombardeados por informações, movidos pela nossa sede incansável de saber o que acontece. Somos conduzidos pela mídia, redes sociais e pela opinião alheia de pessoas que depositamos confiança.
As opiniões são diversas e quase sempre carregadas de julgamentos e certezas absolutas, todas elas impregnadas dos sentimentos de quem as expressa. O que não percebemos é que, ao absorver essas falas, também carregamos as dores, inseguranças e visões de mundo do outro. E é exatamente aí que mora o perigo.
Quando deixamos de usar filtros internos, aqueles que nos ajudam a discernir o que realmente nos serve e o que deve ser deixado de lado, corremos o risco de tomar decisões baseadas em realidades distorcidas.
Pense em uma situação: alguém próximo, tomado pela emoção de uma experiência pessoal mal resolvida, opina sobre um tema que também é importante para você. Por exemplo, uma pessoa que passou por uma separação dolorosa, ainda marcada por mágoas e ressentimentos. Se você compartilha com ela um momento difícil do seu relacionamento, é provável que receba conselhos contaminados por julgamentos e fragilidades.
Sem a intenção de te prejudicar, essa pessoa pode estimular você a desistir, a tomar decisões precipitadas ou até a romper um vínculo sem antes passar por etapas essenciais de diálogo, reflexão e amadurecimento. Assim, corre-se o risco de perder oportunidades, deixar de viver processos importantes ou até abrir mão de um projeto de vida.
O filtro é, portanto, uma ferramenta de proteção emocional e mental. Ele nos permite ouvir sem nos aprisionar. Observar sem carregar. Aprender sem se perder.
Usar filtros não significa ignorar o que o outro sente ou pensa, mas reconhecer que o que vem dele pertence à sua história, não à nossa. Ao desenvolver esse discernimento, abrimos espaço para decisões mais conscientes, livres de contaminação emocional e mais alinhadas à nossa verdade.
A maturidade emocional nasce justamente quando aprendemos a distinguir entre o que é nosso e o que não é. Nem tudo o que chega até nós precisa ser absorvido. Muitas vezes, basta acolher, agradecer e deixar passar.
Somos, por natureza, como esponjas, mas é preciso lembrar que, por mais que as histórias se pareçam, cada uma pertence a uma pessoa e carrega sentimentos únicos.
Muitas vezes, sem perceber, absorvemos esses ‘conselhos’ e agimos sem refletir se aquilo realmente faz sentido para a nossa vida.
Há quem nos influencie porque acredita estar nos ajudando, mas há também quem, consciente ou inconscientemente, nos direcione para escolhas que seriam benéficas para si mesma e não para nós.
É por isso que os filtros internos são tão importantes. Eles funcionam como um mecanismo de proteção, que nos ajuda a separar o que é válido do que é apenas ruído.
Filtrar não é desconsiderar a fala do outro, mas sim avaliar: isso serve para mim? Isso tem conexão com a minha verdade?
A intuição, aliada à busca pela verdade e à observação dos fatos, é um guia poderoso. Ela nos permite perceber quando um conselho vem de um lugar contaminado por dores pessoais e quando realmente pode contribuir para o nosso crescimento.
Não seja esponja. Seja filtro. Absorva apenas o que nutre, fortalece e está alinhado com a sua essência.
Use filtro diante do que o mundo despeja sobre você e faça suas escolhas sem a influência do olhar do outro. Na hora de decidir, carregue somente o que te pertence.
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Quer saber mais sobre como os filtros emocionais e mentais podem transformar suas escolhas e proteger sua essência? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar a respeito.
Até lá!
Márcia Rosa
https://www.marciarosaconsultoria.com.br
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