
A Saúde Social da Mulher: Um Pilar Estratégico para o Desenvolvimento Organizacional e Social
A saúde social da mulher é um componente essencial para o equilíbrio e o progresso das organizações e da sociedade como um todo. Mais do que uma questão de saúde física ou mental, trata-se de um conceito ampliado, que engloba o bem-estar nas relações interpessoais, a equidade de oportunidades, o acesso a direitos e a participação ativa nas estruturas sociais e econômicas.
Garantir condições que promovam a saúde social da mulher é, portanto, uma estratégia que impacta diretamente a produtividade, o clima organizacional e o desenvolvimento sustentável.
No ambiente corporativo, é fundamental reconhecer que as mulheres, em diferentes níveis hierárquicos, ainda enfrentam desafios estruturais relacionados à desigualdade de gênero, como a sobrecarga de funções, a limitação de acesso a cargos de liderança, a discrepância salarial e a dificuldade de conciliar vida profissional e pessoal. Além disso, a vivência de situações de assédio, discriminação ou invisibilidade pode comprometer significativamente seu desempenho, engajamento e saúde emocional.
Diante disso, torna-se imprescindível que empresas e instituições adotem políticas e práticas que promovam a equidade de gênero, o respeito à diversidade e a valorização da mulher em todas as suas dimensões.
Ambientes corporativos que investem em programas de bem-estar, apoio psicológico, desenvolvimento de lideranças femininas e cultura inclusiva não apenas contribuem para a saúde social da mulher, como também fortalecem sua imagem institucional e sua performance no mercado.
Fomentar a saúde social da mulher é um compromisso com a responsabilidade social, mas também uma escolha estratégica. Organizações que reconhecem e atuam sobre os fatores que influenciam o bem-estar feminino contribuem para a construção de uma cultura organizacional mais ética, humana e inovadora. Ao garantir condições equitativas e sustentáveis para toda liderança feminina, promovemos não apenas inclusão, mas também excelência.
Networking como Pilar da Saúde Social da Mulher
Quando falamos de saúde social, não podemos deixar de mencionar que o networking cria oportunidades de conexão genuína, apoio mútuo e troca de experiências entre mulheres. Isso gera um senso de pertencimento, reduz o isolamento e aumenta o capital social das mulheres dentro e fora das organizações.
Mulheres bem conectadas têm mais acesso a vagas estratégicas, mentorias, convites para projetos e eventos, aumentando sua visibilidade e protagonismo. Estar em redes diversas também amplia a visão de mundo e facilita a mobilidade profissional.
Redes de mulheres fortalecem a autoestima e ajudam a construir narrativas positivas sobre competência, liderança e merecimento. O apoio entre pares se torna um espaço seguro para acolher experiências de discriminação ou assédio e encontrar caminhos de enfrentamento.
O networking estimula a identificação e a valorização de lideranças femininas, criando modelos inspiradores e abrindo portas para outras mulheres. Além disso, promove trocas que ajudam no desenvolvimento de human skills como comunicação, influência e inteligência emocional.
Quando as mulheres se conectam e se organizam, elas criam movimentos internos que pressionam por mudanças mais inclusivas e equitativas. Isso influencia diretamente políticas institucionais e transforma assim a cultura organizacional de forma mais rápida e orgânica.
Tenho observado grupos de mulheres executivas experimentando uma abordagem mais colaborativa e altruísta chamado de netweaving, a lógica é: em vez de perguntar “o que você pode fazer por mim?”, eu pergunto “como posso te ajudar e com quem posso te conectar?”.
Essa prática tem transformado conexões em relacionamentos profundos, baseados em confiança, generosidade e reciprocidade. Tenho observado essa realidade nos três programas de mentoria que estamos realizando no Instituto Vasselo Goldoni.
Como isso é possível?
Tendo a consciência de que Netweaving fortalece a liderança feminina, porque constrói redes de apoio autênticas tendo em vista que mulheres em posições de liderança ainda enfrentam solidão e pressão social. O netweaving cria uma rede mais forte, de confiança mútua, onde há espaço para acolhimento, escuta e suporte emocional e estratégico.
Potencializa o protagonismo coletivo, ao agir como “tecedora de redes” — conectando outras mulheres a oportunidades, mentoras e recursos — a líder se torna uma ponte de transformação, amplificando assim o impacto de outras mulheres ao seu redor. Desenvolve habilidades-chave da liderança feminina.
O netweaving estimula:
- Escuta ativa;
- Empatia;
- Visão sistêmica;
- Comunicação consciente.
Todas essas são competências reconhecidas como forças naturais na liderança feminina. Ensinamos e provamos no ALMA – Aceleradora de Liderança para Mulheres Autenticas, que este é o caminho para uma liderança saudável.
O netweaving quebra o mito da “síndrome da abelha rainha” e incentiva a sororidade no ambiente corporativo. Líderes que atuam nessa lógica inspiram um modelo de liderança mais humano, sustentável e inovador. Além disso, gera capital social e reputação.
Mulheres que praticam o netweaving são reconhecidas como líderes influentes, agregadoras e confiáveis. Isso fortalece sua marca pessoal e sua influência estratégica dentro e fora das organizações.
Quando o netweaving é praticado a saúde social passa a ser cuidada e nutrida sustentavelmente, gerando impacto positivo e qualidade de vida.
Gostou do artigo?
Quer saber mais sobre como a promoção da saúde social da mulher e a prática do netweaving podem transformar ambientes corporativos e fortalecer a liderança feminina? Então, entre em contato comigo! Terei o maior prazer em conversar sobre isso.
Até a próxima!
Luciana Soares Passadori
https://www.passadori.com.br
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