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Qual será seu próximo veículo? Fóssil, híbrido ou elétrico?

Desvende os segredos da inovação e aprenda com os erros do Gurgel Itaipu. Descubra a importância da função de gestão cultural da inovação e da janela de oportunidade para que bons projetos não morram na praia!

Inovador Cultural e a Janela de Oportunidade: O caso Gurgel Itaipu

Qual será seu próximo veículo? Fóssil, híbrido ou elétrico?
A função do inovador cultural

Em 1974 era lançado o primeiro carro elétrico no Brasil. É verdade, não é um conto de fadas. Naquele ano, lançaram o Gurgel Itaipu E150, um veículo compacto para dois passageiros que atingia a velocidade máxima de 60 km/h, pesava 460 kg, sendo 320 kg só as baterias. Com autonomia de 50 km, precisava de 10 horas para que a recarga. Fabricaram 27 unidades que viraram item de colecionador.

Mas por que não foi um sucesso de vendas, se foi um dos pioneiros de mercado?

No segundo artigo dessa coluna, intitulado “Quanto tempo tenho para inovar”, discutimos sobre os ciclos de inovação, janela de oportunidade e tempo de lançamento de produtos (time-to-market). Geralmente, temos a ideia de que quanto mais rápido lançarmos o produto no mercado melhor, pois venceremos a batalha com nossos concorrentes e teremos todos os benefícios de navegar em um oceano azul.

Entretanto, o Gurgel Itaipu padeceu por motivos que ainda não estão completamente resolvidos, o tempo de recarga, peso das baterias, autonomia e uma rede de recarga abrangente ainda são grandes dores de cabeça para os proprietários dos veículos elétricos.

Portanto, conhecer a janela de oportunidade para o lançamento do produto, é muito mais que uma corrida de eficiência no desenvolvimento de produtos, mas um projeto sistêmico que precisa entregar toda uma mudança do ambiente de fabricação e de uso do produto, que viabilize a mudança cultural e de comportamento do consumidor.

Em geral, transições culturais abruptas tendem não funcionar, pois mudanças de hábitos não são imediatas e qualquer dificuldade, por menor que seja, pode ser amplificada para justificar a manutenção do status quo.

Vamos frear essa conversa, para mudarmos a direção e discutir uma questão importante. A composição da sua equipe de inovação.

Quem na sua equipe tem a função de analisar o perfil dos consumidores, entender como são propensos às mudanças, identificar as estruturas físicas e mentais que precisam alterações, planejar a comunicação e a implantação completa da mudança?

Talvez, não seja uma única pessoa, mas é crucial que essa questão esteja incluída na pauta de trabalho da sua equipe de inovação. E que seja debatida com todos os stakeholders relevantes.

Algumas equipes têm instituído um gestor da mudança cultural, cuja responsabilidade envolve a proposição e análise de validações do uso do produto com os usuários, não com o objetivo de determinar se os requisitos técnicos foram atendidos, mas todos os demais fatores que nem sempre são especificados, mas que podem matar o projeto, por não serem adequados ao comportamento vigente do usuário.

Portanto, aceite a tarefa de analisar sua equipe de inovação e determinar como incorporar a função de gestão cultural da inovação. Não deixe seus bons projetos morrerem na praia!

Gostou do artigo? 

Quer saber mais sobre a função do inovador cultural e a importância da gestão de mudança cultural ou sobre o diagnóstico do processo de inovação? Me chame no WhatsApp (12) 99605-1999. Terei o maior prazer em conversar a respeito.

Até o próximo artigo!

Um abraço.

Marcelo Farhat
https://www.meetnetwork.net
https://www.linkedin.com/in/araujomf/

Referências:

https://autoesporte.globo.com/um-so-planeta/noticia/2021/04/gurgel-itaipu-foi-o-primeiro-carro-eletrico-nacional-mas-morreu-por-problemas-que-existem-ate-hoje.ghtml
https://www.thedrive.com/guides-and-gear/how-many-cars-are-there-in-the-world
https://ourworldindata.org/electric-car-sales
https://www.iea.org/reports/global-ev-outlook-2023/executive-summary
https://electrek.co/2023/04/26/global-electric-car-sales-iea/
https://www.mordorintelligence.com/industry-reports/hybrid-vehicle-market

Confira também: As 12 Dimensões da Inovação: Por onde começar?

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Marcelo Farhat é mestre em engenharia da produção e qualidade pelo ITA, MBA em administração de recursos humanos pela FAAP e engenheiro mecânico pelo ITA. Consultor empresarial desde 2007 tendo apoiado a avaliação e estruturação de empresas em diversos ramos de atividade, onde implantou programas de inovação e empreendedorismo, visando a evolução e expansão dos negócios dos clientes. Mentor de diversas startups nos programas de aceleração Inovativa do Governo Federal e HackBrasil do MIT. Professor da disciplina Confiabilidade de Sistemas no Instituto Tecnológico de Aeronáutica e para empresas de diversos segmentos, como mineração, aeronáutica, geração de energia. Diretor de empreendedorismo e inovação na ABCO (Associação Brasileira de Consultores) e sócio da souzAraujo Consultoria Empresarial. Desenvolveu, em parceria com o ITA e apoio do CNPq, o MEET – diagnóstico e benchmarking, ferramenta de diagnóstico dos processos organizacionais de empresas que identifica as forças e fraquezas das organizações avaliadas, além de realizar a comparação com os resultados obtidos pelo conjunto de empresas previamente avaliado, cuja aplicação é efetuada em um software na nuvem de dados por consultores credenciados em suas regiões de atuação.
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