fbpx

Stephen Hawking e um Estilo Cerebral Coaching

O mundo perdeu nossa referência de genialidade e determinação mais clara, tão próxima que nos enternecia, nos fazia refletir, despertava sentimentos, nos dava esperança e tornava a genialidade tão possível e acessível.

Em 14 de março de 2018, o mundo perdeu Stephen Wiliam Hawking, aos 76 anos, nossa referência de genialidade e determinação mais clara, quase um querido parente, tão próximo que nos enternecia, nos fazia refletir, despertava sentimentos, nos dava esperança e tornava a genialidade tão possível e acessível, dado o exemplo. Um dos maiores gênios da humanidade continua vivo e a eternidade ganha!

“Não importa quanto a vida possa ser ruim, sempre existe algo que você pode fazer, e triunfar. Enquanto há vida, há esperança.” *

Aos 21 anos, este atleta exemplar, extremamente popular, membro da equipe de remo de Oxford, timoneiro de uma embarcação, deixou de comandar um aspecto de sua vida, quando diagnosticado com a terrível e temível, para a maioria dos mortais, “esclerose lateral amiotrófica”, “ELA”, com a informação de que teria em torno de 03 anos de existência, não se deu por vencido e questionou logo sobre a sua capacidade cerebral a partir daquele momento:

“Minhas expectativas se reduziram a zero quando tinha 21 anos. O restante foi um presente.” *

A vida já tinha demonstrado a Stephen que as superações estariam presentes ao longo de sua vida e que deveriam ser encaradas. Mesmo tendo um dos dez maiores QI’s da história, 160, igual a Einstein, e pessoas comuns 100, teve percalços com as notas, no inicio de sua jornada escolar e apesar das notas ruins, já era percebido como diferenciado e tinha, coincidentemente, o apelido de Einstein. Teve ainda dificuldades para acessar Oxford, por questões financeiras, e na continuação da vida sofrido de violência doméstica por parte de sua primeira esposa, já diagnosticado com a doença ELA. Apesar de todas as dificuldades, ainda teve três filhos e dois casamentos. Filhos sim, respondeu ele quando lhe perguntaram sobre sua vida sexual, Hawking respondeu com seu bom humor de sempre:

“Apenas meus músculos voluntários foram afetados pela doença, os involuntários continuam bastante ativos.” *

Transformar dor em superação, com excelente senso de humor, como visto, o desejo de viver inovando, escrevendo até mesmo livros infantis, “A chave secreta de George para o Universo”, escrito com a filha Lucy, com o objetivo de ensinar conceitos importantes da física para as crianças, e ainda viajando por todos os continentes, apesar das limitações crescentes, não apenas nos deu aulas de física e astronomia/cosmologia onde brilhou intensamente, deixando um legado inestimável às ciências e na generosidade em compartilhar conhecimento, nos deu lições vivas de aplicação da Inteligência Emocional, onde também muito nos interessa.

“A inteligência é a capacidade de se adaptar às mudanças.” *

Stephen, passeou pelos fundamentos do Coaching com a sabedoria que lhe era particular, esbanjando conhecimento sobre as múltiplas inteligências do psicólogo Howard Gardner, da psicologia positiva e seu principal mentor Martim Seligman e dos pilares da Inteligência Emocional, Daniel Goleman, nos deixando várias mensagens baseadas nas suas experiencias de vida. Na verdade, não foi um teórico das matrizes do Coaching, foi um Coach na sua essência, trazendo para a prática todo o aprendizado e função, servindo-nos como um grande mestre.

“De vítima ao controle de sua vida. Inteligência emocional na prática”. *

Tão logo da descoberta da doença, uma das suas primeiras questões aos médicos que o atenderam neste processo, foi preocupar-se sobre o quanto o seu cérebro estaria preservado, uma vez que esta doença neurológica, ataca os músculos, fazendo com que se perca o controle dos mesmos. Com esta determinação, apesar da perda de habilidades motoras, fez com que o cosmólogo aparecesse com incrível determinação e a necessidade de ser extremamente criativo, o que o preservou lúcido por mais de cinquenta anos, convivendo com a doença que lhe prometia inicialmente uma curta duração de vida.

“Ao perder a destreza das minhas mãos, fui forçado a percorrer o Universo em minha mente e tentar visualizar a forma como ele funcionava”. *

Seu conhecimento e sua capacidade de vencer a adversidade e utilizar-se de uma fantástica resiliência, o tornaram um ser diferenciado, sem levar em conta outros aspectos de sua impressionante vida. O seu estado de saúde não foi barreira para a busca de sua autorrealização, para uma relação afetuosa com seus três filhos e para sua felicidade. Apesar da doença e suas limitações, a expansão do conhecimento e a possibilidade de novas experiencias o levaram a vivenciar viagens de balão, submarino, e em um avião que simula a gravidade zero, já em estado bastante avançado de doença do seu estado físico, não cerebral. A mente continuava em plena atuação.

“Não é bom ficar furioso se você empacou [em uma ideia]. O que eu faço é continuar pensando sobre o problema, mas trabalhando em outra coisa. Às vezes se passam anos antes de encontrar o caminho para seguir em frente. No caso de perda de informação e buracos negros, foram 29 anos.” *

Stephen Hawking, optou por viver, continuando a busca pelo conhecimento e ensinamentos, e para tanto, para superar limitações, barreiras, desconfianças e pré-conceitos, buscou assumir plenamente sua vida, sair do papel de vítima, criando uma condição psicológica positiva, entendendo a sua importância pelo exemplo e sabedoria, tudo isso através da Inteligência Emocional, tornando-se o autor de sua própria história, administrando emoções, adversidades e ressaltando o propósito da ciência e o prazer de viver.

“Primeiro, lembrem-se de olhar para as estrelas lá no alto e não para seus pés lá embaixo. Dois, nunca desistam do seu trabalho. O trabalho lhe dá sentido e propósito, e a vida é vazia sem isso. Três, se você for afortunado a ponto de encontrar amor, lembre-se de que ele está ali e nunca o jogue fora.” *

Ao refletirmos sobre esta história, alguns sentimentos nos invadem. Um sentimento de gratidão por percebermos que o fato de Hawking não ter desistido lá no começo de sua saga, se entregue à doença, não ter parado seu processo de crescimento intelectual através de pesquisas e estudos e de tão generosamente colocar à disposição seus conhecimentos e descobertas. Desta forma, nos propiciando, a toda a humanidade, dos ganhos aplicados, onde tiramos proveito no nosso cotidiano e para o nosso futuro. Uma outra lição é a da busca pelo sonho, o propósito, a concretização do idealizado, a superação das adversidades sejam elas quais forem, mas o objetivo é mais importante que o prazer imediato. Os problemas físicos/orgânicos decorrentes, muitas vezes, do próprio desgaste natural, são vistos, muitas vezes, como até mesmo um “castigo”, e que não deveríamos, “misteriosamente”, passar por eles. E uma última reflexão, por ora, é a de percebermos o quanto em nossas vidas, sacrificamos nossas metas, por problemas “passageiros”, menores, visto posteriormente como superáveis, suportáveis e até mesmo produtivos pela experiencia vivida e que às vezes não percebemos o ganho de viver plenamente aquele momento. A pergunta é: o que é mais importante do que o sonho?

“Meu objetivo é simples. É a compreensão completa do Universo, porque ele é assim e porque existe.” *

*Referências Stephen Hawking

Ivan Quadros Author
Ivan Quadros é Administrador, Coach, Consultor e Treinador de processos de liderança. É formado em Coaching/Sênior pelo ICI – Integrated Coaching Institute, Coaching de Excelência pela Academia Emocional e Coaching de Grupo pelo IBC. Com mais de 2.500 horas de atendimento em Coaching é Administrador de Empresas, formado pela Universidade Católica do Salvador e Pós-graduado em Recursos Humanos pela Universidade Federal da Bahia. Dirigente de empresas de bebidas, química fina no Polo Petroquímico de Camaçari na Bahia, Superintendente de empresas de saúde, distribuição de medicamentos e área ambiental e Diretor da Sapiens Consultoria há 20 anos, especializado em empresas familiares nas áreas de gestão, comercial, RH e reconstrução empresarial.
follow me
Neste artigo


Participe da Conversa