fbpx

Como Começar a Investir para os Filhos e Educá-los Financeiramente Desde Cedo

Descubra como investir para os filhos e transformar esse ato em uma poderosa ferramenta de educação financeira. Aprenda a unir planejamento, bons hábitos e exemplos práticos para formar adultos mais conscientes, responsáveis e preparados para o futuro.

Como Começar a Investir para os Filhos e Educá-los Financeiramente Desde Cedo

Como Começar a Investir para os Filhos e Educá-los Financeiramente Desde Cedo

Cuidar do futuro dos filhos vai muito além de oferecer amor, educação e proteção. Envolve também garantir que eles cresçam com segurança financeira, preparados para tomar boas decisões ao longo da vida. Nesse contexto, investir desde cedo para eles — e com eles — é um passo valioso, que alia planejamento e educação.

O momento ideal para começar? Quanto antes, melhor. Assim que a criança possui um CPF, já é possível abrir uma conta de investimentos em seu nome. Pode parecer precoce, mas o tempo é um dos principais fatores que atuam a favor da rentabilidade e da formação de patrimônio. Isso porque, com prazos longos, até mesmo aplicações modestas conseguem crescer significativamente, graças aos juros compostos.

Para muitos pais, o primeiro obstáculo é a falta de familiaridade com o universo dos investimentos. E tudo bem. Ninguém precisa ser especialista para começar. O mais importante é dar o primeiro passo.

Uma boa alternativa inicial é a caderneta de poupança — pela simplicidade e acessibilidade — ou ainda a contratação de um plano de previdência privada, que pode ser feito no nome do filho ou dos pais, com os filhos como beneficiários. Esses primeiros passos, embora conservadores, já cumprem um papel simbólico e prático importante: inaugurar a jornada de construção financeira da criança.

O segundo obstáculo frequente é acreditar que é preciso ter muito dinheiro para investir.

Esse é um mito que precisa ser desconstruído. Hoje, com a democratização dos serviços financeiros e o crescimento das plataformas digitais, é possível investir com valores mínimos.

O Tesouro Direto, por exemplo, permite aplicações a partir de R$ 1,75. Muitos CDBs, LCIs, LCAs e até fundos de investimento já aceitam aportes de R$ 10, R$ 20. Isso torna possível transformar o ato de investir em um hábito recorrente, como parte do orçamento familiar, mesmo para quem tem uma renda mais apertada.

À medida que os pais ganham mais confiança, é possível ampliar o leque de aplicações. O importante é que os investimentos estejam sempre alinhados aos objetivos da família — que podem ser custear a faculdade, um intercâmbio, a compra de um imóvel no futuro ou simplesmente oferecer um ponto de partida mais sólido para a vida adulta.

Nesse sentido, além da previdência privada, há opções como o Tesouro Educa+ (voltado à formação educacional), Tesouro IPCA (que protege contra a inflação), CDBs de vencimento longo e até ações ou fundos imobiliários, desde que os pais estejam cientes dos riscos e prazos envolvidos.

Não existe um investimento “melhor” universalmente.

O ideal é refletir: qual é o objetivo? Em quanto tempo quero alcançá-lo? Qual é o meu nível de conhecimento sobre esse produto? Quando essas perguntas são respondidas com clareza, a escolha se torna mais segura — e os resultados, mais efetivos.

Mas investir financeiramente pelos filhos não é suficiente se o objetivo for construir autonomia e inteligência financeira. É preciso investir também neles, no sentido da educação. E isso pode — e deve — começar muito cedo. Crianças pequenas, mesmo antes de saberem ler ou escrever, já são capazes de observar, absorver e internalizar comportamentos.

Por isso, os pais precisam estar atentos ao exemplo que dão diariamente: como falam sobre dinheiro, como se comportam em momentos de compra, como reagem a situações de escassez ou abundância.

A criança aprende muito mais observando do que ouvindo.

Por isso, é fundamental envolvê-la no dia a dia da organização financeira familiar — dentro do que for apropriado à sua idade. Convidá-la a montar a lista do supermercado, pesquisar preços, entender o motivo de se evitar desperdícios… tudo isso já é educação financeira na prática. E quanto mais natural for esse processo, mais enraizado ele estará.

A partir dos sete anos, com o início da alfabetização, entra em cena uma das ferramentas mais poderosas de educação financeira infantil: a mesada. Quando usada corretamente, ela oferece à criança a oportunidade de experimentar o uso do dinheiro, tomar decisões, errar, aprender e crescer.

O ideal é que a mesada seja fixada em um valor simbólico, entregue com periodicidade definida (semanal ou mensal, conforme a idade), e associada ao sistema dos três cofrinhos: um para sonhos de curto prazo (brinquedos, doces), outro para médio prazo (passeios, livros) e um terceiro para o longo prazo (algo mais significativo e distante, como uma viagem ou um curso). Essa estrutura ajuda a desenvolver a noção de planejamento e a diferenciar desejos de necessidades.

Importante: a mesada não deve ser usada como recompensa ou punição.

Nada de pagar pela nota boa ou por arrumar o quarto. Esse tipo de barganha distorce o valor do dinheiro e da responsabilidade. A mesada é uma doação educativa, uma ferramenta para formar hábitos, e não uma troca de favores.

Com o passar do tempo, os pais podem ir sofisticando esse processo: usar cofrinhos físicos no início e, depois, aplicativos de gestão financeira para crianças, que já simulam movimentações bancárias reais. É uma excelente forma de preparar os filhos para um mundo digital, onde saber usar bem o dinheiro é tão importante quanto saber ganhá-lo.

Investir para os filhos, portanto, é um gesto que combina cuidado com visão de futuro.

Mas investir com eles — educando, envolvendo, ensinando — é o que realmente transforma a relação da próxima geração com o dinheiro. Ao agir desde cedo, os pais plantam uma semente que, cultivada com constância, conhecimento e bons exemplos, certamente dará frutos em forma de autonomia, equilíbrio e prosperidade.


Gostou do artigo?

Quer saber mais sobre como transformar o ato de investir para os filhos em uma oportunidade de educá-los financeiramente para a vida toda? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Um grande abraço,

Reinaldo Domingos
Presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira – ABEFIN
https://www.dsop.com.br

Confira também: Consignado com FGTS em debate no Senado: sem educação financeira, a solução pode virar armadilha

Palavras-chave: investir para os filhos, educação financeira infantil, mesada educativa, planejamento financeiro familiar, hábitos financeiros saudáveis, como investir para os filhos , como ensinar os filhos sobre educação financeira desde cedo, dicas de educação financeira para crianças, melhores investimentos para o futuro dos filhos, como dar mesada de forma educativa, planejamento financeiro familiar
Reinaldo Domingos está à frente do primeiro streaming de educação financeira DFlix e do canal Dinheiro à Vista. É PhD em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin) e da DSOP Educação Financeira. Autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller Terapia Financeira e o livro Empreender Vitorioso.
follow me
Neste artigo


Participe da Conversa