fbpx

A Importância de Combater Fake News e Deepfakes

A questão das fake news e deepfakes é algo extremamente relevante e prejudicial a todos os indivíduos e ao coletivo! Descubra como elas impactam a sociedade e por que é crucial combater a desinformação.

A Importância de Combater Fake News e Deepfakes

A Importância de Combater Fake News e Deepfakes

Vivemos a era da informação sem precedentes na história da humanidade. Você sabia que a palavra “news” do inglês é um acrônimo e, por isso, um substantivo singular? O “n” é de North (Norte), o “e” de East (Leste), o “w” West (Oeste) e o “s” South (Sul). Reza a lenda que os reis e nobres enviavam mensagens e ordenavam aos mensageiros que as entregassem nos quatro pontos: Norte, Leste, Oeste e Sul.

Obviamente que desde os primórdios as informações acabavam sendo distorcidas pelo caminho. Você conhece a brincadeira do telefone sem fio na qual se falava uma frase do ouvido de uma pessoa e ela ia passando para a próxima numa sequência de várias pessoas na roda.

Ao final, o autor da frase inicial perguntava qual tinha sido a frase que chegou ao último ouvinte e em 100% dos casos havia uma enorme distorção. A frase original havia sido completamente modificada.

Fofocas, mentiras, calúnias sempre foram, infelizmente, algo presente na comunicação humana. Muitas levaram à destruição de reputação, de casamentos, de negócios e, acredite, até a conflitos e guerras. Falhas seríssimas na comunicação e total falta de ética e de diplomacia seja entre pessoas comuns, empresários, políticos, grandes líderes e por aí vai.

Com o advento e a popularização da internet, das redes sociais e de plataformas de mensagem como WhatsApp e Telegram, o famigerado efeito “telefone sem fio” tomou proporções inimagináveis. Não se trata mais de uma brincadeira inocente realizada entre um pequeno grupo sentado em círculo no chão.

A desinformação e distorção de fatos rompe todas as fronteiras não só da ética, mas também geográficas. Uma frase ou notícia falada ou postada aqui pode chegar a pessoas que estão a milhares de quilômetros de distância.

Estima-se que a cada segundo 6,000 tweets (hoje X) são compartilhadas; 740 mil mensagens no WhatsApp; 700 posts de Instagram. E é isso mesmo que você ouviu, por segundo.

Nessa escalada do que chamávamos de desinformação, que tinha na base a descontextualização. Descontextualização é quando se tira um trecho de contexto para manipular selecionando aquilo que convém.

Em seguida, vieram as chamadas “propagandas” políticas como aconteceu durante o nazismo de Hitler onde o que se propagava era um ponto de vista de um determinado ator que utiliza de contextos políticos ou militares para influenciar a opinião pública.

Hoje, lidamos com as fake news, ou seja, notícias falsas que se apresentam como verdadeiras para difundir dados falsos e prejudicar a reputação de alguém ou de alguma entidade.

Não satisfeitos com a fábrica de mentiras, que rende bilhões e até trilhões de dólares, os produtores de mentiras e manipulações utilizam agora o que chamam de Deepfake utilizando toda a tecnologia e sofisticação da “inteligência artificial” adulterando arquivos de vídeo, imagem ou voz através de softwares capazes de alterar completamente os arquivos originais e lhes fazer parecerem verdadeiros.

O termo “viés cognitivo” ou pré-conceito cognitivo foi cunhado pelos psicólogos Kahneman e Tversky em 1972 que se referem as operações mentais inconscientes que nos levam a interpretar o mundo e tomar decisões.

Temos uma forte tendência de acreditar que não somos manipuláveis e que somos capazes de interpretar o mundo sem a influência do ledo engano! O nosso cérebro muitas vezes “nos engana” porque tudo ou quase tudo que fazemos ou acreditamos está diretamente relacionado à nossa necessidade primitiva de sobrevivência.

Os vieses cognitivos são classificados da seguinte maneira:

  • Favoritismo do grupo: quando pensamos que pessoas da nossa cidade natal, escola, trabalho, região, são naturalmente amigáveis;
  • Verdade ilusória: quando passamos a acreditar em algo porque muitos anúncios, posts, matérias repetem. Por exemplo: um alimento é bom porque muita gente começou a falar que é;
  • Efeito halo: quando julgamos, analisamos, tiramos conclusões de uma pessoa ou situação a partir de uma única característica e formulamos um estereótipo global do indivíduo como aparência, vestimenta, raça, postura, fala, etc.;
  • Confirmação: quando lemos algo ou buscamos informações em veículos que confirmam nossas crenças e reforçam nossas ideais;
  • Autoridade: quando damos autoridade a alguém, julgamos, por exemplo, “competente” apenas porque é famoso ou se apresenta como alguém muito bem-sucedido;
  • Heurística de disponibilidade: quando generalizamos a partir de um fato, quando definimos a probabilidade de um evento acontecer com base em outro evento passado mesmo que a probabilidade seja praticamente zero. Por exemplo, tememos tomar uma vacina comprovadamente eficaz porque 0,00001% teve reação ou óbito. Mesmo quando os outros 99,999999% não tiveram;
  • Ancoragem: quando tendemos a confiar em alguém ou algo por causa da aparência, preço ou primeira informação que tivemos. Por exemplo: acreditar que um vinho é bom porque alguém famoso bebeu ou porque é caro;
  • Efeito da terceira pessoa: começar a gostar ou seguir alguém ou perfil porque viralizou na rede e muitas outras pessoas seguem;
  • Efeito marco: quando somos enganados pelos números. Por exemplo, acreditar que uma taxa de sobrevivência de 90% é melhor que uma taxa de mortalidade de 10%;
  • Falso consenso: quando acreditamos que todos os nossos amigos gostaram de algo só porque nós gostamos;
  • Influência continuada: quando acreditamos em algo mesmo que a ciência já tenha comprovado o contrário. Por exemplo, achar que o ovo faz mal e é o grande vilão do colesterol ruim.

A questão das fake news e deepfakes é algo extremamente relevante e prejudicial a todos os indivíduos e ao coletivo.

É urgente que a sociedade civil, o poder público e os 3 poderes da federação discutam e votem um marco da internet com o objetivo de proteger os cidadãos.

É necessário que saibamos reconhecer os limites entre liberdade de expressão e crime. Afinal, calunia, difamação, racismo, homofobia, transfobia, atos de violência contra a mulher, feminicídio entre tantas outras formas de expressão de ódio e mentiras já são caracterizados como crimes na nossa legislação e devem ser também aplicadas no ambiente virtual.

Gostou do artigo?

Quer saber mais por que combater a desinformação causada pelas fake news e deepfakes é extremamente importante a todos os indivíduos e ao coletivo? Entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.

Cris Ferreira
https://soucrisferreira.com.br/

Confira também: Coragem para descansar numa sociedade onde a exaustão vista como símbolo de status

Palavras-chave: fake news, deepfakes, desinformação, como combater a fake news, como combater as fake news, como combater fake news, como combater a desinformação, combater as fake news é importante, por que combater as fake news é importante, por que combater a desinformação é importante
Cristiane Ferreira é Coach formada pelo IBC – Instituto Brasileiro de Coaching, Professora da Fundação Getúlio Vargas com cadeiras em Liderança, Coaching, Inteligência Emocional, Técnicas de Comunicação e Empreendedorismo, Palestrante, Empresária do setor de Educação desde 1991, Graduada em Letras pela UFMG e Pós-graduada em Linguística Aplicada pela UFMG, MBA em Gestão de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, Formada em Inglês pela University of New Mexico, EUA, Apresentadora do Programa Sou Múltipla, Fundadora da Associação das Mulheres Empreendedoras de Betim, Ex-Presidente da Câmara Estadual da Mulher Empreendedora da Federaminas (2014/2016), Destaque no Empreendedorismo feminino, recebeu vários prêmios entre eles o “Mulheres Notáveis – Troféu Maria Elvira Salles Ferreira” da ACMinas, troféu Mulher Líder, “Medalha Josefina Bento” da Câmara Municipal de Betim, “Mulher Influente” do MG Turismo e o “Mérito Legislativo do Estado de Minas Gerais”, Comenda Amiga da Cultura da Prefeitura Municipal de Betim.
follow me
Neste artigo


Participe da Conversa