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A Nova Ambição Feminina: Quando Ambição e Intencionalidade Caminham Lado a Lado

A ambição feminina amadureceu e ganhou uma nova direção, movida pela intencionalidade, pela consciência de impacto e por escolhas alinhadas ao propósito. Entenda como essa nova ambição transforma lideranças, culturas e o futuro das organizações.

A Nova Ambição Feminina: Quando Ambição e Intencionalidade Caminham Lado a Lado

A Nova Ambição Feminina: Quando Ambição e Intencionalidade Caminham Lado a Lado

A recente pesquisa conduzida pela Chief em parceria com a Harris Poll trouxe um dado incontornável: 86% das mulheres em posições de liderança sênior afirmam estar mais ambiciosas hoje do que há cinco anos. O número impressiona — e, ainda mais, revela um fenômeno que não pode mais ser ignorado. A ambição feminina não apenas cresceu; ela amadureceu.

Durante décadas, o termo “ambição” foi usado para descrever trajetórias profissionais marcadas por esforço, estratégia e visão de futuro. Mas, para as mulheres, ele frequentemente veio acompanhado de distorções: ambiciosa demais, dura demais, ousada demais.

Em muitos ambientes, ambição feminina ainda era vista como um desvio, não como um motor legítimo de liderança. O dado da pesquisa rompe esse paradigma ao mostrar que algo essencial mudou — não apenas nas mulheres, mas na relação delas com o próprio poder.

O crescimento de 86% não sinaliza apenas desejo por cargos maiores; ele revela uma mudança interna, profunda. A nova ambição feminina não é mais impulsionada pelo esforço de provar valor ou conquistar validação externa. Ela nasce da consciência do próprio impacto, do desejo de ocupar espaços onde sua voz gera transformação. A ambição feminina amadureceu e, com isso, deixou de ser ansiosa para se tornar estratégica.


Esse amadurecimento tem relação direta com dois fatores:

  1. A expansão de comunidades de liderança — como Chief, ALMA e programas de mentoria como Nós por Elas e Delas pra Elas do IVG — que fortalecem o pertencimento e legitimam o crescimento feminino.
  2. A compreensão de que ascender na carreira não é apenas sobre si mesma, mas sobre abrir caminho para outras – movimento coletivo.

Quando uma mulher ascende, ela não leva apenas sua história

Ela leva consigo outras mulheres, uma cultura e uma nova referência de poder. Por isso, a pesquisa não fala apenas de ambição; ela fala de mulheres que decidiram não abrir mão do protagonismo que construíram com tanto esforço.

Se antes a ambição feminina era movida pela conquista — “chegar lá” — hoje ela é movida pela intencionalidade: “chegar onde faz sentido para mim e para o impacto que quero gerar”.

Essa é a principal virada.

A intencionalidade redefine o que significa crescer: não é mais subir qualquer escada, mas subir a escada certa. É escolher ambientes que respeitam o valor, equipes que reconhecem a liderança, e projetos que ampliam não só resultados, mas legado.

As mulheres líderes de hoje não buscam apenas títulos. Elas buscam:

  • trabalho com propósito;
  • relações profissionais maduras;
  • autonomia para decidir;
  • empresas comprometidas com ética e inclusão;
  • cargos onde possam exercer liderança humana e estratégica — não apenas operacional.

A intencionalidade transforma ambição em direção. E direção em impacto.

Um dos aspectos mais importantes revelados pelo amadurecimento da ambição feminina é que ela se tornou menos solitária. A mulher de alta liderança já não deseja apenas vencer; ela deseja gerar espaços onde outras também possam vencer.

Essa ambição coletiva — visível em iniciativas como o ALMA – Aceleradora de Liderança para Mulheres, os grupos de afinidade nas empresas, as mentorias de carreira e a construção de redes — transforma ambientes, culturas e decisões.

É por isso que a pesquisa da Chief dialoga diretamente com o que vemos em grandes organizações ao redor do mundo:


Mulheres que cresceram sozinhas agora querem crescer acompanhadas.


Não por dependência, mas por consciência.

A nova ambição feminina é inclusiva. É generosa. É transformadora.

Ao olhar para os últimos cinco anos — período marcado por pandemia, reorganização do trabalho, burnout corporativo, revisão de prioridades e expansão do discurso sobre saúde mental — percebemos que esse aumento de ambição está conectado àquilo que mais importa para as mulheres líderes:

1. Aprender a dizer não

Mulheres que amadureceram percebem que não precisam aceitar tudo. Negar convites, projetos ou ambientes que não honram seus valores é, hoje, sem dúvida, um ato de ambição e autocuidado.

2. Reconhecer suas competências sem pedir licença

A autoconfiança feminina deixou de ser tímida e passou a ser embasada: dados, histórico, entregas, resultados tangíveis. A mulher madura não se desculpa pelo espaço que ocupa.

3. Trocar autoproteção por expansão

A nova ambição não nasce do medo, mas da coragem de se mostrar como líder completa — humana, técnica, emocional, estratégica.

4. Escolher empresas que estejam preparadas para mulheres

Não basta ter vagas; é preciso ter cultura. As mulheres ambiciosas procuram empresas com políticas claras de diversidade, rituais de segurança psicológica bem como líderes que compreendam a diferença entre ocupar um cargo e exercer liderança.


Do teto de vidro ao horizonte de possibilidades

A pesquisa Chief + Harris Poll escancara algo que o mercado precisa absorver rapidamente: o desafio agora não é incentivar mulheres a serem ambiciosas — elas já são. O desafio é criar ambientes onde essa ambição possa, de fato, florescer.

As empresas que entenderem isso estarão à frente.

As que ignorarem, perderão talento, potência e visão de futuro.

E mais: perderão líderes que, diferente de gerações anteriores, sabem exatamente o que querem e para onde estão indo.

Quando a ambição feminina se encontra com a intencionalidade, nasce um tipo de liderança que não pode ser contida: ética, consciente, colaborativa, determinada e, acima de tudo, fiel a si mesma.

O dado da pesquisa não é apenas estatístico.

É um marco geracional.

Significa que as mulheres deixaram de pedir espaço e passaram a ocupar espaço com clareza.

Que deixaram de tentar se encaixar e passaram a moldar ambientes.

Que deixaram de ser impulsionadas pela pressão externa e passaram a seguir sua bússola interna.

A ambição feminina amadureceu — e, quando a ambição amadurece, o mundo corporativo também precisa amadurecer.

Porque onde há mulheres intencionais, há transformação.

E onde há transformação, há futuro.


Gostou do artigo?

Quer saber mais sobre como a intencionalidade pode redefinir suas escolhas, fortalecer sua liderança e transformar sua ambição em impacto real? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Até a próxima!

Luciana Soares Passadori
https://www.passadori.com.br

Confira também: Visão Estratégica e Influência Organizacional: A Ampliação da Rede e a Presença de Impacto da Liderança Feminina

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Luciana Soares Passadori é mentora, coaching de desenvolvimento humano e facilitadora de autoliderança, liderança integral e liderança situacional. Possui vasta experiência no atendimento de grandes empresas para desenvolvimento de soluções em treinamentos comportamentais. Realizou a formação em Coaching Integrado – Coaching Executivo, Life Coaching pelo ICI Integrated Coaching Institute – Credenciado pelo ICF International Coach Federation, formação em DISC Profiler Solides e formação em Mentoria pela Enora Leader, formação em liderança feminina com Sally Helgesen. Criou e conduz, juntamente com Reinaldo Passadori, o curso Autoliderança Transformadora que tem um modelo de programa de autodesenvolvimento que potencializa as competências profissionais e pessoais. Advogada de formação, pós-graduada em Psicologia Transpessoal e especializada em Psicologia Forense. Iniciou sua jornada na carreira jurídica, onde atuou com Direito de Família por 12 anos. É Diretora estratégica do IVG, participa do comitê executivo do Programa Mentoria Colaborativa – Nós Por Elas do Instituto Vasselo Goldoni. E coautora do livro Mentores e suas histórias inspiradoras – Editora Leader.
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