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5 Dicas Imperdíveis da Aprendizagem Baseada em Projetos!

Confira 5 dicas que podem ajudar coaches, mentores e instrutores a melhor orientarem o processo cognitivo, bem como o aprendizado em torno de projetos.

5 Dicas Imperdíveis da Aprendizagem Baseada em Projetos!

5 Dicas Imperdíveis da Aprendizagem Baseada em Projetos!

A Harvard Business Publishing (Education) apresenta, regularmente, interessantes conteúdos do mundo empresarial e acadêmico. A publicação de 16/03/2021 trouxe abordagem de especialistas (*) sobre a Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP ou, em inglês, PBL), com cinco dicas imperdíveis. A tese central é de que, quando são incorporados projetos em grupo para um programa de desenvolvimento ou treinamento, existe a oportunidade de integrar melhor exercícios experienciais, ou seja, a “experiência prática” no aprendizado.

A publicação procurou explorar dicas que podem ajudar instrutores e alunos a melhor orientarem o processo cognitivo, bem como o aprendizado em torno de projetos. Só para não haver dúvidas no desenrolar desta postagem, o ABP é uma pedagogia centrada nos alunos, normalmente (mas não só) em grupos. Isso para resolverem um dado problema usando o que aprenderam em sala de aula, contudo em contexto do mundo real. Os exemplos de APB variam em tamanho e escala. Eles podem ser direcionados a diferentes tipos de negócios. E, também, não necessariamente precisam envolver terceiros (clientes, por exemplo).

E então, quais são as dicas imperdíveis para adotar em processos de ABP?

Acompanhe a seguir a minha adaptação das dicas apresentadas na publicação para o nosso universo do coaching e da mentoria. Não foi exatamente assim que os especialistas abordaram, mas é como eu vejo a contextualização em nosso ambiente profissional.

1. A ABP pode tirar o coach e o mentor da zona de conforto, mas isso será excelente!

Uma das dificuldades que um instrutor frequentemente enfrenta, ao adotar a ABP pela primeira vez, é abrir mão de algum controle. Em outras palavras, quais desafios irão surgir em cada equipe de alunos e/ou em cada projeto, porque as equipes são diferentes, assim como os projetos. Portanto, com a ABP você está criando oportunidades para os alunos aprenderem, mas não saberá exatamente quais serão as lições até que tudo comece.

Vamos tentar traduzir isso para o ambiente do coaching e da mentoria? Para ter sucesso, os coaches e mentores devem se sentir confortáveis ​​com a ambiguidade. Ter paixão pela aplicação prática do conteúdo que está sendo base do processo. E, sem dúvida, ter capacidade para conjugar diferentes competências em favor dos clientes. Segundo os especialistas, a liderança de um processo de aprendizagem baseada em projetos exige que haja aceitação à ambiguidade. A qual nascerá entre os objetivos do condutor do processo (coach ou mentor) e os clientes (coachee ou mentorado), ambiguidade que poderá se mostrar desconcertante.

2. Bons projetos não precisam ser grandes ou intensivos em recursos.

É importante lembrar que não importa que tipo de recursos existam, pois sempre é possível integrar a ABP em processos de treinamento. Qualquer que seja o porte do projeto ou a sua abrangência, desde que haja planejamento e adequação aos objetivos conjuntos do instrutor e dos alunos, há grande chance de sucesso. Por exemplo, há instituições que usam jogos de LEGO ou outros recursos lúdicos para incentivar a aplicação criativa de conceitos dados em sala de aula.

Trazendo ao nosso universo do coaching e da mentoria, imagine um exercício criativo com seus clientes. Você distribui peças de LEGO ou papel com lápis coloridos, pede que façam um animal, por exemplo: um gato. É muito grande a chance de acabar com variações diferentes de um gato. No final das contas, todas as variações serão de “gatos”. Mas o fundamento foi estimular o desenvolvimento de habilidades que aprenderam antes, aplicando-as de maneira muito prática. O coach ou mentor deve estimular que todo conhecimento que seu cliente vai agregando, ao longo de um processo, seja aplicado. Dessa maneira, haverá o reforço cognitivo da aprendizagem.

3. Os clientes – atuais e anteriores – são uma ótima maneira de criar projetos.

Este item será mais resumido que os anteriores, pois tem obviedade clara. A experiência adquirida em um projeto pode ser levada em novos desafios. Seja quanto aos erros cometidos (pelo instrutor ou pelos alunos)  como por alguma dimensão do projeto ainda inexplorada. Além disso, é sempre possível contar com ex-alunos na forma de parceiros, ajudando a criar e desenvolver projetos para os novos alunos. No universo do coaching e da mentoria eu vejo, constantemente, a formação de grupos de desafios e interlocução, trocando ideias, experiências e oportunidades. Em outras palavras, fazendo com que um projeto tenha continuidade sob algum aspecto ou demanda.

4. A aprendizagem baseada em projetos pode funcionar ainda melhor online.

Este item também, mais resumido que os anteriores, até porque a grande parte dos profissionais de coaching e mentoria já está vivendo em um contexto de atendimento online. Para um planejamento de atendimento, o essencial é identificar o que é absolutamente crítico. Que conteúdo suprimir, quais ferramentas mais adequadas. E, não menos importante, como pegar carona na plataforma que os clientes estão usando para melhor se comunicarem. Um dos paradoxos da época atual é que, mesmo distantes, as pessoas estão realmente mais fáceis de alcançar para agendar uma atividade. Além disso, há alcance geográfico bem maior.

5. Os projetos são a preparação definitiva para experienciação.

Quando alunos de um curso ou os clientes de um processo de coaching chegam ao final das atividades programadas, o foco passa a ser na aplicação prática daquilo em que avançaram, fazendo a transição para o futuro desejado. Uma carreira nova, uma posição desafiadora, um cargo executivo, ou a posição de liderança, por exemplo. A questão que desafia o professor, instrutor, coach ou mentor, ao desenvolver uma atividade com a pedagogia da ABP, é identificar como cada tarefa executada, ao longo do trabalho, contribuirá com o crescimento e autoconhecimento do cliente. Em outras palavras, como se deve colocar cada tijolinho do jeito e no momento certo. E, ao final, ter a construção desejada pelo cliente (desde o início).

Aos coaches e mentores deixo uma pergunta desafiadora: vocês estão ajudando os clientes a concretizarem essa construção de forma sólida e sustentável? Ou tem havido alguma falha nesse caminho que pode afetar o cliente, no futuro? Há riscos dessa casa cair?

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre Aprendizagem Baseada em Projetos? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Mario Divo
https://www.mariodivo.com.br

(*) Os três especialistas em Aprendizagem Baseada em Projetos, citados pela publicação, são Alan D. MacCormack (Harvard Business School), Michellana Y. Jester (MIT Sloan School of Management) e Terri C. Albert (CEO da empresa de consultoria Fresh Set of Eyes)

Confira também: Biohacking e Estilo de vida: Por que você precisa saber disso?

 

Mario Divo Author
Mario Divo possui mais de meio século de atividade profissional ininterrupta. Tem grande experiência em ambientes acadêmicos, empresariais e até mesmo na área pública, seja no Brasil ou no exterior, estando agora dedicado à gestão avançada de negócios e de pessoas. Tem Doutorado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com foco em Gestão de Marcas Globais e tem Mestrado, também pela FGV, com foco nas Dimensões do Sucesso em Coaching (contexto brasileiro). Formação como Master Coach, Mentor e Adviser pelo Instituto Holos. Formação em Coach Executivo e de Negócios pela SBCoaching. Consultor credenciado no diagnóstico meet® (Modular Entreprise Evaluation Tool). Credenciado pela Spectrum Assessments para avaliações de perfil em inteligência emocional e axiologia de competências. Sócio-Diretor e CEO da MDM Assessoria em Negócios, desde 2001. Mentor e colaborador da plataforma Cloud Coaching, desde seu início. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Marketing & Negócios, ex-Diretor da Associação Brasileira de Anunciantes e ex-Conselheiro da Câmara Brasileira do Livro. Primeiro brasileiro a ingressar no Global Hall of Fame da Aiesec International, entidade presente em 2400 instituições de ensino superior, voltada ao desenvolvimento de jovens lideranças em todo o mundo.
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