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O DISC identifica pessoas difíceis?

Como pessoas difíceis podem iniciar seu desenvolvimento pessoal e seguir a vida com menos ruídos, resistências, dores e maior leveza, saúde e fluidez? O DISC poderia identificá-las?

O DISC identifica pessoas difíceis?

Como pessoas difíceis podem iniciar seu desenvolvimento pessoal e seguir a vida com menos ruídos, resistências, dores e maior leveza, saúde e fluidez? O DISC poderia identificá-las?

Assumir que possui comportamentos inadequados e inoportunos pode ser fácil para uns; para outros, pode ser uma jornada para a vida e, infelizmente, para certas pessoas, mesmo que tenham uma viagem muito longa, nunca vão criar consciência a este respeito, muito menos aceitação do que seria recomendável melhorar.

É óbvio que poderíamos classificar as “pessoas difíceis” em diversos níveis, desde pessoas que são muito conscientes e competentes na exibição de seus comportamentos, sendo assim “pessoas fáceis”, até o outro extremo, com pessoas que beiram a ser insuportáveis, das quais podemos querer o máximo de distância possível, o máximo que a vida e a natureza permitirem!

Quando convivemos ou pensamos em uma pessoa difícil, nas áreas de comunicação e relacionamento, não podemos procurar na teoria DISC a resposta para entender a razão deste cenário, buscando qual seria o fator mais complicado e o responsável (D, I, S ou C) pelo problema percebido. Todos os fatores DISC podem contribuir para que alguém seja visto como difícil, cada fator trará uma cor de dificuldade diferente.

Para que uma pessoa difícil possa iniciar o seu trajeto de desenvolvimento pessoal e seguir a vida com menos ruídos, resistências, dores e maior leveza, saúde e fluidez em todas as suas dimensões da vida, penso fazer-se necessário não só conhecer o seu perfil DISC (como é percebido pelos outros), mas, ainda mais, dedicar tempo para as perguntas a seguir, investigando e analisando em detalhes as respostas, as quais podem, de fato, trazer o caminho das pedras para um real, sólido e sustentável desenvolvimento e realização pessoal.

  • Qual o seu nível de autoconhecimento, autoaceitação e autovalorização – autoestima?
  • Qual o seu nível de inteligência emocional – autoconsciência, autorregulação, motivação, consciência social e regulação social?
  • E qual o seu nível de clareza a respeito do seu lugar no futuro, seu norte de vida?
  • Qual o seu entendimento a respeito de seus papéis na vida?
  • Quais são as fontes de estresse na sua vida?
  • Qual o grau de alinhamento quando compara o que você valoriza, com o como vive?
  • Qual o nível de cuidado que você tem com a sua saúde?
  • E qual a qualidade das suas relações com familiares, amigos, etc?

Respostas de cunho negativo às perguntas acima podem começar a trazer luz às razões que contribuem para que alguém seja visto como uma pessoa difícil. Obviamente que podemos ter várias outras origens que possam justificar uma pessoa ser vista como difícil. Estudar os fatores DISC irá contribuir para você melhor entender as razões do “como” ela é PERCEBIDA da maneira que é.

A seguir, algumas dicas para melhor perceber e entender pessoas difíceis, separando-as nos quatro fatores DISC:

D – DOMINÂNCIA

As pessoas dominantes podem começar a ser vistas como difíceis, quando percebem que não estão no controle da situação, ou sentem esse controle ameaçado. Outra situação de potencial grande desconforto é quando os outros não fazem o que a pessoa dominante quer, ou quando percebe que as coisas não vão sair como gostaria ou havia determinado (para alguns, mandado).

Essas pessoas podem ser muito impositivas, ditatoriais e sarcásticas, com um tom de voz mais alto e linguagem não verbal mais invasiva e ameaçadora. Podem mostrar uma agressividade crescente para apontar erros e defeitos nos outros, procurando ganhar espaço pelas fraquezas e medos alheios, reais ou supostos. Podem constranger os outros, pelo exercício da autoridade ou uso de um tom autoritário e abrasivo.

I – INFLUÊNCIA

A necessidade por aceitação social é algo mais presente nas pessoas com alta influência. Estas, quando possuem pouca consciência e controle desta necessidade, podem começar a aparecer, perante os outros, como difíceis.

Quando estas pessoas não têm o reconhecimento e aceitação na medida que gostariam, ou precisariam ter, podem assumir uma postura socialmente danosa, colocando palavras que diminuam e desvalorizem o outro, podendo até deixar a outra pessoa em situações socialmente constrangedoras. Caso chamar a atenção de maneira positiva não funcione, começam a chamar a atenção de maneira negativa, no que se refere à maneira de se comunicar e se relacionar com os outros.

Podem ocasionalmente parecer agressivas, lembrando inclusive traços de dominância, quando o nível de rejeição percebida ou a falta de aceitação e reconhecimento forem muito elevados, segundo suas próprias necessidades.

S – ESTABILIDADE

Em ambientes não amistosos, mais tensos, atribulados, agitados, com potencial de mudanças abruptas e onde a união entre as pessoas possa estar ou vir a ficar estremecida, as pessoas com alta estabilidade podem se fechar no seu mundo. A falta de informações suficientes a respeito do amanhã, para que este seja mais previsível, pode ser o gatilho para essas pessoas começarem a ser vistas como difíceis, muitas vezes pela passividade, reatividade, resistência e desengajamento.

Podem, uma vez ou outra, ser vistas como pessoas que exibem comportamentos que lembram as pessoas dominantes, quando suas expectativas não são atendidas. Isto pode acontecer quando aquilo que planejavam, previam e já davam como certo, no futuro, não acontece. Em situações como estas, podem ser vistas como agressivas, o oposto de seu comportamento natural.

C – CONFORMIDADE

A necessidade por altos níveis de perfeição e organização, muitas vezes irreais, ou a falta de flexibilidade para concordar com algo que seja apenas bom o suficiente, ou simplesmente aceitar alguém que não tenha o mesmo nível de exigência, pode ser um grande desafio para aqueles com uma alta conformidade. Possuem dificuldade em lidar com as palavras “incerto”, “suposição”, “talvez” e “imperfeito”.

Quando se sentem em perigo e com medo, por acreditarem que estão em uma zona propícia à crítica ao seu trabalho, suscetíveis a erros que podem colocar em risco a segurança pessoal ou do ambiente onde estão, ou expostos à não conformidade com padrões de qualidade e regras estabelecidos e concordados, podem, para se defenderem, exibir comportamentos agressivos, similares ao de pessoas com alta dominância.

A separação através dos quatro comportamentos da teoria DISC foi feita para facilitar o entendimento dos diferentes tipos de pessoas difíceis, porém na prática sabemos que apenas uma pequena parcela da população brasileira possui apenas um fator com intensidade acima da média população, em torno de 5%. As demais possuem uma combinação de dois ou três fatores, com intensidade acima da média.

Um relatório a respeito do perfil DISC de uma pessoa, com a interpretação de um profissional capacitado e experiente, pode ser um importante e excelente primeiro passo na caminhada do autoconhecimento. Contudo, para auxiliar na orientação e no desenvolvimento de pessoas difíceis, pode ser muito pouco, fazendo-se necessária uma investigação mais abrangente e profunda. O perfil DISC pode ser visto como a introdução de um livro de muitos capítulos, irá apenas mostrar de qual maneira uma pessoa é percebida e como irá externalizar as suas dificuldades, medos e necessidades.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre o perfil DISC? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Alexandre Ribas
https://www.linkedin.com/in/perfilalexandreribas/

Confira também: 7 Fontes do Estresse no Trabalho e os Fatores DISC

 

Alexandre Ribas começou a trabalhar com consultoria e treinamento há mais de 20 anos. Atualmente é presidente da TTI Success Insights Brasil e membro do Advisory Council da TTI Success Insights, nos EUA, empresa presente em mais de 100 países. Possui uma vasta rede de contatos, com consultores e coaches bem-sucedidos, em diversos países. No Brasil, através da TTI Success Insights, atende mais de 200 consultores, coaches, palestrantes, treinadores e head hunters, por ano. Também pratica consultoria, através da sua empresa Venko Consulting, a qual teve início em 2002. Empreendedor desde 1998, atualmente possui cinco empresas em atividade. Sua formação acadêmica passa pela Universidade Mackenzie, UFPR, FIA-USP e Harvard. Também possui diversos cursos de formação em Coaching, PNL e desenvolvimento de pessoas. Foi o primeiro brasileiro a obter a formação completa, em turmas abertas, pela então ASTD, em HPI – Certificate in Human Performance Improvement. Possui três livros publicados, sendo eles “Manual Definitivo DISC”, “DISC – tudo o que você precisa saber, mesmo” e “Manual Definitivo Motivadores”. Escreve artigos desde 1998.
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