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Três dúvidas comuns de quem quer abrir um negócio!

Confira as dúvidas selecionadas entre uma série de questionamentos feitos por pessoas que querem abrir um negócio próprio. Embora a faixa etária de quem perguntou seja entre 17 e 55 anos, há um padrão entre as perguntas. E você, qual a sua principal dúvida?

Durante anos eu tive a oportunidade de coordenar a competição de empreendedorismo em uma tradicional escola de negócios em São Paulo.

O objetivo da competição – que está na 10ª edição – era apoiar os participantes durante a estruturação de um plano de negócios. Ou seja, com base em uma ideia/projeto, alunos e ex-alunos estruturavam um documento que era submetido a grupos de investidores e consultores.

Uma década após ter apoiado a criação da competição e ter acompanhado milhares de empreendedores, listo algumas das principais dúvidas que apareciam ao longo dessa “jornada”.

As dúvidas abaixo foram selecionadas entre uma série de questionamentos feitos por pessoas que ainda não tinham o negócio próprio. Embora a faixa etária dos participantes da competição variava entre 17 e 55 anos, havia um padrão entre o que perguntavam.

Consigo montar um negócio sozinho?

Embora seja possível, não é o mais comum, nem o indicado para empresas de alto crescimento.

Eu costumava lembrar aos empreendedores que a empresa de tecnologia HP foi criada pelo H (Hewlett) e o P (Packard), seus dois fundadores. Depois dava o exemplo da Apple, com os dois Steves (Jobs e Wozniak), entre outros casos.

Eventualmente alguém apresentava o caso de algum empreendedor – geralmente muito bem-sucedido – como exceção. E era isso mesmo, uma exceção.

Mesmo profissionais liberais e consultores precisarão de um sócio caso queiram que sua empresa cresça. Esse sócio pode ter um papel formal ou informal, como uma gerente extremamente responsável, por exemplo.

Sobre o tamanho de equipes em empresas nascentes, em média, cada grupo tinha 3 participantes.

Como faço para conseguir um sócio?

Essa é uma das perguntas mais difíceis de serem respondidas (e solucionadas!). Sempre que a ouvia, eu pensava em um paralelo que me ajudasse a explicar sua complexidade. É como se alguém me perguntasse: como consigo uma esposa?

Geralmente alguém se casa com alguém com quem estudou, trabalhou ou foi apresentado por um amigo ou parente. Isso também acontece com sócios: o Buscapé foi fundado por colegas de universidade, um colega meu fundou um e-commerce com sua ex-chefe, uma de minhas empresas foi fundada com um amigo de faculdade, outra empresa que tive foi fundada com uma amiga…

Esse é um dos padrões que encontramos no mercado. Avalie em sua rede de relacionamentos quem você considera como um(a) potencial sócio(a).

Mesmo que você não consiga identificar imediatamente algum potencial sócio ou sócia, fale sobre seu projeto com o maior número possível de pessoas. Dessa forma, mais pessoas saberão o que você faz e aumentará a chance de você encontrar alguém que se interesse pelo seu empreendimento.

Vão roubar minha ideia?

Sempre que pedia aos empreendedores que apresentassem suas ideias ao maior número de pessoas, eles perguntavam se sua “ideia” seria roubada. A resposta rápida é: não, sua ideia não será roubada, pois não há nada para roubar.

Quero dizer, pense na quantidade de negócios interessantes que existem no mundo todo: redes sociais, e-commerces, estúdios de design, restaurantes, etc. Pare para pensar se você conseguiria “roubar” alguma dessas ideias. O grande desafio não está em ter uma ideia, mas em executar o que foi planejado.

Certa vez, um professor que admiro me disse: se for tão fácil e rápido imitar o que você quer fazer, será que isso é mesmo um bom negócio? Afinal, ao ser eficiente no lançamento da empresa, concorrentes ficarão sabendo sobre o que você faz.

Qual a sua principal dúvida?

Como você percebeu, embora as perguntas pareçam simples, a busca pelas respostas pode se tornar complexa. Afinal, como saber se você encontrou o sócio ideal, ou se sua equipe inicial está formada?

Com base na minha experiência (empreendendo e atuando com empreendedores), recomendo que você converse com pessoas que estejam passando pela mesma situação que a sua – ou que já tenham passado por algo parecido.

Ao analisar diferentes pontos de vista, você formará conceitos próprios, o que irá lhe ajudar a traçar a melhor rota em direção ao próprio negócio.

Thiago de Carvalho é Mestre em Educação e Ensino de Negócios pela New York University, professor do Insper e da Fundação Getúlio Vargas, Associado Acadêmico no Brasil da Higher Education Academy – agência oficial de capacitação e certificação de docentes do Reino Unido e Country Manager da Clinton Education, onde é pesquisador-líder da metodologia QEMP. Possui experiência nas multinacionais Directv, Telefónica e Santander, onde dirigiu e treinou diretamente equipes de 2 a 350 pessoas. Somada à experiência executiva, empreendeu no ramo varejista de moda, e-commerce e EdTech. Entre reconhecimentos do mercado, foi eleito pela Universität St. Gallen, Suíça, como um dos 100 agentes de mudança empreendedora no mundo. No Insper, foi reconhecido como alumnus destaque. Como mentor, recebeu o prêmio de melhor Plano de Negócios Escrito na edição latino-americana da competição promovida pela University of Texas at Austin. Em Nova Iorque, seu projeto no Startup Weekend Education ganhou o primeiro lugar na divisão impacto social.
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