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Pensar é fácil, agir é difícil

Como o Team Coaching pode trabalhar os efeitos da Cultura Organizacional para contribuir com a Transformação da Organização?

Cultura Organizacional e Team Coaching: Pensar é fácil, Agir é difícil!

Como o Team Coaching pode trabalhar os efeitos da Cultura Organizacional para contribuir com a Transformação da Organização?

“Pensar é fácil, agir é difícil, e pôr os pensamentos em ação é a coisa mais difícil do mundo.” Goethe

Muito se tem falado sobre o fato da luta que muitos executivos travam com a tal da execução. Não raramente, eu ouço desses executivos que eles sabem que precisam colocar todos de sua equipe a bordo, para fazer com que as organizações funcionem, mas realmente não sabem como.

De acordo com Larry Bossidy e Ram Charan, coautores do livro – Execution the Discipline of Getting Things Done – a execução não é apenas a maior questão que os negócios enfrentam atualmente; é algo que ninguém explicou satisfatoriamente.

Outras disciplinas não têm falta de conhecimentos e literatura acumulados. Estratégia? Tanto raciocínio foi dedicado para a estratégia que já não é um desafio intelectual. Podemos encomendar qualquer estratégia que queiramos de uma empresa de consultoria. Desenvolvimento de liderança? A literatura sobre o assunto é interminável. Inovação? Idem.

Também não há falta de ferramentas e técnicas que possam ajudar os líderes para fazer com que as coisas aconteçam, diferentes abordagens de estrutura da organização e sistemas de incentivos, concepção de processos empresariais, metodologias de promoção de pessoas e guias para a mudança cultural.

Por isso, na minha visão, sem a presença de uma cultura de trabalho em equipe, eles tendem a fazer as coisas à sua maneira, de forma solitária, sem compartilhamento, sem pesquisar, sem testar, e sem desafiar o que estão pensando. Muitas vezes resultando em decisões e ações não coordenadas, como verdadeiras embarcações sem rumo, comprometendo, assim, as grandes visões estratégicas.

Como efeitos colaterais da falta de cultura de equipe, a comunicação normalmente é truncada, e a confiança é superficial.

Então como o Team Coaching pode contribuir nesse processo?

Para esses casos, uma das intervenções recomendadas, é o Team Coaching, tendo como objetivo possibilitar que a equipe reflita sobre suas relações interpessoais, sobre as práticas de trabalho, sobre os estilos de liderança, bem como possam discutir sobre a cultura organizacional predominante.

Espera-se que num processo de Team Coaching, além dos pontos acima, ocorra o efeito subjacente ao ser criado um alinhamento e que a equipe se torne, de fato, mais eficaz na implementação do processo de transformação corporativa.

O Coach com sólida formação, não só busca explorar como os indivíduos experimentam as interações da equipe, como também explora os elementos menos visíveis – os padrões de comportamento e a dinâmica do grupo para melhor apoiar os membros da equipe a se tornarem mais alinhados e mais eficazes na tomada de decisões e na implementação/execução da estratégia estabelecida.

O Coach também precisa estar preparado para de alguma forma, fazer uma leitura, um diagnóstico da cultura predominante da organização, para depois intervir. De acordo com o autor Arthur F. Carmazzi, há 5 tipos de cultura organizacional, a saber:

A cultura da culpa

Esta cultura organizacional cultiva a desconfiança e o medo, as pessoas culpam umas às outras para evitar serem repreendidas ou postas para baixo. Isso não resulta em novas ideias ou iniciativas pessoais porque as pessoas não querem correr o risco de estarem erradas. 

Cultura multidirecional

Esta cultura organizacional cultiva a comunicação e a cooperação entre os departamentos de forma muito reduzida. Lealdade é apenas para grupos específicos (departamentos). Cada departamento torna-se uma ilha e muitas vezes é crítico de outros departamentos, fato que, por sua vez, cria assim muita fofoca. A falta de cooperação se manifesta na ineficiência da organização. 

A cultura do viva e deixe viver

Esta cultura organizacional é complacente, manifesta estagnação mental e baixa criatividade. As pessoas aqui têm pouca visão do futuro e por isso desistem de sua paixão. Há cooperação e comunicação médias e as coisas funcionam, mas elas não crescem. As pessoas têm desenvolvido seus relacionamentos pessoais e decidem/ determinam quem fica longe, não há muito para se aprender. 

Cultura da marca congruente

Pessoas nesta cultura organizacional acreditam no produto ou serviço da organização, eles se sentem bem sobre o que sua empresa está tentando alcançar e assim cooperam para alcançá-lo. As pessoas aqui são apaixonadas e parecem ter objetivos semelhantes. Eles usam recursos pessoais para resolver ativamente os problemas e, embora nem sempre aceitem as ações da administração ou outras pessoas ao seu redor, eles veem seu trabalho como importante. A maioria nesta cultura está operando no nível do grupo. 

Cultura da liderança fortalecida

As pessoas veem a organização como uma extensão de si mesmos, eles se sentem bem sobre o que eles pessoalmente alcançaram através da organização e têm cooperação excepcional. Os objetivos individuais estão alinhados com os objetivos da organização e as pessoas farão o que for preciso para que as coisas aconteçam. Como um grupo, a organização é mais como a família que fornece a realização pessoal que transcende frequentemente o ego assim que os povos estão consistentemente trazendo para fora o seu melhor. Nesta cultura organizacional, os líderes não desenvolvem seguidores, mas desenvolvem outros líderes. A maioria de todos nesta cultura está operando no nível da organização.

E então, você caro(a) leitor(a), já teve oportunidade de trabalhar com os conceitos de cultura organizacional? E com Team Coaching?

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre Team Coaching e Cultura Organizacional? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Um abraço,

João Luiz Pasqual
Coach Mentor Certificado

 
https://www.intervisionclub.com.br/
https://www.cw4u.com.br

Referências:

1. Bossidy, Larry, Charan, Ram, Execution: The Discipline of Getting Things Done Audiobook
2. Carmazzi, Arthur F., https://carmazzi.net/corporate-culture-organizational-change/

Confira também: As Dimensões Culturais de HOFSTEDE

 

João Luiz Pasqual tem mais de 40 anos de experiência profissional. Coach Executivo e de grupos. Foi por mais de 30 anos, executivo do mercado financeiro tendo ocupado posições de Diretor Executivo em diversos bancos (Sudameris, Banco Real, Unibanco, ABN AMRO e Santander), viveu na Europa por 8 anos e viajou para mais de 30 países. É conselheiro de empresas pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e foi Presidente da ICF no Brasil durante o exercício 2015/2018. É coach ICF – International Coaching Federation com a credencial Master Certified Coach (MCC), Mentor Coach pela inviteChange-USA e Accredited Coach Supervisor pela CSA – Coaching Supervision Academy – Londres. MBA pela FIA-USP e Mestrado em Consulting and Coaching for Change pelo INSEAD-Fontainebleau na França.
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