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A coragem de ser imperfeito!

Do que você tem vergonha? Falar em público? Chamar atenção das pessoas? Estar disponível para investir numa relação que pode ou não ter resultado? Ser questionado sobre um assunto que não domina? Já parou para pensar sobre o que te faz sentir vergonha?

Do que você tem vergonha? Falar em público? Chamar atenção das pessoas? Estar disponível para investir numa relação que pode ou não ter resultado? Ficar de biquíni/sunga na frente de desconhecidos? Ser questionado durante uma palestra sobre um assunto que não domina? Convidar alguém para sair? Já parou para pensar sobre o que te faz sentir vergonha? Muitas pessoas simplesmente não falam sobre esse assunto. Porém quanto mais evitamos falar da vergonha, mais ela aumenta e nos limita. Por isso, existem pessoas que se entregam ao medo e paralisam se isolando com receio de parecerem fracas ou menos merecedoras de amor, compaixão e reconhecimento.

O medo de não ser suficientemente bom, suficientemente magro, suficientemente rico, suficientemente belo, suficientemente inteligente… Causa o medo de ser rejeitado. Brené Brown, pesquisadora da vulnerabilidade e vergonha constatou que as pessoas autênticas estão dispostas a abdicar de quem elas deveriam ser para ser quem realmente são – O que é absolutamente necessário para ter relacionamento. Elas assumem completamente a vulnerabilidade e acreditam que aquilo que as tornava vulneráveis é o que tornam elas bonitas. O que nos separa dos relacionamentos é o nosso medo de que não somos dignos de relacionamentos. As pessoas plenas têm a coragem de serem imperfeitas.

A vergonha é facilmente explicada como o medo da desconexão. Haverá alguma coisa em mim que, se as outras pessoas descobrirem ou virem, fará com que eu não mereça a relação. Todos nós, em maior ou menor escala, sentimos vergonha. É universal. “As pessoas que não experimentam este sentimento são carentes de empatia e não sabem se relacionar”, explica Brown.

A vulnerabilidade está diretamente ligada ao sentimento de vergonha e, consequentemente, ao medo da perda de vínculos. Ela nos faz acreditar que não somos “bons o suficiente” e nos impõe uma crença negativa sobre nós mesmos. A vergonha nos faz negar a nossa vulnerabilidade, de modo a evitar que sejamos vistos como realmente somos, na essência, e que tenhamos que lidar com os julgamentos das outras pessoas em decorrência disso.

Por este motivo, precisamos nos libertar da necessidade de aprovação e compreender quais são os verdadeiros valores que norteiam a nossa vida e seguir em frente. A ideia de que “vulnerabilidade é fraqueza”; “vulnerabilidade não é comigo”; “vulnerabilidade é expor totalmente minha vida”; e “eu me garanto sozinho” só nos distancia da realidade nos desencorajando a realizar nossos sonhos e projetos e, consequentemente, nos tira a compreensão daquilo que dá sentido à nossa existência. Vulnerabilidade não é fraqueza. Muito pelo contrário, é expor-se ao julgamento, mas nem por isso deixar de fazer aquilo que acredita. Vulnerabilidade é aceitar e respeitar os próprios limites e o seu jeito único de se relacionar com as pessoas e o mundo. É permitir-se ir além, quando somente você acredita que é possível. É fazer sempre o seu melhor, ainda que para muitos, isso não seja o suficiente.

Brené afirma que nos tornamos mais fortes e ousados quando, ao invés de esconder, aceitamos a nossa vulnerabilidade e admitimos os nossos medos. “Vulnerabilidade não é conhecer vitória ou derrota; é compreender a necessidade de ambas, é se envolver, se entregar por inteiro. Não podemos praticar a compaixão com os outros, se não nos tratamos a nós próprios com bondade.”

Portanto ninguém pode se considerar fraco por sentir-se vulnerável. “Ser ‘perfeito’ e ‘à prova de bala’ são conceitos bastante sedutores, mas que não existem na realidade humana”, afirma ela, que completa: “Devemos respirar fundo e entrar na arena, qualquer que seja ela: um novo relacionamento, um encontro importante, uma conversa difícil em família ou uma contribuição criativa. Aceitar e abraçar nossas fraquezas e amá-las. E deixar de lado a imagem da pessoa que devia ser, para aceitar a pessoa que realmente sou.”

Termino este artigo com mais uma fala de Brené e espero que esse assunto tenha colaborado de alguma forma, com a sua coragem de ser imperfeito e viver com plenitude: “Escrever nossa própria história pode ser difícil, mas não é tão duro quanto passar a vida fugindo dela. Aceitar nossas vulnerabilidades é arriscado, mas não é tão perigoso quanto desistir do amor, do pertencimento e da alegria, que, por outro lado, são as experiências que nos deixam mais vulneráveis. Somente quando tivermos coragem suficiente para explorar a escuridão, descobriremos o poder infinito da nossa luz.”

Fonte:
http://www.ted.com/talks/brene_brown_on_vulnerability?language=pt-br
http://www.ted.com/talks/brene_brown_listening_to_shame

Grazi Paim Author
Grazi Paim é administradora, formada pela ESAG na Universidade do Estado de Santa Catarina, Coach de Excelência com especialização nos módulos: Coaching de Excelência Avançado I e II, Executivo, Empresarial, Esporte, Competência Emocional e Alto Rendimento Esportivo e Corporativo realizados pela Academia Emocional – São Paulo/SP. Possui especialização em Gestão do Trabalho e Educação na Saúde pela Escola de Saúde Pública de Santa Catarina e possui mais de dez anos de experiência como funcionária pública na Saúde do Estado de Santa Catarina. É coach fundadora e Diretora Executiva da Grazi Paim Coaching e idealizadora do “Método Emagreça Pensando”. Atualmente graduando Nutrição.
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