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A Dor Invisível das Mães: O Esgotamento Emocional que Ninguém Vê

Mães exaustas enfrentam uma dor silenciosa e invisível: o esgotamento emocional, muitas vezes mascarado pela culpa e pelo medo do julgamento. Descubra como acolher seus sentimentos, recuperar sua força interior e fortalecer o vínculo com seus filhos.

A Dor Invisível das Mães: O Esgotamento Emocional que Ninguém Vê

A Dor Invisível das Mães: O Esgotamento Emocional que Ninguém Vê

Não há dúvidas de que quando nos tornarmos mães experimentamos uma grande mudança de vida e, em alguns momentos, essa mudança pode ser bem difícil. De uma hora para outra a rotina muda completamente, o bebê se torna a principal prioridade e exige total dedicação, 24h por dia, sete dias por semana.

Uma dor silenciosa e invisível aflige muitas mães, sejam elas mães que trabalham fora, mães que ficam em casa, mães solteiras ou mães com filhos com necessidades especiais. Acometidas pelo esgotamento materno, que está se tornando cada vez mais presente devido às fortes pressões, excessos, comparações, solidão.

Muitas vezes essa mãe não tem coragem de admitir que precisam de ajuda e nem de verbalizar que estão infelizes, por se sentirem culpadas, inadequadas e insuficientes. Isso reflete não somete em problemas físicos e emocionais, mas também no cuidado com os filhos.

Para fugir do julgamento de serem taxadas como mães ruins, evitam admitir o que sentem, como se isso fosse fazer com que o sentimento deixasse de existir. Desejam evitar a vergonha de se verem num papel negativo e buscam se desassociar de tudo que possa revelar o que consideram uma falha. Com isso, acabam negligenciando suas emoções e necessidades. A questão é que não conseguimos corrigir nada se tivermos vergonha demais para admitir nossas dificuldades.

Não são os nossos sentimentos ou nossos pensamentos que podem fazer mal aos nossos filhos, mas sim a maneira como agimos a partir disso.

Aceitar os sentimentos sem julga-los ajuda a fazer com que eles percam a força. Ao reconhecer, passamos a nos tornar conscientes do que precisamos mudar ao invés de tentar lutar contra o que sentimos.

Se sentir inadequada em certos momentos não diminui o seu valor como mãe. É natural vez ou outra sentir saudades de como erámos quando não tínhamos filhos. A maternidade em alguns momentos pode ser, de fato, difícil, cansativa, frustrante, solitária, mas ao mesmo tempo também pode se tornar divertida, amorosa, emocionante, alegre.

Quando não sentimos que podemos falar sobre pensamentos, sentimentos que não são ideais, eles podem se tornar mais intensos e difíceis de controlar. É importante poder falar a respeito, sem achar que é a única mãe no mundo que se sente assim. Ter um lugar seguro e sem julgamentos para dissipar esses sentimentos, para que não sejam exteriorizados às custas dos filhos.

Quando não conseguimos acolher nossos próprios sentimentos, podemos encontrar dificuldade para acolher os sentimentos dos outros. Pode ser difícil responder de forma afetuosa aos filhos quando não se teve essa referência. Para cuidarmos, precisamos ter sidos cuidados. Mesmo que não tenha recebido, você pode ressignificar a sua história e encontrar dentro de si recursos para fazer diferente.

É mais fácil responsabilizarmos os filhos e seus comportamentos do que reconhecer como eles nos afetam e, por outro lado, como nós os afetamos. Se você se perceber desejando ficar longe dos filhos por um tempo, ou que eles durmam por longos períodos, ou ainda que eles brinquem de maneira independente antes de terem idade para isso para que não tomem o seu tempo, pode ser um alerta doloroso de algo que ainda precisa ser curado na sua própria história.

Buscamos nos convencer que queremos desfrutar mais dos nossos outros interesses de vida, como trabalho, amigos, lazer, e outras coisas que podem ser retomadas quando eles não forem tão dependentes de nós, à medida que vão crescendo.

Claro que é saudável e importante contar com a rede de apoio de vez em quando para fazer alguma atividade adulta. Mas fique atenta se o sentimento de querer uma pausa ficar excessivo ou persistir na maior parte do tempo. Provavelmente precisará fazer uma avaliação dos sentimentos que eles estão despertando em você. Talvez seja por isso, que você não consegue suprir as necessidades de seus filhos.

Pode ser que o tipo de apoio que você esteja precisando seja alguém que escute você de verdade. Que compreenda o que você diz e acolha todos os seus sentimentos, sejam eles quais forem, sem recriminá-la. Que essa escuta possa servir de contenção para amenizar essas emoções. Talvez você precise ouvir dessa pessoa que a ansiedade ou a tristeza irão passar.

Você também pode precisar de alguma ajuda prática. Alguém que possa dar um suporte ajudando nas tarefas domésticas, liberando você para ter mais tempo de atenção com seu filho ou simplesmente poder dormir um pouco mais. Caso não receba de forma espontânea, peça! Precisamos de ajuda para criar laços mais fortes com nossos filhos. Nós nos desenvolvemos através dos relacionamentos e podemos nos curar em qualquer momento de nossas vidas.

Buscamos fazer o nosso melhor, mas quando conseguimos ter consciência dos efeitos de nossa criação, do contexto em que estamos inseridos, das influências que sofremos de acordo com nossa cultura, nos tornamos capazes de fazer as mudanças necessárias que nos ajudarão a seguir em frente de uma forma mais funcional e saudável. O que, além de melhorar nossa relação com nossos filhos, também irá moldar seus traços de personalidade e seu caráter.

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Quer saber mais sobre como o esgotamento emocional impacta as mães — e o que você pode fazer para reconhecer os sinais, acolher seus sentimentos e recuperar sua força interior? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.

Danielle Vieira Gomes
http://daniellegomescoach.com.br/

Artigo baseado no livro: O livro que você gostaria que seus pais tivessem lido (e seus filhos ficarão gratos por você ler). Perry, Philippa.

Confira também: Como cultivar o prazer da leitura nos filhos em um mundo dominado pelas telas?

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Formação em Psicologia, MBA em Gestão em Pessoas e Especialização em Docência;Facilitadora de Relacionamentos Familiares;Educadora Parental de Disciplina Positiva;Coautora do livro Coaching para Pais – Estratégias e Ferramentas para Promover a Harmonia Familiar. Vol 1 e 2.Colunista das revistas Cloud Coaching e Coach Me.Certificações:Coaching pelo Instituto Brasileiro de Coaching – IBC (SP);Leadership and Coaching pela Ohio University College of Business (USA),Mentoring pelo CAC – Center for Advanced Coaching (USA),Practitioner SOAR – Soar Advanced Certification Program pela Florida Christian University (USA),Coaching para Pais pela Parent Coaching Academy – PCA (UK),Kids Coaching pelo Instituto de Coaching Infanto Juvenil – ICIJ (RJ),Bases do Desenvolvimento Infantil: Apego, Vínculos e Intervenções – USP (SP),Educadora Parental pelo Positive Discipline Association – PDA (USA).Mentoring, Coaching & Advice Humanizado ISOR – Instituto Holos – (SP)Tem como missão, favorecer o desenvolvimento integral do indivíduo e da família, valorizando seu potencial para que conquiste uma vida com plenitude e equilíbrio de forma sustentável.
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